Curso de Férias 2018: Unidos sob o olhar do capitão
Sons desafinados, fora do tempo e do compasso, músicos que mal sabem o que fazer com os instrumentos que possuem nas mãos. Esta foi a primeira cena do terceiro dia do Curso de Férias. Após uns instantes, um experiente Senhor entra no palco e com esmero reúne os músicos, afina-os e faz com que eles executem uma belíssima canção.
Esta metáfora serviu para introduzir ao tema do dia: a união. Contudo, mais do que uma orquestra essa virtude é indispensável para a navegação, pois faz com que os marinheiros não se separem do capitão e não haja divisão interna – que como se percebeu no dia anterior – já começava a reinar no navio.
Entretanto, qual a causa mais profunda da união entre os marinheiros? É que todos se juntam em função do olhar do capitão; quando alguém se afasta desse olhar, começa a causar divisão no navio, pois já não segue os mesmos ideais daquele que conduz a embarcação ao bom termo, mas passa a querer se guiar pelos próprios critérios.
Infelizmente, foi o que aconteceu na nossa embarcação. Quatro marinheiros se reuniram para conspirar contra o capitão, por já não acreditar em suas palavras, nem na missão de libertar a rainha, chegando ao cúmulo de duvidarem da existência da soberana e de sua mensagem aos tripulantes.
E como o mal é eminentemente difusivo, quiseram ainda desvirtuar mais um pelo mal caminho. Após sofismas e mentiras, convencem-no de rasgar a carta da rainha, que era lida todas as noites. O plano estava delineado e não demorou muito para entrar em execução.
Tudo parecia dar certo para os maus, conseguem retirar a um oficial de cena, tomam a carta da rainha nas mãos, e quando estavam para rasgá-la, ouve-se a voz do capitão ao fundo.
Então, duas cenas comovedores, apesar antitéticas, se desenvolveram diante dos olhos de todos: de um lado, o arrependimento de um e o grande perdão do capitão; do outro, a revolta e o ódio de quatro marinheiros, que levados a um auge, fazem-nos desistir da missão, subirem em um bote e vaguearem sem rumo em meio às ondas.
Apesar da atitude tomada pelos quatro marinheiros, o ânimo da tripulação não diminuiu, pelo contrário, foi logo recompensado. Por fim, após inúmeras batalhas e dificuldades, ecoou o tão esperado brado, findando o terceiro dia do Curso de Férias: “Terra a vista!”
Eis as grandes lições desse dia: quem confia no Divino Capitão chega até o fim, pois Ele mesmo afirmou em várias ocasiões: “A tua fé te salvou”! (Mt 9,22. Lc 7, 50). Passe pelo que passar, ainda que erre de modo horrível, se se arrepende, pede perdão e continua a confiar, um dia seus olhos contemplam o tão desejado Continente da Promessa.