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Tarde com Maria

Reunidos com Maria, para estar junto a Ela, olhá-la, querer bem a Ela…

O bom convívio, ou, a boa convivência entre irmãos, decorre do instinto de sociabilidade, que todos temos. Ensina-nos o Fundador dos Arautos do Evangelho, Monsenhor João Clá Dias que “desde o primeiro instante de nossa criação, Deus dotou-nos de instintos. Eram eles ordenados sob os influxos do dom de integridade até o momento em que Adão e Eva pecaram. A partir de então, só com auxílio da graça nos é possível utilizar cada um deles de acordo com a Lei de Deus, de maneira estável (…) Um dos mais excelentes entre todos é o instinto de sociabilidade”[1]É esse instinto que nos leva à procura de bem conviver – sobretudo com irmãos que comungam do mesmo ideal, e essa boa convivência sempre nos atrai.

Por exemplo, a extremosa mãe de Dr. Plinio Corrêa de Oliveira (Mestre espiritual de Monsenhor João Clá), uma verdadeira senhora católica, que soube educar com enorme zelo os seus filhos na Doutrina Católica, a Sra. D. Lucilia Corrêa de Oliveira,em certa ocasião, ao rever o seu filho depois de um período de ausência, exclamou uma frase lapidar que resume o cerne do convívio fraterno: “Meu filho, viver é estar juntos, olhar-se, querer-se bem”.[2]

Evidentemente, as regras do bom convívio devem ser aplicadas a todas as situações de nossa vida, mas, o convívio entre filhos de uma mesma Mãe, este sim, deve ser especialíssimo!

Qual é o auge de convívioque deve almejar um verdadeiro devoto de Maria? Certamente é o enorme desejo de com Ela estar no Céu, por toda a eternidade. Mas, enquanto isso não é possível, o bom convívio entre os devotos de Nossa Senhora consiste em procurar estar o maior tempo possível junto à Ela, no período em que ainda habitamos neste “vale de lágrimas”, recebendo dEla as graças abundantes que quer nos conceder. É o que traz vida, ânimo e perseverança para a vida espiritual.

Bom convívio inefável.

Depois do grande Patriarca São José, uma das primeiras pessoas, na História, a sentir os benefícios de conviver com Maria Santíssima foram Santa Isabel e São João Batista. Com efeito, deixou Nossa Senhora a sua casa em Nazaré e dirigiu-se “apressadamente”, como narra o Evangelho de São Lucas para ajudar a sua prima e beneficiá-la com a Sua presença. Ao chegar a seu destino, foi Nossa Senhora recebida por Santa Isabel, que exclamou, cheia do Espírito Santo: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor”?(Lc 1, 39-45) Ou, em outras palavras, como posso merecer a graça de que venha me visitar a Mãe de meu Salvador? Que graça insigne, inefável, maravilhosa!

Como, então, podemos nós usufruir da graça desse convívio com Nossa Senhora?

Justamente é o que buscaram, no Domingo, dia 26 de Maio, centenas de pessoas ao se reunirem no Auditório da Uningá, em Maringá, para uma devota e abençoadíssima Tarde com Maria. O programa dessa Tarde de louvor a Nossa Senhora, constou de apresentação musical, pelo coro e banda dos Arautos de Maringá, enriquecida com alguns componentes vindos de São Paulo especialmente para a ocasião; de uma bela e singela apresentação teatral, encenada pelo setor feminino dos Arautos, e de uma Palestra, sob o tema: “As sexta e última aparição da Virgem de Fátima”.

Desde às 14 horas devotos de Nossa Senhora aguardavam com muita expectativa o início das atividades.

Durante o Evento, sacerdotes dos Arautos do Evangelho se desdobraram para atender aos penitentes que aproveitaram a ocasião para fazer uma boa confissão. A programação foi encerrada às 18h com a Santa Missa, celebrada pelo Revmo. Pe. Mário Sérgio Sperche, Superior Geral dos Arautos em Maringá.

Muitos foram os participantes – vindos de várias partes da cidade de Maringá e de cidades circunvizinhas – que testemunharam terem recebido inúmeras graças, sentindo-se renovados em sua Fé e em sua Esperança.

Certamente, Nossa Senhora nunca deixa de ouvir as súplicas e preces de seus filhos queridos! Peçamos a Ela que as boas lembranças desse convívio entre irmãos, junto à Sua Rainha Santíssima fiquem cravadas nas almas de todos – e que esta Tarde com Maria possa ser repetida inúmeras vezes, até o Triunfo do seu Imaculado Coração, como Ela prometeu em Fátima.

[1]Comentário Mons. João Clá ao Evangelho: Os discípulos de Emaus. (Revista Arautos do Evangelho, Abril/2005, n. 40, p. 6 à 11)

[2]Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. D. Lucilia. Città del Vaticano: Libraria Editrice Vaticana. 2013. Página 472.

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