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Segundo dia do Curso de Férias

No segundo dia do Curso de Férias, que está sendo realizado no Thabor, centenas de jovens do Brasil e do mundo, puderam aprimorar e crescer na devoção ao Patriarca da Igreja: São José!

Segundo dia do Curso de Férias

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Frase da Semana: glorioso São José

“E se é verdade, o que devemos acreditar, que em virtude do Santíssimo Sacramento que recebemos nossos corpos ressuscitarão no dia do Juízo, como poderíamos duvidar que Nosso Senhor tenha feito subir ao Céu, em corpo e alma, o glorioso São José que teve a honra e a graça de levá-Lo em seus benditos braços, nos quais Nosso Senhor tanto se comprazia?”

São Francisco de Sales ¹

Bem podemos compreender, com estas palavras cheias de sabedoria, de vôo de águia e de piedade refletida, ditas por São Francisco de Sales, o quanto é elevada a santidade de São José.

Imagem de Sao José

Imagem de São José

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Feliz e Santo Natal!

Caríssimo leitor, desejamos um Feliz e Santo Natal! Nesta data tão importante para todos os cristãos, convidamos para juntos fazermos uma breve consideração a respeito do Santo Natal, voltando nossos olhos para o belo e inocente Menino Jesus, na fria gruta de Belém.

Quis Deus que o começo da meditação de todos os homens a respeito do Santo Natal fosse considerar como pequeno e pobre Aquele que é o Arqui-grande, Aquele cuja grandeza é infinita e o firmamento não pode conter. Como pode ser que um Deus tão grande e tão poderoso se fizesse tão pequeno por amor a nós? Aquele que é digno de toda honra, de toda homenagem e de toda adoração, quis nascer em uma manjedoura, sendo aquecido por um burrinho e um boizinho. É uma realidade tão alta e profunda que não conseguimos abarcá-la toda com um só olhar; tampouco com vinte mil olhares que fossem…

Se considerássemos apenas a inteligência divina de Nosso Senhor Jesus Cristo no Presépio. Se somássemos a genialidade dos maiores homens de toda a história – em todas as áreas do conhecimento humano – acrescida ainda da perfeitíssima e elevadíssima iluminação de todos os Coros Angélicos celestes, teríamos ainda uma ideia pálida e imperfeita da sublime Sabedoria do Homem-Deus, porque Ele já teve o pleno uso da razão desde o primeiro instante de sua concepção. Entretanto, é apenas um Menininho frágil e indefeso, que com um gesto simples pede um pouco de leite a Nossa Senhora, dependendo dEla inteiramente nas mínimas coisas. Oh Divino paradoxo!

Caro leitor, aqui vemos a grandeza da missão e da santidade da Santíssima Virgem: o Menino Jesus quis depender dEla em absolutamente tudo, nas mínimas coisas. Ela foi o sacrário vivo onde habitou a Sabedoria eterna e encarnada – o Deus todo-poderoso que veio ao mundo para a nossa redenção – sendo inteiramente fiel e submissa à vontade de Deus, pois Ela foi desde o princípio a “cheia de graça”. Também quis o Menino Jesus ter um Pai perfeito, descendente de Davi, que fosse o chefe da Sagrada Família – São José. O Divino Infante quis ser submisso a eles em tudo.

Peçamos a Nossa Senhora e São José neste Natal que nos conceda uma obediência completa à vontade de Deus, a exemplo do Menino Jesus, que se fez pobre e pequeno por amor a nós.

Os Arautos do Evangelho de Maringá desejam a todos as mais abundantes e especialíssimas graças nesta grande solenidade! Que o Menino Jesus nos conceda a graça de amá-Lo de todo o nosso coração, para um dia podermos contemplá-Lo eternamente no Céu. Salve Maria!

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Adoração dos Pastores

Desde nossa infância o período do Santo Natal remete a uma série de convívios familiares, dentre os quais está a montagem do Presépio. Vemos – quando crianças – serem dispostas cuidadosamente as imagens que retratam o nascimento do Salvador na Gruta em Belém; já quando adultos somos nós que realizamos essa tarefa frente o olhar compenetrado e curioso das crianças. Na Gruta estão São José e Maria Santíssima ao lado do Menino Jesus, adorando-O junto à manjedoura envolto em panos, recebendo a visita dos Reis Magos e dos pastores.

Não raras vezes o leitor – a exemplo das crianças – pode se perguntar: por que os pastores foram escolhidos para contemplar o nascimento do Filho Unigênito de Deus?

Adoração dos Pastores – Igreja de São Roque – Portugal

O Evangelho de São Lucas nos ensina que: “Naquela mesma região, havia uns pastores que velavam e faziam de noite a guarda ao seu rebanho. Apareceu-lhes um Anjo do Senhor e a glória do Senhor os envolveu com a sua luz e tiveram grande temor” (Lc 2, 4-5).

Na obra “O Inédito sobre os Evangelhos”* Mons. João Clá Dias, EP, escreve que “também Davi havia sido pastor de ovelhas, e naquela Gruta estavam três de seus descendentes, sendo um deles o Filho do Altíssimo. A corte celeste já rendera culto e homenagem ao Menino. Nascido com nossa natureza, digno e justo era que também de nossa sociedade recebesse Ele adoração.

Os pastores constituíam uma comunidade desprezada pelos fariseus. No caso concreto de Belém, trabalhavam eles nos confins da região, onde o cultivo das plantações já não interessava e as terras estavam abandonadas e incultas. Ali permaneciam os rebanhos mais numerosos, fosse inverno ou verão, vigiados por alguns homens. Os habitantes do povoado guardavam seus animais nos estábulos dos arredores. A péssima reputação dos pastores entre os fariseus provinha de várias razões. Percebe-se, de imediato, que as funções por eles exercidas não se coadunavam muito com as inúmeras abluções, lavar de mãos, purificação de vasilhas, seleção de alimentos, etc., às quais os fariseus davam tanta importância. Mas, sobretudo, eram eles homens de bom senso e mais dados à contemplação. O contato permanente com a natureza saída das mãos de Deus, na calma e tranquilidade do isolamento do campo, lhes enriquecia a alma de pensamentos elevados, conduzindo-os à elaboração de critérios sólidos, difíceis de serem destruídos pela ilogicidade caprichosa dos fariseus.

Eis em poucas palavras, os motivos pelos quais os pastores eram excluídos dos pleitos judiciais dos fariseus, não eram aceitos como testemunhas, e nem sequer podiam entrar em seus tribunais”.

Nesse instante o leitor poderia indagar: a Providência escolheu os pastores em virtude de sua condição humilde?

Encontramos a resposta prosseguindo na leitura dos escritos do Fundador dos Arautos do Evangelho: “[…] Os Anjos buscaram os pastores por terem estes uma robusta virtude da fé, toda feita de obediência. Não era fácil crer num Messias nascido em plena pobreza, num estábulo, entre um boi e um burro. Os pastores, entretanto, foram escolhidos por Deus, não por sua simplicidade de vida e de costumes, nem sequer pela sua pouca capacidade financeira – pois muitos outros havia em Israel mais pobres e simples do que eles –, mas porque estavam disposto a crer”.

Assim caro leitor, peçamos ao Menino Jesus neste Santo Natal, pela intercessão de Maria Santíssima, que a virtude da Fé em nossa vida seja inabalável e que possamos, em todos os dias de nossa existência, seguir o exemplo dos pastores na Gruta em Belém e adorar o Filho do Altíssimo que fez-Se pequenino e humilde para redimir nossos pecados.

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* Mons. João S. Clá Dias, EP. Adoração dos Pastores. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. V, Ano C, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 93-95.

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Leia Mais em: <http://www.joaocladias.org.br/MostraArtigo.aspx?id=158>

(Revista Arautos do Evangelho, Dez/2006, n. 60, p. 10 à 17)  

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Qual é a ideia central do Evangelho de São Marcos?

Estamos no Advento! Contemplemos no segundo domingo deste tempo litúrgico, as palavras do Espírito Santo, abrindo o Evangelho segundo São Marcos: “Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”.  É interessante notar que este evangelista quis atribuir destaque especial, já na primeira frase de seus escritos sagrados, a uma verdade fundamental e riquíssima em significados da nossa Fé cristã: Jesus Cristo é verdadeiro Homem e verdadeiro Deus.

Aprofundemo-nos em relação aos aspectos teológicos, históricos e espirituais que, através da sabedoria da Igreja, conseguimos haurir a partir desta pequena frase que encima o evangelho do discípulo de São Pedro.

Sabemos, pelo ensino da Santa Mãe Igreja, que os livros mais importantes das Sagradas Escrituras (Bíblia Sagrada), são os quatro Evangelhos: São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João. Estes livros sagrados têm esta importância incomparável por revelarem a vida e doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Como teria surgido na história o evangelho de São Marcos?

São Marcos Evangelista – Igreja do Sagrado Coração de Jesus – Montreal, Canadá

Este santo foi discípulo de São Pedro, convertido após a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, só conheceu a Jesus através da pregação e da pessoa de seu mestre, o primeiro Papa da Igreja. Tendo-se iniciado o apostolado com os pagãos, São Pedro e São Marcos deslocaram-se para Roma, onde se formou uma pujante comunidade cristã que, encantada com as pregações, clamava por um texto escrito que lhe perpetuasse a Palavra.

Conforme comenta Mons. João Clá Dias, “muito significativo é o fato de ter sido redigido este segundo sinóptico [Evangelho de São Marcos] em Roma, para um ambiente no qual predominavam os gentios convertidos. Com efeito, segundo narra Eusébio de Cesareia, a origem deste manuscrito está nos insistentes pedidos feitos a Marcos pelos ouvintes do Príncipe dos Apóstolos. Eles o importunaram com todo o gênero de exortações a compor um memorial escrito da doutrina que lhes fora transmitida de viva voz. E não deixaram o Evangelista em paz enquanto este não conseguiu finalizar sua tarefa”¹.

Assim, o jovem Marcos iniciou o trabalho de escrever os ensinamentos de São Pedro a respeito de Nosso Senhor, tornando-se um dos quatro evangelistas.

Por essa razão o Evangelho de São Marcos é também chamado, por alguns autores, de “Evangelho de Pedro”. O discípulo fiel reproduziu aquilo que aprendeu de seu mestre.

Eis o que comenta um sacerdote jesuíta do século passado: “Através de seu grego hebraizante, apoiados nos antigos testemunhos e no exame interno do livro, podemos reconhecer emocionados a inconfundível fisionomia de São Pedro […] Este é o Evangelho de Pedro, composto com singeleza por seu discípulo, sem pretensões literárias, a não ser reproduzir as pregações de seu mestre” ².

E qual era a ideia central do ensinamento de São Pedro, presente no Evangelho de São Marcos?

Cristo entregando as chaves a São Pedro

O leitor deve se recordar que no despontar de sua vida pública o Salvador perguntou aos seus discípulos o que diziam os homens a respeito de Sua pessoa. A par de várias respostas, foi São Pedro, por inspiração divina, o único a revelar: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16).

Eis aqui a ideia central do Evangelho de São Marcos, que aparece enunciada já no seu início: “Jesus Cristo, o Filho de Deus”. Verdadeiro Homem e verdadeiro Deus; ou seja, conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, “o nome Filho de Deus significa a relação única e eterna de Jesus Cristo com Deus, seu Pai: Ele é o Filho Único do Pai e o próprio Deus”. E acrescenta: “Crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus é necessário para ser cristão” ³.

E qual é a pedagogia adotada por São Marcos para fazer crer aos ouvintes esta verdade fundamental para todo cristão?

Nosso Senhor Jesus Cristo, em seu apostolado, confirmou a veracidade de sua doutrina e a divindade de sua Pessoa através de numerosos e estupendos milagres. Curas, conversões, expulsões de demônios, multiplicações de pães e peixes, ressurreições… Desejoso de operar a conversão e comunicar a fé às almas, São Pedro narrava estas maravilhas, inflamado pelo amor ao Mestre, que tanto o caracterizava.

São Marcos reproduziu em seus escritos esta santa pedagogia de salvação; e isto, de tal maneira, que em seu evangelho aparecerem narrações de milagres não relatados pelos outros evangelistas. Conclui o Fundador dos Arautos do Evangelho: “É este o motivo de São Marcos citar muitos milagres não relatados nos outros sinópticos, a ponto de seu livro ser conhecido como o Evangelho dos Milagres”4.

Isto posto, caro leitor, preparemo-nos com amor e piedade para celebração do Natal do Senhor. Eis que ali está, envolto em panos, reclinado em um cochinho numa gruta de Belém, Aquele que é o Filho de Deus, o Deus humanado, Rei do Céu e da Terra.

E, pelos rogos da Mãe de Deus, Maria Santíssima e de São José, unidos com a Igreja, rezemos:

Ó Deus todo poderoso e cheio de misericórdia, nós vos pedimos que nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do vosso Filho, mas, instruídos pela vossa sabedoria, participemos da plenitude de sua vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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Veja o vídeo da Homilia de Mons. João Clá Dias, referente ao Primeiro Domingo do Advento:

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¹ Mons. João S. Clá Dias, EP. A voz que clama no deserto In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. III, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2014, p. 33.

² Padre José Caballero, SJ. Introduccion. In Maldonado, SJ. Juan de. Comentarios a lós Cuatro Evangelios. Evangelios de San Marcos y San Lucas. Madrid: BAC, 1951, v.II, p.3.

³ Catecismo da Igreja Católica. E em Jesus Cristo, seu Filho Único, Nosso Senhor. Tópico n. 454. 11a. edição. São Paulo: Loyola, 2001, p. 128.

4. idem, Mons. João Clá Dias, EP,. p. 34

5. Oração. 2° Domingo do Advento. Liturgia das Horas. 1999: Editora Vozes, Paulinas, Paulus, Editora Ave Maria, v. I, p. 164.

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Leia a Homilia referente ao Segundo Domingo do Advento: http://pejoaocladiassermoes.blogspot.com.br/2014/11/comentario-ao-evangelho-ii-domingo-do_28.html

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