Solenidade da Epifania do Senhor, Ano B – Mons. João Clá Dias
Somos fiéis ao brilho dessa estrela?
Cabe aqui, uma aplicação pessoal: luziu diante dos nossos olhos esta estrela por ocasião do Batismo, quando infundiu Deus em nossa alma um cortejo de virtudes – as teologais: fé, esperança e caridade; e as cardeais: prudência, justiça, temperança e fortaleza, em torno das quais se agrupam todas as outras – e dons do Espírito Santo e passamos a participar da natureza divina. A todo instante ela nos convida à santidade, a rejeitar nossas tendências e a estar totalmente prontos para ouvir a voz da graça.
Se, por miséria ou provação, perdermos de vista esta luz, precisamos ir a Jerusalém, ou seja, a Santa Igreja, a qual, em seus templos sagrados, se mantém sempre a nossa espera para nos indicar onde está Jesus. Incumbe, ademais, tomar cuidado com Herodes instalado dentro de nós: nosso orgulho, nosso materialismo, nosso egoísmo. Ele almeja apagar esta estrela, pelo pecado mortal, e nos colocar nas vias dos prazeres ilícitos; quer levar-nos para matar Jesus Cristo que está em nossas almas.
Nesta Solenidade da Epifania, compreendemos que os magos nos dão exemplo de como alcançar a plena felicidade. Com os olhos fixos em Maria, imploremos: “Minha Mãe, vede como sou fraco, inconstante, miserável, e quanto preciso, ó Mãe da vossa súplica e da vossa proteção. Acolhei-me, minha Mãe, eu me entrego em vossas mãos para que Vós me entregueis a vosso Filho”. E dirigindo-nos a São José, digamos: “Meu Patriarca, senhor meu, aqui estou, tende pena de mim, ajudai-me a pedir a vossa esposa, Maria Santíssima, para Ela ter sempre os olhos postos em mim”. Roguemos aos Reis Magos que intercedam ao Santo Casal e ao Menino Jesus, para nos obter a graça de não procurarmos luzes mentirosas, mas seguirmos a verdadeira estrela, ou seja, a da prática da virtude e do horror ao pecado.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!