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Da homilia de Pentecostes, do inesquecível Papa João Paulo II

Vinde, ó Espírito Santo,
E enviai do Céu
Um raio de vossa luz.
Vinde, Pai dos pobres,
Vinde, dispensador dos dons,
Vinde, luz dos corações.

Consolador por excelência,
Doce hóspede da alma,
Nosso doce refrigério.

No trabalho sois repouso;
No ardor sois calma;
No pranto, consolo.

Ó luz beatíssima,
Penetrai até o fundo do coração
Dos que Vos são fiéis.

Sem vossa graça,
Nada há no homem,
Nada que não lhe seja nocivo.
Lavai o que é impuro,
Fecundai o que é estéril,
Ao que está ferido, curai.

Dobrai o que é rígido,
Aquecei o que é frio,
E o que se extraviou, guiai.

Dai aos que Vos são fiéis,
E em Vós confiam,
Os sete dons sagrados.

Dai-lhes o mérito da virtude,
A salvação no termo da vida,
A eterna felicidade. Amém
.

João Paulo IIO inesquecível Papa João Paulo II, na homilia do domingo de Pentecostes, em 31 de maio de 1998, teceu estes belos comentários sobre esta conhecida seqüência cantada pela Igreja no dia de Pentecostes:

Veni, Sancte Spiritus!

Iniciando assim a sua invocação ao Espírito Santo, a Igreja toma como seu o conteúdo da oração dos Apóstolos reunidos com Maria no Cenáculo; mais ainda, prolonga-a na História e torna-a sempre atual.

Veni, Sancte Spiritus!

Assim continua a repetir em cada canto da terra com imutável ardor, firmemente consciente de dever permanecer de forma ideal no Cenáculo, em perene espera do Espírito. Ao mesmo tempo, ela sabe que do Cenáculo deve sair pelas estradas do mundo, com a tarefa sempre nova de dar testemunho do mistério do Espírito.

Veni, Sancte Spiritus!

Oramos assim com Maria, santuário do Espírito Santo, preciosíssima morada de Cristo entre nós, para que nos ajude a ser templos vivos do Espírito e testemunhas incansáveis do Evangelho.

(Revista Arautos do Evangelho, Maio/2005, n. 41, p. 2)

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