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XX Domingo Tempo Comum

Resumo dos Comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, no Inédito Sobre os Evangelhos.

Passados dois milênios desta arrebatadora pregação de Nosso Senhor, a Liturgia de hoje vem repetir a conclamação feita pelo Salvador, dessa vez, voltada a cada um de nós. Com a mesma caridade empregada ao dirigir-Se a seus discípulos, Jesus nos convida a nos deixarmos consumir como uma chama de amor e adoração a Ele, recebendo o fogo sagrado que viera trazer ao mundo. Abramos nossas almas para esta combustão renovada que queima os egoísmos, sana os problemas, eleva as mentes ao desejo das coisas celestes e transpõe as barreiras da falta de confiança, de fé e de ânimo. E quando o vento contrário da divisão se abater sobre nós, temos presente que Jesus já o anunciara e não nos negará as forças para a vitória, pois os maus não podem triunfar sobre o fogo da integridade, da inocência, da radicalidade no bem; numa palavra: da santidade.

Com quanto pesar constatamos que a humanidade de nossos dias está precipitada num insondável abismo de pecado, necessitando de uma purificação. A gravidade cometida pelas ofensas a Deus e o risco da salvação impostas às almas indicam a indiferença de muitos face à mensagem salvífica do Evangelho. Cabe-nos uma pergunta, e com ela um exame de consciência: em que medida temos colaborado para a reversão deste quadro? Qual tem sido nossa generosidade frente a tal situação, cuja única solução se encontra numa total entrega de nossa vida a Cristo, para a qual devemos caminhar com santa sofreguidão?

Um exemplo extraordinário de amor desapegado e cheio de fervor nos é oferecido por Nossa Senhora. Ela estava consumida pela caridade, preocupando-Se com a situação do mundo, com o resgate das almas que se perdiam, desejando cooperar na conversão da humanidade. Ao Se considerar nada, ardia de zelo e foi, por esta razão, visitada pelo Arcanjo São Gabriel, que lhe trouxe o prêmio por seu fogo de amor: a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade em seu seio.

Conforme comenta o Prof. Plino Corrêa de Oliveira, “a principal alegria de Nosso Senhor durante a vida terrena estava numa lâmpada acesa na casa de Nazaré: o Coração Sapiencial e Imaculado de Maria, cujo amor excedia o de todos os homens que houve, há e haverá até o fim do mundo”. Peçamos a Virgem Santíssima que Se digne transmitirmo-nos uma centelha da caridade ardente de seu Coração a fim de que seu Divino Filho se utilize de nós como fiéis instrumentos na propagação desse fogo purificador por toda face da terra.

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