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“Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” (Lc 17,19)

No último dia 13 de Outubro, Domingo, data em que se relembra a sexta aparição de Nossa Senhora em Fátima, centenas de pessoas reuniram-se no Mosteiro dos Arautos do Evangelho em Maringá, na Santa Missa das 18h, para a cerimônia solene de Consagração a Jesus Cristo, pelas mãos de Maria, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort.

Após intensa preparação, realizada em 8 semanas consecutivas – em que puderam estudar e meditar o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem,  chegou, finalmente, para a Turma n. 70, o dia de realizarem este tão esperado ato de amor e de entrega a Jesus Cristo, através de Maria Santíssima.

Durante a homilia na Santa Missa, o celebrante, Revmo. Pe. Mário Sérgio Sperche, EP, abordou vários aspectos da Liturgia, relacionando-os ao grande acontecimento daquele dia. De fato, a Consagração a Jesus Cristo, como explica São Luís Maria Grignion no Tratado, é uma perfeita renovação dos votos ou promessas feitas no Batismo:

“Disse que esta devoção podia muitíssimo bem ser chamada uma perfeita renovação dos votos ou promessas do santo Batismo.

“No seu Batismo, pela sua própria boca ou pela de seu padrinho e de sua madrinha, [o cristão] renunciou solenemente a satanás, suas pompas e suas obras, e tomou Jesus Cristo por seu Mestre e soberano Senhor, para depender d’Ele na qualidade de escravo de amor. É o que se faz pela presente devoção: renuncia-se (como está dito na fórmula da consagração), ao demônio, ao mundo, ao pecado e a si mesmo, dando-se por inteiro a Jesus Cristo pelas mãos de Maria”. (Tratado, n.126)

A característica principal da Consagração, portanto, é fazer essa entrega a Jesus Cristo por vontade própria, de forma solene. Evidentemente, a Consagração requer do consagrado um ato de Fé, pois, “exige de uma alma mais sacrifícios por Deus e a esvazia mais de si mesma e de seu amor próprio; a conserva mais fielmente na graça, e a graça nela; a une mais perfeita e facilmente a Jesus Cristo; e, enfim, é mais gloriosa para Deus, mais santificante para a alma e mais útil ao próximo”. (Tratado n. 118).

Sendo assim, os convites e advertências da Liturgia do 28º. Domingo do Tempo Comum – gratidão e Fé, tornam-se também para os Consagrados, convites para viverem, em espírito de gratidão e de Fé a Consagração que realizaram.

Nesse dia relembrou-se a sexta aparição de Nossa Senhora em Fátima. Em 13 de Outubro de 1917, Nossa Senhora apareceu pela sexta e última vez aos pastorinhos em Fátima, Portugal. Naquele dia, em que deu-se o milagre do sol, Nossa Senhora pediu, novamente, a reza diária do terço e, encerrando, com um aspecto triste aquele ciclo de aparições, disse à pequena Lúcia: “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido”. [i]

Em Fátima, Nossa Senhora prometeu o triunfo de Seu Imaculado Coração! E esse triunfo se dará à medida em que mais e mais pessoas procurarem viver com verdadeiro espírito de Fé e gratidão a sua Consagração a Nossa Senhora.

Que as alegrias deste dia maravilhoso permaneçam sempre nos corações de todos os Consagrados, e que eles se levantem a cada dia para seguir verdadeiramente a Jesus Cristo e tenham sempre presente que a Fé, através da intercessão de Maria Santíssima os salvou das armadilhas do demônio, do mundo e do pecado !

Salve Maria!

[i] Clá Dias, Pe. João. Fátima, o meu Imaculado Coração Triunfará! São Paulo: ACNSF, 2005. Pág. 32.

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