Category: Frase da Semana
Tags: Arautos do Evangelho, Deus, Espírito Santo, Feliz Natal, Frase da Semana, história, Jesus, Luís Maria Grignion de Monfort, Maria, menino Jesus, mistério, Natal, rico, Santíssima Trindade, São João, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem
E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós”
(Jo 1, 14)
Comenta S. Luís Maria Grignion de Montfort, em seu magistral Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem que “Deus Pai só deu ao mundo seu Unigênito por Maria. Suspiraram os patriarcas, e pedidos insistentes fizeram os profetas e os santos da lei antiga, durante quatro milênios, mas só Maria o mereceu, e alcançou graça diante de Deus, pela força de suas orações e pela sublimidade de suas virtudes”(1).
Portanto, após tão longa espera, é chegado o momento em que a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, por Obra do Espírito Santo, deve nascer e redimir a humanidade de toda a culpa passada. Nessa singela e, ao mesmo tempo, sublime Frase de São João Evangelista está descrito o acontecimento mais grandioso da História. “Suas despretensiosas palavras sintetizam o rico e insondável conteúdo do grandioso mistério comemorado a cada 25 de dezembro: na obscuridade das trevas do paganismo, raiou a aurora de nossa salvação. Fez-Se homem o Esperado das nações, Aquele que tinha sido anunciado pelos profetas”(2).
Como explicar, ou, como entender, todo o significado deste Mistério? O Filho de Deus vir habitar entre os homens – e de uma forma exemplarmente humilde.
Considerando as imponentes manifestações da natureza que acompanhavam as intervenções de Deus no Antigo Testamento — o mar se abre, o monte fumega, o fogo cai do céu e reduz cidades a cinzas —, resulta surpreendente constatar a humildade e discrição com que Cristo veio ao mundo.
Não teria sido mais condizente com a grandeza divina que, na noite de Natal, sinais magníficos marcassem o acontecimento no Céu e na Terra? Não poderia, ao menos, ter nascido Jesus num magnífico palácio e convocado os maiores potentados da Terra para prestar-Lhe homenagens? Bastar- Lhe-ia um simples ato de vontade para que isso acontecesse…
Mas, não! O Verbo preferiu a gruta a um palácio; quis ser adorado por pobres pastores, ao invés de grandes senhores; aqueceu-Se com o bafo dos animais e a rudeza das palhas, em lugar de usar ricas vestes e dourados braseiros. Nem mesmo quis dar ordem ao frio para que não O atingisse. Num sublime paradoxo, desejava a Majestade infinita apresentar-Se de forma exemplarmente humilde.(3)
“Pode haver ser humano mais frágil do que uma criança, habitação mais simples do que uma gruta e berço mais precário do que uma manjedoura? Entretanto, a Criança que contemplamos deitada sobre palhas na gruta de Belém haveria de alterar completamente o rumo dos acontecimentos terrenos”.(4)
Que o Nascimento do Menino Jesus neste Natal renove em todos nós a Esperança; ilumine nossa Fé e fortaleça a nossa Caridade, para que Ele possa, de fato, habitar para sempre em nossas vidas! Que Maria Santíssima, que mereceu receber o Salvador diretamente das mãos do Pai, nos ajude a sermos verdadeiros cristãos. Feliz Natal!
Salve Maria!
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(1) S. Luís Maria Grignion de Montfort. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 16.
(3) Idem.
(4) Idem.
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