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V Domingo do Tempo Comum, Ano B – Mons. João Clá Dias

Onde encontrar o verdadeiro remédio para a dor?

Jesus curando a sogra de São Pedro – Igreja da Misericórdia – Viana do Castelo – Portugal

Os pensamentos que a Liturgia nos sugere, neste dia, encontram a clave num dos versículos do Salmo Responsorial: “O Senhor Deus é o amparo dos humildes, àqueles que praticam a temperança – virtude alheia aos orgulhosos – e se submetem a correção, à mortificação e à dor, cedo ou tarde Deus os haverá de amparar e atender.
Quando permitiu ao demônio tentar Jó, Deus queria que aquele varão justo crescesse ainda mais na temperança e, portanto, na santidade, para, em seguida, cumulá-lo de méritos e outorgar-lhe em maior grau a participação na vida divina. Entendemos então, quanto as tribulações que nos atingem são, no fundo, permitidas por Deus, em vista de uma razão superior. Ele não pode promover o mal para nossa alma, é assim que age porque nos ama e deseja dar-nos muito mais do que já deu. E porque é bom, ao mesmo tempo em que consente as adversidades, Ele nos conforta como sublinham mais alguns versículos do Salmo Responsorial: “Louvai ao Senhor Deus porque Ele é bom, […] Ele conforta os corações despedaçados, Ele enfaixa suas feridas e as cura” ((Sl 146, 1.3).
Ao se debruçar sobre a sogra de Pedro e fazer-lhe desaparecer a febre, ou ao sanar a multidão afligida por enfermidades e tormentos. Nosso Senhor não visava ensinar que a dor deva ser eliminada. Pelo contrário, tanto a considerava um benefício para o homem, que Ele mesmo abraçou a Via Dolorosa e a escolheu também para sua Mãe. Nestes milagres – como em incontáveis outros operados durante a sua atuação pública – Ele devolveu a saúde para dar uma lição aos Apóstolos, aos circunstantes a as próprios enfermos: a Luz está n’Ele, a vida está n’Ele, a solução da dor provém d’Ele! Mais adiante, na eminência de ressuscitar Lázaro, Ele dirá: “Eu sou a ressurreição e a vida!” (Jo 11,25).
Peçamos a Nosso Senhor Jesus Cristo, que por intermédio de Nossa Senhora, derrame torrentes de graças sobre nós, a fim de nos convencermos dos benefícios da dor, e assim, a enfrentarmos com elevação de Espírito e olhos fixos na sua Cruz.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Homilia Dominical por Mons. João Clá Dias do 5º Domingo do Tempo Comum (08/02/2009)

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IV Domingo do Tempo Comum, Ano B – Mons. João Clá Dias

“Deus é sempre mais forte”.

‘Tentação de Cristo’ – por Fra Angélico, Convento de São Marcos, Florença – Itália

Assim quando a provação nos afligir, ou a tentação nos atormentar, tenhamos a certeza de que o “Verdadeiro e Supremo Capitão” está ao nosso lado, disposto a intervir no momento mais oportuno para sua glória e nosso proveito espiritual.
Jesus, que hoje nos aguarda na Santa Comunhão, é o mesmo que expulsou o demônio em Cafarnaum e fez toda espécie de milagres na Galileia. Sob o véu das Sagradas Espécies, oculta-se a figura majestosa do “mais belo dos filhos dos homens” (Sl 44,3), perante cuja onipotência é impossível ao demônio resistir.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Homilia Dominical por Mons. João Clá Dias do 4º Domingo do Tempo Comum (01/02/2009)

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II Domingo do Tempo Comum, Ano B – Mons. João Clá Dias

“Encontramos o Messias”.

Pregação de São João Batista – Igreja de Saint-Malo, Dinan (França)

É impossível não constatar no Evangelho de hoje, a fundamental importância do apostolado pessoal, direto, e sob o poder de uma hierarquia. Vê-se, já nos primórdios da Igreja, o Divino Redentor, preocupado em estabelecer essa Pedra-Base de seu edifício. Por esta razão em todo e qualquer sucessor de Cefas, nós devemos honrar esta pedra, obedecendo com toda a submissão às determinações da Igreja.
Roguemos a Maria, Mãe da Igreja, que jamais nos separemos, nem um só milímetro da Cátedra infalível de Pedro, em nossa fé, espírito e disciplina. Que a Virgem Santíssima infunda em nossas almas a felicidade de crer no que a Hierarquia ensina, praticar o que ela ordena, amar o que ela ama, e percorrer as suas vias para chegar a glória eterna.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!

Homilia Dominical por Mons. João Clá Dias do 2º Domingo do Tempo Comum (18/01/2009)

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Festa do Batismo do Senhor, Ano B – Mons. João Clá Dias

Exortação que permanece até o fim do mundo.

Batismo de Cristo – Igreja de Santo André, Bayonne (França)

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29), declarou São João Batista a dois dos seus discípulos, indicando Nosso Senhor Jesus Cristo que passava. São João Evangelista e seu irmão, São Tiago, que até então haviam seguido fielmente o Batista, compreenderam que Jesus era Aquele ao qual deviam entregar suas vidas. E deixando seu antigo mestre, procuraram logo o Senhor, pedindo-Lhe permissão para O acompanharem e viver com Ele.


Pelos séculos dos séculos, essas palavras do grande “profeta da penitência” ressoarão no mundo, convidando todos os homens a também colocarem seus olhos no Divino Salvador, a se encontrarem com a figura d’Ele e – como católicos fiéis – a seguirem seus mandamentos, até o momento em que forem chamados para estar definitivamente com Ele, na vida eterna.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Homilia Dominical por Mons. João Clá Dias da Festa do Batismo do Senhor

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Solenidade da Epifania do Senhor, Ano B – Mons. João Clá Dias

Somos fiéis ao brilho dessa estrela?

Adoração dos Reis Magos – Paróquia de São Patrício, Massachussets (EUA)

Cabe aqui, uma aplicação pessoal: luziu diante dos nossos olhos esta estrela por ocasião do Batismo, quando infundiu Deus em nossa alma um cortejo de virtudes – as teologais: fé, esperança e caridade; e as cardeais: prudência, justiça, temperança e fortaleza, em torno das quais se agrupam todas as outras – e dons do Espírito Santo e passamos a participar da natureza divina. A todo instante ela nos convida à santidade, a rejeitar nossas tendências e a estar totalmente prontos para ouvir a voz da graça.
Se, por miséria ou provação, perdermos de vista esta luz, precisamos ir a Jerusalém, ou seja, a Santa Igreja, a qual, em seus templos sagrados, se mantém sempre a nossa espera para nos indicar onde está Jesus. Incumbe, ademais, tomar cuidado com Herodes instalado dentro de nós: nosso orgulho, nosso materialismo, nosso egoísmo. Ele almeja apagar esta estrela, pelo pecado mortal, e nos colocar nas vias dos prazeres ilícitos; quer levar-nos para matar Jesus Cristo que está em nossas almas.
Nesta Solenidade da Epifania, compreendemos que os magos nos dão exemplo de como alcançar a plena felicidade. Com os olhos fixos em Maria, imploremos: “Minha Mãe, vede como sou fraco, inconstante, miserável, e quanto preciso, ó Mãe da vossa súplica e da vossa proteção. Acolhei-me, minha Mãe, eu me entrego em vossas mãos para que Vós me entregueis a vosso Filho”. E dirigindo-nos a São José, digamos: “Meu Patriarca, senhor meu, aqui estou, tende pena de mim, ajudai-me a pedir a vossa esposa, Maria Santíssima, para Ela ter sempre os olhos postos em mim”. Roguemos aos Reis Magos que intercedam ao Santo Casal e ao Menino Jesus, para nos obter a graça de não procurarmos luzes mentirosas, mas seguirmos a verdadeira estrela, ou seja, a da prática da virtude e do horror ao pecado.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Homilia Dominical por Mons. João Clá Dias da Solenidade da Epifania do Senhor (04/01/2009)
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