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Comprar ou vender? Qual o melhor negócio?

Esta pergunta, um tanto intrigante para um artigo de cunho religioso, pode nos causar estranheza. No entanto, me acompanhe o paciente leitor nesta consideração, e verá o quanto ela é pertinente.

Quando contemplamos os milagres operados por Nosso Senhor nos evangelhos, ficamos impressionados e encantados. As curas físicas e espirituais, no entanto, além de trazer o benefício aos miraculados e restituir-lhes a saúde e a paz, especialmente concorriam para que todos cressem no Filho de Deus.

Em outros termos, Jesus “confirmava a verdade de sua doutrina com milagres […]” ¹. O Divino Salvador não somente operava os milagres, mas dava algo ainda mais valioso: seus ensinamentos, que nos colocam na perspectiva do Céu, através de uma existência terrena penetrada pela graça e pela prática dos Mandamentos.

Aqui estão as grandes riquezas que Nosso Senhor nos apresenta e nos convida a ajuntar: “as riquezas no Céu”, para que nelas coloquemos a razão de nossas vidas. Riquezas que os ladrões não assaltam nem roubam, a traça e a ferrugem não corroem (Mt 6, 19-21).

Muito ilustrativa desta verdade é a parábola sobre o Reino messiânico, que encontramos no XVII Domingo do Tempo Comum. De acordo com São Mateus, Nosso Senhor disse a seus discípulos: “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo” (Mt 13, 44).

O que é este tesouro escondido?

Esse tesouro escondido é o tesouro da Salvação, que nos vem pela Doutrina de Nosso Senhor, a Fé Católica, pelas graças e Sacramentos da Igreja.

E qual é a importância que a humanidade atual dá este tesouro da Salvação?

O Fundador dos Arautos do Evangelho, Mons. João Clá Dias, apresenta uma resposta a esta questão: “Muitos de nós, hoje em dia, caímos na insensatez de não mais nos importarmos com esse tesouro da nossa Fé, que tanto custou aos nossos antepassados, e pelo qual o Salvador derramou todo o seu preciosíssimo Sangue no Calvário”. E, estabelecendo a relação entre a atitude de Esaú, figura dos maus, que preferira um prato de lentilhas à benção reservada aos primogênitos, ensina: “Por quão miserável preço vendemos, alguns de nós, esse tão elevado tesouro, tal como fez Esaú com sua primogenitura, ao trocá-la por um mísero prato de lentilhas! Hoje mais do que nunca, multiplicam-se as ´lentilhas` da sensualidade, da corrupção, do prazer ilícito, da ambição, etc” ².

E como então ter a alegria do homem da parábola?

Imaculado Coração de Maria – Arautos do Evangelho

Continua Mons. João Clá: “É preciso ´vendermos` todas as nossas paixões, caprichos, manias, vícios, sentimentalismos, em síntese, toda a nossa maldade. É o melhor ´negócio` que se pode fazer nesta Terra” ³. E assim veremos em nós se realizar o que se deu com o homem da parábola: “essa plenitude de alegria […] deve nos acompanhar a vida inteira, sem interrupção, por ser um dos efeitos da verdadeira Fé”

Peçamos a Nossa Senhora que nos dê a graça de fazermos assim o “grande negócio” de nossas vidas.Vendamos todas essas mazelas e misérias que nos estorvam e angustiam, para que, ricos da liberdade dos filhos de Deus, possamos comprar logo aquele campo e,  de posse de seu tesouro, começarmos já a gozar da real e eterna felicidade.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ Juan Leal, SJ; Severiano Del Páramo, SJ, José Alonso, SJ. La Sagrada Escritura: Evangelios. v. I. Madrid: BAC, 1961, p.54.

² Mons. João S. Clá Dias, EP. As parábolas sobre o Reino. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 237-238.

³ Mons. João S. Clá Dias, EP, op. cit, p.238.

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Filhos da Luz

“Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz.”

(Ef 5,8)

Durante o Tempo da Quaresma somos especialmente convidados à conversão, à mudança de vida. O versículo da carta de São Paulo aos Efésios que ilustra a Frase da Semana reflete esse convite. Como o cego de nascença, curado por Jesus (Cf. Jo 9,1.6-9.13-17.34-38), nos tornamos, pelo Batismo, filhos da luz e passamos do mundo das trevas do paganismo para o mundo da luz, representada pela Fé cristã.

Na carta aos Efésios, São Paulo vai além: se somos filhos da luz, devemos viver e agir como tal, abandonando e desmascarando “as obras das trevas” (Ef 5,11). Ou seja: somos filhos de Deus e toda a nossa vida deve revelar nossas convicções e nossa Fé, de maneira que Cristo resplandeça em nossas vidas, iluminando também os nossos irmãos.

É claro que levar a vida como filhos da luz exigirá esforço de nossa parte. Para nos ajudar nessa luta, “a Igreja nos proporciona um particular alento para avançarmos com ânimo resoluto na vida espiritual. Às vezes fraquejamos, deixamo-nos arrastar por nossas más inclinações e sentimos periclitar nossa perseverança nas vias da santificação” (1). Mas, “se Deus permitiu que caíssemos numa debilidade, Ele está atento para intervir a qualquer instante e restaurar em nós a vida divina. Com as orações e a mediação maternal de Maria, nos encontraremos purificados para contemplar a luz do Círio Pascal, símbolo também dessa Luz que nos foi dada com a Ressurreição de Cristo e que nos vem através dos Sacramentos”. (2)

Viver como filhos da luz é também um convite para o apostolado, portanto, “esforcemo-nos, pois, em ajudar os outros a recuperar a vista espiritual, porque, assim, poderão contemplar os reflexos da luz divina na criação e ordenar sua vida em função desse luzeiro que é Cristo Jesus e a Santa Igreja Católica Apostólica Romana”(3)

Salve Maria!

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. A pior cegueira…. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. I, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 229.

(2) Idem, ibidem.

(3) Idem, ibidem.

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“É fácil professar a fé, o complicado é deixar essa fé transformar o modo de agir e pensar”, afirma o arcebispo de Maringá

Maringá – Paraná (Terça-Feira, 11/02/2014, Gaudium Press) “O ato de fé pode não significar nada” é o título do artigo de dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Paraná, em que ele compartilha que ao participar do curso com os bispos no Rio de Janeiro foi tomado por um pensamento que o deixou preocupado. Lá foi meditado o texto do evangelista Marcos, quando narra o endemoninhado dizendo: “Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele, e gritou bem alto: Que tens a ver comigo, Jesus Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes” (Mc 5,6-8).

Dom Anuar Battisti – Arcebispo de Maringá

Dom Anuar explica que este texto chamou sua atenção pelo fato de que o demônio acredita, ele tem fé, ele reconhece o Filho de Deus, e conjura por Deus. Então o prelado questiona: Porque ele faz isso e continua fazendo o mal, atormentando as pessoas? Porque faz um ato de fé e nada muda em sua vida? Porque nunca muda de caminho, ficando sempre na contramão da história?

“Fiquei pensando e me veio um certo temor. O demônio reconhece Jesus, professa a fé Nele, mas não O segue e continua sempre pela própria estrada. Jamais será diferente porque sabe quem é Jesus: o Filho de Deus. Mas a sua convicção não interfere no seu modo de agir. É fácil professar a fé, o complicado é deixar essa fé transformar o modo de agir e pensar”, avalia o arcebispo.

De acordo com dom Anuar, é por isso que o maligno continuará sempre maligno, porque a fé não tem nada a ver com a vida concreta. Para ele, a diferença está na fé, que faz verdadeiramente alguém ser discípulo de Jesus; caso contrário eu fico parecendo o demônio que acredita, faz um ato de fé, mas continua sendo o rei da maldade e do pecado, fazendo de conta que não acredita.

“Confesso que essa reflexão me causou um certo temor e me fez repensar o meu seguimento, enquanto escolhido e chamado a colaborar na vinha do Senhor. Entendi melhor a expressão de Jesus: ‘O único pecado que não tem perdão é o pecado contra o Espírito Santo’. Esse é o pecado, professar com os lábios e negar com as atitudes, ou seja, não deixar Deus agir em nós, porque é Ele que vem ao nosso encontro”, destaca.

Segundo o prelado, não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou por primeiro. E, portanto, negar a iniciativa de Deus, fechar-se em si mesmo, nos colocando no lugar de Deus, é negar toda e qualquer ação do Espírito Santo em nós, salienta o arcebispo. “Esse é o pecado que não tem perdão”, completa.

Dom Anuar ainda enfatiza que não é que Deus não perdoe, mas somos nós que não acreditamos nesse perdão. Ele recorda as palavras que o Papa Francisco repetiu várias vezes: “Deus não se cansa de perdoar, nós nos cansamos de pedir perdão”. Conforme o prelado, o caminho de seguimento de Jesus é um caminho de perdas e ganhos. “Perco o meu jeitão de ser e aceito o jeitão do Mestre e Senhor da minha vida. Serei discípulo se serei capaz de assumir a disciplina do Mestre. Não basta dizer eu creio. A fé sem obras é morta”, diz.

Por fim, o arcebispo de Maringá ressalta que no caminho do seguimento do Senhor a astúcia, como as serpentes, e a simplicidade, como as pombas, devem ser sempre as atitudes primordiais para não cairmos na tentação do demônio. É como nós rezamos sempre no Pai Nosso: “Não nos deixeis cair na tentação”. Para dom Anuar, a tentação é exatamente a incoerência do nosso falar e do nosso ser.

“Somente quem está em Deus é uma criatura nova, ou seja renovada, disposta ao seguimento de Jesus como verdadeiro discípulo e discípula. Não tenho dúvidas de que o demônio existe e não tenho dúvidas de que ele nunca para de trabalhar, principalmente, fazendo-nos professar a fé e vivendo como se Deus não existisse. Orar sempre, professar sempre, viver sempre na luz da Fé, assim nada será inútil. A vida terá outro sentido”, conclui. (FB)

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Disponível em: <http://www.gaudiumpress.org/content/55731–E-facil-professar-a-fe–o-complicado-e-deixar-essa-fe-transformar-o-modo-de-agir-e-pensar—afirma-o-arcebispo-de-Maringa> Acesso em: 20/02/2014

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Quem sois, Senhora? “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Lourdes – França, 1858.

Esse é o trecho final de um diálogo acontecido em 1858, quando Nossa Senhora apareceu 18 vezes a Bernardette Soubirous na Gruta  de Massabiele, situada às margens do rio Gave, nos arredores da vila francesa de Lourdes.

A 11 de fevereiro a Igreja comemora essa série de aparições da Virgem Imaculada. É a festa de Nossa Senhora de Lourdes.

Em 24 de fevereiro de 1858 aconteceu a oitava dessas aparições. Nesse dia, Nossa Senhora revelou a Bernardette sua primeira mensagem que, resumindo, seria: “Penitência,  penitência, penitência! Rogai a Deus pelos pecadores”.

Nossa Senhora ainda mostrou a Santa Bernardette (nona aparição, 25 de fevereiro) como praticar essa “penitência”: “vá e toma da água da fonte” e lave-se nela. Ela mandou também que Bernardette comesse de umas ervas que cresciam na gruta. Dois pedidos aparentemente absurdos, humilhantes.

Lourdes – Gruta das aparições

Comer aquele capim já seria ridículo, pior que isso era a questão da água para beber e lavar-se: Não existia nenhuma fonte no local! No entanto, cheia de Fé e humildade, Bernardette comeu a erva recomendada e, com as próprias mãos, escavou o chão da gruta. Da terra brotou água que ela bebeu e com a qual se lavou, tal como havia sido recomendado pela Senhora da Conceição Imaculada.

Os que assistiram ao fato ficaram atônitos e se perguntaram: Bernardette não teria ficado louca? Não! Ela apenas obedecia sem entender e sem pedir explicações. Ela julgava, com acerto, que de uma Senhora tão excelsa só poderiam vir coisas boas.

Ali, junto ao local onde a Imaculada Conceição colocou seus pés, brotou um manancial de águas prodigiosas. Ali nasceu a fonte de Lourdes: um jorro contínuo de graças e de milagres. Doentes com enfermidades físicas e espirituais de toda espécie alcançaram nela curas inexplicáveis,…milagrosas. (1)

Santa Bernadette Soubirous

Nossa Senhora premiou a confiança de Santa Bernardette revelando-Se a ela: Eu Sou a Imaculada Conceição! Esse impressionante Dogma havia sido definido há apenas 4 anos pelo Papa Pio IX e era agora confirmado pela Mãe da Igreja.

Santa Bernardette não hesitou em confiar em Maria Santíssima e recebeu, dela, como prêmio, uma grande revelação. Assim também sejamos nós, em todos os momentos de nossa vida.

Salve Maria!

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 (1) Extraído de: Arautos do Evangelho. Lourdes, Milagres, Perseguições, Vitória! Disponível em: http://www.arautos.org/especial/23737/Nossa-Senhora-de-Lourdes

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Fé e milagre na manifestação de Cristo

Em inúmeros momentos, quando estamos recolhidos, sozinhos, em família, procedendo à leitura das Sagradas Escrituras ou, atentamente, na Santa Missa ouvindo a Homilia, surge em nosso íntimo uma pergunta: como deveria ser a pregação de Jesus?

Nosso Senhor, o Divino Pedagogo, infinitamente sábio, com Sua linguagem, timbre de voz, gestos… tudo de uma perfeição extraordinária! Os olhos humanos contemplavam a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade encarnada, com Sua doutrina arrebatadora e Suas palavras dotadas de vida eterna!

O Redentor do gênero humano trouxe não apenas ensinamentos que expressam a máxima sabedoria. Além disso, de acordo com Professores da Companhia de Jesus, “confirmava a verdade de sua doutrina com milagres, que eram ao mesmo tempo obras de caridade, curando toda espécie de enfermidades”. ¹

Toda esta pregação tinha um objetivo supremo: Jesus veio até nós para se revelar. E revelar-se como o Filho de Deus!

Mas de que maneira esta filiação divina se manifestou? Por que Jesus, no começo de sua vida pública, não proclamou que era Deus?

Estas bonitas questões são abordadas com maestria por Mons. João Clá Dias, EP, ao comentar o início da pregação de Jesus, narrada pelo Evangelista São Mateus (Mt 4, 12-23). Assim diz: “A convicção de Jesus quanto ao seu papel de Messias jamais poderá ser posta em dúvida […] grande e exata era a compreensão que Ele possui em relação à sua missão”. ²

Neste momento o leitor pode questionar: Como se daria a realização de Sua missão?

Para explicar esta pergunta, o Fundador dos Arautos escreve: “Porém, se de um lado a consciência a respeito dos fins […] era claríssima ab initio [desde o início] e nunca cresceu nem, menos ainda, diminuiu, sua manifestação aos outros foi progressiva. Aqui na Galiléia encontramos o Divino Mestre numa fase inicial. Era não só prematuro, como até imprudente, revelar em todo ou em parte sua divindade. Só muito mais tarde – por volta de dois anos após o Batismo no Jordão – Pedro proclamará sua filiação divina, por pura revelação do Pai, e, em seguida, os Apóstolos receberão a ordem de manterem o assunto em sigilo”. 3 [grifo nosso]

E mais adiante, explicita do porque era prematuro e imprudente, naquele momento, a revelação de sua divindade: “Mas, neste período da Galileia, ´O Evangelho do Reino` é pregado pelo Filho do Homem a uma opinião pública com insuficiente fé para reconhecer a infinita grandeza do Filho de Deus”. 4 [sublinhado nosso]

Esta linda questão, porque diz respeito a Nosso Senhor Jesus Cristo, traz para nós uma grande lição. A fé daquelas pessoas para quem Jesus Cristo pregava era insuficiente… Consequência disto: a revelação do Salvador para eles foi limitada.

Milagre da Cura dos leprosos

Muitas pessoas hoje em dia se perguntam do porque em nossa época não acontecerem tantos e tão retumbantes milagres, como por exemplo, ocorria no Antigo Testamento, ou quando Jesus esteve caminhando pelas terras de Israel. Há até quem diga que Deus chegou a abandonar o mundo. Contra estas ideias, existem alguns pontos a se pesar.

Um deles é que atualmente sucedem-se numerosos milagres de ordem individual. Bastará lançar os olhos em Lourdes, em Aparecida do Norte e em outros muitos santuários de devoção e peregrinação, para verificarmos prodígios diários, diversos deles já constatados pela ciência e a medicina.

Com relação a milagres que envolvam povos em seu conjunto, de fato tornaram-se escassos. Talvez pelo fato de que esses se encontram, sem dúvida, num inaudito afastamento de Deus.

Entretanto, ainda se encontram grupos ou pessoas que, na sua individualidade, possuem grande fé. Em outros termos, há indivíduos com fé que alcançam grandes graças, mas que representam uma parcela minoritária em relação aos povos a que pertencem.

 Pode-se dizer que ainda há pessoas com elevada fé, mas seria forçado dizer o mesmo de um povo ou um país, numa época de tanto materialismo e tantos pecados.

Isso possivelmente explica porque os grandes milagres que outrora envolveram povos inteiros como, por exemplo, os judeus e egípcios no Êxodus, a passagem do Mar Vermelho, as dez pragas etc., tornaram-se mais raros, em contraste com a grande incidência de milagres particulares.

Não excluamos, entretanto, a possibilidade de grandes milagres para os povos incrédulos de hoje, pois se para os judeus estes prodígios confirmavam a fé, para os egípcios eles desafiavam a incredulidade. Assim, pode ser que estejamos à beira de grandes acontecimentos, como os previstos por Nossa Senhora em Fátima, caso os homens de nosso tempo não se convertam e cessem de ofender a Deus.

Aqui está, caro leitor, uma boa meditação para todos e cada um: como está nossa fé na grandeza, no poder e na bondade infinita do Filho de Deus?

Peçamos que esta fé seja, pela graça divina e a rogos de Maria, profunda, convicta e entusiasmada por Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus. E assim poderemos contemplar em nossas vidas a dadivosa manifestação de Sua divindade, carregada de bênçãos, graças e milagres; e escutar, talvez, sua voz ressoar no fundo de nossas almas – “Tua fé te salvou, vai em paz.” Lc (7, 50) – a nos fortalecer ainda mais na confiança e na fidelidade ao Salvador.

Por Adilson Costa da Costa

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 ¹ Juan Leal, SJ; Severiano Del Páramo, SJ, José Alonso, SJ. La Sagrada Escritura: Evangelios. v. I. Madrid: BAC, 1961, p.54.
² Mons. João S. Clá Dias, EP. Não tinha chegado a hora de Se manifestar como Filho de Deus. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 37.
³ Mons. João S. Clá Dias, EP, op. cit, p.37.
4 Mons. João S. Clá Dias, EP, op. cit, p.37.
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