XXIII Domingo Tempo Comum
Resumo dos Comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, no Inédito Sobre os Evangelhos.
O Evangelho deste Domingo torna patente quanto o desapego radical e completo é a pedra fundamental de nossa vida interior, quer constituamos família, quer façamos parte do Clero, quer estejamos consagrados a Deus em algum instituto religioso.
Nesse sentido, podemos afirmar que esta Liturgia é um convite ao desprendimento: “Quem não carrega sua cruz e não Me segue, não pode ser Meu discípulo”. Não significa isso que precisamos ser flagelados, coroados de espinhos ou pregados na cruz, como foi Nosso Senhor Jesus Cristo. A cruz que Ele pede de nós consiste principalmente em vivermos desprendidos de tudo quanto é terreno, tal qual uma águia que voa sem amarras para, nas alturas, melhor contemplar o Sol.
Como tantas vezes comprovamos na vida, o apego desordenado gera aflições, inseguranças e receios que nos roubam a paz de alma. Portanto, mesmo o homem não chamado à vida religiosa deve fazer tudo com o coração posto nas coisas de Deus, inclusive ao cuidar dos negócios e da administração dos seus bens. Esse desprendimento é a condição para seguir de perto a Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim agindo a alma experimentará a verdadeira felicidade, prenunciativa da alegria que terá no Céu.