XXXII Domingo Tempo Comum
Resumo dos Comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, no Inédito Sobre os Evangelhos.
Ressuscitaremos: sim, ou não?
Frustadamente vive o mundo, hoje em dia, à busca de novos prazeres, a fim de satisfazer a sede de infinito que arde no âmago da alma humana. Se pudessem os homens ouvir um acorde da música celeste que arrebatou em êxtase a São Francisco, ou contemplar por rápido momento a face de Deus que levou a São Silvano ter repugnância às faces dos homens, compreenderiam o quanto as delícias do Céu são puríssimas, eternas e opostas às da Terra.
Sêneca comentando o suicídio de Catão, concretizado com o auxílio de um punhal, para fugir da consideração de uma Roma que perdera a liberdade, afirma que o motivo principal de sua morte estava centrado na doutrina elaborada por Platão em sua obra Fedon, na qual explana longamente a imortalidade da alma. Em sua genialidade, Sêneca resume o ato com esta frase: “Ferrum fecit ut mori posset, Plato ut vellet – O ferro (aço) fez que pudesse morrer, Platão que quisesse”.
Se os próprios pagãos chegavam a essas conclusões, por que nós batizados haveremos de seguir os equívocos dos saduceus?