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Santa Missa e Consagração Solene a Jesus Cristo, pelas mãos de Maria!

Neste próximo Domingo, 18 de Agosto, durante a Santa Missa das 19h na Paróquia São Miguel Arcanjo, acontecerá a Consagração a Jesus Cristo, pelas mãos de Maria, segundo o método de São Luis Maria Grignion de Montfort. O grupo de consagrandos vem se preparando há 7 semanas, através de reuniões e orações, conforme indicado no Tratado da Verdadeira Devoção à Maria Santíssima.

Consagrar-se é conformar-se a Jesus e a Maria

Imagem de Nossa Senhora de Fátima – Arautos

Os consagrados a Jesus, pelas mãos de Maria, destacam-se por procurar adotar em suas vidas uma intensa e Verdadeira Devoção, explicitada por São Luís Maria Grignion de Montfort. Mas o que significa essa devoção? Explica-nos o Santo, no Tratado (n. 120):

“A mais perfeita devoção é aquela pela qual nos conformamos, unimos e consagramos mais perfeitamente a Jesus Cristo, pois toda a nossa perfeição consiste em sermos conformados, unidos e consagrados a Ele. Ora, pois que Maria é, de todas as criaturas, a mais conforme a Jesus Cristo, segue daí que, de todas as devoções, a que mais consagra e conforma uma alma a Nosso Senhor é a devoção à Santíssima Virgem, sua Santa Mãe, e que, quanto mais uma alma se consagrar a Maria, mais consagrada estará a Jesus Cristo”. (1)

Muitas vezes percebemos nossas forças humanas falharem. Portanto, essa vocação à santidade, que nasce do gesto de consagração, deve ser acompanhada de uma confiança sincera e perseverante na especial assistência de Maria Santíssima, como assegura São Luís no Tratado.

O Monsenhor João Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho, comentando o Evangelho de Lucas 5, 1-11 (A Pesca Milagrosa) nos lembra que toda nossa confiança deve ser depositada, não em nossos esforços pessoais, mas na Graça Divina, sem a qual nada podemos:

“Portanto, quanto mais nos sentirmos incapazes de cumprir a vocação à qual Deus nos chama, maior deve ser nossa confiança no poder da voz que nos convoca. É vendo uma atitude de humildade cheia de fé que Nosso Senhor opera a pesca milagrosa, deixando patente que os bons resultados não dependem das qualidades nem dos esforços humanos. Ele confunde os fortes deste mundo e conduz os fracos à realização de obras grandiosas (cf. I Cor 1, 27)”. (2)

Se somos fracos, em Maria Santíssima encontramos nossa fortaleza! É neste sentido que recorremos a Ela e imploramos a sua assistência, o seu socorro para os novos Consagrados e para todos os que buscam praticar a Verdadeira Devoção.

Venha fazer-se presente neste ato de Consagração Solene, com a participação dos Arautos do Evangelho.

Domingo, 18/08 às 19h

Paróquia São Miguel Arcanjo

Praça das Américas s/n, Bairro Aeroporto – Maringá 


(1) São Luís Maria G. de Montfort. Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. 42ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012, p. 121.

(2) Monsenhor João Clá Dias. A Pesca Milagrosa. Disponível em: http://www.joaocladias.org.br/MostraArtigo.aspx?id=215

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Dia dos Pais e Consagração a Jesus, pelas mãos de Maria

Imagem de Nossa Senhora de Fátima

Aconteceu na Comunidade dos Arautos de Maringá, no segundo domingo de agosto, a comemoração do “Dia dos Pais”, já a algum tempo aguardada com expectativa.

Primeiramente ocorreu a Santa Missa, presidida pelo Revmo. Pe. Roberto Takeshi Kiyota, EP, o qual salientou em sua homilia “a importância dos pais na formação e santificação de seus filhos, como o exemplo de Deus Pai que, por meio de suas graças e favores, atrai todos nós ao seu amor e à perfeição”.

Na ocasião, para alegria de seus pais, e seguindo seus exemplos, seis jovens consagraram-se a Jesus, pelas mãos de Maria, após terem realizado o Curso preparatório de Consagração a Nossa Senhora, através da leitura e estudo do “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort.

Por fim, num ambiente de muita alegria e estima recíproca entre pais e filhos, ocorreram as atividades recreativas – competições e jogos – culminando com a entrega das lembranças aos respectivos pais: um estojo contendo um terço e um livrinho de orações do santo rosário.

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Basta somente a oração?

Entre tantas luzes que emanam de Santa Teresinha, podemos contemplar a doçura e a piedade. Bastará deitar os olhos para as páginas cativantes de “A história de uma alma’’, ou então, “Cartas de Santa Teresa do Menino Jesus” que ficamos extasiados por ver brilhar tais virtudes.

No entanto, podemos nos perguntar: tais virtudes foram, por si, suficientes para fazer da “Santinha de Lisieux” a grande Santa, Vítima do Amor Misericordioso? Consideremos estas linhas por ela escritas: “Li há tempos que os israelitas construíam as muralhas de Jerusalém trabalhando com uma das mãos e empunhando na outra a espada. Eis aqui uma imagem do que devemos fazer: trabalhar apenas com uma mão, reservando a outra para defender nossa alma dos perigos que possam impedir a união com Deus” (1).

Santa Teresinha do Menino Jesus

A partir destas palavras, podemos discernir em Santa Terezinha, cheia de doçura e piedade, uma vida marcada pelo zelo e bondade aplicadas à salvação das almas e de oração fervorosamente bem levada. Mas em sua existência não faltou outra virtude: vigilância. Sim, vigilância! Ela seguiu fielmente a recomendação do Salvador: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41).

Que proveito podemos tirar, a exemplo Santa Teresinha, destas palavras de Nosso Senhor?

São Bernardo nos aponta um: Aquele que combate Israel não dorme nem dormita. Todo o intuito, todo o afã das milícias espirituais em sua guerra contra nós e o de conduzir-nos e por-nos em seu caminho para que as sigamos e nos levem a desastroso fim que lhes está destinado”. Sobre estas palavras, comenta Mons. João Clá Dias: “Essa é uma das razões pelas quais devemos cuidar de nossas almas em quaisquer circunstâncias de nossa existência, quer seja na calmaria da clausura de um convento contemplativo, ou na mais intensa das atividades no mundo’’. (2)

Com efeito, a leitura do Santo Evangelho do XIX Domingo do Tempo Comum traz luzes que nos auxiliam a enfrentarmos o “bom combate” por Amor a Nosso Senhor:

Imagem de Nossa Senhora de Fátima

“Bem-aventurados aqueles servos, a quem o Senhor quando vier achar vigiando. Na verdade vos digo que se cingira, os fará por a sua mesa e, passando por entre eles, os servirá” (Lc 12, 37).

Peçamos a Nossa Senhora que obtenha de Jesus a graça de sempre nos ”achar vigiando”, seja qual for a ocupação que estejamos desenvolvendo, até o bendito dia de nosso encontro com o Senhor.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Santa Teresa de Lisieux. Conseils et souvenirs. Lisieux: Office central de Lisieux, 1954, p. 74 e Conselhos e Lembranças, Editora Paulus, 2012, 9ª. ed.

(2) Mons. João S, Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 271.

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São Domingos: De onde vem a paz deste Santo?

Quantos de nós, tantas vezes tomados por ocupações, atividades de toda ordem, estudos, trabalhos e, neste vale de lágrimas, acompanhados de preocupações, temos necessidade de colocar nosso olhar sobre algo que traga paz, nos faça “mergulhar”, ou se quiser, “voar” para outros mundos onde imperam a tranquilidade e a paz?

São Domingos de Gusmão (1)

Contemplemos esta foto de um Santo muito especial: São Domingos de Gusmão, Fundador da Ordem dos Pregadores e devoto ardentíssimo do Santo Rosário, cuja festa se celebra neste início de agosto.

Está ele revestido do hábito de sua ordem, sentado e lendo pensativamente um livro. Uma nota é distintiva em seu semblante: serenidade. Esta palavra tão cheia de significados, soa-nos como uma poesia e nos propicia um refrigério de alma. Serenidade, paz, harmonia, eis o que nós queremos e buscamos!

Imagine você leitor se pudéssemos perguntar a ele: – Irmão Domingos, de onde vem tanta paz?

Ele, por sua pregação e exemplo de vida, sem dúvida nos daria a seguinte resposta:

– Minha paz e serenidade vem, não porque me faltem sofrimentos, mas porque vejo a vida com os olhos da fé, postos em Jesus e Maria, que me dão a clareza e lucidez da visão das coisas com deve ser, através do olhar Deles. Assim, não tenho sustos, medos, agitações e temores. “tudo posso, naquele que me conforta”, tudo vejo com clareza – que me dá serenidade – na Sabedoria em que confio.

Que Nossa Senhora da Paz nos obtenha, de Seu Divino Filho, a visão das coisas e a serenidade de que tantos de nós precisamos, tal qual concedeu a São Domingos de Gusmão.

Foto de afresco: São Domingos de Gusmão (por Fra Angélico) – Mosteiro de São Marcos, Florença (Itália)

Por Adilson Costa da Costa

Para conhecer mais sobre a história deste Santo acesse:

Mons. João S. Clá Dias. Os Santos comentados: São Domingos de Gusmão. Disponível em: http://santossegundojoaocladias.blogspot.com.br/2012/08/sao-domingos-de-gusmao.html

Arautos do Evangelho. São Domingos de Gusmão. Disponível em: http://www.arautos.org/especial/17940/Sao-Domingos-de-Gusmao.html

(1) Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Fra_Angelico_052.jpg

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Quem foi rei, nunca perde a majestade!

       “O senhorr veio falarr com Dom Jaime… é dos Arrautos! Ele vai atenderr, pode sentarr…”
     Era a postura protocolar invariável da Irmã Maria, com seu sotaque alemão, sempre que a gente ia falar com venerável primeiro bispo-arcebispo de Maringá, Dom Jaime Luiz Coelho, em sua “residencia- palacial”. Essa expressão eu “furtei” do saudoso amigo, padre Thelmo Favoretto.
       Na verdade, Dom Jaime era cerimonioso, um fidalgo! Não tinha sangue nobre, mas o ambiente familiar, a educação, a formação eclesial de antanho o marcaram para toda a vida. Assim, mesmo alquebrado pela idade, era uma figura digna de um príncipe da Igreja Católica. 
     Durante uma longa e agradável conversa (Dom Jaime era muito bom “coseur”, como dizem os franceses), começou ele a relatar suas origens, seu ambiente familiar, as atividades na região francana, no Interior paulista.
    Fiquei admirado como dali nasceu uma pessoa com tanta educação, “convenance”, capacidade diplomática, elevação cultural. Quem conheceu os primórdios de Maringá, na década de 40, sabe bem o que era o primitivismo de então. Imagine o que podia ser a sua terra pelos idos de 1920/30… Aqui entra o papel do ambiente: as famílias tinham paradigmas, tinham referências por onde, mesmo naquele sertão,  brotava um jovem afidalgado e culto como nosso arcebispo. Bons tempos aqueles em que o almoço ou jantar não eram dominados pela malvada “rainha” TV! Ainda prevalecia a luz de vela ou do lampião… e o calor dos pais e irmãos!
      O que herdou do ambiente de infância foi requintado ao tomar o caminho do sacerdócio, quando os seminários formavam varões aptos a enfrentar as hostilidades do laicismo e do positivismo difundidos desde a  República Velha. 
      Bastante moço ainda, foi acertadamente designado bispo de Maringá. Anos depois, recusou ele promoções que o distanciariam desta terra abençoada, onde quis viver e morrer. Não que lhe faltassem talentos… ele os tinha abundantes.
     Mais que pela riqueza de suas palavras, impunha-se pela dignidade da presença e nobreza dos gestos. Sabia ser forte sem ser bruto. Um diplomata a serviço da Igreja.
     Uma vez arcebispo resignatário, Dom Jaime, embora sempre influente, manteve-se mais numa postura de um eremita. A todos recebia em sua casa e tinha um trato muito paternal, sem perder a nota de fidalguia. “Vaidade!” Eu não diria. Prefiro chamar de “dignidade”! Era um monumento!
       Tinha grande estima pelos pequenos. Assim é que quando os adolescentes dos Arautos de Maringá iam fazer-lhe alguma apresentação musical,  ele se desdobrava em atenções para com todos, interessado em saber de quem eram filhos até descobrir algum cujos pais lhe eram conhecidos.  De memória privilegiada, narrava-lhes episódios da infância, ou dos tempos em que o “Fim da Picada” era o fim da cidade de Maringá mesmo!
      Sobre a educação que dona Guilhermina, sua estimada mãe, dera aos 10 filhos, explicava que cada um tinha uma função, sendo ele o encarregado de manter a sala de visitas bem varrida e em ordem, pois de uma hora para outra chegava um visitante, e não havia telefone para avisar… Tocava a uma das irmãs preparar um lanchinho regado com chá de erva cidreira, o mais “ecumênico” dos chás. “Papai nos ensinou que trabalhar não faz mal para menino nenhum. Então, sejam trabalhadores junto com os Arautos” – arrematava ele. 
       Nunca a prosa em sua residência episcopal terminava sem um giro pelo jardim (que apresentava como se fosse Versalhes). Apoiava-se no braço de um ou dois jovens e íamos todos ouvindo suas explicações, no que se sentia mais o encanto de suas narrativas que o perfumes das plantas. Já tendo servido as famosas “coxinhas da asa”, faltava só o licor, do qual seu bom gosto era bem devoto: receita para quem deseja vida longa como nosso velho eremita!
       Muita coisa ainda teria, se não fosse abusar da paciência dos internautas que nos visitam. Só mais uma!
      Era bonito ver Dom Jaime chegar à Catedral para celebrar a “Missa do Galo”, à meia-noite. Sempre de batina filetada, faixa e solidéu, entrava pela porta principal. Desembarcava, depois que um gentil diocesano lhe abria a porta, cumprimentava os circunstantes e dava uma olhada  nos entornos, como quem contempla um quadro impressionista que lhe trazia à memória décadas passadas, em que o pastor era ovacionado pelo rebanho. E se dirigia para o templo por ele construído, cumprimentando com o olhar a quantos lhe formavam alas.
       Quem foi rei, nunca perde a majestade! Agora, o Rei dos reis o chamou…
       
       Por Vasco de Sá Guimarães
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