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Juventude, ecologia e heroísmo: Guardiões da Natureza

No dia trinta e um de Outubro, os Arautos do Evangelho foram convidados a participar de uma cerimônia de formatura de suma importância para o futuro de Maringá e do mundo inteiro. Do mundo inteiro? Sim, trata-se da formatura de mais um grupo de Guardiões da Natureza. Formados por instrutores da Polícia Ambiental, estes jovens estão preparados para defender as maravilhas da natureza criadas por Deus, mas não só isso, para levar outros jovens a fazerem o mesmo, ou seja, ter uma postura ética e ativa em relação ao meio ambiente.

Trinta e seis jovens alunos do Lar Escola de Maringá, com idades de 10 a 14 anos, receberam instruções sérias e profundas a respeito de fauna, flora, poluição ambiental, matas ciliares e outros temas pungentes relacionados à preservação ambiental.

A cerimônia solene de formatura contou com a presença de numerosas autoridades ligadas à Polícia Ambiental, Prefeitura do Município de Maringá e administração do Lar Escola, dentre outras.

Após uma apresentação dos novos Guardiões com o canto do Hino Nacional Brasileiro e do Hino dos Guardiões da Natureza, acompanhada de uma ordem unida – em que estes jovens marchavam e respondiam com perfeição e força impressionantes aos comandos – teve início a entrega dos diplomas e as condecorações dos destacados alunos, avaliados em uma série de quesitos que incluem a avaliação do comportamento em casa e junto à comunidade.

Houve homenagens muito comoventes por parte dos alunos aos instrutores, mostrando a grande admiração e respeito que lhes devotavam. Também foi destacada pelo Capitão Buske, Comandante da 3ª Companhia de Polícia Militar Ambiental do Paraná, a presença do policial militar idealizador do projeto dos Guardiões da Natureza, que já formou trinta e seis turmas de jovens até hoje.

O coro e banda dos Arautos do Evangelho de Maringá estiveram presentes, executando melodias para o cerimonial e fazendo uma apresentação no final do evento, com músicas eruditas, número de percussão e uma homenagem especial aos Guardiões formandos através do canto de uma adaptação do “Luar do Sertão”, popular música brasileira, com a letra adaptada – a qual pode ser acompanhada no final deste Post – mostrando a importância da missão recebida por estes membros privilegiados da juventude de nosso País.

Os Arautos agradecem mais uma vez a oportunidade que tiveram de colaborar com a preservação das obras de Deus realizada pela Polícia Militar Ambiental de Maringá, desta vez com a formatura dos Guardiões da Natureza, projeto que, como pudemos constatar pessoalmente, oportuniza uma formação substancial e disciplinada aos jovens que não raro tem faltado em nossos tempos.

Parabéns a esta instituição, assim como à ordem das irmãs que mantém o Lar Escola e aos novos guardiões, jovens que tiveram a coragem de buscar a felicidade no heroísmo, num mundo que só a promete, enganosamente, no prazer. Como bem afirmou o célebre escritor da Academia Francesa de Letras, Paul Claudel: “a juventude não foi feita para o prazer, mas para o heroísmo”.

Luar dos Guardiões da Natureza

Catulo da Paixão Cearense

Adaptação: Arautos do Evangelho de Maringá

Ai que saudades do luar da minha terra,

lá na serra branquejando folhas secas pelo chão.

Este luar cá da cidade tão escuro,

não tem aquelas saudades do luar lá do sertão

Não há, ó gente, ó não, luar como este do sertão.  (Bis)

 

Se o luar lá do sertão nos dá saudade,

Não é só ele na verdade, que nos enche os corações.

Há as florestas, animais, rios e vales,

Que hoje sofrem muitos males, precisam de seus guardiões!

Não há, ó gente, ó não, luar como este do sertão. (Bis)

 

Por isso este Lar Escola especial,

Junto à polícia ambiental fizeram a combinação:

Se este lar quer formar o homem de bem,

Com o curso formará também, prá natureza o Guardião!

Não há, ó gente, ó não, luar como este do sertão. (Bis)

 

Quando Deus realizou a criação,

Fez em perfeita ordenação e pôs os Anjos pra cuidar.

E aqui na Terra chamou alguns na juventude,

Pra com coragem e virtude, com os anjos tudo preservar.

Não há, ó gente, ó não, luar como este do sertão. (Bis)

 

Agradeçamos aos tutores os valores,

O que é bom belo e verdadeiro, que cada um nos ensinou.

Guardem com amor, o que aprenderam é mais que o ouro,

E a natureza, este tesouro, que o nosso Pai do Céu deixou.

Não há, ó gente, ó não, luar como este do sertão. (Bis)

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A fauna brasileira e suas curiosidades

Urutau da Sede dos Arautos do Evangelho de Maringá

Você certamente já viu corujas, não viu? Sabe que elas têm dois olhinhos bem redondos e arregalados, localizados mais na parte frontal de sua “face”. Que tem uma cabecinha chata muito pitoresca, que se move a quase 360º, com um bico curto e afiado. Sabe também que elas trabalham durante a noite e dormem durante o dia. Certo?

Pois bem, agora eu vou lhe falar sobre um outro pássaro de hábitos noturnos, mas em muito diferente da coruja.

Foi assim: eu vim a Maringá para participar de um projeto de evangelização que os Arautos do Evangelho promovem em muitos e muitos lugares, chamado “Tarde de Louvor com Maria”. Hospedei-me na bela e ampla casa dos Arautos da ‘Cidade Canção’.

Como, nesta cidade, a arborização é fator primordial, os jardins da casa estão entremeados de frondosas e amigas árvores, já sinalizando o bom gosto ecológico dos jovens que aí habitam ou frequentam.

Amigos da flora, os jovens Arautos também convivem simpaticamente com alguns singelos  animais que fizeram desse ambiente seu ‘habitat’ preferido: são sabiás, pombas e rolinhas, tico-ticos, borboletas, pica-paus, etc. etc. sem falar de um bonito cão de guarda.

Urutau da Sede dos Arautos do Evangelho de Maringá

Mas enquanto esses engraçados animais não param de mexer-se de um lado para o outro, os vivazes jovenzinhos dedicam atenção especial para uma ave noturna, restrita às regiões quentes do Novo Mundo, e do gênero Nyctibius, da família Nyctibiida, chamada Urutau, que vive placidamente em uma dessas árvores. Fui logo chamado para conhecer a raridade! Segundo pesquisadores, o  nome é uma onomatopeia para o canto do pássaro, que se repete em notas graves decrescentes. Já o folk brasileiro o apelidou de ‘Mãe-da-Lua’ ou ‘Emenda-Toco’*. Eu já explico.

O curioso animal tem penugem que se assemelha muito ao tronco das árvores, e, por isso, ele consegue camuflar-se perfeitamente. Perfilado sobre um ramo quebrado de árvore, ele como que completa o toco, escondendo o dilacerado da fratura da árvore. Já o outro apelido se deve a que, conforme os sertanejos, o Urutau aparece na hora em que a lua ‘nasce’.

Aí fica ele o dia inteiro, sem mexer-se, cabeça erguida, os protuberantes olhos como que fechados, e a grande boca cerrada. Por cima do biquinho negro, um ‘bigodinho’ de penas marron-escuro. A noite é sua faina de caça a insetos e morcegos que apanha em pleno voo. Ele pode comer também lagartos e outros pequenos pássaros.

Contaram-me os jovens que outro dia caiu um filhote de urutau e eles correram para salvá-lo do cão de guarda que quase destroça a pobre criatura. Acomodaram-no, deram-lhe  cuidadoso alimento, e o bichinho se refez até poder voltar à ‘família’ e aí sobreviver em seu estilo.

Curiosidades da fauna brasileira, sim. Mas também amor às criaturas que Deus pôs neste universo ainda pouco contadas e estudadas pelo homem!

Por Cicero Sobreira de Sousa

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*fonte, Wikipédia.
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