III Domingo do Advento, Ano B – Mons. João Clá Dias
Não nos deixemos enganar pela aparente alegria do pecado.
De modo diferente à incondicional alegria que a vinda do Redentor deveria trazer, eis a correlação entre júbilo e tristeza, euforia e provação, evocada pelo Evangelho desse 3º Domingo do Advento. Enquanto os bons são assistidos pela alegria da esperança, como aconteceu a São João Batista e aos que se converteram ante a perspectiva do aparecimento do Messias, há na alma dos maus tristeza e insatisfação. Cabe ao bom saber interpretar a frustração de quem vive no pecado e não pensar que ele está sendo bem-sucedido. Quando, na segunda leitura, São Paulo exorta “Estai sempre alegres!”, deseja mostrar que quem se une a Deus, pratica a virtude e trilha o bom caminho, não pode de forma alguma deixar-se tomar pela má tristeza.
O Domingo da Alegria nos revela uma divisão claríssima que caracteriza a humanidade: os bons estão sempre alegres e os maus, por mais que procure aparentar alegria, vivem na tristeza. Aqueles que estão ligados a Deus têm o contentamento, a segurança e a felicidade de que carece quem se apega às coisas materiais e Lhe dá as costas. Ambos vivem juntos, mas no momento em que o homem que pôs sua esperança no mundo e no pecado vê a alegria verdadeira manifestada pelo bom, ou se converte ou quer matá-lo tal como fizeram com Nosso Senhor Jesus Cristo.
Peçamos, nesta Liturgia, a graça de viver na alegria da virtude, como sinal de nossa inteira adesão ao Salvador que em breve chegará!
Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!