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XXXIII Domingo Tempo Comum

Resumo dos Comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, no Inédito Sobre os Evangelhos.

Católica, Apostolica, Romana e… Triunfante.

Ao anunciar aos Apóstolos as perseguições e sofrimentos que haveriam de enfrentar, Nosso Senhor tinha em vista também instruir os cristãos em todos os tempos, porque inúmeras vezes ao longo da História a proclamação do nome de Jesus Cristo, lhes trará como consequência serem injustamente presos perseguidos ou conduzidos aos tribunais. E isto chegará ao auge nos últimos tempos, pois quanto maior for a decadência moral da humanidade, inelutavelmente mais ódio haverá contra os justos, cuja mera existência já representa muda censura aos maus.

Errôneo seria pensar que durante as perseguições cabe aos bons ficarem encolhidos e timoratos, incapazes de qualquer ação. Pelo contrário, dão-lhes elas o ensejo a testemunharem com coragem a boa doutrina diante daqueles que se desviaram do caminho certo.

Ao afirmar que as portas do inferno não prevalecerão contra a sua Igreja, estabeleceu o Divino Fundador que será não apenas invencível mas sempre triunfante. Assim por mais que os infernos, não podendo destruí-la, se organizem para sufocá-la, jamais conseguirão impedir sua atuação. E sejam quais forem as aparências, a Luz de Cristo permanecerá em sua Esposa com todo o seu poder e grandeza, aguardando o momento de se manifestar de forma intensa, majestosa e irresistível.

Dois significativos episódios históricos, entre tantos outros, podem ilustrar os ensinamentos da Liturgia deste Domingo. O filósofo francês Voltaire, foi um dos mais festejados ímpios de todos os tempos. Seu ódio contra a Igreja o levou a afirmar: “Estou cansado de ouvir dizer que bastaram doze homens para implantar o Cristianismo no mundo, e quero provar que basta um para destruí-lo”. Mas, o atrevido ateu, morreu e sua ameaça caiu no vazio.

Não menos arrogante com a Esposa de Cristo foi Napoleão Bonaparte. Após ser excomungado pelo Papa Pio VII, teve a petulância de perguntar, sarcasticamente ao legado papal, Cardeal Caprara, se por causa disso iriam cair as armas das mãos dos seus soldados. Ora, segunda narram testemunhas oculares, foi o que aconteceu durante a campanha da Russia: “As armas dos soldados pareciam ser de um peso insuportável para seus braços intumescidos; em suas frequentes quedas, escapavam-lhes das mãos, quebravam-se ou perdiam-se na neve”.

E, assim, poderíamos multiplicar os exemplos mostrando “ser uma característica da Igreja, vencer quando atacada, melhor compreendida quando contestada e ganhar terreno quando abandonada”, segundo ensina o Padre Hilário de Poitiers.

Os períodos de perseguição nos convidam a depositar uma fé inquebrantável em Cristo e em sua Igreja, mas também a ama-Los de um modo todo especial. “Em tempos de grandes prevaricações”, afirma o Cardeal Goma, “até os bons se tornam tíbios. Contudo, em meio às defecções e tibiezas, perseverarão os fortes, os que guardarem a fé e os bons costumes cristãos. Estes se salvarão: ‘quem perseverar até o fim sera salvo’. Sendo constantes, obtereis a salvação”.

Ao nos situar diante de uma grandiosa perspectiva escatológica, o Evangelho deste domingo nos incita a proclamar a beleza triunfante da Santa Igreja, na confiança plena de que quem permanecer filialmente no seu seio obterá como prêmio o próprio Deus.

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