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Terceiro Domingo da Quaresma: Resumo dos Comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, no Inédito Sobre os Evangelhos.

Alguns dias antes, nacionalistas judeus foram mortos no templo junto com alguns inocentes que estavam oferecendo sacrifícios. Outros judeus foram contar o fato a Nosso Senhor esperando alguma ação que pudesse ajudar na causa, porém o Divino Mestre tem pretensões muito mais altas. Ele lembra aos ouvintes que todos estão expostos à justiça divina, “acaso são mais pecadores do que outros judeus?” e usou este castigo temporal para alertar sobre as penas eternas. Em seguida conta a parábola da figueira:

A figueira é uma analogia a todos nós que recebendo as graças não correspondemos com o trabalho e não damos os frutos desejados, pois estamos imersos em nossos próprios interesses. Os vinhateiros são o próprio Nosso Senhor, os anjos e os santos que intercedem junto a Deus por nós.

Todo o velho testamento, João Batista e Nosso Senhor alertaram a figueira sem sucesso, “toda arvore que não der frutos, será cortada e lançada ao fogo” (Lc 3,8-9). O Divino Salvador quis regar ele mesmo a figueira com seu preciosíssimo sangue, mas ela permaneceu estéril. “Portanto, sendo nós mesmos essa figueira, não tendes, Senhor o direito de esperar os frutos de nós?”

Nosso Senhor termina a parábola abruptamente com este aviso “então tu a cortarás”. São inúmeros os exemplos de castigos no Velho Testamento, como o diluvio de Noé, a destruição de Sodoma e Gomorra e os soldados do faraó mortos no Mar Vermelho. Lembremos que Deus é paciência em substância, mas também é justiça e sabedoria, sabendo exatamente quando e como castigar.

O Senhor usa de longanimidade para conosco, não quer o nosso castigo, mas o nosso arrependimento. Neste domingo o Senhor nos convida a um exame de consciência para saber se estamos assumindo o nosso batismo, caminhando na perfeição e excluindo qualquer apego ao pecado.

A busca de Deus exige todo empenho da inteligência e a retidão da vontade para corresponder a graça. Mas se por infelicidade caímos, não nos esqueçamos de Nossa Senhora, os anjos e os santos que como vinhateiros intercedem junto ao Senhor por nós.

Aproveitemos hoje para romper com o mal, pois o que Jesus esperava do povo é o mesmo que espera de nós nesta Quaresma, ou seja, uma grande virtude da penitência e espírito de compunção. A dor dos pecados redundados em uma contrição perfeita produz frutos abundantes, como a plena remissão de nossas culpas e o aumento da graça que faz a alma avançar rapidamente no caminho da santidade.

Não nos move o exemplo do povo que não se converteu a tempo? Imploremos à Virgem Santíssima o dom da contrição perfeita.

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