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Basta somente a oração?

Entre tantas luzes que emanam de Santa Teresinha, podemos contemplar a doçura e a piedade. Bastará deitar os olhos para as páginas cativantes de “A história de uma alma’’, ou então, “Cartas de Santa Teresa do Menino Jesus” que ficamos extasiados por ver brilhar tais virtudes.

No entanto, podemos nos perguntar: tais virtudes foram, por si, suficientes para fazer da “Santinha de Lisieux” a grande Santa, Vítima do Amor Misericordioso? Consideremos estas linhas por ela escritas: “Li há tempos que os israelitas construíam as muralhas de Jerusalém trabalhando com uma das mãos e empunhando na outra a espada. Eis aqui uma imagem do que devemos fazer: trabalhar apenas com uma mão, reservando a outra para defender nossa alma dos perigos que possam impedir a união com Deus” (1).

Santa Teresinha do Menino Jesus

A partir destas palavras, podemos discernir em Santa Terezinha, cheia de doçura e piedade, uma vida marcada pelo zelo e bondade aplicadas à salvação das almas e de oração fervorosamente bem levada. Mas em sua existência não faltou outra virtude: vigilância. Sim, vigilância! Ela seguiu fielmente a recomendação do Salvador: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41).

Que proveito podemos tirar, a exemplo Santa Teresinha, destas palavras de Nosso Senhor?

São Bernardo nos aponta um: Aquele que combate Israel não dorme nem dormita. Todo o intuito, todo o afã das milícias espirituais em sua guerra contra nós e o de conduzir-nos e por-nos em seu caminho para que as sigamos e nos levem a desastroso fim que lhes está destinado”. Sobre estas palavras, comenta Mons. João Clá Dias: “Essa é uma das razões pelas quais devemos cuidar de nossas almas em quaisquer circunstâncias de nossa existência, quer seja na calmaria da clausura de um convento contemplativo, ou na mais intensa das atividades no mundo’’. (2)

Com efeito, a leitura do Santo Evangelho do XIX Domingo do Tempo Comum traz luzes que nos auxiliam a enfrentarmos o “bom combate” por Amor a Nosso Senhor:

Imagem de Nossa Senhora de Fátima

“Bem-aventurados aqueles servos, a quem o Senhor quando vier achar vigiando. Na verdade vos digo que se cingira, os fará por a sua mesa e, passando por entre eles, os servirá” (Lc 12, 37).

Peçamos a Nossa Senhora que obtenha de Jesus a graça de sempre nos ”achar vigiando”, seja qual for a ocupação que estejamos desenvolvendo, até o bendito dia de nosso encontro com o Senhor.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Santa Teresa de Lisieux. Conseils et souvenirs. Lisieux: Office central de Lisieux, 1954, p. 74 e Conselhos e Lembranças, Editora Paulus, 2012, 9ª. ed.

(2) Mons. João S, Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 271.

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Frase da Semana – Santo Afonso de Ligório

“Quem reza se salva. Quem não reza certamente se condena”.

Santo Afonso de Ligório (1)

A Liturgia do 17º Domingo do Tempo Comum é um convite à oração: Ensina-nos que, quando fazemos a Deus os nossos pedidos, temos que usar de insistência e até de impertinência para alcançar as graças de que necessitamos  (Cf. Lc 11, 1-13).

Essa insistência obtém, porém, uma resposta positiva da parte de Deus: “Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá”. (Lc 11,9)

O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso de Ligório, cuja Festa comemoramos nesta semana (1º. de Agosto), lembra a necessidade indispensável da Oração, para obtermos de Deus a nossa salvação eterna.

A Frase da Semana convida seus leitores a essa oração confiante!

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(1) Santo Afonso Maria de Ligório. A Oração. 4ª. ed. Aparecida: Editora Santuário,  p. 42

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Como ganhar a vida?

    Está em nossa natureza o desejo da felicidade. Sempre estamos, explicita ou implicitamente, buscando-a de alguma forma. Basta ser humano para se querer este ideal. E, certamente, quem a encontrou pode dizer que fez o grande negócio de sua vida, ou então, que ganhou a vida.

         Ora, mas quando é que se ganha a vida?

         Muitos dirão: Ah! Tendo muito dinheiro!

    Mas se pararmos para analisar aqueles que tiveram ou têm excelente situação econômica, poderíamos nos perguntar: todos eles foram ou são felizes? Muitos de nós, talvez, poderemos responder pela experiência da vida: não! Seja por casos de doença (como dizem: dinheiro não compra saúde), por problemas de relacionamento, seja o que for, o dinheiro não traz o que a vida não proporcionou, não se terá assim a felicidade completa.

         Alguém ainda poderia dizer: a felicidade está no prestígio, em ser aplaudido e ser bem visto. No entanto, quantos foram aqueles que num momento eram elogiados e ovacionados e, com o passar do tempo, foram desprezados ou esquecidos. Há casos também de pessoas muito aplaudidas pela sociedade, mas que por algum problema pessoal carregam grandes amarguras, muito bem dissimuladas perante o público, mas que algumas vezes acabam vindo à luz em desfechos trágicos.

         Bem, mas alguém também poderá dizer: pelo menos alcançam felicidade aqueles que têm os prazeres da vida. Aqui talvez seja mais evidente o desmentido da realidade. Vivenciamos um período histórico no qual uma “famosa” doença atinge a um número crescente de pessoas das mais variadas idades, entre essas, muitas emblemáticas e gozadoras da vida, que após seus momentos de euforia, na intimidade, têm como indesejável companheira a depressão.

         Mas então, como encontrar a felicidade?

Los Jerónimos- Lisboa, Portugal

Busquemos na sabedoria da Igreja, “tão antiga e tão nova” – adaptando os dizeres de Santo Agostinho – as luzes do Evangelho que possam iluminar as vias que nos conduzirão a uma felicidade especial, incomparável, que “nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam” (Mt 6, 20).

         Uma leitura cuidadosa do Evangelho de São Lucas mostrará um trecho luminoso a este respeito. Eis que, na contramão da avareza, das honras e prazeres mundanos, deparamo-nos com os Versículos 23-24, contemplados no XII Domingo do Tempo Comum, em que Nosso Senhor diz:

         “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me” (Lc 9, 23). Seguí-Lo para onde? Onde está Jesus? Ele se encontra agora “sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso” (1), em seu trono de glória, gozando da maior e mais perfeita felicidade, tão grande que não podemos concebê-la: a felicidade eterna! E continua:

         “Pois quem quiser ganhar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará” (Lc 9, 24).

         Portanto, atendamos ao convite de Nosso Senhor. Comentava estas divinas palavras, Mons. João Clá Dias: “[…] podemos ressaltar que, ‘ganhar a vida’ significa também ter uma existência pautada pelos Mandamentos, visando como objetivo a santidade. Em nossa época, na qual os homens pagam qualquer tributo para trilhar uma carreira brilhante e construir um nome de prestígio, lucraria muito quem meditasse nessa passagem […]” (2).

Virgen de la Asuncón – Catedral de Asunción,  Paraguay

Então caro leitor, se nós queremos “ganhar a vida” e, veja bem, nos dois sentidos da expressão, ou seja, alcançarmos a felicidade possível nesta terra e a eterna no Céu, sigamos o maravilhoso conselho, que vem acompanhado de uma promessa infalível, não feita por qualquer homem, mas pelo próprio Homem-Deus:

“Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentada” (Mt. 6, 33).

E assim teremos ganho, como Ele, a vida. Roguemos à Nossa Senhora a graça de seguirmos a Nosso Senhor,  nas vias da santidade, dos Mandamentos, alcançando a verdadeira felicidade.

Adilson Costa da Costa

(1) Catecismo da Igreja Católica. Artigo 6. 11ª ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 189.

(2) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana e São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 173-174.

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Apresentações musicais e Dia das Mães…

São diversas as atividades que vem sendo desenvolvidas pelos Arautos, especialmente neste mês de Maio, consagrado a Nossa Senhora. Graças às oportunidades que nos foram proporcionadas e às derramadas por Ela, podemos destacar algumas delas:

1)      Apresentação musical na PUC Maringá

2)      Apresentação musical em Colorado

3)     Dia das Mães na Comunidade dos Arautos

Apresentação Musical na PUC-Maringá  

A pedido dos acadêmicos do curso de filosofia da PUC, o coro e banda dos Arautos do Evangelho de Maringá tiveram a honra e alegria de participar do evento “Verdade e Conhecimento na Filosofia Medieval”, ocorrido na Pontifícia Universidade Católica (PUC), Campus Maringá no último dia 29 de abril. Os Arautos participaram da abertura do evento, realizando um solene cortejo de abertura. No palco, executaram peças musicais, proporcionando aos docentes e discentes da universidade um agradável momento cultural.

É muito conhecido o ensinamento de Santo Agostinho: “quem canta reza duas vezes”. Nesse sentido, foram apresentadas músicas de canto gregoriano e polifônico, os quais nos transmitem uma profunda paz interior, acompanhada de uma bênção e unção sobrenatural.

Sabemos que o canto gregoriano é até hoje o canto litúrgico por excelência da Igreja Católica, ainda usado em cerimônias de todo o mundo. É um canto monofônico, de ritmo livre, sendo permitido o acompanhamento com o órgão. Possui ele este nome em homenagem ao grande Papa São Gregório Magno. No século VI, o sumo-pontífice utilizou os salmos judaicos e os modos gregos, adaptando-os e incorporando-os à liturgia católica.

 Agradecemos aos acadêmicos da PUC pela calorosa acolhida! Até a próxima!

 

Apresentação musical em Colorado

A pedido da Associação de Comércio e Indústria de Colorado (ACIC), os Arautos realizaram um concerto sinfônico nesta cidade (a 95 km de Maringá). A apresentação deu-se no Anfiteatro Municipal.

Foram apresentadas as seguintes músicas: Pavane “Die Schlacht” de Tylman Susato, España Cañi de Marquina, El gato Montés de Manuel Penella e Hallelujah Chorus de George Frideric Handel.

O evento ocorreu por ocasião da comemoração do Dia das Mães da ACIC e foi encerrado com um sorteio de uma moto. A comemoração contou com a participação do Presidente da ACIC, Dr. Marco Aurélio Valério Azevedo.

Como foi o Dia das Mães nos Arautos?

Na tarde deste último Domingo, ocorreu a “Comemoração do Dia das Mães”, na Comunidade dos Arautos. O evento começou com uma peça teatral, apresentada pelos próprios filhos das homenageadas. Houve também uma apresentação musical, desempenhada pelo conjunto de flautas doce e de instrumentistas que participam do Projeto Futuro e Vida.

Em seguida ocorreu a Santa Missa, presidida pelo Revmo. Pe. Roberto Takeshi, EP e concelebrada pelo Revmo. Pe. Lailson Tomé de Lima – que nos deu a honra de sua visita nesta tarde abençoada. A Cerimônia contou com a participação do coro e banda sinfônica, como também da imagem do Imaculado Coração de Maria de Nossa Senhora de Fátima.

Agradecemos a presença alegre de todas as mães e desejamos que a Santíssima Virgem – Mãe de Deus e nossa – cumule de graças e bênçãos todas as mães nesta data tão especial!

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