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VIII Simpósio Arautos do Evangelho 2013

O VIII Simpósio 2013 foi realizado na Comunidade dos Arautos de Maringá, num clima muito agradável de uma tarde de Domingo, muito propício ao estudo e à reflexão. O tema, “O Carisma dos Arautos do Evangelho e o seu contexto histórico”, veio atender à curiosidade de várias pessoas a respeito do Carisma de nossa Associação, fundamentado em três principais devoções: A Eucaristia, a devoção a Nossa Senhora e à Cátedra de Pedro.

Através da arte, da música e da cultura, esta instituição vem colaborar com a nova evangelização, alcançando os fiéis nos mais variados ambientes, sejam eles religiosos ou laicos, atraindo por meio da linguagem do pulchrum, ou seja, da beleza.

O Simpósio foi composto de três reuniões, a saber: duas pela manhã, com intervalo para um animado e conversado lanche, e uma após o almoço. Foi aberto um período para perguntas na última reunião e estas constituíram uma chuva, talvez maior que a do dia 3 em Maringá… Mas foram todas respondidas.

A conversa continuou animada mesmo após o término oficial do Simpósio e cada um dos numerosos participantes voltou para casa com a alma mais enriquecida de graças e novos conhecimentos.

Esperamos a todos, inclusive o caro leitor, no próximo encontro. Eis alguns “flashes”fotográficos colhidos ao longo do Simpósio.

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Frase da Semana – Nossa Senhora do Rosário

“Eu sou a Senhora do Rosário”

Nossa Senhora, em Fátima, aos 13 de Outubro de 1917 1

Nossa Senhora do Rosário de Fátima

Apresentando a Frase da Semana, o Blog dos Arautos de Maringá tem sempre a intenção de trazer a seus assíduos leitores, frases e pensamentos que os animem na prática da virtude e, principalmente, na busca da santidade, procurando levá-los a cumprir a sua Vocação maior que é conhecer, amar e servir a Deus.

Às vezes nos deparamos com frases muito bem elaboradas, até com certa complexidade no seu conteúdo. Outras vezes, esses pensamentos são os mais simples e diretos possíveis, o quais, no entanto, nada perdem em termos de profundidade. Este é exatamente o caso da Frase desta semana. Extremamente curta, simples e direta, mas, inteiramente reveladora da bondade de Maria para com seus filhos.

Com efeito, a frase foi proferida por Nossa Senhora, ao encerrar o ciclo de seis aparições (de maio a outubro de 1917), em Fátima, Portugal. Durante meses, os pastorinhos recebiam a visita da “Senhora”… Mas, quem exatamente era Ela? Na última aparição, em 13 de Outubro, Ela deixa bem claro: Eu sou a Senhora do Rosário: rezem o terço todos os dias pela conversão dos pecadores.

O Rosário é talvez a devoção mais popular existente na Igreja. A meditação dos seus mistérios constitui uma verdadeira catequese sobre a História de nossa Salvação, acessível a todas as pessoas, mesmo as mais simples e humildes. Revelando-se aos pastorinhos como a Senhora do Rosário, Maria Santíssima vem confirmar todos os benefícios e maravilhas que podem ser obtidos através da oração do Rosário. E, principalmente, vem pedir nossa correspondência a esse apelo do Seu amor maternal por toda a humanidade.

Neste dia 07 de Outubro a Liturgia da Igreja celebra a Festa de Nossa Senhora do Rosário. Comemorando como filhos esta data magnífica, peçamos a Ela que nos ajude sempre a sermos fiéis a Seus apelos de conversão. Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

Leia mais sobre o Rosário no site dos Arautos do Evangelho:

1) Blog Arautos do Evangelho Maringá. O Terço nas palavras dos Papas e dos Santos II – A Origem do Rosário.

2) Arautos do Evangelho. O Rosário e a Paz.


1Monsenhor João Clá Dias. Fátima. O meu Imaculado Coração Triunfará. 2ª ed. São Paulo: ACNSF, 2007, p. 32.

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Convite – Primeiro Sábado, 5 de Outubro de 2013

Neste mês de Outubro, no dia  13, comemora-se a sexta e  última aparição de Nossa Senhora em Fátima, no ano 1917. Há 96 anos, aparecendo aos três pequenos pastores, Lucia, Jacinta e Francisco, quis a Santíssima Virgem atestar a veracidade de sua bondosa manifestação aos homens, através de um esplendoroso milagre. O Monsenhor João Clá Dias assim narra esta sexta aparição:

Ia avançando o Outono. A manhã estava fria. Uma chuva persistente e abundante tinha transformado a Cova da Iria num imenso lamaçal, e ensopava até aos ossos a multidão de 50 a 70 mil peregrinos que ali havia acorrido de todos os cantos de Portugal. Por volta das onze e meia, aquele mar de gente abriu passagem para os três videntes que se aproximavam, vestidos com seus trajes de missa. É Irmã Lúcia quem nos relata o que se seguiu:

“Chegados á Cova da Iria, junta da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas, para rezarmos o terço. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.

– Que é que Vossemecê me quer?

– Quero dizer-te que façam aqui uma capela minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para as suas casas.

-Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir. Se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc…

Lúcia, Francisco e Jacinta
fotografados em Outubro de 1917,
alguns dias antes da última aparição

– Uns sim, outros não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.

E tomando um aspecto triste [Nossa Senhora acrescentou]:

Não ofendam mais a Deus. Nosso Senhor já está muito ofendido.

E, abrindo as mãos, fê-las refletir no sol, e enquanto Se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol.1

Narra Monsenhor João Clá como se deu o milagre do Sol:

Chovera durante toda a aparição. Lúcia, ao fim do seu colóquio com Nossa Senhora, gritara para o povo: “Olhem para o sol!” Naquele momento, rasgaram-se as nuvens, e o sol apareceu como um imenso disco de prata. Apesar do seu intenso brilho, pôde ser olhado diretamente sem que ferisse a vista. As pessoas contemplavam-no absortas quando, de súbito, o astro se pôs a “bailar”. Girava rapidamente como uma gigantesca roda de fogo.2

O sol girou espantosamente, espargindo chamas vermelhas, tremendo e fazendo ziguezagues; pareceu precipitar-se ameaçadoramente sobre a aterrorizada multidão, que temeu ser consumida pelo fogo. Depois, calmamente, voltou a seu ciclo normal. Um milagre que foi atestado, inclusive, pela imprensa da época e por milhares e milhares de testemunhas.

Assim se manifesta Nossa Senhora, pedindo insistentemente a reza do terço e a conversão dos pecadores. A Mãe quer salvar os seus filhos e se esforça para convencê-los da urgência da conversão.

Por isso, neste mês de Outubro, Mês das Missões e Mês do Rosário, temos inúmeros motivos para buscarmos desagravar o Imaculado Coração de Maria.

Para isso, estarão os Arautos do Evangelho de Maringá, juntamente com centenas de pessoas, realizando a Devoção da Comunhão Reparadora dos 5 Primeiros Sábados.

Pelo 3º. Mês consecutivo, essa devoção será realizada, em Maringá, na Paróquia São Miguel Arcanjo.

Confira a Programação:

COMUNHÃO REPARADORA DOS 5 PRIMEIROS SÁBADOS

Data: Sábado, 05 de Outubro de 2013.

Local: Paróquia São Miguel Arcanjo – Maringá – PR

Endereço: Praça das Américas, S/N – Bairro Aeroporto

PROGRAMA:

Confissões: A partir das 17h

Meditação e Terço: A partir das 18h

Santa Missa: Às 19h

TODOS ESTÃO CONVIDADOS!


1Monsenhor João Clá Dias. Fátima, o meu Imaculado Coração triunfará. 2ª. Ed. São Paulo: ACNSF, 2007. p. 32
2Idem, p. 33

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Confiemos em Nossa Senhora, Mãe de Deus e Mãe dos homens

O Evangelho de São João (2, 1-11) narra a presença do Salvador nas bodas de Caná e, num dado momento, contemplamos o primeiro milagre público operado por Jesus Cristo: a transformação da água em vinho.

Qual foi a participação de Nossa Senhora neste milagre?

Nossa_Senhora

Nossa Senhora de Fátima

Na obra “O inédito sobre os Evangelhos” 1, Mons. João Clá Dias, EP narra que Nossa Senhora conhecia muito bem o Sagrado Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, gerado nesse templo sublime que é o claustro materno de Maria. E “por conhecer privilegiadamente, como Mãe, o Coração de seu Filho, sabe que será atendida e recomenda aos serventes fazer tudo quanto Lhes mandar. E assim, a pedido de Maria, antecipa-se excepcionalmente a hora dos milagres de Cristo” 2. É a eficácia da Onipotência Suplicante.

Isso nos mostra como devemos confiar em Nossa Senhora sem restrições, mesmo quando pareçamos ser merecedores da rejeição de Nosso Senhor. Será Ela quem nos socorrerá quando, também a nós, “faltar o vinho”. Pois é absoluto, por desígnio divino, o poder de impetração da Medianeira de todas as graças. Em sua insondável bondade, prometeu o Redentor: “Tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei” (Jo 14, 13).

Ora se isso é válido para nós, concebidos no pecado original e com tantas misérias pessoais, como não o será em altíssimo grau por sua incomparável Mãe?

Se na Terra Jesus nada Lhe negou, agiria de outro modo estando no Céu? Se Ele fez esse estupendo milagre, embora não fosse ainda a hora, podemos ter certeza de que, agora sim, chegou a sua hora, pois está no Céu como Sacerdote Eterno junto ao Pai para interceder por nós (cf. Hb 4, 14).

Lá está para atender nossas solicitações, permanece à mercê dos pedidos de Nossa Senhora. Bem, conclui o piedoso Cardeal de La Luzerne: “No píncaro da glória, terá Ela perdido seu poder? O prêmio de suas incomparáveis virtudes seria o de ter menos crédito perante Deus? […] Aquele que na Terra estava submisso às suas ordens rejeitará, no Céu, suas preces?” 3

Desse modo, estejamos certos de que, recorrendo a Maria, seremos atendidos em qualquer circunstância!

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1 Mons. João S. Clá Dias, EP. A confiança em Nossa Senhora deve ser total. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 27-28.
 2 Cf. TUYA, OP, Manuel de. Bíblia Comentada: Evangelios. v. V, Madrid: BAC, 1964, p. 1003.
 3 LA LUZERNE, César-Guillaume de. Explication des Évangiles. t. I, Paris: Mequignon Junior, 1847, p. 194.

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O Apóstolo da Caridade: São Vicente de Paulo

Quando lemos as palavras cheias de unção de São Paulo a respeito da caridade, ficamos encantados. Verdadeiramente uma peça literária, para nos expressarmos assim. Na realidade, são infinitamente mais do que isto: são palavras de vida eterna, porque inspiradas pelo Espírito Santo.

Consideremos apenas os dois primeiros versículos da Carta do Apóstolo aos Coríntios:

“Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse o amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente”.

São Vicente de Paulo

“Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada”. (Cor 13, 1-2)

No entanto, estas inspiradas palavras sobre a caridade tomam um esplendor especial, quando contempladas na vida de santidade de homens de fé. Entre esses, uma luz no firmamento da Igreja: São Vicente de Paulo, o Apóstolo da Caridade.

São Vicente teve uma existência intensa de apostolado da caridade: a todos procurava fazer o bem. Promoveu retiros espirituais para a santificação dos sacerdotes e dos fiéis. Instituiu congregação de missionários. Criou seminários. Fundou um hospital para crianças relegadas e hospitais para idosos, insanos, presos e mendigos. Foi conselheiro de reis, na côrte, e cuidava de doentes. Sua obra permanece viva e atuante nos dias atuais e inspirou outras almas na santidade, como o Beato Federico Ozanan, fundador dos conhecidos Vicentinos.

De onde vinha esta multiplicidade de atividades? De seu amor abrasado por Nosso Senhor que se desdobrava no amor ao próximo.

Certa vez, quando viveu dois anos remando nas galés, pois até a escravidão este santo experimentou, encontrou um outro prisioneiro que perdera a fé na dureza daquela existência. Diante da confissão de seu ceticismo em relação a Deus, São Vicente lhe propôs um santo “negócio”: “daria” ao homem a sua fé, e este teria que “dar-lhe” a própria em troca.O incrédulo aceitou e, desde aquele momento, operou-se nele misteriosa mudança sobrenatural: passou a crer.

Contudo, paralelamente, outra mudança se deu…São Vicente, a partir desse momento, ficou privado da sensibilidade em relação às coisas sagradas, e cria sem nenhuma consolação. Nesta provação e aridez espiritual permaneceu por longo tempo. Ó heroica caridade, até onde por uma alma és capaz de sacrificar-te!

Quanta lição nos dá este santo a respeito desta virtude, em relação à qual o mundo vai se distanciando cada vez mais, e afundando no egoísmo.

A propósito, este fato nos foi contado por um idoso, residente no asilo São Vicente de Paulo de Maringá, no dia de hoje, 27 de setembro, festa de São Vicente de Paulo, em uma visita que os Arautos do Evangelho realizaram na benemérita instituição, mantida pelos vicentinos.

Peçamos a Nossa Senhora que nos dê a caridade e a generosidade capazes de realizarem todas as obras que Nosso Senhor quer de cada um de nós, a exemplo do grande São Vicente de Paulo.

Corpo incorrupto de São Vicente de Paulo – Paróquia São Vicente de Paulo, Paris

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