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Frase da Semana: Senhor, eu não sou digno…

 

“Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa”

(Lc 7,6)

Santo Afonso

Santo Afonso

Santo Afonso de Ligório em seu célebre tratado sobre a Oração[1], quando trata das várias condições para que a nossa oração seja atendida por Deus, estabelece que uma das condições principais é a humildade com que devemos pedir: “O Senhor atende às orações de seus servos, mas dos servos humildes (…) onde falta humildade, Deus não atende, pelo contrário, repele as orações dos soberbos”.[2].

A Frase da Semana destaca o pedido humilde do Centurião[3] (ou oficial Romano): “Senhor, eu não sou digno!”. Nessa frase, proposta pela Liturgia para o IX Domingo do Tempo Comum, o Evangelista São Lucas mostra o contentamento e admiração de Nosso Senhor Jesus Cristo, que não resiste em atender a esse pedido humilde: “Nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”.

É uma frase tão impactante, tão digna de registro que a Igreja a inclui na Santa Missa, e, assim, será repetida por todos os séculos, até o fim do mundo: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo”.

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Frase da Semana: glorioso São José

“E se é verdade, o que devemos acreditar, que em virtude do Santíssimo Sacramento que recebemos nossos corpos ressuscitarão no dia do Juízo, como poderíamos duvidar que Nosso Senhor tenha feito subir ao Céu, em corpo e alma, o glorioso São José que teve a honra e a graça de levá-Lo em seus benditos braços, nos quais Nosso Senhor tanto se comprazia?”

São Francisco de Sales ¹

Bem podemos compreender, com estas palavras cheias de sabedoria, de vôo de águia e de piedade refletida, ditas por São Francisco de Sales, o quanto é elevada a santidade de São José.

Imagem de Sao José

Imagem de São José

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Frase da semana: Muito me alegro com os vossos mandamentos

Muito me alegro com os vossos mandamentos,
que eu amo, amo tanto, mais que tudo!

Salmo 118 (119)

Esta Frase da Semana nos traz o Cântico de louvor do Salmista em que manifesta jubiloso, o quanto ama os Mandamentos do Senhor.

A quem se deve tal amor?

Este amor aos Mandamentos não é outro senão o amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (Jo 14, 15), disse o Salvador aos Apóstolos.

Bom Deus de Amiens. Catedral de Amiens, França

Bom Deus de Amiens. Catedral de Amiens, França

E qual o fruto deste amor a Jesus Cristo e seus Mandamentos?

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Frase da semana: Em todas as tuas obras lembra-te dos teus novíssimos.

Em todas as tuas obras lembra-te dos teus novíssimos.

Livro do Eclesiástico, 7, 40

Inúmeros são os pensamentos, as ideais, convicções que preenchem e “alimentam” o nosso dia a dia e nos levam a praticar esta ou aquela ação. Atitudes e obras as mais diversas – numa perspectiva meramente humana e passageira – necessárias ou sem importância, boas ou, quiçá, más.

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No entanto, O Espírito Santo, no Livro do Eclesiástico, nos faz uma recomendação fundamental, para tudo aquilo que realizamos: “Em todas as tuas obras lembra-te dos teus Novíssimos, e nunca mais pecarás”. Ou seja, pensa naquelas últimas coisas que estão reservadas a cada um de nós: morte, juízo, inferno ou Paraíso.

“Em todas as tuas obras”, quer dizer, não somente quando rezamos ou vamos à Missa, fazemos jejum ou praticamos um ato de piedade, mas em tudo devemos nos lembrar e meditar sobre nosso fim último: a eternidade, o Céu.

É ou não verdade que, se cumprirmos com este conselho de Deus, teremos mais cuidado no que fazemos e assim Lhe agradaremos, evitaremos o pecado, e nos prepararemos para o Céu?

Mesmo as mais simples ações, como um trabalho físico ou algum estudo, o limpar uma sala, ou até fritar um ovo, em todas as obras, seremos mais felizes e poderemos constatar que na ponta de cada uma delas, haverá um grande prêmio, se a fizermos com intenção de glorificar a Deus, para o bem do próximo e, mediante isto, alcançarmos a salvação eterna!

Em outros termos, em nossas ações, “nosso único objetivo deve ser o de fazer a vontade de Deus a nosso respeito, e aí, sim, irmos ao encontro do ‘Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória’”, conforme nos ensina Mons. João S. Clá Dias, ao comentar a vinda triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo, em seu Corpo glorioso, no fim do mundo.

Na realidade, esta Frase da Semana deveria ser a Frase de todos os nossos dias. E, após nossa morte, tendo passado pelo Juízo Particular, poderemos ouvir na felicidade plena a Voz do Salvador: “Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo” (Mt 25, 34b).

Que este seja o ideal e a meta de nossas vidas. Assim seja!


¹ Mons. João S. Clá Dias, EP. Não devemos buscar as glórias deste mundo como um fim. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. IV, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2014, p. 525.

Veja o Sermão pregado por Mons. João Clá Dias, no qual trata tema relacionado com a Frase da Semana, sobre a Palavra de Deus posta em prática e a segurança da salvação eterna em

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Frase da Semana – Tome a sua cruz e Me siga

“Se alguém Me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e Me siga”

Marcos 8,34

Via Dolorosa. Jesus carregando a Cruz. Igreja Cristo dos Milagres de Lima, Perú

Via Dolorosa. Jesus carregando a Cruz. Igreja Cristo dos Milagres de Lima, Perú

Estas sublimes e categóricas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo no Evangelho de São Marcos e que a Liturgia nos propõe à reflexão no XXIII Domingo do Tempo Comum, constituem, propriamente, as práticas da perfeição cristã, ou, as condições para ser autêntico discípulo de Jesus. Principalmente nos dias de hoje, muitos se auto-intitulam “cristãos”, mas, infelizmente, a sua prática de vida nada tem a ver com os Mandamentos, ou mesmo, conselhos dados pelo Divino Mestre.

“Se alguém Me quiser seguir”: O grande Doutor Mariano, São Luís Maria Grignion de Montfort, assegura que é muito pequeno o número dos que querem realmente seguir a Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, Ele emprega a palavra no singular: alguém e não alguns, “para marcar o pequeno número dos eleitos que se querem tornar conformes a Jesus Cristo crucificado, carregando sua cruz. É tão pequeno, que se o soubéssemos, diz o santo, ficaríamos pasmados de dor”.[1] Portanto, teremos a determinação necessária para seguir a Nosso Senhor?

“Renuncie a si mesmo”: Comenta Monsenhor João Clá Dias: “A origem de todos os pecados encontra-se no amor desordenado de nós mesmos, em detrimento da verdadeira caridade”[2] Para seguir a Nosso Senhor, devemos renunciar a toda forma de apego aos pecados e, principalmente, renunciar ao amor próprio que tanto nos afasta de Deus, quando procuramos fazer a nossa vontade e não a Vontade Divina.

“Tome a sua cruz”: É inevitável que ao longo de nossas vidas tenhamos que enfrentar muitas cruzes; a maioria delas nos vem sem que as procuremos: doenças, problemas familiares, perdas financeiras, etc. Outras, ainda, nos vem como consequência de decisões que tomamos ao longo da vida. Ânimo! Procuremos carregar nossas cruzes com disposição e confiança, imitando nosso Divino Salvador.

“E Me siga”: Finalmente, a prática de perfeição cristã mais importante, recomendada por Nosso Senhor: abraçar a nossa cruz por amor a Deus e seguí-Lo. Com paciência e resolução.

Que Nossa Mãe Santíssima, Rainha e mãe de todos os sofredores nos ajude a tomar com seriedade este programa de vida. Que Ela nos ajude a nos tornarmos verdadeiramente santos!

Salve Maria!


[1] São Luís Maria G. de Monfort. Carta Circular aos amigos da Cruz. Rio de Janeiro: Santa Maria, 1954. Pág. 24.

[2]Monsenhor João Clá Dias. O inédito sobre os Evangelhos. Vol. IV,p. 368

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