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Quarto Domingo da Quaresma

Resumo dos Comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, no Inédito Sobre os Evangelhos.

O Filho Pródigo

As reações do pai, quando seu filho decide voltar para casa, não poderiam ser mais comovedoras. Avistou o filho de longe e “correu”, mesmo em idade avançada. Quem vinha? Aquele pobre miserável, vinha dos chiqueiros, estava imundo e mesmo assim o pai o abraçou e o beijou. O filho começa a confessar seus pecados e o pai o interrompe e manda aos servos que tragam as melhores vestimentas, sandálias e anel.

O filho é a imagem da alma do pecador que se despoja dos méritos, dons e virtudes; priva-o das belas roupas sobrenaturais; sobretudo do privilégio da adoção divina, retorna ao estado de mera criatura, e ainda manchada pela ofensa a Deus. Porém, ao acusar suas misérias no confessionário e receber a absolvição, o homem é revestido dos mais preciosos tecidos da reconciliação, as sandálias dos méritos e o anel de filho de Deus. Essa é a perfeita imagem da justiça divina, toda feita de misericórdia.

Ao longe, o primogênito ouve música coral e instrumental.  Receia em entrar, talvez pela roupa campestre que usava ou talvez por julgar elevado o nível daquele evento. Prefere perguntar a um dos empregados qual a razão de tamanha euforia. O motivo lhe arrancou indignada cólera.

O primogênito era boa pessoa, pois se mantinha ao lado do pai. Nunca havia praticado a menor desobediência, era disciplinado e fiel. Porém, sua reação não teve origem em suas qualidades, foi movida pela soberba, inveja e ira.

Soberba: se recusa a participar das comemorações e começa a auto elogiar-se. Em sua explosão de vaidade não vê o grande contentamento do pai.

Inveja: compara-se, “a ele um vitelo gordo e para mim nem um cabrito”.

Ira: indigna-se. Suas virtudes receberam o convite para atingir o grau heroico com a noticia do retorno do irmão, mas a sua cólera manchou suas qualidades humanas que poderiam ser sobrenaturalizadas.

O filho mais velho peca por falta de caridade ao julgar injusta a comemoração pela volta de seu irmão. Peca contra o respeito devido ao pai. E por fim peca por desobediência ao pai pela determinação de que todos participassem do banquete.

Qual dos filhos poderíamos aproximar a humanidade deste novo milênio? O futuro nos responderá. E se a parábola simbolizar os acontecimentos a se realizarem, compreendamos a bondade do Pai em querer perdoar e o destino daqueles que se negaram a entrar em consonância com Ele.

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