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Frase da Semana: Ouvir a voz de Nossa Senhora

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Frase da Semana – Nossa Senhora das Graças

“Os anéis dos quais não partem raios simbolizam as graças que se esquecem de me pedir”.

Nossa Senhora das Graças a Santa Catarina Labouré, Paris, 1830. 

Nossa Senhora revela a Santa Catarina Labouré, que muitas graças não nos não concedidas porque esquecemos de pedi-las!

Neste dia 27 de Novembro, celebramos, jubilosos, a festa de Nossa Senhora das Graças, ou, Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Incontáveis milagres, que ocorrem em todo o mundo católico desde aquele longínquo ano de 1830,coroam as extraordináriasaparições de Nossa Senhora à humilde religiosa da Congregação das Filhas da Caridade, Santa Catarina Labouré, ocorridas em Paris, na França. Como consequência da fidelidade e perseverança de Santa Catarina, lutando contra todas as correntes, “a Medalha Milagrosa foi cunhada e espalhou-se com maravilhosa rapidez pelo mundo inteiro, e em toda parte foi instrumento de misericórdia, arma terrível contra o demônio, remédio para muitos males, meio simples e prodigioso de conversão e santificação”, conforme comenta Monsenhor João Clá Dias, Fundados dos Arautos do Evangelho. (1)

Entre os vários aspectos relacionadosà manifestação da misericórdia insondável da Mãe de Deus – através da invocação de Nossa Senhora das Graças – há um, em particular, que chama a atenção: As graças que Ela quer nos conceder, mas que nos esquecemos de pedir. De fato, na segunda aparição à Santa Catarina, Nossa Senhora, fê-la ver “em seus dedos anéis revestidos de belíssimas pedras preciosas, cada uma mais linda que a outra, algumas maiores, outras menores, lançando raios para todos os lados, cada qual mais estupendo que o outro”. (2) Fazendo perceber quão generosa é para com seus devotos e quanto lhe agrada rezarmos a Ela, Nossa Senhora explicou à Catarina que os raios representavam as graças que derrama sobre quem as pede. Porém, haviam também anéis dos quais não partiam raios e que representavam, justamente, as graças que esquecemos de pedir-Lhe.

Muitas vezes, ocupamo-nos em pedir muitas coisas à nossa Protetora Celestial, mas, quem sabe, nos esquecemos do mais importante, por exemplo, pedir a nossa perseverança final, a fidelidade à vontade de Deus em nossas vidas, a viver com integridade nossa Fé, etc.Esforcemo-nos, portanto, para que brilhe sobre nossas vidas a luz celtial de todos os anéis de Maria Santíssima.

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!


(1) Mons. João Clá Dias, EP – Dom Geraldo Majela de Castro, O. Praem.; Bispo Diocesano de Montes Claros – MG). A Medalha Milagrosa – História e celestiais promessas. Disponível em:

http://www.arautos.org/especial/20941/Nossa-Senhora-das-Gracas-e-a-Medalha-Milagrosa.html

(2) Idem.

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Frase da Semana – Santa Catarina Labouré

 “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.

Inscrição na Medalha Milagrosa, revelada a Santa Catarina Labouré, na aparição de Nossa Senhora a 27 de Novembro de 1830.

Uma religiosa extremamente santa, encarregada dos trabalhos mais humildes, que vivia em oração contínua e perseverante e em pleno recolhimento, guardou por toda a vida, em silêncio, os favores que recebera de Maria Santíssima. Somente seis meses antes de sua morte – que ocorreu em 1876, na idade de 71 anos – essa irmã, escondida do mundo e conhecida somente de Deus e de Sua Mãe Santíssima, vivendo e trabalhando em um asilo para idosos em Paris, recebeu do Céu a autorização para revelar à sua Superiora o fato de que era ela a religiosa a quem Nossa Senhora havia aparecido, no longínquo ano de 1830. Durante mais de 46 anos vivera a religiosa em completo silêncio a respeito desses fatos milagrosos. Os caminhos de Deus não se confundem com os caminhos do mundo: Para permitir que a humildade desta grande santa seja exaltada por todos os que têm Fé, hoje é possível contemplar o seu corpo incorrupto na Capela das Aparições, na Rue Du Bac, em Paris, na França.

Nossa Senhora das Graças

Santa Catarina Labouré, religiosa das Filhas da Caridade, cuja festa a Igreja celebra em 28 de Novembro, foi agraciada por duas visitas da Santíssima Virgem, no ano de 1830. Na segunda visita, a 27 de Novembro, recebeu de Maria Santíssima a incumbência de divulgar ao mundo um extraordinário meio de salvação espiritual e material – um imenso favor que concedia Maria Santíssima à humanidade carente de ajuda divina: a Medalha Milagrosa. De fato, desde a cunhagem das primeiras medalhas, no ano de 1832, percebeu-se que ela seria fonte inesgotável de graças e milagres estupendos, os quais continuam até os nossos dias.

A humildade de Santa Catarina mereceu de Deus este favor para todos nós. Com efeito, para comprovar a eficácia e necessidade de recorrermos a este meio tão querido por Nossa Senhora, a Santa Igreja também celebra, a 27 de Novembro, a Festa de Nossa Senhora das Graças.

Sejamos propagadores desta devoção, divulgando a medalha milagrosa a todos aqueles que necessitam das Graças de Deus, as quais nos vem através de Sua Mãe Santíssima.  E peçamos a Santa Catarina Labouré que nos obtenha a virtude da humildade, para desta forma servirmos mais perfeitamente à Deus.

Conheça mais sobre a Medalha Milagrosa (1)e sobre Santa Catarina Labouré, visitando o site dos Arautos do Evangelho. (2)

Salve Maria!


(1) Mons. João S. Clá Dias. A Medalha Milagrosa. História e celestiais promessas. Disponível em: http://www.arautos.org/especial/20941/Nossa-Senhora-das-Gracas-e-a-Medalha-Milagrosa
(2) Irmã Isabel Cristina Lins Brandão Veas, EP. Santa Catarina Labouré: A Santa do silêncio e da confiança. Revista Arautos do Evangelho Dez/2012, n. 132, p. 22 à 25). Disponível em: http://www.arautos.org/artigo/42461/Santa-Catarina-Laboure–A-Santa-do-silencio-e-da-confianca.html

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As lições do Divino Mestre: humildade e mansidão

Neste vale de lágrimas há pobrezas e pobrezas, incontáveis vezes nos deparamos com a mendicância, estado doloroso pelo qual falta ao ser humano tudo que há de mais elementar para sua existência: alimentação, vestimentas e habitação.

Quando por exemplo, devido a alguma doença, inexistem possibilidades legítimas de se alçar uma condição de vida digna, de trabalhar e sair da situação de indigência, o único caminho para tal pessoa é mendigar.

Dir-se-á: situação pior não há! No entanto, generaliza-se uma forma de “mendicância”, não propriamente material, e sobretudo não ornada pela dor resignada.

Trata-se de uma precariedade nem sempre aparente: a miséria da alma! Estado que, infelizmente, se faz recorrente naqueles que, perdendo a visão religiosa da vida – a partir da qual o homem encontra sua finalidade no conhecer, amar e servir a Deus –, colocam-se no centro de sua própria existência, numa espécie de egolatria.

Perdendo esse prumo inicial e essencial para a vida, a alma inicia uma busca constante e sem limites pela satisfação pessoal, mas que parece escapar-lhe por entre os dedos cada vez que pensa tê-la encontrado; não em Deus mas em si ou nas ilusões terrenas  com as quais procura preencher-se.

O coração humano só encontra o verdadeiro repouso em Deus!

Há pessoas, sejam ricas ou pobres materialmente, que guardam entre si uma nota caracterísitca: são miseráveis de alma! Vivem para mendigar a atenção, o aplauso, a fama, o reconhecimento e a boa opinião dos outros. Tentam, no fundo, encontrar nestes o apoio para persistirem numa posição contrária à ordem estabelecida por Deus para reger a existência e o convívio humanos: a humildade, em que cada um é aquilo que é; nem mais, nem menos.

Por outro lado, existem pessoas também ricas ou pobres de bens materiais, mas que trazem em seus corações o tesouro da generosidade e da admiração em relação ao próximo, almas que têm Deus no seu prumo e em sua meta primeira. São os humildes, que nas palavras de Nosso Senhor, tornaram-se tal qual crianças para adquirirem o Reino dos Céus.

Em sua existência terrena, Nosso Senhor conviveu com pessoas de variadas mentalidades; entre elas, infelizmente, algumas que careciam miseravelmente de humildade. Um exemplo que vem muito a calhar é o apresentado no Evangelho de São Lucas do 22º Domingo do Tempo Comum, em que Ele visita a casa de um chefe dos fariseus, em um jantar seleto, mas em que a miséria de alma apareceu com cores fortes…

“Jesus e os fariseus” – Museu de Artes – Montreal (Canadá)

Reparando que os convidados procuravam os primeiros lugares à mesa, Nosso Senhor os censura com uma pequena parábola, em que um convidado sentou-se em local de destaque num casamento, mas é convidado a cedê-lo para um personagem mais ilustre, numa situação constrangedora. Com sua divina mansidão, censura delicadamente a atitude dos convivas pretenciosos, aconselhando-os a não agirem deste modo, mas a procurarem os últimos lugares, para que, se for o caso, sejam convidados a subir e não a descer, o que é honroso. É de uma sabedoria incontestável!

Além disso aconselha também ao anfitrião, que convidara, muito provavelmente, aqueles dos quais poderia barganhar prestígio, interesses pessoais, trocas de favores e outras misérias do gênero. Era ele um esmoler de mesquinharias, incapaz de reconhecer o tesouro infinito que teve a honra de receber em sua casa: o próprio Homem-Deus. Este exorta-o a convidar para suas festas os pobres e aleijados, aqueles que não lhe poderiam retribuir com nenhuma vantagem. Esta ação generosa seria então recompensada eternamente por Deus na ressurreição dos justos. Destes conselhos depreende a belíssima conclusão:

 “Porque quem se eleva será humilhado e quem se humilha, será elevado.”(Lc 14, 11)

Sigamos o Divino Mestre e Pedagogo que afirma, conforme narrado no Evangelho de São Mateus, que devemos imitá-Lo: “Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração” (Mt. 11, 29).

Comentando este mesmo Evangelho, Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho, escreve:

“Na verdade, Ele é muito mais do que isso, pois essas virtudes, que o homem luta por praticar, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade as possui em essência: Jesus é a humildade e a mansidão.

Quem é verdadeiramente humilde, é também manso, tem flexibilidade de espírito, está disposto a servir ou a obedecer a seu irmão, preocupa-se mais com os outros do que consigo mesmo, aceita qualquer humilhação ou ofensa com alegria, e quando nota um defeito na atitude de outro, reza por ele e procura não deixar transparecer o que percebeu. Pratica, assim, uma elevada e nobre forma de caridade para com o próximo.” (1)

Vale ressaltar que se Nosso Senhor usou de sinceridade para com os fariseus denunciando seu erro, foi porque discerniu neste modo de agir, aquele que mais faria bem àqueles pobres homens, naquela situação; agindo com fortaleza, mas prudentemente.

Nossa Senhora, exemplo de humildade e mansidão

Imaculado Coração de Maria – Arautos do Evangelho

Eis o grandioso ensinamento deixado por Nosso Senhor a todos nós: “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mc. 10, 45).

Sigamos o exemplo de Maria Santíssima, que em sua vida terrena praticou maximamente as virtudes da humildade e mansidão; procurando em pensamentos, atos e palavras servir aos desígnios da Providência para que o Sol da Justiça brilhe majestade e plenitude sobre todos os corações.

Peçamos pela intercessão de Nossa Senhora das Graças, que busquemos não as ilusões passageiras dos ególatras, mas as graças de Nosso Senhor Jesus Cristo para tornar-nos humildes e mansos de coração, para assim obtermos os dons da fortaleza e sabedoria.

 Por Marcelo Veloso Souza Mendes

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. Humildade e mansidão. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 314-315.

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