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Festa do Batismo do Senhor

Resumo dos Comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, no Inédito Sobre os Evangelhos.

A comemoração do Batismo de Nosso Senhor encerra com chave de ouro o Tempo do Natal. Grande festa para os católicos, porque é neste Batismo que está incluído o nosso e, portanto, o início da participação de cada um na vida de Deus. Adão fechou as portas do Paraíso Celeste aos seus descendentes, mas Nosso Senhor, com a encarnação, abriu-as outra vez, tornando possível aos homens, com seu divino auxílio e proteção, gozar do convívio com Ele, com o Pai e o Espirito Santo, com os Anjos e os Bem-aventurados por toda eternidade.

Somos verdadeiros filhos de Deus!

Toda a pregação de Nosso Senhor e da Igreja tem como núcleo o convite para sermos filhos de Deus pelo Batismo. Este é um dos maiores milagres que é possível fazer. Se alguém transformasse um pedregulho em colibri, faria um milagre muito menor do que o operado pelo Batismo. Entre a pedra e o colibri há certa proporção, pois ambos pertencem a natureza material. Mas, tornar uma criatura humana partícipe da natureza divina é um salto infinito, que Nosso Senhor nos concede pelo Batismo.

Sim, por meio do Sacramento, Deus enxerta em nós sua própria vida. Não, portanto, à maneira de um reboco a uma parede e que de si não a modifica interiormente, mas como se alguém, por milagre, injetasse ouro nessa mesma parede, a ponto de não mais se ver areia ou reboco, mas tão só o precioso metal. Esta figura é ainda inadequada e pobre para exprimir o que se opera na alma quando lhe é infundida uma qualidade sobrenatural que a torna deiforme, ou seja, semelhante a Deus em sua própria divindade. E com a Graça Santificante, a alma recebe, por ação divina, as virtudes – fé, esperança, caridade, prudência, justiça, fortaleza, temperança – e os dons do Espírito Santo – sabedoria, entendimento, ciência, conselho, piedade, fortaleza, temor – pelos quais passa a agir como Deus.

Pelo Batismo, somos herdeiros de Deus. Atualmente vivemos em uma sociedade que se esqueceu dessa verdade e que vive no pecado, especialmente os da impureza, a revolta contra Deus e o igualitarismo. Nela a humanidade ignora o que há de principal na existência: o chamado para essa filiação divina. Quanto precisaríamos crescer na devoção ao nosso Batismo, ao Batismo dos outros com quem nos relacionamos! Que veneração deveríamos conservar pela pia batismal onde fomos batizados! Como teríamos de celebrar com fervor o dia do nosso Batismo, considerando-o muito mais importante do que o dia do nosso nascimento, porque nele nascemos para a vida sobrenatural, nascemos para o céu! Eis a maravilha que nos lembra o Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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