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Tesouros da Fé Católica: qual a melhor maneira de comungar?

A existência humana é perpassada pela busca da compreensão sobre a vida espiritual e material. Os “por quês” povoam os pensamentos não apenas de crianças, mas dos adultos que, ao contrário dos pequeninos, ficam reticentes em perguntar algo que não compreendam. O que é Epifania? Por que Deus é Onipotente? Como os Santos ouvem nossas orações? O que é o Purgatório? O que é martírio? Por que Nosso Senhor disse que veio trazer não a paz, mas a espada? E assim por diante…

Com a intenção de explicar estas e outras questões passamos a veicular no blog uma sessão quinzenal, a partir de conteúdos produzidos pela TV Arautos nos quais são abordadas temáticas da Fé Católica, explicações sempre pautadas nas Sagradas Escrituras, na Doutrina Cristã e no Catecismo da Igreja Católica, com o intuito de que o leitor conheça uma riqueza inesgotável: os ensinamentos da Santa Igreja.

Iniciamos a sessão apresentando os “Tesouros da Fé”, uma série de programas nos quais o Revmo. Pe. Alex Brito, EP aborda de maneira didática questões formuladas por fieis. Neste primeiro programa que veiculamos o Sacerdote responde à pergunta: Qual a melhor maneira de comungar e quais nossos méritos?

Certamente o leitor já se perguntou: qual a diferença entre comungar o pão, como normalmente acontece na Santa Missa, e comungar sob as duas espécies, ou seja pão e vinho?

Acompanhemos as explicações do Sacerdote clicando no link abaixo.

 http://www.arautos.org/tv/interna.html?id=2884&title=Qual+%C3%A9+a+melhor+maneira+de+comungar+e+quais+nossos+m%C3%A9ritos%3F

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Confiança e esforço: a via pela qual chegamos ao Céu

Imaculado Coração de Maria de Nossa Senhora de Fátima

Certas inquietações e questões não raramente se colocam às pessoas, quando se trata da existência para além desta vida terrena. É o que se dá com a pergunta feita por um homem a Jesus, quando passava pregando o Evangelho pelas aldeias e cidades, a caminho de Jerusalém. Conta-nos o evangelista Lucas que “alguém” perguntou: “Senhor, são poucos os que se salvam?” (Lc 13,23)

Para além dessa pergunta – se muitos ou poucos vão para o Céu após a morte -, existe outra consideração mais útil para nossa vida espiritual e nossa vida “aqui e agora”.

Com efeito, ainda que fossemos teólogos, dos mais capacitados e conhecedores das verdades da Fé e, em concreto, do que nos ensina o Catecismo da Igreja Católica a respeito da vida eterna, do Céu e da existência do Inferno (1), tal discussão sobre quantos se salvam não é vista com clareza nem mesmo pelos mais sábios estudiosos da Doutrina, como bem expressa o famoso teólogo dominicano Pe. Antonio Royo Marín:

“Eis aqui um dos problemas mais angustiantes e difíceis que podem oferecer ao teólogo. A pergunta é uma das que, com maior freqüência e apaixonado interesse, formula a maioria das pessoas.” (2)

Para quem deseja  saber a explicação mais lúcida a respeito, contemple os estudos de São Tomás de Aquino: “A respeito de qual seja o número dos homens predestinados, dizem uns que se salvarão tantos quantos forem os anjos que caíram; outros, que tantos quantos foram os anjos que perseveraram; outros, enfim, que se salvarão tantos homens quantos anjos caíram e, ademais, tantos quantos sejam os Anjos criados. Mas, melhor é dizer que só Deus conhece o número dos eleitos que hão de ser colocados na felicidade suprema”. (3)

Jesus Cristo diz: Esforçai-vos: guardai os Mandamentos

No que consiste este esforço? A leitura do trecho do Evangelho de São Mateus nos traz uma luz e uma resposta: “Se queres entrar para a Vida [Céu], guarda os Mandamentos” (Mt 19, 16-19). Eis aqui a primeira “medida” que devemos colocar nossa atenção e nosso esforço, indicada por Jesus ao “jovem rico do Evangelho”, como resposta ao que se deve fazer de bom para ter a vida eterna.

Mas, poderíamos questionar: é fácil ou difícil guardar os Mandamentos? Se fosse fácil guardar os Mandamentos, Jesus não empregaria o verbo “esforçar-se”. Sim, tal é nossa debilidade decorrente dos efeitos do pecado original em nós – que nos inclina para o pecado – e tais são as tentações e provocações do mundo, que se poderia dizer: realmente, não é fácil praticar os Mandamentos; mais, diríamos ainda: ao homem, pelas próprias forças, é impossível praticar integralmente e duradouramente os Mandamentos. Vê-se, portanto, o quanto é apropriada e forte a expressão: esforçai-Vos… e o convite a não se viver o “laissez faire” (deixar correr a vida) na nossa existência terrena, na perspectiva espiritual.

No entanto, sabemos que Nosso Senhor, a divina Misericórdia e a divina Justiça, que em tudo se fez igual ao homem, exceto no pecado, não nos pedirá algo que não nos seja possível realizar: “Porque meu jugo é suave e o meu fardo é leve (Mt 11,30), “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mt 11, 28)

Confiança, eu venci o mundo

Sim, aqui está o remédio: a confiança no Sagrado Coração de Jesus. Ele nos redimi e nos sustenta, nos santifica, nos dá a graça e os Sacramentos e ainda Ele próprio se dá a nós no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. É com Ele que nós venceremos o mundo, o demônio e a carne.

Confiança em Maria, a Porta do Céu

E como se não bastasse tudo isto, para “nos convencer” – por força de expressão – Ele nos dá sua própria Mãe, Nossa Senhora. Sobre esta intercessão, consideremos as comoventes e animadoras palavras de Mons. João Clá Dias, em sua recente obra, intitulada “O Inédito sobre os Evangelhos”, ao comentar o Evangelho deste XXI Domingo do Tempo Comum:

“[…] É necessário servir a Deus com ardor e entusiasmo, entrando “pela porta estreita” que bem poderá ser Nossa Senhora. Não é sem razão que a Ela foi dada o título de Porta do Céu. Estreita porque exige de nós uma confiança robusta em sua proteção maternal. Invoquemo-la em todas as tentações e dificuldades, a fim de comprovarmos a irrefutável realidade de quanto “jamais se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à sua proteção maternal, implorado sua assistência, reclamado o seu socorro fosse por Ela desamparado”. E, ao chegarmos ao Céu, rendamos eternas graças aos méritos infinitos de Jesus e às poderosas súplicas de Maria.” (4)

Eis afinal o mais importante: para além da preocupação ou até mera especulação de se saber se muitos ou poucos se salvam, sigamos a recomendação do divino Mestre e Senhor. Esforcemo-nos para, aqui e agora enquanto estamos vivos, com fidelidade, fortaleza e confiança praticarmos os Mandamentos, pela intercessão de Maria Santíssima e, aí sim, pela misericórdia de Jesus e Maria, passarmos pela porta estreita rumo à eterna felicidade.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Catecismo da Igreja Católica. Creio na vida eterna: n. 1035-1036. 11ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2001, p, 180.

(2) Pe. Antonio Royo Marin. Teologia de la Salvación. Madri: BAC, 1997, p. 117.

(3) Santo Tomás de Aquino. Suma Teológica: questão XXIII, art. VII, v.  I. 2ª ed. Porto Alegre: Vozes, 1980, p. 240-243.

(4) Mons. João S. Clá Dias, EP. Quem é o meu próximo? In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 310-312.

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Santa Missa e Consagração Solene a Jesus Cristo, pelas mãos de Maria!

Neste próximo Domingo, 18 de Agosto, durante a Santa Missa das 19h na Paróquia São Miguel Arcanjo, acontecerá a Consagração a Jesus Cristo, pelas mãos de Maria, segundo o método de São Luis Maria Grignion de Montfort. O grupo de consagrandos vem se preparando há 7 semanas, através de reuniões e orações, conforme indicado no Tratado da Verdadeira Devoção à Maria Santíssima.

Consagrar-se é conformar-se a Jesus e a Maria

Imagem de Nossa Senhora de Fátima – Arautos

Os consagrados a Jesus, pelas mãos de Maria, destacam-se por procurar adotar em suas vidas uma intensa e Verdadeira Devoção, explicitada por São Luís Maria Grignion de Montfort. Mas o que significa essa devoção? Explica-nos o Santo, no Tratado (n. 120):

“A mais perfeita devoção é aquela pela qual nos conformamos, unimos e consagramos mais perfeitamente a Jesus Cristo, pois toda a nossa perfeição consiste em sermos conformados, unidos e consagrados a Ele. Ora, pois que Maria é, de todas as criaturas, a mais conforme a Jesus Cristo, segue daí que, de todas as devoções, a que mais consagra e conforma uma alma a Nosso Senhor é a devoção à Santíssima Virgem, sua Santa Mãe, e que, quanto mais uma alma se consagrar a Maria, mais consagrada estará a Jesus Cristo”. (1)

Muitas vezes percebemos nossas forças humanas falharem. Portanto, essa vocação à santidade, que nasce do gesto de consagração, deve ser acompanhada de uma confiança sincera e perseverante na especial assistência de Maria Santíssima, como assegura São Luís no Tratado.

O Monsenhor João Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho, comentando o Evangelho de Lucas 5, 1-11 (A Pesca Milagrosa) nos lembra que toda nossa confiança deve ser depositada, não em nossos esforços pessoais, mas na Graça Divina, sem a qual nada podemos:

“Portanto, quanto mais nos sentirmos incapazes de cumprir a vocação à qual Deus nos chama, maior deve ser nossa confiança no poder da voz que nos convoca. É vendo uma atitude de humildade cheia de fé que Nosso Senhor opera a pesca milagrosa, deixando patente que os bons resultados não dependem das qualidades nem dos esforços humanos. Ele confunde os fortes deste mundo e conduz os fracos à realização de obras grandiosas (cf. I Cor 1, 27)”. (2)

Se somos fracos, em Maria Santíssima encontramos nossa fortaleza! É neste sentido que recorremos a Ela e imploramos a sua assistência, o seu socorro para os novos Consagrados e para todos os que buscam praticar a Verdadeira Devoção.

Venha fazer-se presente neste ato de Consagração Solene, com a participação dos Arautos do Evangelho.

Domingo, 18/08 às 19h

Paróquia São Miguel Arcanjo

Praça das Américas s/n, Bairro Aeroporto – Maringá 


(1) São Luís Maria G. de Montfort. Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. 42ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012, p. 121.

(2) Monsenhor João Clá Dias. A Pesca Milagrosa. Disponível em: http://www.joaocladias.org.br/MostraArtigo.aspx?id=215

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Basta somente a oração?

Entre tantas luzes que emanam de Santa Teresinha, podemos contemplar a doçura e a piedade. Bastará deitar os olhos para as páginas cativantes de “A história de uma alma’’, ou então, “Cartas de Santa Teresa do Menino Jesus” que ficamos extasiados por ver brilhar tais virtudes.

No entanto, podemos nos perguntar: tais virtudes foram, por si, suficientes para fazer da “Santinha de Lisieux” a grande Santa, Vítima do Amor Misericordioso? Consideremos estas linhas por ela escritas: “Li há tempos que os israelitas construíam as muralhas de Jerusalém trabalhando com uma das mãos e empunhando na outra a espada. Eis aqui uma imagem do que devemos fazer: trabalhar apenas com uma mão, reservando a outra para defender nossa alma dos perigos que possam impedir a união com Deus” (1).

Santa Teresinha do Menino Jesus

A partir destas palavras, podemos discernir em Santa Terezinha, cheia de doçura e piedade, uma vida marcada pelo zelo e bondade aplicadas à salvação das almas e de oração fervorosamente bem levada. Mas em sua existência não faltou outra virtude: vigilância. Sim, vigilância! Ela seguiu fielmente a recomendação do Salvador: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41).

Que proveito podemos tirar, a exemplo Santa Teresinha, destas palavras de Nosso Senhor?

São Bernardo nos aponta um: Aquele que combate Israel não dorme nem dormita. Todo o intuito, todo o afã das milícias espirituais em sua guerra contra nós e o de conduzir-nos e por-nos em seu caminho para que as sigamos e nos levem a desastroso fim que lhes está destinado”. Sobre estas palavras, comenta Mons. João Clá Dias: “Essa é uma das razões pelas quais devemos cuidar de nossas almas em quaisquer circunstâncias de nossa existência, quer seja na calmaria da clausura de um convento contemplativo, ou na mais intensa das atividades no mundo’’. (2)

Com efeito, a leitura do Santo Evangelho do XIX Domingo do Tempo Comum traz luzes que nos auxiliam a enfrentarmos o “bom combate” por Amor a Nosso Senhor:

Imagem de Nossa Senhora de Fátima

“Bem-aventurados aqueles servos, a quem o Senhor quando vier achar vigiando. Na verdade vos digo que se cingira, os fará por a sua mesa e, passando por entre eles, os servirá” (Lc 12, 37).

Peçamos a Nossa Senhora que obtenha de Jesus a graça de sempre nos ”achar vigiando”, seja qual for a ocupação que estejamos desenvolvendo, até o bendito dia de nosso encontro com o Senhor.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Santa Teresa de Lisieux. Conseils et souvenirs. Lisieux: Office central de Lisieux, 1954, p. 74 e Conselhos e Lembranças, Editora Paulus, 2012, 9ª. ed.

(2) Mons. João S, Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 271.

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Marta e Maria: uma lição para a humanidade

Contemplação e ação, vida contemplativa e vida ativa. Duas expressões que nos trazem à mente ideias como oração, leitura e estudo, de um lado, trabalho e atividade de outro. Em graus diferentes, estas vidas são características que vemos presentes na generalidade das pessoas – não necessariamente religiosas: umas estudam mais, outras rezam mais, outras trabalham bem mais. Posto que “o homem é criado, para louvar, reverenciar e servir a Deus nosso Senhor, e mediante isto salvar a sua alma”, conforme Santo Inácio ensina (1), poderíamos, então, perguntar: qual destas “vidas” vale mais? Qual delas é mais importante para alcançar tal finalidade?

Se alguém fosse responder precipitadamente, talvez se equivocasse. Diria ele: já que o homem tem que alcançar o Céu – portanto, santificar-se – deverá rezar e contemplar; o resto não tem importância.

Outro mais “despistado” poderia dizer: o que importa mesmo é trabalhar, pois ai daquele que não desenvolve seus talentos, o que não for trabalho é perda de tempo e poderia acrescentar: ademais, o próprio Apóstolo admoesta aos Tessalonicenses a imitarem o seu exemplo, em que trabalhou “com fadiga e esforço” e deu esta norma de “quem não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3, 8-10).

Esta questão – vida contemplativa e vida ativa – vem-nos à tona ao contemplarmos o episódio narrado por São Lucas sobre a conduta das irmãs de Lázaro, Santa Maria Madalena e Santa Marta (cujas memórias a Igreja celebra dia 22 e 29 de julho, respectivamente), ao hospedarem o Divino Mestre em sua residência.

Marta e Maria com Jesus – Basílica de Paray Le Monial, França

Conta-nos o evangelista que Jesus foi à casa em Betânia, daquela família amiga, para um repouso e descanso após longa viagem, com destino à Jerusalém. O que fizeram para acolher a Jesus – com seus Apóstolos e discípulos – que chegava?

As duas irmãs tiveram atitudes bem diversas: uma se pôs aos pés de Jesus, ouvindo embevecida as divinas palavras de Seu Senhor, ou seja, convivia admirativamente com Ele. A outra pôs-se na lida da casa, afadigando-se em preparar a comida e o que fosse necessário para bem atender ao divino hóspede e seus acompanhantes, em outros termos, trabalhava com eficiência.

Santa Maria Madalena – Igreja de St. Severin, França

Qual das duas terá agradado mais ao Senhor? Uma contemplava, a outra agia.

Para bem responder, melhor seria formular a pergunta de outra forma: o que faltou à Maria e o que faltou à Marta?

A esta questão nos responde Mons. João S. Clá Dias, apontando para o amor imperfeito de Maria: “O Divino Mestre diz que Maria escolheu a melhor parte [a contemplação], mas não afirma ter ela agido impelida pelo amor perfeito. Nosso Senhor é cioso da obediência devida às autoridades intermediárias e, portanto, deveria Maria ter se submetido às determinações de sua irmã mais velha, cumprindo as obrigações que lhe cabiam sem perder o enlevo, mantendo o coração todo posto no Senhor”. (2)

Santa Marta – Catedral de Bayona, França

Quanto à Marta, o Fundador dos Arautos do Evangelho mostra a preocupação naturalista da irmã de Maria: “sem ela se dar conta – como sói acontecer – essa louvável aspiração [o bom atendimento de Nosso Senhor] foi sendo substituída por uma preocupação naturalista, acompanhada pelo desejo de fazer bela figura diante d’Ele e dos demais. Se executasse todas aquelas tarefas pondo em Jesus a atenção principal, ficaria ela também com a melhor parte, os frutos de seu trabalho teriam outra beleza e outra substância. Não lhe era preciso, portanto, deixar suas ocupações para ir sentar-se com Maria, aos pés de Jesus, mas, segundo sublinha acertadamente Fillion, ter em vista que ‘o único necessário é preferir as coisas interiores às exteriores, dar-se a Cristo sem restrições, adorando-O, amando-O e vivendo só para Ele’”. (3)

Mas, então, com qual parte ficar: contemplação ou ação? A de Maria ou a de Marta? A quem imitar?

Com o amor de Maria e do modo exímio de Marta

Assim nos responde Mons. João S. Clá Dias: “Devemos imitar as duas irmãs: fazer todos os atos cotidianos com o amor de Maria, mas, como Marta, cumprir nossas obrigações de modo exímio. Porque a vida dos homens tem momentos de ação e de contemplação e, tanto em uns quanto nos outros, é preciso ser ‘perfeito como o Pai celeste é perfeito’ (Mt 5, 48)”. (4)

Peçamos a Nossa Senhora do Divino Amor, juntamente com Santa Maria Madalena e Santa Marta, a graça de sermos perfeitos na contemplação e na ação, para glória de Deus e nossa própria salvação.

 Por Adilson Costa da Costa

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(1) Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loiola. Tradução do Autógrafo Espanhol pelo P. Vital Dias Pereira, S. J. Porto: Livraria Apostolado da Imprensa, 1966, p. 27.

(2) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana e São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 236.

(3) Idem, p. 236

(4) Idem, p. 238

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