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Lembra-te de que és pó e ao pó hás de voltar.

Liturgia da Quarta Feira de Cinzas

Nada pode ser mais insignificante do que o pó. De fato, a Liturgia da Quarta Feira de Cinzas, que abre as portas da Quaresma, vem recordar ao homem a sua inexorável condição. Mesmo em um tempo, como o nosso, repleto de avanços da Ciência e da Tecnologia, não se pode escapar do traçado pelo pecado de Adão e Eva.

Na cerimônia da Quarta Feira de Cinzas, fica a fronte dos fiéis marcada “por um traço escuro cujo aspecto trágico e carente de beleza parece proclamar: ‘De uma hora para outra, podemos ser levados pela morte, retornando ao pó!” (1).

“A consideração da árdua passagem desta vida para a eternidade muitas vezes nos inquieta. Entretanto, tal pensamento é altamente benfazejo para compenetrar-nos da necessidade de evitar o pecado que, sem o arrependimento e o imerecido perdão, poderá fechar-nos, para sempre, as portas do Céu: ‘Lembra-te de teu fim, e jamais pecarás’ (Eclo 7, 40)”.(2)

No momento em que penetramos – através da Quaresma – num dos principais mistérios de nossa Redenção, a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Frase da Semana traz a seus leitores esta reflexão sobre a finalidade do homem.

Que esta Quaresma seja realmente propícia à Conversão. É que o desejamos, implorando para isto a maternal assistência da Mãe de Deus, a Mãe Dolorosa que ardentemente deseja a salvação de seus filhos.

Salve Maria!

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(1) Monsenhor João Clá Dias. O centro deve estar sempre ocupado por Deus. Comentário ao Evangelho da Quarta Feira de Cinzas. Disponível em: http://www.arautos.org/view/show/13373-o-centro-deve-estar-sempre-ocupado-por-deus
(2) Idem.

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Os “milagres” dos apóstolos de nossos dias!

As diversas reflexões da Liturgia no Tempo Comum nos remetem aos grandes milagres operados por Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Sua existência terrena: curando doentes, expulsando demônios, ressuscitando mortos, enfim, realizando uma quantidade enorme de feitos extraordinários, buscava o Divino Mestre provar os propósitos de Sua vinda e confirmar na Fé os seus débeis seguidores.

Jesus [também] conferiu aos Apóstolos o poder de expulsar os espíritos imundos e o dom de curar os enfermos, para que os homens daquela época dessem crédito à mensagem do Evangelho.

E em nossos dias, qual é a prova da autenticidade da Boa Nova que os evangelizadores devem apresentar ao mundo moderno?

O “milagre” que os autênticos evangelizadores devem fazer é o de anunciar a Jesus Cristo mediante o testemunho de uma vida santa: praticando a virtude, aspirando à santidade e desprezando as solicitações e os ilusórios encantos do mundo. Este, sim, é o milagre capaz de transformar as famílias e a sociedade. (1)

Tendo em vista, principalmente, os feriados de Carnaval, durante os quais o paganismo de nossos dias é exposto com uma rudeza que chega a chocar, eis aí uma boa reflexão que a Frase da Semana propõe a seus leitores. Vamos pedir a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil que interceda para que tenhamos muitos “milagres” de autêntica fidelidade a Jesus Cristo.

Salve Maria!

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(1) Arautos do Evangelho. Boletim Informativo Maria Rainha dos Corações. Julho/Agosto de 2010, n. 48 (Editorial).

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Frase da Semana – As dores de Maria

“Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.

(Lc 2,35)

A Frase da Semana é extraída de um trecho do Evangelho de São Lucas (2, 22-40), proposto pela Liturgia para a meditação dos fiéis no Domingo da Festa da Apresentação do Senhor. Faz parte da Profecia de Simeão, que segundo narra o Evangelho, era “justo e piedoso”, ou seja, um Santo. Depois de aguardar, durante muitos anos, a realização das Promessas do Antigo Testamento, finalmente Simeão pode tomar o Menino Jesus nos braços e agradecer e louvar a Deus. Talvez, depois de São José, tenha sido ele o segundo homem a ter esse privilégio.

Dentro daquele clima de alegria profética, tendo diante de si o Menino que vinha para salvar a humanidade, Simeão, referiu-se à contradição que Ele representava. Dirige, então, à Maria Santíssima uma frase muito misteriosa, coberta de inúmeros significados, quiçá, ela mesma uma frase  que contradizia aquele momento extasiante que estavam vivendo: “uma espada traspassará a tua alma!”.  A este respeito, comenta Monsenhor João Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho:

Maria é co-redentora do gê­nero humano. Essa profecia de Simeão, Ela já a conhecia. Mais ainda, estaria gravada em seu espírito até a ressurreição de Jesus. Ela é a Rainha dos Mártires e, desde a Anunciação, sofreria com Cristo, por Cristo e em Cristo. (1)

Nossa Senhora das Dores,
Igreja de São Jorge, Vigoleno, Itália

E este sofrimento, Maria Santíssima haveria de suportá-lo até o fim: diante da Cruz, Ela estava de pé! E como esta Frase da Semana pode servir de guia para nossa vida espiritual? Certamente, também nós teremos que enfrentar inúmeros sofrimentos durante nossa vida, até que chegue o momento glorioso de irmos para o Céu. Portanto, devemos imitar Maria Santíssima, como comenta Monsenhor João Clá:

“Nós somos convidados neste trecho do Evangelho a dar um caráter de holocausto às dores que nos forem permitidas pela Providência. Tenhamos amor às cruzes que nos cabem, unindo-nos a Jesus e a Maria nessa grandiosa cena da apresentação.” (2)

Nossa Senhora, Mãe de todas as dores, rogai por nós!

Salve Maria!

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(1) Mons. João Clá Dias, EP. Apresentação do Senhor. Revista Arautos do Evangelho n. 2, Fev/2002, pág. 13 a 17. Disponível em: http://www.arautos.org/especial/16222/A-apresentacao-do-Menino-Jesus-e-a-apresentacao-de-Maria-Virgem.html
(2) Idem, ibidem.

 

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O Batismo do Senhor

“Jesus lavou nas águas os nossos pecados”

Monsenhor João Clá Dias, EP (1)

O Evangelho de São Mateus (3, 13-17) que narra o Batismo de Jesus traz em seu início uma certa inquietação, um “protesto” de São João Batista. De fato, fazendo coro a este grande Santo, poderíamos estranhar o fato de o Mestre se deixar batizar por João. Qual a verdadeira motivação deste ato de Nosso Senhor Jesus Cristo? Com muita propriedade, comenta o Monsenhor João Clá Dias, no Inéditos sobre os Evangelhos:

“Cristo não precisava ser batizado, pois fora Ela quem, inspirando São João, instituíra este rito, mas, “o batismo tinha necessidade do poder de Jesus”. Desde toda a eternidade o Verbo conheceu com perfeição, em sua própria essência divina, cada um de nós, com nossos pecados, misérias e insuficiências. Sendo Deus, Ele podia limpar a Terra por um simples ato de sua vontade; contudo, preferiu Ele mesmo, o Inocente, livre de qualquer nódoa, assumir uma carne “semelhante à do pecado” (Rm 8,3). Quis ser batizado, então, não “para ser purificado, mas para purificar”, submergindo consigo, na água batismal, todo o velho Adão. Devemos considerar que se existisse uma humanidade infinita, com infinitos pecados, Ele os teria carregado sobre Si, lavando-os naquele momento nas águas do Jordão.” (2)

Assim, a Frase da Semana convida seus leitores a refletirem sobre a imensa Misericórdia de Deus, que, absolutamente, não pode ser medida com critérios humanos. Que esta Purificação dos nossos pecados, trazida por Nosso Senhor Jesus Cristo, habite sempre nos corações e traga-nos uma verdadeira santidade de vida, livre de todos os pecados e que, pela intercessão de Maria Santíssima, possamos sempre corresponder ao que espera Ele de nós.

Salve Maria!

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. V, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 169.
(2) Idem, ibidem.

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“Onde iremos encontrar Jesus?”

“Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe”

(Mt 2,11)

No primeiro Domingo do ano a Liturgia da Igreja propõe para os fiéis a Festa da Epifania do Senhor, que significa a Sua Manifestação. Através da visita dos Reis Magos, o Menino-Deus se revela a todas as nações, as quais são redimidas pelo seu Sangue Divino e iluminadas pela luz da Fé, através da atuação da Igreja de Cristo no mundo. E qual o verdadeiro sentido desta Festa? Assim comenta o Monsenhor João Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho:

“Jesus nasce pobre numa gruta em Belém; os Anjos do Céu, é verdade, reconheceram-No por seu Senhor, mas os homens da terra deixam-No abandonado. Vêm apenas uns poucos pastores para adorá-Lo. O divino Redentor, porém, já quer começar a nos comunicar a graça da Redenção, e por isso, começa a manifestar-Se aos gentios que não O conheciam. Manda uma estrela iluminar os santos Magos, para que venham conhecer e adorar o seu Salvador. Admiremos o chamado que o Menino Jesus, de Sua manjedoura, faz a todas as nações, ao enviar aos Reis Magos a sua Estrela e a sua Graça; uma para lhes iluminar os olhos e a outra para lhes falar aos corações.” (1)

A Frase da Semana do Blog dos Arautos do Evangelho de Maringá quer reverenciar a extrema importância da manifestação, ou exaltação de Cristo, como Rei e Senhor das Nações, principalmente, no mundo de hoje, tão resistente em admitir essa Realeza.

Mas, ao mesmo tempo, queremos destacar um aspecto muito importante desta Festa: o papel eminente de Maria Santíssima. Com efeito, narra o Evangelista que os Reis Magos “acharam o menino com Maria, sua mãe”. Se, pois, verdadeiramente, queremos “achar” o Menino Jesus é através de Maria que devemos procurá-Lo, conforme comenta o Monsenhor João Clá:

“Palavras proféticas, inspiradas pelo Espírito Santo, para deixar constando pelos séculos afora que não se pode encontrar Jesus sem Maria, e menos ainda, Maria sem Jesus. A História comprova – e muito mais o fará – o quanto a devoção à Mãe conduz à adoração ao Filho, e vice-versa.”

Que neste ano que se inicia, procuremos com ardor o Menino Jesus e o mantenhamos sempre em nossas vidas, por intercessão de Maria Santíssima.

Salve Maria!

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(1)  Mons. João Clá Dias. Epifania do Senhor. (meditação para o 1º. Sábado). Disponível em: http://www.arautos.org/search/find.html?q=Epifania
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