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Confiança nAquela que é o caminho fácil e virginal para chegar a Jesus

Sede da Sabedoria – Arautos do Evangelho

Doçura, afabilidade, delicadeza… quantos sentimentos nos evocam a contemplação desta Mãe com seu Filho ao colo. Pare um pouco, caro leitor, e deixe-se inebriar por esta paz. Sim, em uma palavra, nos sentimos embalados por uma paz e confiança inefáveis. Mas, por ventura, poderíamos nos perguntar, em meio a tantas agitações, correrias e incertezas que este mundo hodierno nos procura mergulhar: temos nós condições de viver nesta atmosfera de confiança e tranquilidade?

Quem nos dá esta resposta é um dos maiores devotos de Nossa Senhora, o grande mariólogo São Luis Maria Grignion de Montfort. Ensina-nos o Santo que o entregar-se a Maria, segundo o divino exemplo do próprio Deus, é trilhar um “caminho ameno para ir a Jesus Cristo, porque o Espírito Santo, esposo fiel de Maria, o indicou a eles [os Santos] por uma graça especial”.¹

Com efeito, não sabemos o que nos está reservado de alegrias e tristezas ao longo da vida neste vale de lágrimas, nem dos desígnios mais misteriosos de Deus a nosso respeito. Sabemos, entretanto, que o grande ideal de nossas vidas, que nos traz a verdadeira felicidade e paz de alma é a união com Nosso Senhor Jesus Cristo. E, para atingirmos este ideal, apesar das borrascas e tempestades que nos atinjam, temos “um caminho que Jesus Cristo abriu quando veio a nós, e no qual não há obstáculo que nos impeça de chegar a Ele”.²

Mas, como Nossa Senhora será para nós este caminho fácil?

São Luís indica o quanto “esta boa Mãe e Senhora está sempre tão próxima e presente a seus fiéis servos, para aliviá-los em suas trevas, esclarecê-los em suas dúvidas, encorajá-los em seus receios, sustê-los em seus combates e dificuldades, que, em verdade, este caminho virginal, para chegar a Jesus Cristo é um caminho de rosas e de mel, em vista de outros caminhos”. ³

Aí está caro leitor, neste início de ano que trará não se sabe que boas ou más surpresas, um convite para a confiança plena naquela que é Mãe de Deus e nossa, a Mãe de Misericórdia. Deixe-se embalar e deposite total confiança Nela.

Por Adilson Costa da Costa

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 ¹ São Luís Maria G. de Montfort. Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. 42ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012, p. 147, n. 152.
² São Luis Maria G. de Montfort. op.cit., p. 146, n. 152.
³ São Luis Maria G. de Montfort, op.cit., p. 146, n. 152.

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A Sagrada Família: exemplo de obediência e docilidade à voz de Deus

Quando a Santa Igreja nos propõe celebrar uma festa litúrgica, Deus a faz acompanhar com graças próprias a trazer benefícios espirituais para os fiéis. Neste tempo natalino, comemorarmos a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Que dádivas a Providência nos quer comunicar por meio da Sagrada Família?

Quantas vezes presenciamos, consternados, notícias ou tomamos contato com fatos que “ilustram” a triste situação da instituição familiar em nossos dias. Sem dúvida, tal crise não é senão um dos aspectos da ampla crise moral que assola a humanidade. Qual será a razão?

Contemplemos o Evangelho de São Mateus em que narra a fuga do Menino Jesus para o Egito, pois O queria matar o invejoso Herodes. Conta-nos o evangelista que o anjo aparece a São José em sonho e sugere que pegasse o Menino e sua Mãe e fugisse para o Egito; passado o perigo, o anjo diz ao chefe da Sagrada Família para que voltassem à terra de Israel, pois aqueles que procuravam matar o Menino já estavam mortos. (Mt 2, 13-15. 19-23).

Mas, o que representava tal viagem de Belém para uma terra estrangeira e com costumes e língua diferentes? Seria por demais longo enumerar as dificuldades e riscos de tal viagem.

No entanto, diante do conselho do anjo, qual foi a atitude de São José e da “Mãe do Menino”? Em ambas as circunstâncias, procederam com a obediência e flexibilidade incondicional.

A estas alturas, poderíamos nos perguntar: qual a relação desta submissão de São José e da Sagrada Família com a abordagem no início deste artigo, sobre a crise da família contemporânea?

A resposta, no-la dá Mons. João Clá Dias, EP.: “Eis o aspecto maravilhoso da família quando se desenvolve em torno de um eixo: a Lei de Deus, o próprio Deus. A Igreja nos propõe nesta festa litúrgica o inimaginável exemplo da Sagrada Família: São José, obediente, de nada se queixa; Nossa Senhora toma os reveses com inteira cordura e submissão; e o Menino Jesus Se deixa conduzir e governar por ambos, sendo Ele o Criador do Universo. Nós também devemos, portanto, ser flexíveis à vontade de Deus e estar dispostos a aceitar com doçura, com resignação plena e total os sofrimentos que a Providência exigir ao longo de nossa vida. Esta atitude diante da cruz é a raiz da verdadeira felicidade, bem-estar e harmonia familiar […]” (1).

Eis aqui a luz deste Evangelho a nos indicar a solução para os problemas e crises da família em nossos dias: abraçar a cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, assim teremos a ordem, paz e felicidade, que por vezes tanto falta a nossas famílias.

Peçamos a intercessão da Sagrada Família para que sejam restaurados o respeito, o amor, a fidelidade e as virtudes tão caras ao Menino Jesus, Maria Santíssima e São José, bem como a obediência e docilidade à voz de Deus e, desta forma, nossas famílias crescerão nas vias da santidade e da perfeição, buscando em primeiríssimo lugar as coisas de Deus, pois tudo o mais será acrescentado.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. A Sagrada Família, exemplo nas dificuldades da vida. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. I, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 144-145.

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Cristo Senhor nosso, infinitamente rico, nasceu pobre. Por quê?

Eis que se aproxima o Santo Natal, a nos convidar para contemplar este Menino, envolto em panos, tendo como casa e berço para nascer um estábulo e uma manjedoura; sendo aquecido pelo calor de um burro e de um boi. O que dizer de tamanha pobreza?

Adoração ao Menino Jesus – Museu do Prado, Espanha

No entanto, ali está o Homem-Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade que se encarna no seio virginal e maternal de Maria Santíssima, por obra do Espírito Santo. Ó grandeza infinita, “revestida” da mais radical pobreza!

Por que terá Deus, infinitamente rico, querido nascer na pobre gruta de Belém?

Ele que é o Criador do Céu e da terra, de todas as criaturas, portanto, Senhor e dono de tudo! O que é qualquer riqueza terrena de algum magnata ou de qualquer pessoa mais abastada em toda a história da humanidade, comparada com a riqueza da própria Criação, daquele que é o Autor de todas as coisas visíveis e invisíveis?

Sim, o Menino Deus, o pobre Menino Jesus quis nos dar uma grande lição: diante da perspectiva da eternidade, do sobrenatural, do Céu, esta nossa existência terrena e passageira, para os homens de fé, de nada valem as riquezas e o dinheiro. Ou por outra, somente terão valor se utilizados de acordo com os Mandamentos da Lei de Deus e com vistas à salvação eterna e à glória de Deus. Por exemplo: uma bela e ornada igreja glorifica a presença de Deus e eleva os humildes, como um verdadeiro Palácio dos Pobres.

Eis a grande lição da pobreza do Presépio de Belém. É legítimo buscar os bens terrenos e o dinheiro não como um fim, mas como um meio para algo mais elevado. E qual é este fim supremo? É a santidade!

Com os olhos postos no Menino Deus, pelos rogos da Virgem Mãe e de São José, procuremos colocar o sentido de nossa existência em Cristo, Redentor e Senhor nosso. E o restante nos será dado em acréscimo.

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Mãe da Divina Graça

Colocai os olhos, caro leitor, por alguns instantes, na foto estampada neste artigo. Considere quanta tranquilidade, paz e harmonia ela nos evoca. Sim, trata-se Daquela que é “formosa como a lua” e “brilhante como sol”. E das mais variadas impressões que Ela nos causa, uma sem dúvida nos embala em suave confiança: sua bondade maternal, sempre acolhedora.

Com efeito, entre os títulos de Nossa Senhora, um especialmente é rico em significados. Rezamos esta invocação frequentemente na Ladainha de Nossa Senhora: Mãe da Divina Graça.

Ela é nossa Mãe, que nos acolhe nas necessidades: “nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido a Vossa proteção, implorado vosso socorro, fosse por Vós desamparado” (1). Ora, sobretudo, esta incomparável Mãe, que está pronta a nos atender nas nossas urgências, até mesmo naturais, nos distribui o que há de melhor: a graça de Deus. Tendo a graça de Deus, temos tudo, ainda que nos faltasse o restante.

Como diz o célebre autor francês, Padre Jourdain (2), “Enfim, Maria é a Mãe da divina graça, pelos benefícios da graça que Ela nos obtém de Deus […] Ela vivifica tudo, e a tudo reveste de sua proteção, obtendo aos culpados o perdão; aos enfermos, a saúde, aos fracos, a força; aos aflitos, a consolação; aos que estão em perigo, o socorro e a liberdade”.

Mons. João Clá Dias, EP, na obra “O inédito sobre os Evangelhos”, escreve que devemos invocá-La em todas as tentações e dificuldades, para que chegando ao Céu, rendamos eternas graças aos méritos infinitos de Jesus e às poderosas súplicas de Maria (3).

Assim, tenhamos esta total confiança na Mãe da Divina Graça, “a Mãe de Cristo, que é o autor e a fonte de toda a graça” (4), sempre recorrendo a Ela, seja nas grandes necessidades quanto nas pequenas, e assim seremos inundados das graças de seu divino Filho e de uma paz de alma que nada pode abalar.

Nossa Senhora, Mãe da Divina Graça, rogai por nós!

Por Adilson Costa da Costa

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(1) São Bernardo. Lembrai-Vos. Disponível em: http://www.arautos.org/artigo/118/Lembrai-Vos.html
(2) JOURDAIN, Z. Sommes dês Grandeurs de Marie. Paris: Hippolyte Walzer, 1900. v. III. pp. 64-65, 67-68.
(3) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012.
(4) JOURDAIN, Z. Sommes dês Grandeurs de Marie. Paris: Hippolyte Walzer, 1900. v. III. pp. 64-65, 67-68.

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Tarde de Louvor com Maria em Astorga: explosão de fé, oração e entusiasmo junto à Mãe de Deus

Já imaginou, caro leitor, se você fosse convidado… talvez  por um anjo, para passar uma tarde com Jesus, José e Maria, na Casa de Nazaré? Com que transbordamentos de entusiasmo você iria correndo para lá, sem querer perder um só segundo do celestial convívio que ali se estabeleceria? Acredite, caro leitor, foi isso que se deu em Astorga na tarde do último Sábado de Outubro.

A Tarde com Maria começou às 14:30 com a gloriosa chegada da Sagrada Imagem no Trevo da Cidade, onde foi acolhida por uma multidão de fiéis com seus automóveis, prontos para iniciar a carreata que a conduziu calorosamente, em meio a cantos e fogos de artifício, até a Igreja de Nossa Senhora do Rocio.

Neste local iniciou-se uma interessante palestra do Arauto Cícero Sobreira de Souza, que já esteve em Missão em vários países, sobre “A Devoção a Nossa Senhora e o Apostolado do Oratório no contexto do Ano da Fé”, mostrando que neste período devemos especialmente cultivar esta virtude, que pode nos alcançar as maiores graças de Deus, desde que praticada com total confiança na bondade e misericórdia da Mãe de Deus.

Ao fim da palestra, a Banda e o Coro dos Arautos de Maringá, que contou com a colaboração  de membros  provenientes de São Paulo, entrou solenemente executando a primeira melodia da Apresentação Musical que se seguiu. Houve muita interação com o público, que foi convidado a participar de algumas músicas marcando o ritmo com palmas e, em uma peça de origem espanhola, a bradar os populares “olés”, típicos dessa nação.

Em meio ao clima de alegria, iniciou-se abençoada cerimônia em que duas novas Cooperadoras dos Arautos receberam a bela túnica que simboliza sua participação mais efetiva no movimento.

Passou-se à imposição dos escapulários de Nossa Senhora do Carmo para o público, que foi informado sobre as preciosas graças associadas a esta devoção. Após animado lanche, os participantes acompanharam a Imagem Peregrina até o imponente Santuário de Nossa Senhora Aparecida para uma Santa Missa, transmitida ao vivo pela TV Antares.

Seguiu-se então a Celebração Eucarística, presidida pelo Revmo. Pe. Antonio Carlos Colusso, EP, provindo de São Paulo, tendo a Liturgia contado com a participação dos membros do Setor Feminino dos Arautos de Maringá.

Após a bênção para os fiéis presentes e telespectadores da TV Antares, foi realizada a solene coroação da Imagem de Nossa Senhora de Fátima pelas duas neo-cooperadoras dos Arautos, em meio a efusivas manifestações e aplausos entusiasmados dos fiéis, que foram, neste momento, convidados a consagrar seus corações ao Imaculado Coração de Maria.

A imagem percorreu os corredores do recinto sagrado sendo especialmente aclamada por todos, partindo, em seguida, para a Procissão Luminosa, que percorreu as ruas da cidade recitando a oração do terço, entremeada por cânticos executados pelo Coro e Banda dos Arautos do Evangelho.

Terminada a Procissão, iniciou-se uma Vigília Noturna junto à Imagem Peregrina, numa manifestação de ardorosa Fé e devoção do povo de Astorga à Santa Mãe de Deus, que durou até a Missa das nove horas de Domingo.

Agradeçamos, Arautos e bom povo de Astorga, a oportunidade que tivemos de orarmos, louvarmos e glorificarmos à Virgem Santíssima na Terra, e pedimos, ó Mãe de Misericórdia, que nos ajude e ampare sempre, até o dia bendito em que também nós possamos participar, não apenas de uma tarde, mas de uma eternidade de louvores, associando-nos à sua glorificação pelos anjos, bem-aventurados e pela própria Santíssima Trindade, no Céu, e assim, estarmos mais juntos a Vós.

Salve Maria! E até a próxima Tarde de Louvor com Maria!

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