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Santo Antão: o moço rico que disse sim ao Evangelho

Imagine o leitor que tivesse o privilégio insigne e o dom incomparável de ter uma “audiência” com Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvir palavras de sabedoria e conselhos dAquele que é o amigo por excelência. E como não fazer de tais palavras de vida eterna o eixo em torno do qual giraria a nossa existência terrena?

Ora, em certo sentido, este convívio com o Salvador nós o temos, e intensamente – especialmente se nos deixarmos tomar pela atenção, piedade e devoção – ao lermos ou então ouvirmos na Santa Missa o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quer uma prova, e bem concreta? Pois aí está. Basta conhecer a esplêndida história de Santo Antão.

Narra-nos o grande Santo Atanásio¹, que Santo Antão era um moço muito rico: possuía trezentos campos lavrados, extremamente férteis, que herdara após morte de seus pais. Tomava conta de sua pequenina irmã e da casa.

Andava ele muito meditativo. Pensava sobre a razão que levara os apóstolos a seguirem a Jesus: qual seria o motivo de homens abertos à pregação dos Apóstolos venderem suas propriedades e depositarem o valor da venda para ser distribuído aos pobres. E assim refletia dia e noite. Até que, certa feita, entrando na igreja, deparou-se com a leitura do Evangelho sobre o moço rico, na qual este jovem recusou a vocação de ser apóstolo e seguir ao Divino Mestre.

Muito atento e surpreendido por este fato – pois o assunto lhe girava na cabeça – foi tocado por uma graça especial, um como que “flash” sobrenatural, que iluminou sua razão e fortaleceu sua vontade e, com espírito decidido, tomou a resolução:

– Pela graça de Deus, eu serei o “moço rico do Evangelho” que disse sim a Jesus!

Oh, maravilha! Assim o fez. Repartiu com os habitantes da aldeia as extensas propriedades que herdara, confiou a educação da irmã a uma comunidade religiosa feminina, e entregou-se ao chamado de Deus.

Aqui está a história daquele que se tornou o grande Santo Antão Abade, heroico pai do monaquismo, vivendo no deserto, em oração e penitência, e atraindo para si inúmeros discípulos. A tal ponto, que homens honrados e demais habitantes da aldeia iam atrás dele, procurando o contato com o “amigo de Deus”, como o chamavam.

Como se deu tão radical mudança de vida e a descoberta de sua vocação? A ação da graça de Deus na consideração do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E nós, caro leitor? Não terá o divino Mestre algo a nos comunicar quando estamos numa Missa, ouvindo seu Evangelho? Aproveitemos bem os dias que Ele nos dá, estejamos com a alma sempre atenta e aberta para “Voz de Cristo” que se faz ouvir no Evangelho.

Sim, esta voz, como comenta o Padre Thomas de Saint Laurent: “Voz de Cristo, voz misteriosa da graça que ressoais no silêncio de nossos corações, vós murmurais no fundo de nossas consciências palavras de doçura e de paz. Às nossas misérias presentes repetis o conselho que o Mestre dava, frequentemente, durante sua vida mortal: ´Confiança, confiança! `”. ²

Confiança de que, se nos debruçarmos sobre os Evangelhos e procurarmos auscultar estas palavras suaves e misteriosas, Nosso Senhor nos dará as graças necessárias para pô-las em prática nas nossas vidas. Mesmo que nos sintamos incapazes para tanto. Para isso basta fazermos o que o outro moço rico não fez: pedir a ajuda dAquele que nos chama.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ Da vida de Santo Antão, escrita por Santo Atanásio, bispo. In Liturgia das Horas. Tempo Comum: 1ª – 17ª Semana. v. III, Editora Vozes – Paulinas – Paulus – Editora Ave Maria, 2000, p. 1189-1191.
² Livro da Confiança. Padre Thomas de Saint Laurent.

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O Irmão Burro

Volta às aulas, etapa final do último semestre do ano, acúmulo de matérias novas, conteúdos, trabalhos, preparação para provas, ufa! Quanta coisa, a luta diária do estudante não é nada fácil. Muitas vezes, sentimo-nos incapacitados, como se tivéssemos que escalar uma enorme montanha. Falta fôlego e ficamos em dúvida se, de fato, temos capacidade intelectual para enfrentar tantos desafios diários. Em outras palavras, sentimo-nos “burros”, incapazes, natural e intelectualmente para obter as vitórias desejadas.

São José de Cupertino
Fonte: Gaudium Press

Se você é estudante e sente na pele essas aflições, já pensou em recorrer a São José de Cupertino? Nunca ouviu falar? Vamos conhecer um pouquinho de sua história.

Este santo italiano, nascido no século XVII, de família paupérrima era pouco dotado de recursos intelectuais, aliás, tinha enormes dificuldades. Aos 17 anos quis entrar para os Franciscanos; não foi aceito. O mesmo se deu com os Capuchinhos; foi testado em vários ofícios no Convento, mas… também não o aceitaram. Com muito custo, os frades conventuais o pegaram para, vejam só: Cuidar de uma mula no convento de Grottella.

Tinha ele um desejo ardente de ser Sacerdote, mas simplesmente era incapaz de, por exemplo, aprender a ler. Porém, Maria Santíssima o protegia, pois era um grande Santo. E vieram os testes para ser admitido ao Sacerdócio.

Na hora dos exames para o diaconato, o Bispo de Nardo abrindo o Evangelho pediu a José que explicasse um pequeno trecho (“Felizes as entranhas que Te trouxeram” – Lc 11, 27). Incrível, pois esse era o único trecho do Evangelho que ele conhecia… e saiu-se muito bem. Mas, a prova final seria muito mais difícil e exigiria dele ainda mais confiança. José de Cupertino compareceu, juntamente com seus confrades, diante do Bispo de Castro. José seria um dos últimos a ser questionado numa prova oral. Mas, Nossa Senhora o queria Sacerdote: as respostas dos primeiros candidatos foram tão boas, tão corretas que o Bispo resolveu que não iria mais interrogar os últimos candidatos! José estava “salvo” e foi ordenado Sacerdote, graças à intercessão de Maria.

É ele o padroeiro dos estudantes, sobretudo em épocas de provas….

Como esta história continua? É fácil saber: acesse o site da agência de notícias católicas Gaudium Press (link abaixo) e conheça estes e outros detalhes fascinantes da história de São José de Cupertino, o Irmão Burro. Desajeitado nas coisas materiais, mas uma águia na contemplação. Desprezado inicialmente por seus próprios confrades, depois passou a atrair, por sua santidade, cardeais, reis, príncipes”.

Por João Celso

Leia o Artigo completo na GAUDIUM PRESS: http://www.gaudiumpress.org/content/40362-Sao-Jose-de-Cupertino–Padroeiro-dos-Estudantes

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