À beira da morte… numa Noite de Natal…

Com seu estilo atraente e espirituoso, Lenôtre escreveu um de seus contos de Natal de maneira própria a desmitificar certas idéias sobre as causas mais profundas que determinaram a revolução de 1789 na França, bem como acerca do relacionamento entre as classes sociais naquela época.

Imaginem a Conciergerie1, prisão lúgubre onde eram detidos os condenados pelos revolucionários, muitos deles membros da aristocracia. É véspera de Natal de 1792, digamos, e ali se encontra um conde cujo “crime” maior era o de pertencer a uma classe que se destacava pela cultura, elegância e distinção.

Nessa época, a Conciergerie estava repleta de presos, e todas as manhãs uma carreta vinha apanhar dez ou doze condenados que seriam executados naquele dia. Um pretenso oficial de justiça lia a sentença com a pena de morte, e logo depois ordenava que os levassem para a praça onde se erguia a tristemente célebre guilhotina.

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