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São João Eudes: a vida interior é a força do apostolado

Ensina-nos o grande monge trapista, Dom Chautard, em sua magistral obra “A alma de todo o apostolado”, que o apostolado frutuoso é decorrência de uma vida interior, tomada por amor a Deus.

São João Eudes

É na vida interior – vida de amor a Nosso Senhor – que podemos compreender o extraordinário bem que fez São João Eudes, cuja memória celebramos neste mês de agosto (dia 19). Presbítero francês do século XVII, grande orador e missionário, fundador da Congregação de Jesus e Maria e da Ordem de Nossa Senhora da Caridade, verdadeiro apóstolo da devoção aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria.

Veja-se o que dele narra o Padre Francisco Alves:

“São João Eudes durante sessenta anos dedicou-se às missões, que costumavam durar de seis a doze semanas. Levava consigo de doze a vinte e cinco missionários, que não bastavam para recolher os frutos. Seus auditórios eram de trinta a quarenta mil pessoas. Uma vez ele (São João Eudes) escreveu: ‘De oito a dez léguas vem aqui tanta gente e os corações estão extraordinariamente bem dispostos. Não se veem mais que lágrimas; não se ouvem mais que gemidos de pobres penintentes; mas nem a quarta parte poderá confessar-se. Os missionários têm visto pessoas que esperam oito dias sem conseguir confessar-se, e então ajoelham-se onde quer que encontrem os padres, pedindo-lhes com lágrimas e com as mãos postas que as ouçam’”.¹

Como explicar tanto fruto no apostolado? Por que São João Eudes arrebatava? Qual a “fórmula” para atrair as pessoas e as multidões para Jesus? Qual o ponto de partida para fazermos bem às almas? Você, caro leitor, quer fazer bem ao próximo. Como consegui-lo?

São João Eudes nos ensinou, não só por palavras, mas pela vida interior. Não bastará, para fazermos bem às pessoas, estudarmos muito, cogitarmos estratégias ou metodologias para ensinar a boa doutrina, nos desdobrarmos em reuniões e planejamentos ou estratégias de apostolado, para atrairmos os outros; longe de dizer que isto não é útil. Que cada um faça o que pode ou é capaz. Porém, o que verdadeiramente importa é a união com Nosso Senhor Jesus Cristo.

E disto nos deu exemplo São João Eudes, pois tinha um amor entranhado ao Sagrado Coração de Jesus e, é claro, ao Imaculado Coração de Maria. Aliás, como diz o Fundador dos Arautos, Mons. João Clá Dias, referindo-se ao amor deste nosso Santo a Jesus e Maria, assim se expressa: “Complemento indispensável para estas considerações é uma referência Àquela cujo Imaculado Coração, no dizer de São João Eudes, é tão unido ao do seu divino Filho a ponto de ambos formarem um só: o Sagrado Coração de Jesus e Maria”. ² [grifo nosso]

Aqui está a “fórmula”, ou o segredo do bom sucesso no apostolado e do bem que queiramos fazer aos nossos: vida interior, traduzida substancialmente no amor ao Sagrado Coração de Jesus e Maria.

Peçamos, então, a São João Eudes, que nos obtenha de Deus este amor inflamado pelo Sagrado Coração de Jesus e Maria e, consequentemente, o zelo ardente e frutuoso pelas almas.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ Pe. Francisco Alves, C.SS.R, Tesouro de Exemplos. v. II, 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1960, p. 181.

² Mons. João Clá Dias, EP. O Coração que nos amou até o fim. In Revista Arautos do Evangelho. Junho/2012, n. 126, p. 17.

http://www.joaocladias.org.br/MostraArtigo.aspx?id=212 – Acesso em 19.08.2014

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Humildade e a fé, lições da Cananéia para os dias de hoje

Quando lemos o Evangelho, vêm-nos luzes de compreensão entusiasmada dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. De variados matizes e cintilações, tais luzes falam em nossas almas, conforme o bem que o Espírito Santo queira nos fazer.

Meditemos sobre a narração que nos faz São Mateus (cf. Mt 15, 21-22) sobre pedido de cura da filha cruelmente atormentada pelo demônio, feito pela Cananéia. É o que nos propõe este XX Domingo do Tempo Comum.

Esta pobre mãe era de um povo pagão, de etnia Cananéia, que habitava no território de Tiro e Sidônia (Líbano atual), e que era rechaçado pelos judeus. Nosso Senhor foi a esta região, não propriamente para pregar, mas para ocultar-se dos seus inimigos que estavam acirrados e cheios de ódio contra sua Pessoa. No entanto, sua fama era tal, que muitos de seus habitantes já tinham ouvido falar de Jesus ou mesmo assistido suas pregações, de acordo com relatos de Marcos (cf. Mc 3, 8) e Lucas (Lc 6,17).

A Cananéia aos pés de Jesus

Com ardor materno, a cananéia suplica: “Senhor, Filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está atormentada por um demônio!”. Qual foi a atitude de Nosso Senhor diante da mulher? Num primeiro momento, Jesus manteve-se em um silêncio que poderia causar desconcerto. Depois, ante a insistência dela, respondeu-lhe: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-los aos cachorrinhos”. Sem intimidar-se, ou sentir-se ofendida, pelo contrário, foi adiante, importunamente, no seu intento: “É verdade, Senhor: mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!”. Qual a consequência desta súplica cheia de fé e humildade: Jesus lhe responde: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!”.  E continua o Evangelho: “E desde aquele momento sua filha ficou curada” (Mt 15, 28).

No que propriamente consiste a grande fé da Cananéia, que, no entanto, pertencia a um povo pagão?

Esta grande fé, sobretudo consiste em crer em Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. E a cananéia tinha esta “grande fé”. É o que diz a Glosa, a respeito do tratamento dela dado a Jesus, quando brada ´Senhor, Filho de Deus`: “Grande fé se nota nessas palavras da Cananéia: ela crê na divindade de Cristo quando O chama de ´Senhor`; e em sua humanidade quando Lhe diz: ´Filho de Davi`.” ¹

Eis aqui o ponto de partida de nossa fé e da condição para obtermos tudo de Deus: crermos em Nosso Senhor. Nossa fé atinge aqui a mais alta condição para conseguirmos algo de Deus, pois não se trata de confiar meramente nos auxílios de um qualquer, (ainda que este fosse o homem mais poderoso, rico e capaz), mas na certeza que nosso Benfeitor, por ser Deus, tudo pode e quer nos ajudar.

Sagrado Coração de Jesus

A respeito deste conhecimento da Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, de quem é Ele, e do quanto hoje em dia vive-se na ignorância deste conhecimento, comenta Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos: “Outro ensinamento que podemos extrair do Evangelho de hoje é a necessidade de nos instruirmos sobre a verdadeira e boa doutrina. A Cananeia ouviu e se informou a respeito dos atos e das pregações de Jesus. Isso lhe foi fundamental para crer. Um grande mal de nossos dias, a ignorância religiosa[…]”.

E acrescenta, trazendo-nos as palavras da Escritura: “Ouvi a palavra do Senhor, filhos de Israel! Porque não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na Terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. […] porque meu povo se perde por falta de conhecimento (Os 4, 1-2,6). ² [grifo nosso]

Aqui está esplendidamente indicado para nós, que tanto necessitamos das graças e favores de Nosso Senhor Jesus Cristo: conhecimento de quem Ele é, aliado consequentemente, a um amor filial, cheio de confiança inabalável na certeza de que Ele tudo nos atende.

Para que este conhecimento amoroso e cheio de confiança em Jesus Cristo nos inunde e acompanhe a alma em nossa existência, roguemos Àquela que nesta terra teve uma fé em seu Divino Filho e humildade como ninguém, e teremos a alegria de em tudo sermos atendidos!

Por Adilson Costa da Costa

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¹ GLOSA, apud SÃO TOMÁS DE AQUINO. Catena Aurea. In Mattheum, c. XV, v. 21-28.

² Mons. João S. Clá Dias, EP. Tudo se obtém pela fé. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Ano A, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 285.

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Você já provou o pão mais delicioso que existe na Terra?

A par das questões nutricionais que se levantam em torno deste ou daquele alimento, inegável é que, ao longo da história, os pães foram e são até os dias atuais, muito apreciados pelas civilizações. De variados tipos, eles são verdadeiras delícias para quem os saboreia.

Tomemos os famosos pães alemães, italianos ou franceses. Até mesmo o mais simples pão, recém-saído do forno, quando saboreamos num frugal lanche da tarde, tem seu papel.

Pois bem, procure-se indagar qual deles terá sido o melhor tipo de pão, chegaremos à seguinte conclusão: o pão mais delicioso que se conheceu foi aquele que, pelo milagre operado por Nosso Senhor Jesus Cristo, foi multiplicado.

Com efeito, narra-nos a leitura de São Mateus (14, 13-41), neste XVIII Domingo do Tempo Comum: Pregava Jesus num lugar deserto e afastado, às multidões que o seguiram. Ao entardecer, pretendiam os discípulos que o divino Mestre despedisse aqueles mais de cinco mil homens (sem contar as mulheres e as crianças). Mas Nosso Senhor, ao contrário, em sua divina bondade, mandou trazer os alimentos que tinham (cinco pães e dois peixes), os multiplicou a tal ponto, que não somente saciou a fome da multidão, como fez ainda sobrar doze cestos de pães.

Multiplicação dos pães

Eis um dos mais belos prodígios feitos pelo Divino Mestre, narrado pelos quatro evangelistas.

Sendo Ele a Perfeição e a Bondade, visto possuir em Si a essência de todas as virtudes, os pães que saiam de suas adoráveis mãos para que os discípulos¹ distribuíssem às multidões eram incomparáveis. Todas aquelas pessoas foram alimentadas, assim, com “o pão mais delicioso que se conheceu”. (2)

Deixemos de lado, por ora, a resposta proposta no início desse curto artigo e consideremos o seguinte: Nosso Senhor teve em vista somente saciar a fome daqueles mais de 5 mil homens (sem contar as mulheres e crianças)?

O Divino Salvador de fato, compadecido deles, além de curar os que estavam doentes, e encher-lhes a alma de seus maravilhosos ensinamentos, saciou com o milagre a fome de todos e os satisfez, conforme o evangelista nos narra (Mt 14, 13-21).

No entanto, para além desta intenção imediata, dando de comer a quem tem fome, Ele quis algo incomparavelmente superior.

Qual era então a intenção de Nosso Senhor, na multiplicação dos pães?

A esta pergunta curiosa, o Fundador dos Arautos do Evangelho, Mons. João Clá Dias nos dá uma explicação lindíssima e fundamentada: “Ao realizá-lo [milagre da multiplicação dos pães], Jesus tinha em vista não só alimentar os corpos, mas, sobretudo, preparar as almas para aceitarem a Eucaristia. Multiplicando pães e peixes, manifestou seu poder sobre a matéria. Caminhando sobre as águas, poucas horas depois, tornou patente o domínio sobre seu próprio Corpo (cf. Mt 14, 22-27). Desta maneira, ia o Divino Mestre predispondo os Apóstolos a crerem, mais tarde, na Eucaristia, pois quem é capaz de operar tais prodígios, pode perfeitamente instituir um Sacramento no qual a substância do pão cede lugar à do seu sagrado Corpo”.

E continua: “Este milagre é, pois, uma esplêndida pré-figura da Eucaristia. Temos hoje o Santíssimo Sacramento à nossa disposição nas Missas diariamente celebradas pelo mundo inteiro: é a multiplicação dos Pães Consagrados, o Pão da Vida, até o fim dos séculos” (3).

A estas alturas, poderemos responder à pergunta que encabeçou este artigo: você já comeu o pão mais delicioso?

E a resposta será: não e sim. Não, porque não estávamos por ocasião da multiplicação dos pães feita por Jesus, e assim, não comemos daquele incomparável pão. No entanto, se você já fez a Primeira Comunhão pode responder: “Sim, comunguei o Pão da Vida, o ‘Santíssimo Sacramento [que] é um alimento tão infinita e substancialmente superior a toda ordem da criação’”. 4

Em seus desígnios divinos, Jesus queria dar o Sacramento da Eucaristia

Um ponto, ao seu modo, inédito e muito belo para se contemplar: “Deus podia criar o homem com uma natureza diferente, apta para sustentar-se, por exemplo, só com ar ou com água. Mas preferiu criá-lo com a necessidade da nutrição, porque estava em seus divinos desígnios dar-lhe, a seu tempo, o supremo alimento espiritual: o Sacramento da Eucaristia. Por conseguinte, é cabível dizer que Ele, ao idealizar o trigo e a uva como duas criaturas vegetais possíveis, desde todo o sempre, não teve em vista apenas proporcionar um magnífico ao homem um bom champanhe ou um magnífico pão. Na mente do Criador, estava em primeiro lugar a Eucaristia, o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Filho d´Ele, sob as espécies do pão e do vinho que, num extremos de bondade inimaginável, oferecia aos homens em alimento”.  (4)

Peçamos à Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento que nos obtenha de Jesus a graça de comungarmos com frequência e, porque não pedi-lo, para comungarmos todos os dias de nossas vidas. Pois se é verdade que nos alimentamos do pão físico para sustento do corpo, o que dizer da adequação de comungarmos do Pão Eucarístico, que nos assume quando o recebemos e santifica nossas almas.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ São João Crisóstomo, Homilia XLIX, n. 1. In Obras, Homilías sobre El Evagelho de San Mateo (46-90). 2.ed. Madrid: BAC, 2007, v.II, p.53.

² Mons. João S. Clá Dias, EP. Cinco pães, dois peixes, mais Jesus. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Ano A, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 256.

³ idem, p. 254

4 idem, p. 254-255.

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Santa Maria Madalena: expressão do verdadeiro amor

Durante o curto espaço de tempo das férias de julho, ou então no final do ano, muitos aproveitam para viajar ao interior onde o céu, despojado da poluição das grandes cidades, nos fornece à noite, um espetáculo grandioso, qual seja, o firmamento das estrelas, repleto de luzes a cintilar maravilhas.

Maria Madalena lava os pés de Jesus – Versailles

Mas outro firmamento, incomparavelmente mais belo que o das estrelas – em relação ao qual este não é senão um símbolo – cintila aos olhos de nossa alma, e isto ao longo de todo ano, com luzes especiais, conforme o calendário litúrgico.

Qual é este firmamento? É o firmamento dos Santos e Santas da Igreja que resplandecem e sua luz nunca deixará de brilhar, seja na História da humanidade, seja por toda a eternidade.

Quão variado de “estrelas” é este firmamento: santos inocentes, santos penitentes (cuja vida, outrora afastada de Deus pelo pecado, convertem-se heroicamente), santos reis, nobres, santos plebeus, santos doutores e sábios, santos despojados de maior inteligência, santos ricos, santos pobres…

Santos, em uma palavra, que nos trazem, com suas vidas, seus dramas, suas virtudes, suas penitências, exemplos para todos os cristãos, a apontar para Aquele que é o Caminho, a Verdade, a Vida.

Contemplemos, caro leitor, uma destas “estrelas”, cuja festa se celebra neste mês de julho (dia 22), Santa Maria Madalena.

Conforme Jacopo de Varazze, “Maria, cognominada Madalena por causa do castelo de Magdala, nasceu de família muito digna, descendente de reis. […] Junto com o irmão Lázaro e a irmã Marta ela possuía o castelo de Magdala, situado em Betânia, localidade próxima da cidade de Jerusalém e a duas milhas de Genezaré, além de grande parte da cidade de Jerusalém. Quando dividiram entre si essas posses, a Maria coube Magdala, daí ser chamada Madalena; a Lázaro, grande parte da cidade de Jerusalém, e a Marta, Betania” (1). Tendo levado uma vida bem distante dos Mandamentos, mudou-a radicalmente, quando por ela passou o Divino Mestre.

Sua conversão foi tal que, arrependida de seus pecados, lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e secou-os com seus cabelos. Estava ela aos pés da cruz, no momento mais doloroso, ápice da Paixão. E, como não poderia deixar de ser, devota da Santíssima Virgem, conforme nos aponta Mons. João Clá Dias, EP: “Santa Maria Madalena sempre aparece fazendo parte do cortejo da Santíssima Virgem, intimamente unida a Ela em todos os momentos, sobretudo na hora régia da vida de Nossa Senhora, quando Nosso Senhor Jesus Cristo, com dores indizíveis, disse Conssummatum est (2). Foi Santa Maria Madalena a primeira testemunha da ressurreição de Jesus, conforme narram os Evangelhos.

Mas qual a cintilação desta santa penitente que luz a nossos olhos e nos encaminha para a Luz de nossas vidas que é Jesus Cristo?

Consideremos sua conversão. De onde veio tal conversão? Do amor entranhado a Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela O viu, contemplou e amou, com um amor sem medidas. Nela se realizou o que nos ensina São Francisco de Sales: “a medida de amar a Deus consiste em amá-Lo sem medidas”. Ou então, no dizer cheio de fogo de São Pedro Julião Eymard: “Pois, o que é o amor senão o exagero?” (3)

Nossa Senhora de Fátima – Arautos do Evangelho

Aqui  está, com brilho todo especial, o exemplo daquela que é apresentada pela Igreja como o modelo de penitência. Sim, o amor cobre uma multidão de pecados (I Pedro, 4,8). Poder-se-ia completar: o amor verdadeiro a Nosso Senhor é tal, que tem o poder de nos tirar do pecado e conduzir-nos a mais alta santidade.

Sem pretender alongar estas palavras, considere o quanto o amor de Santa Maria Madalena a Nosso Senhor elevou-a. Ou por outra, o quanto o amor de Nosso Senhor a recompensou: Ela merece ser chamada autêntica “discípula de Jesus”. (4)

Rezemos em união com Santa Maria Madalena, para que Nossa Senhora nos obtenha a graça deste amor radical ao seu Divino Filho, e veremos as maravilhas que a graça operará em nós.

Santa Maria Madalena, rogai por nós.

Nossa Senhora do divino amor e refúgio dos pecadores, rogai por nós.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Jacobo de Varezze. Legenda Áurea – Vida de Santos. Tradução do latim, apresentação, notas e seleção iconográfica de Hilário Franco Júnior. Companhia das Letras, 2016, p.544.

(2) Santa Maria Madalena: contemplação: fruto da penitência e do desapego. Disponível em : <http://santossegundojoaocladias.blogspot.com.br/2013/03/santa-maria-madalena.html>. Acesso em 24 Julho 2014.

(3) Pe. Robert Rousseau, SSS. Uma breve biografia de São Pedro Julião Eymard. Disponível em: <http://ww.blessedsacrament.com>. Acesso em 02 Agosto 2013.

(4) Liturgia Diária – Texto litúrgico publicado com autorização da CNBB – Ano XXIII – n. 271 – Julho de 2014. Paulus, 2014, p. 67.

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“Desatai-o e deixai-o caminhar”

“Desatai-o e deixai-o caminhar”.

(Jo 11, 44)

No exato momento em que Nosso Senhor Jesus Cristo faz o grande milagre da ressurreição Lázaro, à espantosa vista de todos os presentes à porta do túmulo, no qual o amigo do Mestre – morto há quatro dias – havia sido recentemente sepultado, Ele ordena aos circundantes que libertem Lázaro dos lençóis e panos que representam a morte.

De fato, estava Lázaro livre da morte física; e nós, pela graça de Deus, estamos livres da morte espiritual, pois assim o assegura nosso Redentor: Eu sou a Ressurreição e a Vida!

O que esta Frase da Semana deve representar para nossa vida espiritual?

Quantas vezes – e com maior frequência do que gostaríamos, estamos também nós amarrados, atados pelas mãos e pelos pés, apegados às coisas do mundo; apegados ao pecado. Todas as graças que recebemos de Deus nos elevam, nos conduzem, nos guiam para o alto, para atender ao desejo das coisas celestes que Deus, em sua misericórdia, gravou em nossas almas desde o momento em que fomos criados. Mas, assim como um navio firmemente preso pela âncora ao porto, também nós estamos presos ao mundo.

Portanto, que as orações desta semana nos conduzam a pedir a Nossa Senhora que interceda por nós junto a Seu Filho Misericordioso e que – pelos méritos dEla e não nossos – possamos obter esta graça insigne: assim como Lázaro, sejamos libertos de todas as amarras que nos impedem de ir até Deus! Que Nossa Senhora nos ajude, hoje e sempre!

Salve Maria!

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