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Feliz os que temem o Senhor!

Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

(Salmo 127)

A última Frase da Semana deste ano de 2013 é tirada do Salmo da Liturgia da Sagrada Família. Durante muitas semanas, durante o ano que se finda, o Blog dos Arautos do Evangelho de Maringá propôs a seus leitores inúmeras frases, para ajudá-los em seu crescimento espiritual.

Mais do que guiar a reflexão semanal, a Frase desta semana deve ser tomada como um Programa de Vida. De fato, na medida em que nos aproximamos do final do ano, juntamente com as comemorações próprias a este período – em que se celebram as conquistas do ano que se finda – deve-se também refletir sobre os desafios que nos esperam no ano novo. E para os cristãos, o mais importante deles é renovar os propósitos de levar, durante todo o ano, uma vida santa. E o que pode ser mais santo do que trilhar os caminhos do Senhor? Ou seja, procurar, em todos os aspectos da nossa vida fazer a vontade de Deus.

Trilhando os caminhos do Senhor, certamente, teremos um ano novo abençoado. Para isso, devemos contar com a proteção de Nossa Mãe Santíssima, a quem a Igreja, sabiamente, dedica o primeiro dia do Ano, para que Ela guie os passos de seus filhos durante todos os dias.

Trilhando os caminhos do Senhor, buscando a sua Justiça, certamente seremos felizes no ano novo.

É isto que a seção Frase da Semana deseja a todos os leitores do Blog. Feliz Ano Novo!

Salve Maria!

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Semana da Pátria em Novo Itacolomi

Arautos comemoram Semana da Pátria com Missa em Novo Itacolomi

Os Arautos tiveram a alegria de participar, no dia 5 de setembro, de uma Santa Missa na Matriz de Novo Itacolomi, cuja padroeira é tão bem conhecida de todos os maringaenses: Nossa Senhora da Glória.

Novo Itacolomi é uma cidade localizada no norte do Paraná, com uma população de aproximadamente 3 mil habitantes. Esta bela e simpática cidade distancia-se de Maringá em 58 km em linha reta e em 70 km de condução.

Os Arautos foram convidados a animar uma Celebração Eucarística, através do coro, da música instrumental e do cerimonial litúrgico. Para os cristãos, a música é uma maneira de louvar a Deus e de enriquecer a Liturgia. E não há ocasião melhor para isso do que a renovação do Sacrifício do Calvário: a Santa Missa.

A pedidos do Revmo. Pe. Zezinho Meira, Pároco da cidade, os Arautos animaram a Cerimônia, ocorrida por ocasião da Semana da Pátria. A igreja estava devidamente ornada para as comemorações, com as bandeiras do Brasil, do Paraná e de Novo Itacolomi. A Santa Missa foi celebrada pelo Pároco e pelo Revmo. Pe. Roberto Takeshi Kiyota, EP.

No fim do Rito da Comunhão, a banda sinfônica dos Arautos executou o Hino Nacional Brasileiro, cantado com ânimo e entusiasmo pelos fiéis.

Agradecemos ao querido Pe. Zezinho pela fraternal acolhida e esperamos ter a oportunidade de rever o entusiasmado povo de Novo Itacolomi em breve!

 

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Peregrinando pela casa de um Santo

Foto do Papa São Pio X afixada na sala principal da casa

Os santos nos são dados pela Igreja como modelos, tanto para nos estimular na prática da virtude, como para nos guiar na busca da Perfeição: “Sede perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5,48), diz o conselho de Nosso Senhor Jesus Cristo no Evangelho. Os santos levaram esse conselho às últimas consequências, praticando as virtudes em grau heroico.

Uma das formas de estimular nossa devoção aos santos é visitar, em espírito de peregrinação, os lugares em que viveram esses gigantes da Fé e que serviram de palco para a prática do amor e da caridade cristã. Assim, é com alegria que muitos fiéis, durante todo o ano, procuram ir em peregrinação aos lugares santificados pela presença física dos santos: Assis, na Itália, onde viveu o grande S. Francisco de Assis; Pádua, de Santo Antonio (também de Lisboa, onde nasceu). A própria Jerusalém, testemunha do derramamento do Sangue Precioso do Cordeiro, que verteu até a última gota para nossa Salvação recebe pessoas originárias das mais diversas partes do mundo. E assim por diante, são basílicas, igrejas, casas, conventos, etc. que recebem milhões de peregrinos todos os anos – e o povo cristão é incansável em buscar essas Graças, em todos os lugares, em todos os meses do ano.

Existe, porém, um lugar não muito conhecido, mas muito especial. A pequenina cidade de Riese, localizada na Província de Treviso, região do Vêneto, Itália, a poucos quilômetros de Pádua ou de Veneza, abriga na Via Callalta a modesta casa em que nasceu a 02 de Junho de 1835 Giuseppe Melchiorre Sarto, futuro Papa São Pio X, cuja festa é comemorada neste dia 21 de Agosto.

Riese, hoje merecidamente rebatizada de Riese Pio X tem menos de 10 mil habitantes e, incrustada no norte da Itália, não era em nada diferente das centenas de outras pequenas vilas que abrigavam a gente pobre e modesta no século XIX, quando veio ao mundo aquele que seria uma das glórias da Igreja, honra do Papado e alegria para todos os cristãos.

São Pio X, o Papa da Eucaristia, foi o primeiro papa a ser eleito no século XX, no ano de 1903. Seu pontificado estendeu-se até 1914, portanto no próximo ano serão realizadas as festividades de 100 anos de sua morte. Governou a Igreja por pouco mais de uma década, mas fez grandes coisas por Ela.

Bento XVI dedicou-lhe em 2010 uma audiência geral, destacando que São Pio X “foi exemplar em muitas circunstâncias da sua ação pastoral” (1). Do cuidado com os sacerdotes e com o povo de Deus, a tudo atentava seu zelo pastoral e esta atenção aos mais simples levou-o a escrever seu famoso Catecismo:

Como autêntico pastor compreendera que a situação da época, inclusive por causa do fenômeno da emigração, tornava necessário um catecismo ao qual todo fiel pudesse ter como referência independentemente do lugar e das circunstâncias de vida (…) Este Catecismo chamado “de Pio X” foi para muitos um guia seguro por ter acesso às verdades da fé mediante a linguagem simples, clara e precisa e pela eficácia expositiva., relata o papa na Audiência Geral. (2)

O lema de seu brasão pontifício revela seus objetivos pastorais: “Renovar todas as coisas em Cristo”. Para isso, atuou São Pio X na liturgia, na música sacra e na comunicação católica, empenhando em levar ao povo profunda vida de oração e uma participação mais efetiva e constante nos Sacramentos. Com objetivo de preservar a sua inocência, permitiu que as crianças, já aos sete anos pudessem fazer a Primeira Comunhão. (3)

Um homem simples, nascido de família modesta e que, conduzido pelo Espírito Santo ao mais alto posto da Terra, jamais perdeu contato com as suas origens e fez-se tudo para todos.

Hoje, a casa onde nasceu este grande Santo abriga um museu em sua honra. Ali um simpático anfitrião faz questão de mostrar os pormenores de como transcorria a vida da família de São Pio X. Os utensílios utilizados na cozinha; as ferramentas, a simplicidade da vida de camponeses. Muito arranjada com lençóis da época é a cama onde nasceu o Santo; recebe destaque também a cama onde dormia quando, ainda Cardeal de Veneza, Dom José Melquior Sarto vinha visitar sua mãe. E, principalmente, os ex-votos afixados na parede, representando e testemunhando o contentamento de centenas de fiéis que ali foram agradecer às inúmeras graças recebidas através do Santo.

Que São Pio X, do Céu, continue a obter para a Igreja de Cristo as graças de que ela tanto necessita para enfrentar e vencer as batalhas de hoje – que, absolutamente, não são menores do que foram à sua época.

Por João Celso


(1) Rádio Vaticana. 21/08/2012. Disponível em: <http://www.news.va/pt/news/igreja-celebra-sao-pio-x-o-papa-da-eucaristia-com>

(2) Idem, ibidem.

(3) Idem, ibidem.

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Dar glória a Deus

O martírio de São Lourenço – Museo Unterlinden – Comar, Alsacia

As histórias dos santos e mártires nos trazem fatos ricos em ensinamentos, apontando a finalidade para a qual fomos criados: dar glória a Deus! E essa glória por eles santamente prestada, apoia-se em dois elementos fundamentais: o esquecimento de si mesmo e a pureza de intenção. Exemplo disso podemos contemplar na vida e martírio de São Lourenço (258 d.C), cuja festa celebramos no corrente mês.

Estabelecido pelo Papa Sixto II arquidiácono de Roma, ficando responsável pelos tesouros da Igreja, sofria a violenta perseguição do imperador Valeriano contra os cristãos. O Prefeito de Roma, seguindo as ordens desse tirano, quis obrigar ao Santo que entregasse “os tesouros escondidos”. O preclaro diácono os trouxe, reunindo-os na praça, dizendo: “Vinde ver os tesouros de nosso Deus: vereis um grande pátio cheio de vasos de ouro e talentos amontoados em galerias”. Quais eram tais tesouros? Inúmeros pobres, ricos do amor a Nosso Senhor.

Diante de tal quadro, indignado, o prefeito determinou que deitassem a São Lourenço sobre um leito de ferro, debaixo do qual havia incandescentes brasas.

Eis que se dá o inimaginável, porém não surpreendente para os homens de fé: depois de o mártir estar deitado na grelha, por muito tempo, disse ao carrasco: “Fazei-me virar, pois já estou bastante assado deste lado”. E o fizeram! Já num segundo momento, bradou o mártir: “Está assado, podeis comer”. Olhando, então, para o céu, rogou a Deus pela conversão de Roma e morreu. (1)

São Lourenço, mártir – Itália

Que esse exemplo de heroísmo, com esquecimento de si mesmo e amor ao Criador, nos estimule a sempre buscarmos dar glória a Deus, amando e servindo-O. E como nos ensina São Luís Maria Grignion de Montfort, no seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, confiemos este fundamental dever de dar glória a Deus Àquela que, por excelência, trilhou esta esplendorosa via, cheios de amor e admiração à

“… sublimidade de suas intenções, que foram tão puras, que Ela deu mais glória a Deus, pela menor de suas ações, por exemplo, fiando em sua roca, dando um ponto de agulha, do que um São Lourenço estendido na grelha, por seu cruel martírio…” (2)

Por Adilson Costa da Costa

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(1)   Padre Rohrbacher. Vida dos Santos. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Vol. 14, p. 302-307.

(2)   MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem. 39 ed. Petrópolis: Vozes, 2009. Pág. 215.

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Os mártires e os lobos

A natureza, realmente, é um livro extraordinário repleto de ensinamentos e mistérios, próprios à reflexão de verdades e princípios indicadores de nosso relacionamento com Deus e o próximo. E isto de tal forma, que o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, Criador desta natureza e Divino Pedagogo, dela fez uso para anunciar a Boa Nova, nas mais variadas situações de sua pregação.

Esta consideração nos vem à mente, ao adentrarmos neste mês de julho no qual celebramos a Jornada Mundial da Juventude no Brasil, em que temos a intenção de que ela “anime a todos os jovens cristãos a se tornarem discípulos e missionários do Evangelho” (1).

Eis que vos envio

Com efeito, contemplemos a narração do evangelista São Lucas, no capítulo 10, e deitemos a atenção para um aspecto de esplêndida riqueza, fundamental e indispensável, para todos aqueles que querem ser discípulos e missionários, ou por outra, porque discípulos (cristãos), são missionários do Evangelho. Disse Jesus, ao escolher 72 discípulos para anunciarem o Reino de Deus: “Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (Lc 10, 3).

Em um primeiro momento, poderia causar-nos certa estranheza a comparação que o Divino Mestre utiliza para explicar aos discípulos como e a quem os enviaria. Imagine o leitor: o que pode um inocente cordeiro contra um lobo voraz? Qual é a natural e extintiva “conduta” do lobo face ao cordeiro? Antes mesmo das mais elementares lições de biologia ou zoologia da educação formal, salta-nos aos olhos o que até uma criança já adquiri como conhecimento a respeito do destino de um cordeiro nas garras e dentes de um lobo… E como fica a aplicação de tal metáfora? Ensina Ele que o cordeiro deve se achegar do lobo, para ser por este devorado? Sejamos mais ousados em nosso questionamento: Jesus se enganou?

Categoricamente: não! Mas então, como explicar tal metáfora?

Sim, o discípulo e missionário deve ser como um cordeiro. E quais são as qualidades simbolizadas e evocadas pelo cordeiro: mansidão, inocência, humildade. Assim deve ser o apóstolo de Jesus, fiel e pacífico, cheio de bondade e amante da pureza dos costumes.

E quanto ao lobo, símbolo de quais atributos é este animal selvagem? Maldade, astúcia e obstinação. Eis as características infelizmente presentes neste nosso início de Século, onde a impiedade, a falta de fé, hostilidade e perseguição contra a verdade e o bem vão ganhando espaços crescentes.

Qual deve então ser a atitude do discípulo-missionário em sua missão evangelizadora, na qual encontrará situações difíceis articuladas pela malícia do mundo? Será ele uma fatal vítima, à maneira do cordeiro em meio a uma alcateia de lobos?

Discípulos fiéis, distribuidores da graça

O grande bispo e doutor da Igreja, Santo Ambrósio (+397), nos traz uma luz a respeito da missão dos discípulos junto ao mundo: “enviados não como presas, mas como distribuidores da graça”. (2)

Santo Ambrósio em seu estudo – Tama, Palancia, séc. XVI – Metropo

Ora, para serem distribuidores da graça, necessário é serem portadores da graça, pois ninguém dá o que não tem. E para serem portadores da graça, necessário se faz serem seguidores fiéis, fortes e confiantes de Jesus Cristo, sob pena de, ao contrário, serem escravos do mundo, do demônio e da carne.

Eis aqui o sentido genuíno de ser cordeiro em meio aos lobos: conservar e crescer na união com Jesus, amá-lo verdadeira e radicalmente, agindo coerentemente com nossa fé nele e na prática dos Mandamentos. É sendo discípulo autêntico e despretensioso, mais do que dizendo ou operando, que atrairemos para Nosso Senhor aqueles a quem nos propomos fazer apostolado. Este exemplo de vida dos discípulos e missionários é belamente apontado pelo grande Doutor Teólogo da Igreja, São Gregório Nazianzeno : “[…] eles devem ser tão virtuosos que o Evangelho se propague mais pelo modelo de sua vida do que por sua palavra”. (3)

E quais os frutos da missão?

E quais serão os frutos desta evangelização permeada de autenticidade e virtude?

Muitas almas serão atraídas e, não raramente, algo esplêndido se sucede, como observa Mons. João Clá Dias, EP: “A força da graça conferida pelo Salvador à sua grei é tal que muitos ‘lobos’ acabam sendo convertidos em ‘cordeiros’… Exemplo supremo é o de Saulo, fariseu que ‘só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor’ (At 9,1), o qual veio a tornar-se o Apóstolo por excelência”. (4)

É verdade, no entanto, que não é unanime a aceitação daqueles a quem se quis fazer o

N. Sra. do Carmo – Colômbia

bem. Mas tal rejeição não deve intimidar o discípulo e missionário do Senhor, pois, conforme está escrito no Evangelho de São João, “O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir” (Jo 15, 20).

Tal hostilidade sempre esteve presente ao longo da história da Igreja – e fatos concretos hoje em dia são narrados – pois muitos foram os “lobos” que trucidaram os “cordeiros”. Mas isto pouco importa, ou por outra, importa muito, pois, como diz Mons. João Clá Dias,

“Se a hostilidade chega ao extremo do martírio, a violência se transforma em glória para os cristãos, permitindo-lhes receber o prêmio da fé, na vida eterna”. (5)

A história dos mártires e dos lobos

Eis ai, no decurso da evangelização, a história dos Mártires e dos lobos. Peçamos à Santíssima Virgem, sob invocação de Nossa Senhora do Carmo (6), celebrada neste mês (dia 16), o que cantamos no Hino em seu louvor “Rosa do Carmelo”: “Forte armadura dos guerreiros! Aos que partem para a luta protegei com o escapulário”. (6)

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Diretório da Liturgia e da organização na Igreja no Brasil – 2013 – Ano C – São Lucas. Brasília: Edições CNBB, 2012, p.125.

(2) Santo Ambrósio. Tratado sobre El Evangelio de San Lucas. L. VII, n. 46. In:  Obras. v. I, Madrid: BAC, 1966, p. 367.

(3) São Gregório Nanzianzeno, apud São Tomás de Aquino. Catena Aurea, In Lucam, c. X. v. 3-4.

(4) Mons. João S, Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. V, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 199-200.

(5) Idem, p. 199.

(6) Para saber mais o leitor pode acessar a matéria: http://www.arautos.org/artigo/13178/O-escapulario-de-Nossa-Senhora-do-Carmo-.html

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