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O Apóstolo da Caridade: São Vicente de Paulo

Quando lemos as palavras cheias de unção de São Paulo a respeito da caridade, ficamos encantados. Verdadeiramente uma peça literária, para nos expressarmos assim. Na realidade, são infinitamente mais do que isto: são palavras de vida eterna, porque inspiradas pelo Espírito Santo.

Consideremos apenas os dois primeiros versículos da Carta do Apóstolo aos Coríntios:

“Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse o amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente”.

São Vicente de Paulo

“Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada”. (Cor 13, 1-2)

No entanto, estas inspiradas palavras sobre a caridade tomam um esplendor especial, quando contempladas na vida de santidade de homens de fé. Entre esses, uma luz no firmamento da Igreja: São Vicente de Paulo, o Apóstolo da Caridade.

São Vicente teve uma existência intensa de apostolado da caridade: a todos procurava fazer o bem. Promoveu retiros espirituais para a santificação dos sacerdotes e dos fiéis. Instituiu congregação de missionários. Criou seminários. Fundou um hospital para crianças relegadas e hospitais para idosos, insanos, presos e mendigos. Foi conselheiro de reis, na côrte, e cuidava de doentes. Sua obra permanece viva e atuante nos dias atuais e inspirou outras almas na santidade, como o Beato Federico Ozanan, fundador dos conhecidos Vicentinos.

De onde vinha esta multiplicidade de atividades? De seu amor abrasado por Nosso Senhor que se desdobrava no amor ao próximo.

Certa vez, quando viveu dois anos remando nas galés, pois até a escravidão este santo experimentou, encontrou um outro prisioneiro que perdera a fé na dureza daquela existência. Diante da confissão de seu ceticismo em relação a Deus, São Vicente lhe propôs um santo “negócio”: “daria” ao homem a sua fé, e este teria que “dar-lhe” a própria em troca.O incrédulo aceitou e, desde aquele momento, operou-se nele misteriosa mudança sobrenatural: passou a crer.

Contudo, paralelamente, outra mudança se deu…São Vicente, a partir desse momento, ficou privado da sensibilidade em relação às coisas sagradas, e cria sem nenhuma consolação. Nesta provação e aridez espiritual permaneceu por longo tempo. Ó heroica caridade, até onde por uma alma és capaz de sacrificar-te!

Quanta lição nos dá este santo a respeito desta virtude, em relação à qual o mundo vai se distanciando cada vez mais, e afundando no egoísmo.

A propósito, este fato nos foi contado por um idoso, residente no asilo São Vicente de Paulo de Maringá, no dia de hoje, 27 de setembro, festa de São Vicente de Paulo, em uma visita que os Arautos do Evangelho realizaram na benemérita instituição, mantida pelos vicentinos.

Peçamos a Nossa Senhora que nos dê a caridade e a generosidade capazes de realizarem todas as obras que Nosso Senhor quer de cada um de nós, a exemplo do grande São Vicente de Paulo.

Corpo incorrupto de São Vicente de Paulo – Paróquia São Vicente de Paulo, Paris

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Família: célula-mãe da Sociedade

Entre as várias atividades desenvolvidas pelos Arautos do Evangelho, destaca-se o atendimento às famílias. Com efeito, em paralelo ao trabalho de evangelização realizado com os jovens, procuram os Arautos, por orientação do seu Fundador, Monsenhor João Clá Dias, incluir as famílias no seu campo de ação. Nesta época em que a família é quase que massacrada pelas influências anticristãs que nelas se procura infiltrar, esse apostolado é essencial e indispensável.

Nossa Senhora da Sabedoria – Arautos do Evangelho

Neste sentido, no próximo Domingo, dia 08 de Setembro, em sua sétima edição, o Simpósio Arautos do Evangelho Maringá 2013, será dedicado ao estudo do tema família.

Teremos, especialmente para esta ocasião, a ilustre presença do Revmo. Pe. Arnóbio José Glavam, EP, Mestre em Filosofia Sistemática (Universidade Gregoriana – Roma) e Professor de Teologia na Escola de Teologia para leigos Santo Afonso de Ligório (Diocese de São Miguel Paulista), tendo exercido seu ministério sacerdotal como Pároco na Itália, na Diocese de Avezzano e na Diocese de La Spezia. O Sacerdote brindará os participantes do VII Simpósio com uma formação extremamente competente a respeito da família, numa dinâmica exposição, na qual irá responder às dúvidas dos presentes, abordando vários aspectos interessantes sobre o Sacramento do matrimônio.

De fato, um tema muito atual e adequado, para todos os que têm a sua família, ou mesmo, para os querem constituí-la e bem cuidá-la à luz da Doutrina Católica.

Vejam abaixo os detalhes de horários. As vagas são limitadas, portanto,solicitamos confirmá-la através do telefone n. 3028-6596, ou do e-mail arautosmga@gmail.com.br ou mesmo através deste Blog.

VII Simpósio Arautos do Evangelho 2013-09-03

Tema:               I. Graça e Sacramentos

    II. Sacramento da Confissão

    III.  Sacramento do Matrimônio.

Local:            Comunidade dos Arautos do Evangelho – Maringá

     Rua Jair do Couto Costa, n. 15 – Fone: (44) 3028-6596

Horários:     – Período da manhã: Das 09h às 11h30 (com intervalo de 20 minutos)

  – Período da tarde: Das 14h30 às 16h30

Ministrante: Pe. Arnóbio José Glavam, EP

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O Tesouro da Confissão

Quantas vidas não terão mudado, quantos
trágicos caminhos não terão se transformado em uma luminosa via, dentro da silenciosa penumbra de um pequeno confessionário?

Dentre os sacramentos instituídos por Nosso Senhor para a salvação dos homens, um dos que certamente mais reflete sua misericórdia infinita é o da Confissão. Que alívio é para um cristão o saber que, no momento em que o sacerdote pronuncia a fórmula da absolvição, o próprio Deus perdoa as suas faltas, por maiores e mais numerosas que sejam. Quantas vidas não terão mudado, quantos trágicos caminhos não terão se transformado em uma luminosa via, dentro da silenciosa penumbra de um pequeno confessionário?

Alguns pequenos fatos a respeito dessa maravilhosa instituição cristã mostram-se extremamente úteis tanto para a formação quanto para a edificação espiritual dos fiéis.

Eu sou mais culpado que tu!

A confissão é a porta do Céu aberta até para os maiores pecadores e, por isso, ninguém deve se desesperar. Um dia o Pe. Milleriot SJ, falecido em 1882 em Paris, pregava um retiro e, falando da misericórdia, exclamava pitorescamente:

No momento em que o sacerdote pronuncia a fórmula da absolvição, o próprio Deus perdoa as faltas, por maiores e mais numerosas que sejam

Senhores, uma suposição! Se Judas, em vez de se desesperar e de se perder, fosse se encontrar com São Pedro e lhe dissesse:

Queres escutar minha confissão?

São Pedro responderia:

Ajoelha-te aí e comece.

Oh! Eu sou muito desventurado, Pedro, eu vendi e traí meu Mestre.

Fizeste só isso? Eu sou mais culpado que tu, eu O traí três vezes! Faça teu ato de contrição, e eu te darei a absolvição.

Um homem sem pecado

Um alto magistrado, em conversa com o padre de uma pequena paróquia, permitiu-se debochar da religião e, dentre outras coisas, da Confissão.

Senhor padre — disse ele — eu não me confesso, pela simples razão de que não cometo pecados.

Isso pode ser — replicou o sacerdote — e fico desgostoso a seu respeito, pois, de fato, existem pessoas que não pecam, mas conheço só dois tipos: aqueles que ainda não chegaram ao uso da razão e aqueles que a perderam.

Mas, pediste-Me alguma vez perdão?

Um santo teve uma visão na qual via Satanás de pé e de frente para o trono de Deus, o qual pôs-se a ouvir o que o espírito maligno lhe dizia:

Por que me condenastes, se Vos ofendi apenas uma vez, dado que salvastes milhares de homens que Vos ofenderam várias vezes?

E Deus lhe respondeu:

Mas, pediste-Me alguma vez perdão?

Um ídolo adorado

Queres que eu te cure da gota? Então, promete-me que quebrarás todos os teus ídolos — disse um dia São Sebastião a um prefeito de Roma.

Prometo-te.

O prefeito os quebrou, exceto um. E a gota continuava piorando cada vez mais. Então o santo explicou-lhe a necessidade de quebrar também o ídolo escondido que ele ainda adorava.

Quantos pecadores esquecem a contrição necessária, pois não ousam quebrar o ídolo meticulosamente escondido em seu coração! O prefeito só foi curado depois de cumprir completamente a promessa.

Uma restituição

Santo Antonino disse certa vez a um demônio que estava perto do confessionário:

Que fazes aí?

Estou restituindo.

Oh! Que impressionante! Tornaste-te bem sábio!

Sim, enquanto quero fazer cair um pecador, tiro-lhe toda vergonha, e agora, quando se trata de confessar, eu a devolvo.

Nem levaria isso em conta

Foi perguntado certo dia a um santo:

Se, entrando numa igreja, visses dois confessionários, um ocupado por um padre e outro por um anjo, a qual irias de preferência?

Nem levaria isso em conta — respondeu o homem de Deus — pois no confessionário não há mais homem nem anjo, mas apenas Jesus Cristo.

É necessário confessar-se e comungar na Páscoa

Em maio de 1883, um homem do mundo com problemas em seus negócios foi pedir assistência a Dom Bosco, então de passagem por Paris. Este, em vez de perguntar-lhe sobre seus negócios, replicava simples e muito docemente:

Pois bem! É necessário confessar-se e comungar na Páscoa.

— Na situação de espírito em que me encontro é impossível, não tenho um momento sequer.

Pois bem! É necessário confessar-se e comungar na Páscoa.

Mas… mas… mas… — o homem dava todas as más desculpas de costume.

Pois bem! É necessário confessar-se e comungar na Páscoa.

Mas, alguma coisa o senhor me disse e eu não fiz?

Pois bem! É necessário confessar-se e comungar na Páscoa.

Aquilo estava se tornando irritante; o homem de negócios zangou-se um pouco e terminou por dizer:

Bem, é verdade, há quarenta anos que não comungo na Páscoa.

Por outro lado, o homem de Deus não se irritava, e repetia com a mesma calma:

Pois bem! É necessário confessar-se e comungar na Páscoa.

No dia seguinte o homem de negócios retomou o caminho da Igreja para ocupar-se do único assunto que temos neste mundo: confessou-se e comungou na Páscoa.

(Traduzido, com adaptações, de “L’Ami du Clergé”, 1908, pp. 350-352; 508-509.)

(Revista Arautos do Evangelho, Fev/2008, n. 74, p. 30-31)

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