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As palavras e a vida de Santa Catarina de Sena

Caríssimo leitor, após ler a frase estampada abaixo, procure se perguntar qual teria sido a fisionomia moral de quem assim se expressou, se era uma pessoa boa, santa ou o contrário. É de se crer que não terá a menor dificuldade em responder com todo o acerto. Vejamos:

“Quem possui o amor de Deus, nele encontra tanta alegria que cada amargura se transforma em doçura e cada grande peso se torna leve. E isto não nos deve surpreender porque, vivendo na caridade, vive-se em Deus!” ¹

Justamente, caro leitor, acertou! De fato certas palavras, especialmente, só podem desabrochar de almas puras, límpidas, habituadas às perspectivas espirituais e sobrenaturais da existência.

Com efeito, os ensinamentos expressos pelos santos vêm repletos de unção e bênçãos, produzindo um refrigério na alma. E de onde vem este “poder” da voz dos santos? Vem do Espírito Santo, que premia suas palavras com a ação da graça, em atenção à autenticidade de vida e à coerência que encontra nestas almas.

Mas afinal: de quem são estas palavras?

Santa Catarina de Sena

São elas proferidas pela grande Santa Catarina de Siena, irmã terceira da Ordem dos Pregadores, nascida em 25 de março (Festa da Encarnação) de 1347, na cidade de Siena (localizada na atual Itália). Ela é co-patrona da Europa, da Itália e uma das quatro mulheres doutoras, “um título que o Papa concede a quem deu sua contribuição não apenas para uma época da história, mas sim para todos os tempos”.² Sua festa é celebrada no dia 29 de abril.

Comprove o quanto a frase dita por nossa Santa é magnificamente levada à prática quotidiana durante sua vida. Contemple apenas estes dois fatos narrados pelo Padre Francisco Alves, C.SS.R.³

Conta-nos o Sacerdote que havia uma sua co-irmã da Ordem Terceira que tinha muita inveja de Catarina. Não raro é encontrar pessoas que ficam ao menos bastante magoadas ou até ressentidas de forma exacerbada quando se sentem vítimas deste triste vício. No entanto, qual foi a reação dessa alma de escol para com aquela pobre irmã? “Santa Catarina redobrou as demonstrações de caridade”, obtendo com suas orações e penitências que aquela alma se salvasse”.

Passados os dias, morreu aquela irmã. E Deus permitiu que Santa Catarina visse como estava a alma da defunta: “era tão brilhante que palavra alguma poderia traduzir a sua formosura”.

E Nosso Senhor disse-lhe: “Minha filha querida, eis a alma que recuperei graças a ti. Vê como está linda e preciosa. Se Eu, que sou a suprema beleza, me deixei arrebatar pela formosura das almas, a ponto de descer à terra e morrer, para assegurá-las, com quanto mais razão deveis trabalhar uns pelos outros, para que tão admiráveis criaturas não se percam”.

Tal foi o encanto da Santa, que ao encontrar-se com seu confessor, o Beato Raimundo de Cápua, exclamou: “Ó Padre! Se pudésseis ver a beleza de uma alma em estado de graça, daríeis cem vezes a vossa vida, se necessário fosse, para assegurar-lhe a salvação”.

Caro leitor, como não ver neste fato tão eloqüente de Santa Catarina de Siena, a veracidade de suas palavras: quem vive no amor de Deus, nele encontra a verdadeira alegria. Que ela peça por você amigo leitor, para mim, por toda a humanidade, para vivamos na caridade, vivamos no amor de Deus.

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¹ Santa Catarina de Sena. Disponível em: <http://www.arautos.org/especial/46358/Santa-Catarina-de-Siena.html> Acesso em 10 Abril 2015.

² Os pensamentos de Santa Catarina de Sena aplicados ao século XXI. Disponível em: < http://www.gaudiumpress.org/content/35781-Os-pensamentos-de-Santa-Catarina-de-Sena-aplicados-ao-seculo-XXI> Acesso em 10 Abril 2015.

³ Pe. Francisco Alves, C.SS.R. A beleza da alma. In: ____. Tesouro de Exemplos. v. II, 2. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1960, p. 246.

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Um conselho de Santo Afonso para suportar os sofrimentos

Santo Afonso Maria de Ligório

Quantos são os homens e mulheres que se sentem angustiados pelos sofrimentos, sejam físicos ou morais, que qualquer homem neste “vale de lágrimas” encontra ao longo de sua existência.

Destes sofrimentos não está livre nem mesmo um Santo. E assim se deu com Santo Afonso Maria de Ligório, cuja festa é celebrada neste mês de agosto (dia 1°).  Vejamos um conselho deste Bispo e Doutor da Igreja, que ao longo da vida se destacou pela devoção a Nossa Senhora, em louvor da qual escreveu uma de suas mais belas obras: “Glórias de Maria”¹.

O que faz a diferença entre os sofrimentos de um Santo e um pecador?

O exemplo de Santo Afonso ilustra e nos indica como suportarmos bem os sofrimentos. Conta-nos o Padre Francisco Alves, CJJR que Santo Afonso dizia:

“Quando se tem nas mãos o Crucifixo, já não se quer descer da cruz. Quem contempla as chagas de Jesus esquece as próprias feridas”2.

Crucifixo da Casa dos Arautos do Evangelho de Maringá

Sim, aqui está a melhor forma ou, podemos afirmar, a única maneira de suportarmos nossos sofrimentos com paz de alma. Sigamos o exemplo de Santo Afonso, que tanto aprendeu da Mãe Dolorosa.

Ela sofreu a incomparável dor de ver seu Divino Filho crucificado, fixou nEle seu olhar e esqueceu-se de si mesma na contemplação e no supremo enlevo por Cristo Jesus Crucificado.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ João Clá Dias, EP. Santo Afonso Maria de Ligório: um modelo de perseverança.

 http://santossegundojoaocladias.blogspot.com.br/2011/06/santo-afonso-maria-de-ligorio-um-modelo.html – Acesso em 1° ago 2014.

² Pe. Francisco Alves, C.SS.R, Tesouro de Exemplos. v. II, 2. Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1960, p. 136.

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