Beleza litúrgica

Beleza e mistério estão profundamente relacionados na liturgia. Quando esta é realizada com amor a Deus e amor à perfeição, manifesta-se nos fiéis a ação do Espírito Santo que os “fascina e enleva”, que faz com que aqueles que a assistem não vejam a função litúrgica como um mero ato de domingo, mas voem para essa fonte divina que é o Amor. A liturgia celebrada com amor deixa perceber esse amor aos fiéis.

Não é uma mera repetição mecânica de atos, mas cada movimento, cada palavra, cada cântico faz nossas almas sairem do cotidiano para nos esforçamos em amar, desejar ir para o Céu e aspirar a perfeição. O “valor teológico e litúrgico da beleza” é objeto da consideração do Papa Bento XVI em sua Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis:

Referimo-nos aqui a este atributo da beleza, vista não enquanto mero esteticismo, mas como modalidade com que a verdade do amor de Deus em Cristo nos alcança, fascina e arrebata, fazendo-nos sair de nós mesmos e atraindo-nos assim para a nossa verdadeira vocação: o amor”[1].

Durante o Êxodo do povo de Israel em direção à Terra Prometida, sempre que Deus desce até a Tenda do Encontro, cada vez que aparece a Moisés, fá-lo através de certos movimentos de uma beleza, às vezes brilhante, às vezes misteriosa, fascinante e arrebatadora e que convida a uma atitude eminentemente cultual, que poderíamos qualificar como litúrgica. Os mais antigos elementos litúrgicos remontam, assim, a essas manifestações de Deus no Antigo Testamento. Essa atitude de maravilhamento em face da liturgia torna o ser humano mais permeável ao mistério.

Como intuito de participarem com mais conhecimento e maravilhamento das celebrações litúrgicas, o Pe. Mário Sérgio Sperche, EP, promoveu um Curso de cerimonial litúrgico, na qual participarem dezenas de famílias. Concluindo com a Celebração Eucarística e entrega de Diplomas.

———————————————–

[1] BENTO XVI. Exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis. n. 35. In: AAS 97 [2007], 3 p. 133-134.