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São Cura d’Ars e a pregação dos novíssimos

ÍndiceEm sua bondade e misericórdia, porque nos quer o bem, a Santa Igreja Católica Apostólica Romana nos recomenda, com base na Revelação, a meditarmos nos novíssimos, isto é, as últimas coisas que nos há de acontecer, quais sejam, a morte, o juízo, o inferno ou paraíso.

E a razão para isto é que tal meditação constitui-se no “pensamento mais eficaz para evitarmos o pecado”. ¹ “Em tudo o que fizeres, lembra-te de teu fim, e jamais pecarás”, é o conselho de sabedoria que nos traz o Eclesiástico (7, 40).

Em consonância desse ensinamento, ao longo dos vinte séculos de História da Igreja, vemos pregadores zelosos que, com bondade, equilíbrio e sabedoria, pregaram os novíssimos e atraíram para as vias da virtude e santidade incontáveis almas.

Entre estes apóstolos, temos São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars que – conforme comenta Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos – “Embora não tivesse nenhuma das qualidades naturais para exercer um sacerdócio extraordinário, ele, entretanto, foi um sacerdote magnífico, um apóstolo estupendo, um confessor dotado de raríssimo discernimento, um pregador que exercia profunda influência sobre as almas e, acima de tudo, com um título que é a arquitetura de todo o resto: foi o próprio modelo de sacerdote”. ²

Uma das pregações sobre os novíssimos feitas pelo Santo Cura d’Ars, é narrada pelo Padre Francisco Alves, C.SS.R.:

“Contava o Santo Cura d’Ars que dois soldados entraram numa igreja, quando um missionário pregava sobre o inferno. Ao saírem, um perguntou:

– Você crê tudo no que ele disse no sermão?

– Que esperança! Isso é uma arte muito velha de assustar a gente e arrecadar dinheiro.

– Pois eu creio no que ele disse – respondeu o primeiro – e como prova vou deixar a carreira militar e entrar para um convento.

– Pois vá para onde quiser. Eu continuarei como até agora.

Este soldado, dentro de pouco tempo, adoeceu gravemente e morreu. O companheiro, ao ter notícia da morte de seu amigo, pediu a Deus lhe fizesse conhecer a sorte que coubera ao outro na eternidade. Um dia apareceu-lhe o falecido e disse-lhe:

– Estou no inferno, condenado para sempre. Os pregadores não se enganam senão quanto às penas que se sofrem no inferno; eles não referem nem a mínima parte das mesmas”. ³

Que esta “meditação” pregada por São João Maria Vianney nos seja eficaz para seguirmos as vias da virtude e da santidade rumo ao Céu.

Adilson Costa da Costa

………………………….

¹ Segundo Catecismo da Doutrina Cristã, 117ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 64-65

 

² Mons. João S. Clá Dias. São João Maria Vianney, modelo para os sacerdotes In

http://santossegundojoaocladias.blogspot.com.br/2013/03/sao-joao-maria-vianneymodelo-para-os.html – Acesso em 5 ago. 15

³ Pe. Francisco Alves, C.SS.R. Contava Santo Cura d’Ars… In Tesouro de Exemplos. v. II, 2. Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1960, n. 350.

 

Assista o esplêndido vídeo em que Mons. João Clá mostra como devemos nos preparar para a última hora, abordando os Novíssimos do homem:

http://fb.gaudiumpress.org/tv/interna/id/225/title/Lumen+Veritatis+11+%E2%80%93+Uma+viagem+sem+retorno+%E2%80%93+parte+2.html

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Presépio encanta visitantes – O Diário

No dia 4 de novembro a Comunidade dos Arautos de Evangelho de Maringá recebeu a visita dos jornalistas do prestigioso Diário do Norte do Paraná, com vistas especialmente a fazerem uma reportagem sobre o Presépio Som, Luz e Movimento dos Arautos. Como fruto desta destacada visita, o Diário publicou no dia seguinte (5/Nov), a bela matéria de Vanda Munhoz intitulada “Presépio encanta visitantes” (p. A5).

Não poderíamos deixar de registrar o texto do Diário na íntegra. E aproveitamos para agradecer tão importante cobertura que, diga-se de passagem, já está repercutindo, e atraindo para o presépio inúmeras pessoas (como estamos constatando).

Eis aqui uma das formas excelentes dos meios de comunicação participarem da importante e indispensável evangelização, a propósito das festividades do Natal.

Desejamos a todos membros do Diário do Norte do Paraná as melhores bênçãos e graças do Menino Jesus.

Com riqueza de detalhes, as personagens do presépio dos Arautos do Evangelho se movimentam para contar a história do Menino Jesus

Fortalecer a fé e reafirmar a história do nascimento de Jesus Cristo. Esta é a proposta do presépio organizado pelos Arautos do Evangelho, entidade da Igreja Católica, em Maringá, que está aberto à visitação desde o dia 5 de outubro e funciona até 11 de janeiro de 2015. Rico em detalhes, com movimento e áudio, as personagens do presépio realizam deslizam por um palco que mostra a Belém do Menino Jesus.

No ano passado, a performance religiosa atraiu cerca de seis mil visitantes. “A expectativa para este ano é de um número maior de pessoas”, estima o Padre Roberto Takeshi Kiyota, dos Arautos do Evangelho.

O presépio foi abençoado pelo arcebispo Dom Anuar Battisti, que também assistiu à primeira apresentação. A montagem usa diversos materiais (tecido, madeira, isopor, entre outros), demorou dois meses e envolveu cerca de 15 pessoas entre integrantes dos Arautos, catequistas e jovens da comunidade católica. “Este presépio reporta aos tempos do menino Jesus, é uma bênção do próprio Natal. Assim, as pessoas percebem que Deus veio até nós”, diz o padre. O religiosos ressalta que a apresentação com as personagens bíblicas significam um parêntese de paz em um ano com tantas preocupações como está sendo o de 2014. “É um momento de sentir o quanto Deus nos ama”, completa. Além de visitar o presépio, toda a comunidade também pode participar das missas que são celebradas diariamente pelo Padre Roberto, na Capela Nossa Senhora de Fátima, de segunda-feira a sábado a partir das 19 horas, e aos domingos a partir das 17 horas.

Para visitar

Presépio Som, Luz e Movimento

Rua Jair do Couto Costa, 15, Conjunto Borba Gato

Telefone: (44) 3028-6596

Horário: Terça a Sábado, das 19h às 22h, e aos Domingos, das 9h às 22h

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Disponível em:

http://digital.odiario.com/cidades/noticia/1224085/presepio-encanta-visitantes/

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Rezar pelas almas do Purgatório

O homem que deseja progredir, no sentido verdadeiro e legítimo de seu desenvolvimento, quer do ponto de vista material, ou do ponto de vista espiritual, deve procurar fazer “bons negócios”. E um destes bons negócios, dos maiores que possamos realizar nesta vida, é feito especialmente no Dia dos Finados. Não se assuste o leitor, pois neste negócio, nada existe de “argentário”, ou se quiser, de ganância material. Vejamos…

Almas do Purgatório

Conforme nos ensina a Igreja Católica, após a morte as almas irão ou para o Céu, ou para o inferno ou para o purgatório. Ao Paraíso Celeste vai aquela alma que está livre de todo pecado e não tem pena alguma que descontar. Para o inferno, a que está na inimizade para com Deus. E por fim, irá para o Purgatório a alma do justo, para se purificar e satisfizer com penas temporais o que ficou devendo por seus pecados.¹

Tanto as almas que estão no Purgatório quanto as condenadas no inferno sofrem, porém  as dos justos têm a esperança absoluta de que irão para o Céu: alcançarão a salvação eterna.

No entanto, as almas dos fiéis defuntos sofrem. Se pudéssemos avaliar o quanto significa este sofrimento purificador no Purgatório, esta compreensão nos ajudaria a buscarmos com mais empenho e amor a santidade e almejarmos irmos para o Céu sem passar por tal suplício.

Tome-se, por exemplo, o que diz o Doutor Angélico, São Tomás de Aquino: “a menor pena do Purgatório excederá a maior pena desta vida”². Na mesma linha, disse-o Santo Agostinho: “aquele fogo será mais violento do que qualquer coisa que possa padecer o homem nesta vida”³.

Esta consideração dos suplícios do Purgatório traz um grande e recíproco benefício, para você, caro leitor, para mim, e para as almas do Purgatório. Ele advém da prática da oração pelos defuntos e boas obras em favor deles.

Benefício para as almas dos fiéis defuntos, tomando-nos de compaixão pelos seus sofrimentos e rezando por eles. Podemos e “devemos pedir por todos os que se encontram no Purgatório, sobretudo os mais ligados a nós”, conforme comenta Mons. João Clá Dias, EP.

Para nós – acresce o Fundador dos Arautos – “este ato de caridade nos renderá bons amigos, que retribuirão em qualidade e quantidade o favor recebido e, por conseguinte, muito nos ajudarão na hora da dificuldade” 4.

Esta amizade a partir da oração com as almas do Purgatório é própria a nos alcançar de Deus muitas graças, visto que, quando estas almas subirem ao Céu, estando com Deus, gozam de esplêndida audiência, obtendo para nós os melhores favores da Bondade Divina.

Sejamos, assim, amigos dos que se encontram no Purgatório para sermos grandes amigos por toda a eternidade.

Façamos esta grande amizade com almas do Purgatório: rezemos por elas e elas intercederão por nós.

Pela misericórdia de Deus, descansem em paz as almas dos fiéis defuntos. Amem.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ Segundo Catecismo da Doutrina Cristã. 117ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 27-28.

² São Tomás de Aquino. Super Sent. L.IV, ap.I, a.3.

³ Santo Agostinho. De cura pro mortuis gerenda, XVIII, 22. In Obras. Madrid: BAC, 1995, v.XL, p. 473-474.

4 Mons. João S. Clá Dias, EP. Um “negócio” com as almas do Purgatório In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VII, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 252.

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A História de Santa Hildegonda: a obediência é a guarda da inocência (Parte III)

Caro leitor, na última vez que “estivemos” com Santa Hildegonda, ela recebeu uma missão, enquanto Frei José, que dir-se-ia desproporcional para uma criança de doze anos: transpor as fronteiras da Alemanha, guarnecidas e vigiadas por tropas do Imperador, e fazer chegar até Roma, a pé, uma mensagem ao Papa, para salvar os católicos de sua nação. Impressionante, não?

Vejamos agora estes fatos por um ângulo diferente. Meditemos um pouco sobre o que poderia pensar e sentir a pequena Santa Hildegonda nestas circunstâncias. Poderia ser ela tentada a inquietar-se, desanimar-se ou mesmo revoltar-se com tantos revezes? Não teria sentido medo? Medo da morte se fosse pega pelos guardas? Medo de ter sua identidade descoberta nesta situação?

Quando finalmente havia encontrado um lugar seguro, o mosteiro em sua terra natal, ter que voltar a ser “mendigo de rua” e fazer uma viagem de volta à Itália, sozinha e exposta a perigos novamente, só que desta vez bem maiores? Não teria sido tentada de tristeza, de fraqueza ou moleza, de revelar seu segredo, alegando que por ser uma menina não tinha forças para  tão arriscada missão?

Enquanto lemos este artigo, podemos relembrar que mesmo o próprio Deus-Homem passou pela tentação do inimigo. Todos somos tentados, santos ou pecadores. A questão está em rezar e não ceder às tentações. Hildegonda não cedeu e para isso certamente deve ter recorrido aos meios que nos concede a Igreja: a oração, a meditação, os sacramentos, procurar distrair-se dos maus pensamentos, usar da água benta, fazer o Sinal da Cruz, procurar a orientação do Sacerdote, etc. Isso para citarmos alguns exemplos, pois incomensuráveis são os tesouros de nossa Fé.

O certo é que a “santinha” foi corajosa e apoiou-se na Fé para praticar estes dois atos de obediência heroica que certamente pesaram para sua elevação aos altares. Continuou a manter o segredo em obediência a seu falecido pai e obedeceu aos superiores religiosos lançando-se na aventura da missão recebida. Apenas são capazes de atos de virtude como estes as almas que amam a Deus até o ponto de esquecerem-se de si mesmas!

 Vestiu-se novamente com roupas de mendigo, escondeu dentro de um cajado oco a valiosa carta do Bispo de Colônia1 e saiu da segurança do mosteiro para as ruas, carregando nos braços os destinos da Alemanha. Como? Movida por uma Fé e um amor a Deus mais fortes que a morte.

Chegou o momento de passar pela guarda. Como o “pequeno mendigo” se comportou? Que artifícios teria usado para ludibriar os soldados? Teria pedido esmola a eles e sido repelido, passando logo após pela fronteira? Teria simplesmente passado? A história não conta, mas Deus o sabe. Certo é que conseguiu seu intento e seguiu pela estrada da aventura.

Alpes Brancos – Cordilheira que Santa Hildegonda deveria atravessar para cumprir sua missão

Perto da difícil travessia dos Alpes, encontrou-se com outro viajante que disse viajar no mesmo sentido. Caminhavam então juntos. Perto de uma floresta ouviram o ruído de muitas pessoas andando às pressas e disse o “pequeno mendigo” ao desconhecido:

– Creio que muita gente nos persegue e se aproxima a largos passos.

Ele respondeu colocando sua bagagem ao solo:

– Senta-te sobre este saco e fica à minha espera. Não tardarei…

Correu então à floresta. Hidelgonda obedeceu, mas a multidão raivosa chegou, arrancou-lhe de cima da sacola e, encontrando vários objetos que lhes haviam sido roubados, começaram a espancar sem piedade o “suposto ladrão”… Hildegonda afirmou ser inocente, mas foi então mais fortemente espancada; ataram-lhes as mãos, amarraram-lhe o saco ao pescoço e levaram-lhe aos trancos ao juiz. Impossível não ver nisso uma semelhança com Nosso Senhor, não?

Foi assim condenada à forca; mas antes de morrer – outros tempos! – deram-lhe a oportunidade de confessar seus pecados com um Padre: Hildegonda confessou-se normalmente, mas não citou o roubo. Interrogada pelo sacerdote sobre este ponto, mostrou-lhe a carta com o selo do Bispo e explicou-lhe sua missão.

O bom Padre então mandou vasculhar a floresta, onde foi encontrado o verdadeiro ladrão, que afirmava também ser inocente… Em vista disso, o Sacerdote recorreu ao juízo de Deus e propôs a prova do ferro em brasa. Este “detector de mentiras” desconhecido nos tempos atuais foi trazido ardente ao rubro e os litigantes o seguraram. Ao contrário do ladrão, Hildegonda não se queimou nem sentiu dor alguma, com o auxílio divino!

O culpado foi condenado e Hildegonda foi libertada, tendo o bom Padre levado-a para descansar. Enfim, poderia cumprir sua missão? Não, a providência queria ainda aumentar sua luta e sua glória. Foi pega pelos parentes do ladrão executado. Eles queriam dar-lhe a mesma sorte que este recebera! Prepararam-lhe uma forca e suspenderam nela, injustamente, a santa inocente…O que são capazes de fazer os homens quando cegos pelo ódio e obstinados pelo desejo de vingança!

Terminariam assim os dias desta santa vida, que se sacrificou pela obediência e pela Igreja Católica. Certamente uma chave de ouro e uma coroa de glória. Será? Sua missão continuou mesmo após este terrível acontecimento? Qual a solução encontrada por Deus para esta situação? Saiba o final desta história no próximo artigo, semana que vem, neste mesmo blog.

Rogue por Santa Hildegonda e que Santa Hildegonda rogue por nós!

Por Marcelo Veloso Souza Mendes

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1 Bispo de Colônia, Felipe de Heimsberg. Tomou abertamente o partido do Papa contra o Imperador Frederico I (Barba-Roxa), que se opôs ao Sumo Pontífice a respeito da sagração do Bispo de Treves, assunto que só concerne ao vigário de Cristo e nunca a governantes de nações, por mais poderosos que se julguem. Com esta bela atitude de fé e coragem, este valoroso bispo obteve a honra de ser perseguido por causa de sua justiça.

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Festa da Cátedra de Pedro

Contemplai esta majestade. Pedro, em sua Cátedra, ensinando e abençoando os fiéis através da História! Diante dele quantos, tanto no passado quanto hoje, vêm a esta esplêndida imagem, e deitam seu ósculo de amor e veneração àquele que é a Pedra sobre a qual Nosso Senhor Jesus Cristo edificou sua Igreja.

Quantas foram as tempestades, perseguições e ódios ao longo de mais de vinte séculos, que se precipitaram como ondas avassaladoras contra esta rocha, tentando submergi-la. Porém, ela permanece firme, sólida e radiante.

Incalculáveis foram as instituições e potentados meramente humanos que sucumbiram e foram reduzidos à pó, quer pelo tempo ou oposição de adversários. No entanto, a Cátedra de Pedro, inabalável, jamais sucumbirá, por mais que inúmeras vezes as aparências ao longo dos anos possam clamar em dizer o contrário. E esta indestrutibilidade não está edificada sobre forças humanas, mas sobre palavras divinas de Jesus: as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16, 18).

Amemos a Cátedra de Pedro, amemos a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, razão e felicidade de nossas vidas!

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