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Santa Cecília e seu anjo da virgindade

Quando os seus pensamentos se concentravam no objeto do seu amor, Jesus Cristo, e a única aspiração que nutria era ser cristã perfeita, os pais de Santa Cecília, sem que a filha o soubesse, prometeram-na em casamento a um jovem patrício romano, chamado Valeriano.

Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a não aceitar esse contrato, a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência.

Assim se marcara o dia do casamento e tudo estava preparado para a grande cerimônia. Da alegria geral, que se estampava nos rostos de todos, só Cecília fazia exceção. A túnica dourada e o alvejante peplo que vestia, não deixavam adivinhar que por baixo existia o cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza.

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Para além das estrelas visíveis: o mundo angélico

É próprio, ao lançarmos o olhar nas vastidões dos céus, numa noite escura e longe da poluição, encantarmo-nos com o firmamento, repleto de estrelas que cintilam maravilhosamente. Estes cristais reluzentes parecem querer conversar conosco, desejosos de nos dizer algo. Caberia perguntar: o que nos diria esta multidão de estrelas?

Estrelas

Eis a indagação, acompanhada de luminosa resposta, com base no Magistério infalível da Igreja, que nos trazem os Professores do Instituto Teológico São Tomás de Aquino e do Instituto Filosófico Aristotélico-Tomista¹:
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São Pio: a vitória da confiança sobre o inimigo

 Que o inimigo não me diga: “Eu triunfei!”

Nem exulte o opressor por minha queda,

Uma vez que confiei no vosso amor! (Salmo 13, 5-6)

Assim canta o Salmo, a trazer-nos uma súplica do justo que confia em Deus. De fato, esta prece se adequa a qualquer homem confiante em Deus, sobre o qual as dificuldades da vida se apresentam no dia a dia da existência humana. Dificuldades que pedem de nós uma postura de alma de quem está continuamente no “bom combate” por amor a Deus, sobretudo pelo fato de que em nosso torno ronda o inimigo, como um leão, procurando a quem devorar, conforme lemos na Primeira Carta de São Pedro (1Pe 5, 8).

Padre Pio

O santo capuchinho, São Pio de Pietrelcina, compreendeu bem a realidade da vida: lutas pela fidelidade a Nosso Senhor. Este varão de Deus viveu 81 anos, tendo falecido no dia 23 de setembro de 1968. Ciente do quanto existe uma realidade mais real do que a que nossos sentidos percebem, colocou-se numa perspectiva sobrenatural, cheia de confiança e amor a Deus.

Por esta razão, e especialmente porque agraciado com um dom especial, tinha ele um convívio íntimo com o Anjo da Guarda. Conforme comenta Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho:

“Um traço revelador do privilegiado contato dele com o mundo sobrenatural é a estreita relação que manteve durante toda a vida com seu Anjo da Guarda, ao qual ele chamava de “o amigo de minha infância”. Era seu melhor confidente e conselheiro. Quando ele ainda era menino, um de seus professores decidiu pôr à prova a veracidade dessa magnífica intimidade. Para tanto, escreveu-lhe várias cartas em francês e grego, línguas que o Pe. Pio então não conhecia. Ao receber as respostas, exclamou estupefato: – Como podes saber o conteúdo, já que do grego não conheces sequer o alfabeto?

– Meu Anjo da Guarda me explica tudo.

Graças a um amigo como esse, junto ao auxílio sobrenatural de Jesus e Maria, o Santo pôde ir acrisolando sua alma nos numerosos sofrimentos físicos e morais que nunca lhe faltaram.”¹

São Pio Pietrelcina

Mas qual a utilidade deste exemplo do Padre Pio para nós, de seu amor e confiança em Jesus, Maria e no Anjo da Guarda?

A firmeza do Santo propicia a convicção do quanto devemos nos colocar numa perspectiva sobrenatural em relação à nossa existência. Do contrário, como enfrentarmos tantas provas e a própria investida dos poderes das trevas?

De fato, se quisermos que o inimigo jamais nos diga que triunfou, nem caiamos face às tentações e percalços da existência terrena, confiemos no amor a Jesus, a Maria e ao nosso amigo, o Anjo da Guarda.

São Pio de Pieltricina, rogai por nós!

Por Adilson Costa da Costa

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¹ Mons. João Clá Dias. A Companhia do Anjo da Guarda. Disponível em: http://www.arautos.org/especial/19541/Sao-Pio-de-Pietrelcina.html . Acesso em 23 set 2014.

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Você respeita os sinais?

São Gabriel – Anunciação de Fra Angélico – Museu do Prado

Nas viagens pelas estradas deste imenso Brasil continental – as quais nem sempre oferecem aos usuários a qualidade adequada e esperada – e mesmo no interior das cidades, quem se desloca de carro se depara constantemente com os sinais de trânsito. Uma série interminável de avisos: “Não ultrapasse”, “respeite os limites de velocidade”, “faixa contínua”, “utilize a faixa da direita”, e assim por diante. Com o colossal aumento de carros nos últimos anos, as cidades também se tornam verdadeiros canteiros onde são plantados os infindáveis sinais, causando até certa poluição visual.

Mas, ouvindo os especialistas e consultando nosso bom-senso, vê-se que esses sinais são necessários e indispensáveis.

Diante de avisos, que os sinais teimam em manifestar a todo o momento, o usuário das estradas e ruas pode tomar várias atitudes: respeitá-los, prestando a atenção adequada; desconfiar, achando-os exagerados, sem sentido; ou, simplesmente, ignorá-los. E, de fato, são muitos os motoristas que optam por esta última alternativa. Pois bem: tomar a decisão de ignorá-los pode trazer consequências extremamente desagradáveis, provocando acidentes e mesmo causando a morte de pessoas que não participaram daquela decisão. Pode também, por uma série de felizes coincidências, não acontecer nada; assim, o usuário indisciplinado pode sair incólume e ainda achando-se “esperto” por ter escapado ileso. Obviamente, na maioria das vezes, o motorista imprudente, que ignora os sinais acaba se saindo mal.

O que foi exposto acima, em relação aos sinais de trânsito se aplica também à nossa vida espiritual.

Deus, em sua misericórdia infinita não deixa – por um instante sequer – de pensar em nós; se o fizesse, imediatamente deixaríamos de existir. E, este divino e misericordioso cuidado nos propicia, a todo o momento, o auxílio de Sua Graça para nos ajudar nas grandes e pequenas dificuldades de nossa vida. Este auxílio, que nos chega pela intercessão constante de Maria Santíssima, ajuda-nos a carregar a nossa cruz e nos anima a cumprir nossa finalidade nesta terra, ou seja, buscar a santidade de vida.

Deus também nos envia sinais: “Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais vossos corações” (Hb 3, 7-8).

São muitos os sinais que Deus nos envia a cada dia. Podem vir por inspiração de nosso Anjo da Guarda: Muitas vezes ele nos inspira: diante das dificuldades, diante de decisões importantes na vida, sempre ele está lá nos encaminhando para o bem, embora a nossa falta de atenção não permita escutá-lo.

Nossa Senhora da Sabedoria – Lumen Coeli – São Paulo, Brasil

Deus nos envia sinais através dos conselhos das pessoas mais experientes, através dos pais, dos amigos, do nosso diretor espiritual, dos nossos superiores. E assim por diante. Deus sempre toma a iniciativa de nos salvar!

Infelizmente, diante dos inúmeros sinais de Deus, a reação de muitas pessoas é exatamente a mesma daquele motorista que negligencia os avisos do trânsito: fazem de conta que eles não existem e seguem a caminhada, nas estradas da vida, por sua conta e risco.

Peçamos a Nossa Senhora – Ela que deu toda atenção ao anúncio do Arcanjo São Gabriel, avaliando seriamente todas as consequências do seu “Sim” – que Ela nos ajude a não ficarmos indiferentes a todos os magníficos sinais que Deus nos envia a cada instante de nossa vida, para nossa salvação eterna.

Por João Celso

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