1ª Semana Santa no Castelo dos Arautos do Evangelho
Não era pequena a expectativa do público para participar da 1ª Semana Santa no Mosteiro-Castelo dos Arautos do Evangelho em Maringá. Nas sedes anteriores, muitos já tinham participado em outros anos, e bem conheciam a beleza própria das Cerimônias de Semana Santa, que os Arautos tentam realizar com toda a pulcritude e perfeição próprias ao seu Carisma. Mas, com certeza, neste ano, superou as expectativas.
Começando pela Domingo de Ramos até o Domingo de Ressurreição, muitas foram as graças derramadas pelo Redentor para todos os que assitiram as Cerimônias, aliás filmadas por várias televisões de Maringá.
Na Semana Santa, tem especial relevância o conhecido Tríduo Pascal, que é constituído por 3 Cerimônias: a de Quinta Feira Santa, Sexta Feira Santa e Sábado Santo. Todas elas foram realizadas ao ar livre, no Claustro do Mosteiro.
Na primeira, também conhecida como a Missa da Ceia do Senhor, se celebra solenemente a Instituição da Eucaristia. Ou seja, todas as Missas até o final da História tem seu início neste Dia tão importante, no qual Jesus se deu em alimento para os Apóstolos, afirmando que aquele pão era o seu Corpo e aquele vinho era o seu Sangue. Mandando que fizessem isso em memória d’Ele, instituía o Sacramento do Amor, o Sacramento do Altar: a Santíssima Eucaristia.
Entretanto, a Quinta Feira Santa tem também uma nota de dor e tristeza, pois após a Missa, tem lugar a Cerimônia do Desnudamento dos Altares, na qual, lembrando que Nosso Senhor, após sair da Última Ceia foi preso no Horto das Oliveiras,- e em consequência no dia seguinte morrerá -, são tirados todos os objetos relativos à celebração da Missa (castiçais, toalhas do altar, etc.). Saindo todos em silêncio, guarda-se, desde esse momento, o recolhimento para se preparar para o que acontecerá no dia seguinte.
Na Sexta Feira Santa não tem Missa. É aliás, o único dia do ano que não tem, pois liturgicamente Nosso Senhor está “morto”. Claro que no Céu, Ele está Vivo, mas é uma forma que a Igreja oferece aos fiéis para mostrar o luto e a dor pela Morte do Redentor. É cantada toda a Paixão do Evangelho de São João, e no momento que Jesus “entregou o seu espírito”, todos se ajoelham e ficam em silêncio.
Depois a Cerimônia continua com a Entrada da Santa Cruz, e o Ósculo nas Santas Chagas do Salvador. Momento emocionante no qual as pessoas puderam sentir a dor do Homem-Deus, crucificado por amor a nós.
Por último, temos a Missa de Sábado Santo, também chamada Sábado de Aleluia. É, com certeza, a mais bela de todas.
Começando inteiramente a escuras (simbolizando as trevas do pecado), é acesso um fogo no fundo da igreja (no nosso caso, no final do pátio). Após ser abençoado, com esse fogo é acesso também o Círio, a partir do qual se acendem todas as velas dos presentes. A luz do Círio significa a Luz de Cristo, que resurgindo das trevas da morte, ilumina a todos os homens com a sua Luz Divina. Foi realmente bonito este momento, no qual o pátio do Mosteiro ficou iluminado à luz de centenas de velas.
À continuação, são lidas várias Leituras e Salmos relacionados com a Morte e Ressurreição do Redentor. Mas o momento mais impactante e “fenomenal” foi quando, após o Padre entoar o “Glória in Excelsis Deo”, a Cortina roxa que cubria de alto a baixo o presbitério, caiu de repente e, ó supresa! O presbitério estava todo enfeitado de flores, luzes e cores, com as imagens de Nosso Senhor, Nossa Senhora e São José! Se é verdade que uma imagem vale mais do que mil palavras, podemos dizer que, desta vez, um vídeo vale mais do que mil imagens! Esperamos que as fotos colocadas abaixo ilustrem pelo menos algo deste belo momento.
Peçamos a Maria Santíssima, Mãe de um Deus que se fez Homem para morrer por nós, que conserve todas estas graças no nosso coração e que demos a alegria a Ela de correspondermos ao infinito Amor de Seu Filho.