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Maringá acolhe a Virgem de Fátima por ocasião do Centenário das Aparições

Antigamente, era a alegria e honra dos habitantes de uma cidade o fato de ouvirem a notícia de que a sua rainha queria visitá-los. Todos colaboravam e faziam render seus talentos preparando uma esplendorosa acolhida para a sua tão querida rainha. Belos tapetes, lindas flores, ricos tecidos e brocados eram colocados nas ruas da cidade para a tão esperada vinda de sua soberana.

Uma Rainha veio a Maringá: Maria Santíssima, a Rainha de Céus e Terra! Ela quis estar conosco no Centenário das suas Aparições em Fátima. E graças a Deus, Ela foi calorosamente acolhida, com as manifestações de amor e carinho da parte de tantos maringaenses. Mais do que tapetes e tecidos, os presentes prepararam-lhe uma bonita coroa das mais belas rosas: a recitação do rosário.

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Frase da Semana: Enquanto dormimos, Maria Santíssima vela por nós…

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A Luz do Sol de Justiça

Em uma das praias do imenso litoral brasileiro, um Arauto teve a felicidade de realizar este magnífico registro, no primeiro dia do Ano de 2015. Trata-se do primeiro nascer do sol neste impressionante panorama em que se apresentam, contrastando,  luz e trevas. Sobre o que nos fala esta imagem litorânea?

Nascer do Sol na Praia de Ubatuba – Arautos do Evangelho

Contemplemos os três elementos da paisagem: sol, mar e nuvens. No céu, as nuvens espessas e sombrias parecem querer envolver na escuridão tudo que lhe está ao alcance. No entanto, eis a aurora prenunciando a chegada do sol. O astro rei surge já deitando seus primeiros raios de luz, afastando as trevas e realçando a beleza contida no mar e no céu.

Vivemos no mar da vida, incontáveis vezes tempestuoso, em outros  momentos sublimes e calmos. Seja como for, quando somos banhados pela luz da divina graça, a vida adquire outra perspectiva. Até mesmo entre as dificuldades que parecem nos querer fazer sucumbir, encontramos alento e conseguimos contemplar e compreender a beleza da luta nesta existência e antegozar as maravilhas do Céu. Por que isto se dá? Porque somos banhados pela luz do Sol de Justiça!

Ano Bom, Ano novo! Por mais que as trevas procurem esconder ou abafar a luz, o Sol de Justiça, Nosso Senhor Jesus Cristo, estará sempre a irradiar Sua luz. Que Maria Santíssima, a aurora que anuncia o sol, proteja você e sua família, caro leitor, ao longo deste ano que se inicia. E assim poderás, na alegria, render graças a Eles, porque vencestes as trevas do pecado, fostes tu mesmo luz para o próximo, e destes glória a Deus. Feliz e santo 2015!

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A oração para pedir os bens temporais

Santo Afonso Maria de Ligório

Quais são as condições para que Deus atenda às nossas orações, quando pedimos coisas materiais, ou temporais, por exemplo: saúde, boa situação financeira, um emprego melhor, uma nova casa, recursos para o estudo dos filhos, etc.?

Estas são todas coisas legítimas, que devemos pedir. Pode acontecer, porém, de pedirmos a Deus coisas materiais e não sermos atendidos.

Por que acontece isso? Estaria Ele “quebrando” a solene promessa: “Pedi e recebereis”? (Mt 7,7). Muitas pessoas quando não obtêm as graças materiais de que necessitam, desanimam e deixam de rezar.

Em seu magnífico tratado sobre a oração (1), Santo Afonso de Ligório esclarece este mistério, ao explicar que nossas orações, para serem atendidas, devem seguir certas condições, colocadas pelo próprio Deus. Uma dessas condições, explica o santo, é a de que peçamos os bens materiais “com resignação” (2) e sob a condição de que esses bens também sirvam para nosso progresso na vida espiritual – e não o contrário. Não pode a abundância de bens se tornar um impedimento à nossa salvação. Diz o santo:

“Quantos, se fossem pobres ou doentes, não cometeriam os pecados que cometem sendo ricos e sadios! Por isso o Senhor nega a alguns, que lhe pedem a saúde do corpo ou os bens da fortuna, porque os ama, vendo que isso lhes seria ocasião de perderem a sua graça, ou ao menos de se entibiarem [esfriarem] na vida espiritual”. (3)

Este ensinamento segue com exatidão o Evangelho: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida” (Mc 8,36).

Alguém poderá objetar: “Ora, eu não quero ganhar o mundo inteiro! Mas, precisamos dos bens materiais, sem eles não há como se viver; afinal, estamos no mundo e temos as nossas necessidades!”. Com certeza é este um pensamento legítimo e verdadeiro.

Então, resta a pergunta: como conciliar a busca e necessidade dos bens materiais – que devemos procurar e que nos são necessários – sem, no entanto, apegarmo-nos demasiadamente a eles, comprometendo a salvação de nossa alma?

Nossa Senhora de Fátima – Arautos do Evangelho

A Igreja, como Mãe e Mestra, sempre nos conduz ao equilíbrio. A Liturgia da 25ª Semana Comum ao nos propor, na primeira leitura da quarta feira, a meditação do livro dos Provérbios (Pr 30,8-9), nos dá uma sábia resposta:

“(…) não me dês pobreza nem riqueza, mas concede-me o pão que me é necessário. Não aconteça que, saciado, eu te renegue e diga: ‘quem é o Senhor?’ Ou que, empobrecido, eu me ponha a roubar e profane o nome de meu Deus”.

A oração por excelência para pedirmos os bens materiais é, seguramente, a oração do Pai-Nosso, ensinada pelo próprio Nosso Senhor. Mas, os versículos acima, de Provérbios, podem corretamente ser adotados como uma oração diária por todos os que querem buscar esse sapiencial equilíbrio.

O Deus que provê de alimento as aves do céu e veste magnificamente os lírios do campo jamais deixará de atender nossas necessidades, desde que a Ele recorramos com confiança. Sobretudo com o auxílio de Maria Santíssima, Mãe de Misericórdia.

Por João Celso


(1) Santo Afonso de Ligório. A Oração.  4. ed. Santuário: Aparecida, 1992,  p.61-62

(2) Idem, ibidem.

(3) Idem, ibidem.

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Os Dez Mandamentos estão ultrapassados?

Em nossos dias, bastará abrirmos as páginas de jornal ou acessarmos as notícias on-line, para encontrarmos narrados incontáveis fatos, muitos deles assustadores, nos quais o amor ao próximo vai sendo vertiginosamente banido da face da terra. Consequência, sem dúvida, do rechaço, ou pelo menos, do esquecimento do amor de Deus.

Ora, sabemos que os dez Mandamentos entregues por Deus a Moisés no Monte Sinai, trazem os preceitos concretos que devem nortear o relacionamento dos homens com Deus e deles entre si.

No entanto, estamos frente a uma crise monumental, de abandono da Lei de Deus. Conforme diz o Papa Bento XVI, “vivemos num contexto cultural marcado pela mentalidade hedonista e relativista, que propende para eliminar Deus do horizonte da vida, não favorece a aquisição de um quadro claro de valores de referência e não ajuda a discernir o bem do mal e a maturar um justo sentido do pecado”. ¹

Diante desta situação, podemos nos perguntar: os Dez Mandamentos – decorridos tantos séculos – não estão ultrapassados?

Ou ainda, não será normal que a Lei de Deus e as leis morais dela decorrentes evoluam e se adaptem aos costumes?

Esta questão nos é suscitada e esclarecida pela consideração da Liturgia do 6° Domingo do Tempo Comum.

Com efeito, nos ensina o Catecismo da Igreja: “Visto que exprimem os deveres fundamentais do homem para com Deus e para com o próximo, os Dez Mandamentos revelam, em seu conteúdo primordial, obrigações graves. São essencialmente imutáveis, e sua obrigação vale sempre e em toda a parte. Ninguém pode dispensar-se deles”. ² [grifo nosso]

Bon Dieu – Catedral de Amiens

Como se tal ensinamento não bastasse, vejam-se as divinas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, narradas por São Mateus (Mt 5, 17-19):

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Não penseis que vim abolir a Lei e os profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade Eu vos digo: antes que o Céu e a Terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra”.

“Portanto, quem desobedecer a um só destes Mandamentos, por menor que seja, e ensinar aos outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus”.

Neste sentido comenta Mons. João Clá Dias, EP: “Nosso Senhor não é só o Autor da Lei, mas também a Lei viva. Assim como dizemos que o ‘Verbo Se fez carne’ (Jo 1, 14), podemos afirmar que ‘a Lei de Deus Se fez carne e habitou entre nós’. No Divino Mestre se encontram os Dez Mandamentos no estado de divindade, pois, o que fez Ele na sua vida terrena senão praticar a todo o momento o Primeiro Mandamento: ‘Amarás o Senhor teu Deus sobre todas as coisas’?” ³

Roguemos à Maria Santíssima nos conceda um amor íntegro e a prática entusiasmada dos Dez Mandamentos, em todos os dias de nossa vida. E assim evitemos toda e qualquer relativização no cumprimento da Lei de Deus.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ BENTO XVI. Discurso aos participantes no curso anual sobre foro intimo, promovido pela Penitenciária Apostólica. Cidade do Vaticano, 11.03.2010.

² Catecismo da Igreja Católica. Tópico n. 2072: A obrigatoriedade do Decálogo. 11. ed. São Paulo: Loyola, 2001, p. 546

³ Mons. João S. Clá Dias, EP. Cristo é a plenitude da Lei. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 73.

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