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“No peito eu levo uma Cruz, no meu coração o que disse Jesus”: arcebispo de Maringá

Com o título “No peito eu levo uma Cruz, no meu coração o que disse Jesus”, dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Estado do Paraná, fala em seu mais recente artigo sobre a Cruz de Cristo e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que chegarão nos dias 9 e 10 de fevereiro na região.

Conforme o prelado, Maringá receberá, nestes símbolos, os milhões de jovens que já participaram das jornadas, viram essa cruz ou tocaram nela. E por isso, ele convoca a todos para acolher, junto com todos os jovens da arquidiocese estes símbolos, marcando assim mais um passo na preparação da JMJ no Rio de Janeiro.

Dom Anuar recorda que, segundo informação da organização da JMJRio2013, a Cruz da jornada ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo papa João Paulo II aos jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.

A cruz, que é feita de madeira e mede 3,8 metros, foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). O arcebispo explica que no final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. “Quem a recebeu, em nome de toda a juventude foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço, em Roma”, destaca ele.

Naquela ocasião, o Papa João Paulo II pronunciou algumas palavras, citadas agora pelo prelado: “Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção”.

Depois disso, ressalta dom Anuar, os jovens acolheram o desejo do Santo Padre e levaram a cruz ao Centro São Lourenço, que se converteria em sua morada habitual durante os períodos em que ela não estivesse peregrinando pelo mundo. Ele ainda salienta que desde 1984, a Cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa e para locais das Américas, Ásia, África e agora no Brasil, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial da Juventude.

“Em 1994 a Cruz começou um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do país sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento”, afirma o arcebispo.

Por fim, dom Anuar lembra que em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a Cruz da JMJ: o Ícone de Nossa Senhora, “Salus Populi Romani”, uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus, no ocidente, Santa Maria Maior.

“Está chegando a nossa vez, a vez da juventude da Arquidiocese de Maringá. E no ritmo da canção, vamos nos preparar para este momento de festa: no peito levo uma cruz, e no meu coração o que disse Jesus”, conclui. (FB/JS)

Fonte: Gaudium Press

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Um motivo a mais para fazermos, com maior amor a Devoção do Primeiro Sábado, neste próximo dia 02 de fevereiro

No próximo sábado, 02/02, os Arautos de Maringá terão a alegria de conduzir a devoção dos Cinco Primeiros Sábados, na Paróquia S. Miguel Arcanjo, em Maringá. Esta comunhão reparadora foi carinhosamente pedida por Nossa Senhora em Fátima. Para os que a praticam, a Santíssima Virgem promete “assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”1. Portanto, uma devoção realmente especial, um excelente meio de buscarmos nossa santificação!

 

Primeiro sábado na catedral da Sé, São Paulo

A cerimônia religiosa do Primeiro Sábado começará às 18h, com atendimento de confissões, meditação e oração do Santo Terço. Em seguida (19h), haverá a Santa Missa.

Porém, este primeiro sábado será especial, pois teremos um importante diferencial, uma soma de felizes acontecimentos!

No dia 02 de fevereiro, a Igreja comemora a Festa da Apresentação do Senhor e Festa da Purificação de Nossa Senhora. Nesse mesmo dia, é comemorada a festividade de Nossa Senhora das Candeias, ou, da Candelária.

Durante a Santa Missa, o Revmo. Pe. Takeshi irá dar a bênção das velas. Podem trazer quantas velas queiram para serem abençoadas.

Essas velas bentas, segundo nos explica o Beato Papa João Paulo II numa homilia,

“manifestam a vigilante espera do Senhor, que deve caracterizar a vida de cada crente e de modo especial daqueles que o Senhor chama a uma especial missão na Igreja. São um forte apelo a testemunhar ao mundo Cristo, a luz que não conhece ocaso: «Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus» (Mt 5, 16)1

Portanto, além de atender ao pedido de Nossa Senhora em Fátima, através da Devoção dos Cinco Primeiros Sábados, poderemos, também, por intercessão de Nossa Senhora das Candeias, manifestar a nossa Fé em Nosso Senhor, a Luz do Mundo!

Contamos com sua presença! Divulguem também este convite a seus amigos!

Maiores informações pelo fone 3028-6596

(1) Cfr.: A devoção dos Primeiros Sábados. http://www.arautos.org/artigo/374/Primeiros-Sabados
(2) Homilia do Papa João Paulo na Solenidade da Apresentação do Senhor no Templo e Festa de Nossa Senhora da Candelária. 02 de Fevereiro de 1998. Disponível em www.vatican.va

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São Tomás de Aquino: o segredo da sabedoria de um Santo

Celebra-se neste final de mês de Janeiro (dia 28) a memória de um dos santos da Igreja mais admirados e amados, considerado o arquétipo do homem que estuda, pesquisa e explicita as mais belas páginas da Filosofia e da Teologia; um varão tão santo e sábio que recebe inúmeros elogios de Papas, entre os quais, do Papa João XXII, que o canoniza em 1323 e do Papa São Pio V, que o proclama Doutor da Igreja em 1567. Atualmente é ele reconhecido por muitos estudiosos como o maior teólogo da História da Igreja.1 Quem é este sábio? Quem é este Santo? E a resposta nos vem sem maiores dificuldades: São Tomás de Aquino.

Tal o vôo de sua visão católica que, no Concílio de Trento, sobre a mesa da Presidência, foi a Suma Teológica deste santo colocada ao lado da própria Sagrada Escritura. O Papa Leão XIII, através da Enciclica Aeterni no ano de 1879, conclama “Ide a Tomás”, iniciando a era do Tomismo. E São Pio X recomenda às universidades católicas que adotem a Suma Teológica. Tantas são as referências elogiosas ao Doutor Angélico que – para não alongarmos – restringimo-nos apenas às palavras do Beato João Paulo II e do Papa Bento XVI, gloriosamente reinante, respectivamente, a saber: “São Tomás foi sempre proposto pela Igreja como mestre de pensamento e modelo quanto ao reto modo de fazer Teologia” e “Com seu carisma de filósofo e teólogo, São Tomás oferece um válido modelo de harmonia entre razão e fé”.2 Realmente, a doutrina e sabedoria deste grande Santo é própria a ultrapassar os séculos.

Ao contemplarmos as maravilhas do “angélico” doutor da Igreja, poderíamos nos perguntar: de onde vem tanta sabedoria, quer do ponto de vista natural, quer do ponto de vista sobrenatural, de São Tomás? E poderemos encontrar a resposta nas próprias palavras do Santo, quando recebeu a Sagrada Comunhão no derradeiro momento de entregar sua alma a Deus:

Eu Vos recebo, preço do resgate de minha alma e Viático de minha peregrinação, por cujo amor estudei, vigiei, trabalhei, preguei e ensinei. Tenho escrito tanto, e tão freqüentemente tenho discutido sobre os mistérios da Vossa Lei, ó meu Deus; sabeis que nada desejei ensinar que não tivesse aprendido de Vós…”.3

“Aprender de Vós”: uma lição para nossos dias

Aprender de Vós”… Sim, aprender de Jesus Eucarístico. São Tomás se acercava freqüentemente do Santíssimo Sacramento e recorria a Ele obtendo as luzes e respostas para seus estudos e chegou a afirmar que aprendera mais junto ao Sacrário do que nos longos dias dedicados ao estudo. Além de santificar, a Sabedoria eterna e encarnada, real e verdadeiramente presente na Eucaristia, “inteligentifica” a todos que dela fervorosamente se aproximam, analogamente como os raios do astro rei, o Sol, aquecem aos que a ele se expõem.

Eis aí o segredo incomparável, para nossos dias, de desenvolvermos, à maneira de São Tomás de Aquino, nossa inteligência e alcançarmos a santidade: a freqüência assídua a Jesus Sacramentado. Que ele nos obtenha, pela intercessão de Nossa Senhora, esta graça.

(1) CAVALCANTI NETO, Lamartine de Holanda. Psicologia geral sob o enfoque tomista. São Paulo: Instituto Lemen Sapientiae, 2010, p. 15.
(2) CLÁ DIAS, Pe. João Scognamiglio, EP. Por que ser tomista? In Arautos do Evangelho. São Paulo, n 73, pp 36-39, jan. 2008.
(3) FERREIRA, Carmela Werner. O sábio mais santo e o santo mais sábio. In Arautos do Evangelho. São Paulo, n 73, pp 32-35, jan. 2008.

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Minha Mãe, minha confiança!

No local escolhido para fazer as imagens, Alphaville (São Paulo), três aquecedores mantinham a temperatura ambiente entre 28 e 30 graus e um aparelho reproduzia o som de batimentos cardíacos…”.

Assim a revista Veja São Paulo1 relata a preparação do ambiente para que um bebê de apenas 12 dias de idade faça, não um delicado exame ultrassonográfico, como alguém, de maneira apressada e angustiante poderia pensar, mas, um ensaio fotográfico! que irá registrar os primeiros dias de vida do pequeno Danilo. Informa ainda a matéria que “outras famílias paulistanas vêm investindo em produções semelhantes”; enfim, a reportagem dá conta de todo um arsenal à disposição dos pais – para que a vida de seus filhos seja, desde cedo, fartamente documentada para a posteridade. Muito longe vão os tempos em que os pobres pais podiam apenas dispor de uma ou outra foto de seus filhos; por exemplo, a famosa foto escolar do 4º ano primário.

É claro que toda essa facilidade tecnológica – e até um certo modismo – podem levar pais (e avós!) a darem importância demasiada a fatores não essenciais, negligenciando a atenção psicológica e, principalmente religiosa que seus filhos merecem. Há pais, por exemplo, que por questões meramente materiais, adiam por vários meses a cerimônia de batismo dos filhos, privando-os de se tornarem o quanto antes “criaturas novas, filhos adotivos de Deus, participantes da natureza divina, membros de Cristo e co-herdeiros com Ele, templos do Espírito Santo2. E esse atraso injustificável se pauta no desejo (legítimo, mas dispensável) de querer tornar ainda mais grandiosa uma cerimônia que de si já é extraordinária; assim a festa, a contratação dos fotógrafos, as roupas, etc. passam a ocupar o primeiro lugar, numa lamentável inversão de valores.

Mas, voltemos ao pequeno Danilo, já fotografado em tantos detalhes na tenra idade de doze dias: É inteiramente possível imaginar quanta alegria proporcionará a seus pais e aos que estiverem ao seu redor durante os seus primeiros anos de vida. De fato é irresistível a felicidade de conviver com uma criança inocente. Quem não se encanta aos vê-las dando os primeiros passos, pronunciando as primeiras palavras? Por exemplo, a Beata Zélia Guérin, num arroubo de contentamento pela doçura de sua filhinha, a então pequenina Santa Teresinha do Menino Jesus, assim se expressa: “Há alguma coisa de tão celestial em seu olhar que ficamos encantados!…”3 É esta a vitalidade da inocência infantil.

Por outro lado é também digno de nota – e explicável apenas sob a perspectiva da inocência – a confiança sem restrições ou limites que os pequenos depositam em seus pais. Traz-nos uma sensação de paz e é nos aprazível ver uma criança pequena tomando as mãos de sua mãe para atravessar uma rua ou andar pela calçada de uma cidade às vezes freneticamente tomada por movimentos de carros, pedestres e todo tipo de perigo… Facilmente vemos a total despreocupação e a elegante indiferença dessa criança em relação ao ambiente que a rodeia: Estando entrelaçada às mãos da mãe (ou do pai, da avó…), ela se deixa conduzir com total naturalidade, navegando tranquila em seu mundo de inocência e candura.

Em outro ambiente e em um tempo muito diferente do nosso, a própria Santa Teresinha, com a santidade de quem conservou por toda a vida as graças primaveris do Batismo, relembra, docemente, os pequenos passeios que quando criança, fazia com seu querido pai, o seu “Rei”: “Todas as tardes ia dar pequenos passeios com papai; fazíamos juntos uma visita ao Santíssimo, visitando cada dia uma nova igreja”4.

Vendo essas cenas que mesclam confiança e inocência, não há um adulto sequer que não se comova e não se deixe envolver por uma atmosfera de pleno encantamento. Um verdadeiro descanso nas agitações cotidianas.

Certamente, assim também deve ser a nossa confiança na intercessão e no cuidado que tem por nós Maria Santíssima.

Sem as vantagens indescritíveis da inocência infantil, tendo já há muito abandonado ou perdido, nas palavras do poeta, as “asas brancas, asas que um anjo me deu”5 e já não podendo voar ao céu, estamos nós continuamente envoltos em desafios e dificuldades, perante angústias e problemas de todo o tipo que nos parecem intransponíveis. Nessas ocasiões, infelizmente, buscamos resolver as coisas a partir de nossa própria capacidade e nos esquecemos de estender a nossa mão e procurar o auxílio da Mãe de Misericórdia, da Consoladora dos Aflitos que, como nas Bodas de Caná está atenta, vigilante e pronta para nos atender em tudo o que precisarmos. Se não somos mais crianças inocentes, devemos ser adultos de fé.

Terminamos esta reflexão tomando as belas palavras de Santo Afonso de Ligório, em seu majestoso livro Glórias de Maria;6 por meio delas, dirigimos a nossa Mãe Santíssima uma oração pedindo que a nossa confiança em sua misericórdia para conosco seja sempre renovada:

   …………….É terníssimo o amor que ela consagra a todos os homens, mesmo os mais infelizes pecadores, quando lhe conservam algum afeto ou devoção. (…) Na qualidade de amantíssima advogada nossa, oferece a Deus as preces de seus servos; pois, como o Filho intercede por nós junto ao Pai, assim ela intercede por nós junto ao Filho. Não se cansa de tratar com o Pai e com o Filho o sério assunto da nossa salvação. Singular refúgio dos perdidos, esperança dos miseráveis e advogada de todos os pecadores que a ela recorrem”.

Por Prof. João Celso – Arautos Maringá

1 Revista Veja São Paulo. 17 de outubro de 2012, p. 49
2 Catecismo da Igreja Católica. P. 351.
3 Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face. Obras Completas. Ed. Loyola, 1997, p. 90.
4. Idem. p. 94
5 Almeida Garret (1854) . As minhas asas.
6 S. Afonso de Ligório. Glórias de Maria. Aparecida-SP: Ed. Santuário, 3. Ed. p. 160

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O Ano da Fé e o estudo frutuoso da Doutrina Católica

Conforme os dias passam e para muitos as férias vão se esvoaçando, começam estes já a pensar – além do trabalho – nos estudos, cursos ou graduações que terão que empreender. E certamente esta labuta intelectual absorverá boa parte do tempo diário de cada um. Não poucas são as áreas do conhecimento que requerem atenção, dedicação e pesquisa no aprendizado. Porém, para além do aspecto meramente utilitário que as várias áreas a serem estudadas para esta vida terrena concorrem, há uma que transcende em importância e cumpre, portanto, não ser esquecida – ter-se-ia vontade de dizer, nunca olvidada: o estudo da Doutrina Católica. Este, aliás, é um meio por excelência que Deus dá ao homem para que possa crescer no seu conhecimento e alcançar a felicidade tão almejada, não só possível nesta terra, mas completa na eternidade.

Com efeito, admoesta a Igreja que o ensino e aprendizagem da Doutrina Católica (constituída das quatro partes: o Credo, a Oração, os Mandamentos e os Sacramentos) é uma necessidade fundamental na vida dos católicos1. Para que possam atender a este conselho, Ela, como Mãe solícita e Mestra infalível, franqueia a seus filhos a possibilidade de aprender e meditar sobre as verdades reveladas a respeito dos mistérios de Deus e das verdades religiosas e morais que ultrapassam o nosso entendimento, concorrendo assim para uma verdadeira educação para a fé.

A consideração sobre a importância de se manter esse contato vivo com a Doutrina Cristã e as verdades de nossa fé católica adquire uma atualidade especial, providencial mesmo, ao considerarmos as palavras cheias de ardor do nosso Papa Bento XVI, gloriosamente reinante, expressas por ocasião da Celebração Eucarística na Basílica do Vaticano, ao anunciar o Ano da Fé:

            “Desde o princípio do meu ministério, como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: “A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude”.2.

Ao apontar para este divino objetivo da redescoberta do caminho da fé, o Sumo Pontífice, acentua-lhe a oportunidade, ao considerar a crise de fé que atingiu muitas pessoas:

            “Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as conseqüências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora, tal pressuposto não só deixou de existir, mas freqüentemente acaba até negado. Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade…”.

                Em face desta crise de fé, indica o Santo Padre “o quanto o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé” e consistirá em um “convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”4

Por tudo isto, vê-se como é benfazejo e de que maneira podemos nos beneficiar das graças que a Providência nos prepara neste Ano da Fé, seja para nosso bem espiritual pessoal, seja para o bem que façamos ao próximo, se nos debruçarmos no estudo dos conteúdos essenciais e fundamentais de nossa fé, contidos principalmente no Catecismo da Igreja Católica, nos escritos dos Santos Padres e no Magistério da Igreja.

Quem sabe, colocaremos como uma das metas, desde já, a leitura e o estudo do Catecismo e das verdades da fé, durante uns 15 a 30 minutos diários. E quando soar o final deste Ano da Fé no dia 24 de novembro de 2013, na Solenidade de Nosso Senhor Cristo Rei, poderemos nos dirigir, agradecidos, a Nossa Senhora da Gratidão, por tudo quanto contemplamos das maravilhas da nossa Fé.

E para que esta dedicação ao aprendizado da Doutrina Católica, sob as bênçãos da Providência Divina, tenha todo o seu desenvolvimento e concorra para a nossa santificação, cumpre realizá-lo não com espírito meramente especulativo, mas com verdadeiro amor, pois, como diz o Catecismo Romano, em seu prefácio:

Nossa Senhora Rainha da Sabedoria

Nossa Senhora Rainha da Sabedoria

Toda a finalidade da doutrina e do ensinamento deve ser posta no amor que não acaba. Com efeito, pode-se facilmente expor o que é preciso crer, esperar ou fazer; mas sobretudo é preciso fazer sempre com que apareça o Amor de Nosso Senhor, para que cada um compreenda que cada ato de virtude perfeitamente cristão não tem outra origem senão o Amor, e outro fim senão o Amor.5

Queira este Ano da Fé seja carregado, pelos rogos da Mãe da Sabedoria, de esplêndidas graças de estudo amoroso da doutrina católica e das verdades da fé.

 
 
 
 
(1) Segundo Catecismo da Doutrina Cristã. 117ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 12.
(2) Carta Apostólica “Porta Fidei” – Ano da Fé.
(3) Idem – Carta Apostólica “Porta Fidei – Ano da Fé
(4) Idem – Carta Apostólica “Porta Fidei – Ano da Fé
(5) Catecismo Romano, prefácio in Catecismo da Igreja Católica. 11ª ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2011, p. 18.
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