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Arcebispo de Maringá completou 59 anos de vida, no domingo, em Roma

Maringá ( Gaudium Press) No domingo, dia 19 de fevereiro, o arcebispo de Maringá (PR), dom Anuar Battisti, completou 59 anos de vida. Este ano, a data será comemorada de forma especial, visto que o arcebispo está em Roma, onde participou das celebrações do Consistório Ordinário Público para a criação de 22 novos cardeais na Basílica de São Pedro. Entre os cardeais que foram criados está o terceiro Arcebispo de Maringá, Dom João Braz de Aviz, atual prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, amigo de dom Auar.

De acordo com o Departamento das Celebrações Litúrgicas, que anunciou o programa do Consistório no Vaticano, do dia 18 de Fevereiro, às 10h30, na Basílica de São Pedro, o Papa Bento XVI presidiu o Consistório Ordinário Público para a criação de vinte e dois novos cardeais, com a imposição do barrete, a entrega do anel e a atribuição do Título ou Diaconia.

Dom Anuar Battisti

Nasceu em Alto Honorato, município de Lajeado – RS, aos 19 de fevereiro de 1953. É o terceiro de oito filhos de Aniceto Battisti e Edorilda Knipof dos Santos, casal de profunda vida cristã. Tem uma irmã, Lourdes, religiosa da Congregação de São Carlos, e um irmão, José, sacerdote da Sociedade do Apostolado Católico (padres palotinos).

Cursou Filosofa em Curitiba, nos anos de 1974 a 1976, residindo no Seminário Rainha dos Apóstolos, no bairro Seminário. Em 1977 e 1978 cursou Teologia no Studium Theologicum. De outubro de 1978 a março de 1979, participou da escola sacerdotal do Movimento Focolare, em Frascati, na Itália.

Completou sua formação teológica nos anos de 1979 e 1980, na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Foi ordenado sacerdote, do clero diocesano de Toledo, no dia 8 de dezembro de 1980, pela imposição das mãos de dom Geraldo Majella Agnelo.

Em 15 de abril de 1998, por escolha do Papa João Paulo II, foi nomeado bispo diocesano de Toledo, sendo empossado no mesmo dia da ordenação episcopal, a 20 de junho daquele ano.

No dia 29 de setembro de 2004, foi nomeado para a sede arquiepiscopal de Maringá. Tomou posse como arcebispo, em missa solene, na Catedral de Maringá, em 24 de novembro. Dom Anuar é o quarto Arcebispo de Maringá.

Dom Anuar Battisti cumprimentando Bento XVI

Dom Anuar Battisti cumprimentando Bento XVI

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O Advento – Exortação à Vigilância

Comentário ao Evangelho — I domingo do Advento


O Advento

Monsenhor João CláNa abertura do ano litúrgico, Jesus nos exorta a estarmos sempre vigilantes, pois a hora do Juízo chegará de repente, quando menos esperarmos. Um dos pontos para os quais devemos voltar nossa vigilância, segundo o alerta de vários Papas, é a ação dos meios de comunicação social, que muitas vezes invadem nossas almas e nossos lares propagando mensagens e influências contrárias à fé e à moral.

Mons. João Scognamiglio Clá Dias

“Evangelho”

Exortação à Vigilância

33 Estai de sobreaviso, vigiai, porque não sabeis quando será o momento. 34 Será como um homem que, empreendendo uma viagem, deixou a sua casa, delegou a autoridade aos seus servos, indicando a cada um a sua tarefa, e ordenou ao porteiro que estivesse vigilante. 35 Vigiai, pois, visto que não sabeis quando virá o senhor da casa, se de tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; 36 para que, vindo de repente, não vos encontre a dormir. 37 O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai! (Mc 13, 33-37).

I – As duas vindas de Nosso Senhor

O círculo e o losango são as mais perfeitas figuras geométricas segundo o conceito de São Tomás de Aquino, pois representam o movimento do efeito que retorna à sua causa. Cristo é a mais alta realização dessa simbologia porque, além de ser o princípio de todo o criado, é também o fim último. Daí encontrarmos, tanto no término do ano litúrgico, como em sua abertura, os Evangelhos que transcrevem as revelações de Jesus sobre sua última vinda.

___A penitência, na expectativa do Natal

A Igreja não elaborou suas cerimônias através de um planejamento prévio. Organismo sobrenatural como é, nascido do sagrado costado do Redentor e vivificado pelo sopro do Espírito Santo, possui uma vitalidade própria com a qual se desenvolve, cresce e se torna bela, de maneira orgânica. Assim foi-se constituindo o ano litúrgico ao longo dos tempos, em suas mais diversas partes. Em concreto, o Advento surgiu entre os séculos IV e V como uma preparação para o Natal, sintetizando a grande espera dos bons judeus pelo aparecimento do Messias.

À expectativa de um grande acontecimento místico-religioso, corresponde uma atitude penitencial. Por isso os séculos antecedentes ao nascimento do Salvador foram marcados pela dor dos pecados pessoais e do de nossos primeiros pais. Mais marcante ainda se tornou o período anterior à vida pública do Messias: uma voz clamante no deserto convidava todos a pedirem perdão de seus pecados e a se converterem, para que assim fossem endireitados os caminhos do Senhor.

___Esperança pervadida pelo desejo de santidade

Para estarmos à altura do grandioso acontecimento natalino, é indispensável colocarmo-nos diante da perspectiva dos últimos acontecimentos que antecederão o Juízo Final. Daí o fato de a Igreja durante muito tempo ter cantado na Missa a seqüência “Dies Irae”, a famosa melodia gregoriana.

Primeira e segunda vindas de Jesus se unem diante de nossos horizontes neste período do Advento, fazendo-nos analisá-las quase numa visão eterna; talvez, melhor dizendo, de dentro dos próprios olhos de Deus, para Quem tudo é presente. Eis algumas razões pelas quais se entende a escolha do roxo para os paramentos litúrgicos, nessas quatro semanas. É tempo de penitência. E por isso o Evangelho de hoje nos fala da vigilância, por não sabermos quando retornará o “senhor da casa”. É indispensável que não sejamos surpreendidos dormindo.

___Veio como réu, voltará como Juiz

É preciso considerar que o Senhor não virá como Salvador, mas sim como Juiz, não só enquanto Deus, mas também enquanto Homem, tal como nos explica São Tomás: “Havendo, pois, (Deus) colocado Cristo-Homem como cabeça da Igreja e da humanidade, e havendo-Lhe submetido tudo, concedeu-Lhe também — e com maior direito — o poder judicial” (1). “Cristo mereceu, ademais, esse ofício, por haver lutado pela justiça e haver vencido, ao ser sentenciado injustamente. ‘O que esteve de pé ante um juiz — diz Agostinho — se sentará como juiz, e o que caluniosamente foi chamado réu, condenará os réus autênticos’” (2).

Nosso Senhor Jesus Cristo será o Grande Juiz, em sua humanidade santíssima unida hipostaticamente à Sabedoria divina e eterna. Assim, conhece Ele os segredos de todos os corações, tal qual escreve São Paulo aos Romanos: “No dia em que Deus julgará, por Jesus Cristo, as ações ocultas dos homens” (Rm 2,16).

Ele aparecerá em toda a sua glória, pois, em sua primeira vinda, porque se dispunha a ser julgado, revestiu-se de humildade. Portanto, deverá revestir-se de esplendor, ao retornar como Juiz (3). Pondera ainda São Tomás que, ao nascer em Belém, o Filho se encarnou para representar nossa humanidade junto ao Pai, mas, no fim do mundo, Ele virá aplicar a nós a justiça do Pai; por isso deverá demonstrar a glória de embaixador do poder eterno de Deus.

___Consideração benfazeja, tanto para os bons quanto para os maus

Nada será esquecido, os mínimos pensamentos ou desejos serão relembrados com vigor de realidade. Ações e omissões, a respeito de Deus, do próximo e até de nós mesmos. O Divino Juiz não deixará uma só vírgula sem análise, sem ser devidamente pesada. E para cada um proferirá de público uma inapelável e definitiva sentença. Alguns à sua direita, outros à esquerda. Destes últimos, quantos ali estarão por terem procurado um prazer fugaz, ou por terem se recusado a fazer um esforço insignificante? É preciso levar em conta que esse trágico panorama do Juízo Final será uma repetição pública do juízo particular de cada um.

Mas, por outro lado, quanta alegria terão os bons! “Os padecimentos do tempo presente nada são em comparação com a glória que há de se manifestar em nós” (Rm 8, 18). Os corpos dos justos estarão livres das fraquezas e enfermidades, serão imortais e espiritualizados, assimilados à luz de Cristo. Ao se verem reunidos em Maria e em Jesus, sentir-se-ão inundados de gozo e alegria, naquele dia de triunfo.

Daqui se conclui o quanto é benfazejo, tanto para os maus como para os bons, considerar de frente essa segunda vinda do Senhor. Para uns talvez lhes comova o temor de Deus, para outros poderá alentá-los, em meio às dores e dramas desta vida, a esperança dessa apoteótica cerimônia.

Estes são os antecedentes que explicam o Evangelho de hoje.

II – Comentário ao Evangelho

33 Estai alerta! Vigiai, porque não sabeis quando será o momento.

Enquanto discípulo muito íntimo de Pedro, Marcos transmite em seu Evangelho — que, aliás, foi o primeiro a ser escrito e divulgado — a síntese das pregações de nosso primeiro Papa. Sua ênfase no “Estai alerta! Vigiai …”, tem origem no empenho especial manifestado por seu mestre nos últimos anos de vida, na cidade de Roma. Esse cuidado, pervadido de zelo pelas almas, cumprindo o mandato do Senhor: “Apascenta as minhas ovelhas”, visava aos problemas que então cercavam o nascimento da Igreja.

Sem nos determos na análise da história de há quase dois milênios, voltemos nossos olhos para os dias da atualidade.

A vigilância, virtude auxiliar da prudência, enquanto se identifica com a solicitude, tem um importante papel em nossa vida espiritual e moral. Ademais, a prudência tem estreita ligação com a vida social do homem. Sobre quais objetivos deveria se exercer a prática dessa virtude neste começo de terceiro milênio? Quase não há um só momento em que possamos baixar nossa guarda.

____Ação deletéria dos meios de comunicação social

De há muito — com a evolução da técnica e das descobertas científicas — os meios de comunicação social têm-se prestado a uma perigosa e atraente apresentação do mal e do pecado. Já na época de Leão XIII — fins do século XIX — encontramos a clara manifestação da preocupação daquele Papa de saudosa memória:

“Acrescentemos a isso estas seduções do vício, estes funestos convites ao pecado: aludimos às representações teatrais nas quais se exibem a impiedade e a licenciosidade, aos livros e aos jornais escritos com o propósito de ridicularizar a virtude e glorificar a infâmia, e a todas as artes que, inventadas para as necessidades da vida e dos honestos espairecimentos do espírito, colocaram-se a serviço das paixões para subornar as almas” (6).

Quatro anos mais tarde, nova declaração:

“Enfim, a ordem social está rompida até seus fundamentos. Livros e jornais, escolas e cátedras de ensino, círculos e teatros, monumentos e discursos, fotografias e belas-artes, tudo conspira para perverter os espíritos e corromper os corações” (7).

Outro Papa, sempre de saudosa memória, Paulo VI, assim se refere a esses males:

“Ao mesmo tempo em que esses instrumentos — destinados por sua natureza a difundir o pensamento, a palavra, a imagem, a informação e a publicidade — influenciam a opinião pública e, por conseguinte, o modo de pensar e de atuar dos indivíduos e dos grupos sociais, exercem também pressão sobre os espíritos que incide profundamente sobre a mentalidade e a consciência do homem, já incitado por múltiplas e opostas solicitações e quase submergido nelas.

“Quem pode ignorar os perigos e os danos que esses instrumentos, mesmo nobres, podem acarretar a cada um dos indivíduos e à sociedade, caso não sejam utilizados pelo homem com responsabilidade, com reta intenção e de acordo com a ordem moral objetiva? (…)

“Pensamos sobretudo nas jovens gerações, que procuram, não sem dificuldades e às vezes com aparentes ou reais extravios, uma orientação para suas vidas de hoje e de amanhã, e que devem poder tomar decisões, com liberdade de espírito e com senso de responsabilidade. Impedir ou desviar sua difícil procura com falsas perspectivas, com ilusões enganosas, com seduções degradantes, significaria decepcionar suas justas esperanças, desorientar suas nobres aspirações e mortificar seus generosos impulsos.” (13)

____Campo de batalha para mestres e confessores

É um convite, pois, para que todos nós sejamos vigilantes no tocante à imprensa, aos livros e revistas provocativas, à televisão, à rádio, à internet, etc.

E nunca é demais sublinhar o que foi dito por Pio XI, citado logo atrás, a respeito dos malefícios causados ao próprio uso das faculdades da alma (produzindo, por exemplo, a decadência intelectual), quando esses veículos de comunicação são mal empregados.

Esse é um grande campo de batalha para os confessores, os diretores de consciência, os pais, os mestres, os formadores, os apóstolos, etc.: “Estai alerta! Vigiai…” Tanto mais que não se sabe “quando será o momento”.

34 Será como um homem que, empreendendo uma viagem, deixou a sua casa, delegou a autoridade aos seus servos, indicando a cada um a sua tarefa, e ordenou ao porteiro que estivesse vigilante.

Segundo os Padres da Igreja, foi Jesus quem “deixou a sua casa”, ao subir aos céus. E a nós, deu-nos o encargo de vigiarmos. Nossa primeira obrigação recai sobre nós mesmos. De nada nos adianta rezar se não nos afastamos das ocasiões que podem nos levar ao mal. Além disso, cada um de nós, em sua função, tem responsabilidade sobre outros: patrões sobre empregados, pais sobre filhos, mestres sobre alunos, etc.

Os Pastores são representados pela figura do porteiro, a qual também simboliza o nosso dever de velarmos por nossos próprios corações.

35 Vigiai, pois, visto que não sabeis quando virá o senhor da casa, se de tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; 36 para que, vindo de repente, não vos encontre a dormir.

Não é só neste trecho que Jesus repete de forma imperativa seu conselho de vigilância. Os quatro Evangelhos contêm várias passagens relativas a esse empenho do Divino Mestre. Aqui, em concreto, as circunstâncias são descritas com certa variedade e de maneira metafórica. O importante é não sermos apanhados dormindo por ocasião de uma visita imprevista.

Essa advertência tem um real fundamento. A criatura humana, ao pecar, não recebe um castigo de imediato. Por isso o pecado vai aos poucos se transformando em habitual e, no fim, se torna um inveterado vício. Por uma necessidade de racionalizar e, assim, aquietar sua própria consciência, a pessoa acaba por atribuir a Deus o juízo relativista que elaborou para justificar-se.

Jesus, apesar de conhecer bem o pecado de cada um de seus irmãos e até de odiá-lo, cala-se por amor à salvação destes, para conceder-lhes mais oportunidades de se emendarem. Ora, sem vigilância, esse processo de regeneração é impossível. É preciso que Jesus não nos “encontre a dormir”, ou seja, entibiados nos vícios…

37 O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!

Assim termina o cap. XIII de Marcos. O capítulo seguinte será a descrição de toda a Paixão.

Neste versículo se encontra o caráter universal dos conselhos proferidos por Jesus a propósito da suma importância da vigilância em face não só do fim do mundo, mas também do fim de cada um de nós. Todos nós morreremos. Em que momento, não o sabemos. Estejamos alertas! Nesse dia nos encontraremos com Jesus; será o nosso juízo particular. Não será o único, pois Ele quer dar um caráter público e social ao julgamento, daí haver um segundo juízo.

III – Conclusão

Em nosso egoísmo, somos levados a nos considerar o centro de nossas atenções e preocupações, mas a essência de nossa vida cristã é social: “Amai-vos, uns aos outros” (Jo 13, 34; 15, 12; 15, 17); ou: “Quem ama ao próximo, cumpriu a lei” (Rom, 13, 8). Jesus pesa nossos atos em função de nossa misericórdia com o próximo, ou seja, Ele usa, para nos julgar, de um critério social.

Deus distribui seus bens de forma desigual aos homens, para que uns possam dispensar e outros receber. Isso se passa não só no campo material como também, e sobretudo, no campo cultural e espiritual. Pela misericórdia e justiça unidas, seremos nós julgados diante de todos os anjos e homens.

Preparemo-nos, pois, neste Advento, para receber Jesus que vem na plenitude de sua misericórdia, e roguemos Àquela que O traz a este mundo sua poderosa intercessão para o nosso segundo encontro com Ele, quando vier de improviso, na plenitude de sua justiça.

1) Suma Teológica, III q 59, a 2

2) Suma Teológica, III q 59, a 3

3) Cf. Suma Teológica, Supl. q 90, a 2.

4) Serm. 18,1: PL 38, 128-129.

5) Sto. Hilário, 9, de Trinit.

6) Exeunte iam anno, 25 de dezembro de 1888.

7) Carta ao povo italiano, 8 de dezembro de 1892.

8  ) Vigilante cura, n. 18.

9) ibid., n. 19.

10) ibid., n. 21.

11) ibid., n. 25.

12) À Ação Católica Italiana, 12 de outubro de 1952.

13) Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, 1º de maio de 1967.

14) Mensagem para o 38º Dia Mundial das Comunicações Sociais, 24 de janeiro de 2004.

15) Instrução de 30/3/1992, Introdução.

(Extraído da Revista Arautos do Evangelho  –  nº 47 – Novembro 2005 – resumido)

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“Quem conheceu o jovem Galileu nunca mais o abandona”, diz arcebispo de Maringá em carta aos jovens.

Maringá (Terça-Feira, 22-11-2011, Gaudium Press) O arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, escreveu recentemente uma carta aos jovens com o título “Caminho para a felicidade”. Na carta, que está sendo distribuída à juventude pelas 55 paróquias da Arquidiocese, o arcebispo apresenta Jesus Cristo com uma linguagem simples e cativante.

anuar O prelado inicia o texto afirmando que o ser humano conhece uma pessoa pelos olhos, e nos olhos dos jovens há algo que ninguém tem: o encanto pela vida. “Fico admirado ao ver você, com tanta energia e coragem, com tanto desejo de realização, com tanta vontade de ser alguém. Você tem sede de transformação, você deseja ser alguém e alguém importante. Isso é bacana demais. Ao mesmo tempo me preocupo com você. Sim, me preocupo porque lhe quero bem e quero o seu bem e que você pratique o bem”, diz Dom Annuar

É em função dessa preocupação que Dom Anuar propõe um caminho, um estilo de vida, que vai abrir novas perspectivas de realização para a juventude. “Tenho certeza de que você já ouviu falar, já leu a respeito dele, já o conhece. E se acaso não o conhece, vai conhecê-lo em breve. Ele tem vários nomes, mas eu gosto de chamá-lo o jovem Galileu. Ele viveu 33 anos, e em três anos fez uma verdadeira revolução”.

O arcebispo explica que Jesus viveu como nós em tudo, menos no pecado. Segundo ele, o jovem Galileu passou por esta terra, pisou nela, chorou, ficou feliz, “brigou”, falou a verdade, rezou noites inteiras, deixou multidões fascinadas pela sua palavra, promoveu a justiça e combateu os males até o fim. Dom Anuar ainda ressalta que Jesus Cristo amou a todos: pobres, doentes, estrangeiros, jovens, idosos, inimigos, pois a sua missão foi amar a todos.

“Jovem, você hoje é chamado a escolher. Escolhas não são fáceis. Custam sofrimento, sacrifício e um monte de renúncias. Mas são necessárias. Você pensa, por exemplo: O que vou estudar, que profissão vou exercer, que família quero constituir, como serei uma pessoa realizada. Nessas encruzilhadas da vida é que você pode contar com o jovem Galileu que deu a vida por você, que o ama e quer a sua felicidade”, enfatiza o prelado na carta.

Para o arcebispo, o jovem que conhece Jesus e o aceita nunca mais o esquece, “porque ele toma conta da sua vida, torna-se solidário com o jovem, fazendo-o ver o mundo com olhos diferentes”. Dom Anuar ainda destaca no texto que é “Jesus quem torna o jovem capaz de amar e de ser uma pessoa do bem” e, que, portanto, a juventude não deve deixar para escolher mais tarde o jovem Galileu como seu companheiro de viagem.

“Sei que você é um jovem de fé e na fé você pode tomar decisões radicais, para sempre. Neste caminho, quero contar com você como discípulo apaixonado pelo jovem Galileu, Jesus de Nazaré. Você não está sozinho. Na comunidade da Igreja há um grande número de jovens como você, que já fizeram essa escolha. Ame a sua Igreja. Ela é um presente de Deus. É lugar do encontro, da experiência de fé, dos irmãos que se querem bem”, diz.

Por fim, o arcebispo afirma que o jovem ao escolher Jesus se tornará também um missionário, que irá conquistar para Jesus outros jovens que buscam matar a sede de felicidade em outros caminhos e sempre se dão mal. “Querido jovem, eis o caminho da felicidade. Não perca tempo, a sua vida é preciosa. Quem conheceu o jovem Galileu nunca mais o abandona”, conclui.

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Ajudemos as almas benditas

Não devemos pensar só no nosso destino pessoal, mas também nos perguntarmos como podemos ajudar aquelas almas que já estão à espera da libertação. Elas não podem fazer nada por si, pois estão impossibilitadas de alcançar méritos, e dependem de nós. Interceder por elas é uma belíssima e valiosa obra de misericórdia: de certo modo, não há ninguém mais carente do que elas. O costume de rezar pelas almas dos falecidos vem do Antigo Testamento.

Também diversos Padres da Igreja promoveram essa prática, como São Cirilo de Jerusalém, São Gregório de Nissa, Santo Ambrósio e Santo Agostinho. No século XIII, o Concílio de Lyon ensinava: “As almas são beneficiadas pelos sufrágios dos fiéis vivos, quer dizer, o sacrifício da Missa, as orações, esmolas e outras obras de piedade, as quais, segundo as leis da Igreja, os fiéis estão acostumados a oferecer uns pelos outros”.

Como é bela a devoção às benditas almas do Purgatório! É agradável a Deus e nos beneficia também, levando-nos à verdadeira dimensão cristã da existência, fazendo-nos viver em contato e comunhão com o sobrenatural, e com o futuro, no sentido mais pleno da palavra. Como essas pobres almas nos ficarão agradecidas ao receber nosso auxílio! Poderão ser nossos parentes, ou até mesmo nossos pais. Poderá ser alguém que não conhecemos, e que nos dará uma afetuosa acolhida na eternidade. No Céu, e enquanto ainda estiverem no Purgatório, elas rezarão por nós, com todo o empenho, pois Deus lhes dá essa possibilidade.

Nossa Senhora_almas-do-purgatorio_.jpgConcluindo, gostaria de fazer ao prezado leitor uma proposta: reze por essas almas necessitadas, ofereça- lhes Missas, dê esmolas por elas, faça sacrifícios e consiga que outras pessoas se tornem devotas fervorosas das almas benditas. Sabe quem será o maior beneficiado? Você mesmo!

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“Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do
inferno”. Não obstante, para beneficiar-se deste
privilégio, é preciso usar o Escapulário com
reta intenção.
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"Tendes muito trabalho que fazer! Alimentai- vos bastante."

Os seculares têm mais necessidade
de comungar do que os que vivem em retiro,
porque, continuamente no campo de batalha,
precisam fortificar-se e munir-se de boas armas
a fim de não sucumbir.

Ostensório

Assim, aos homens de negócio, aos
magistrados, aos jovens,
tão expostos no
turbilhão do mundo, eu diria:

Comungai todos os dias, e, se for possível, dez vezes
por dia!
Tendes muito trabalho que fazer! Alimentai-
vos bastante.

Considerai a Comunhão
um meio de vos sustentar, de vos fortificar,
e não um ato de virtude elevado e difícil.
E visto que a Santa Comunhão não vos
é proposta para recompensar virtudes,
deveis comungar porque sois fracos e vos
sentis sobrecarregados dos trabalhos da
vida cristã. Comungai,
portanto, não porque
sois santos, mas para vos tornardes
santos.


Jesus Cristo vos convida à Comunhãocomunhão
dizendo: “Vinde a Mim vós todos que estais
acabrunhados de fadiga e Eu vos aliviarei!”
(Mt 11, 28).

(São Pedro Julião Eymard)

(Revista Arautos do Evangelho, Jun/2006, n. 54, p. 2)

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