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A exaltação da Santa Cruz

Eis uns dos maiores mistérios de nossa fé: a Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mediante sua Paixão e Morte na Cruz. As portas do Céu que se fecharam com o pecado de Adão e Eva, foram abertas com a vinda do Salvador.  E qual foi a via que Jesus abraçou para nos salvar? Justamente aquela que causa espanto: a morte na Cruz!

Crucifixo da Basílica Nossa Senhora do Rosário, localizada no Seminário dos Arautos do Evangelho

Por isto São Paulo, em sua carta aos Gálatas, assim se manifesta: “Cristo resgatou-nos da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós, pois está escrito: Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro. Assim, a bênção de Abraão se estendeu aos pagãos em Cristo Jesus e pela fé recebemos a promessa do Espírito”.

A esta Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, Mons. João Clá Dias comenta: “Devemos adorar a Cruz com a mesma latria que tributamos ao Homem-Deus, tanto por ser imagem d´Ele quanto por ter sido tocada por seus membros divinos e inundada por seu Sangue”.

E continua: “A Cruz é a via da glória. Com quanta razão se diz: “Per crucem ad lucem – É pela cruz que se chega à luz”. E é este o princípio que a Liturgia de hoje oferece para nosso benefício espiritual: se queremos atingir a santidade, nada é tão central quanto saber sofrer […] De fato, o momento decisivo de nossa perseverança não é aquele em que a graça sensível nos toca e damos passos vigorosos na virtude, mas, sim, a hora da provação, quando as tentações nos assaltam e experimentamos nossa debilidade […] Nessa hora, devemos resistir abraçados à cruz, certos de que nela se encontra nossa única esperança: “Ave Crux, spes única!”

Peçamos a Nossa Senhora das Dores que nos conceda um amor radical à Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo e que, abraçados a ela, tenhamos a segurança de nossa salvação, santificação e glória eterna.

“Só tu, ó Cruz, mereceste

suster o preço do mundo

e preparar para o náufrago

um porto, em mar tão profundo.

Quis o Cordeiro imolado

banhar-te em sangue fecundo.”

 Trecho do Hino da Sexta-feira Santa, Hora Laudes

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¹ Mons. João S. Clá Dias, EP. Festa da Exaltação da Santa Cruz – A Cruz nos abriu as portas do Céu. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. VII, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 201-202.

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Qual é a importância do perdão?

Vivemos num contexto histórico no qual o “eu” adquire supervalorização, onde os desejos e interesses individuais sobrepõem-se aos do próximo. Esse é um “caminho fecundo” para formação de uma conduta egoísta, onde o perdão apresenta-se enquanto uma faculdade de menor importância, relegada aos menos cultos e idosos, revelando – de acordo com os padrões de nosso tempo – não uma virtude mas fragilidade, tal qual ocorre com a piedosa prática da oração; ambas sem espaço na “vida moderna”.

Face esse cenário, não poucas vezes, o leitor pode questionar: qual a importância do perdão?

Sagrado Coração de Jesus

Para responder à essa questão deitemos nosso olhar nas palavras de São Mateus: “Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mt. 18, 21-23).

A respeito dessa passagem da Sagrada Escritura, Mons. João Clá Dias, EP, na obra “O Inédito sobre os Evangelhos”*, escreve que “Sete era um número simbólico na Antiguidade, e significava ‘inúmeras vezes’. Para mostrar como era de fato ilimitado o perdão que se devia ao irmão, Nosso Senhor usa a fórmula ‘setenta vezes sete’, ou seja, o muito multiplicado por muito mais […]. O Divino Mestre não veio pregar a impunidade nem o laxismo moral. Deus é clemente, e também justo. Em face de benefícios gratuitos de tal monta, devemos ter presente que em certo momento precisaremos prestar contas ao Benfeitor […]. A justiça e o perdão se postulam, e devem andar juntos. Justiça não é vingança cega, mas reparação da ordem moral violada. Essa é a regra que Nosso Senhor veio estabelecer entre os homens.”

Encerrando a reflexão Mons. João Clá Dias, leciona que “Deus tem, por assim dizer, necessidade de ser misericordioso […]. Ora, é conforme a esse modelo de superabundante clemência que devemos nos amar uns aos outros. E, à imitação de nosso Criador, precisamos perdoar de tal forma, que até esqueçamos a ofensa recebida. Perdoar, entretanto, nem sempre é fácil. Exige vencer o amor-próprio que deseja represálias e guarda rancor no coração. Mas se a vingança está de acordo com a natureza humana decaída, ‘nada nos assemelha tanto a Deus quanto estar sempre prontos a perdoar os maus e os que nos ofendem’, escreve São João Crisóstomo. Não é na riqueza nem no poder, e sim na capacidade de perdão que a pessoa manifesta sua verdadeira grandeza de alma. Se pagar o bem com o mal é diabólico, e pagar o bem com o bem é mera obrigação, pagar o mal com o bem é divino. Deste modo deve proceder doravante o homem divinizado  pela graça comprada com o preciosíssimo Sangue do Redentor”.

Peçamos à Nossa Senhora a graça de obtermos um coração manso e humilde, semelhante ao Sagrado Coração de Jesus, alcançando assim o pleno exercício do dom de perdoar.

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¹ Mons. João S. Clá Dias, EP. Devo perdoar uma só vez?. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Ano A, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 330-343.

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Como superar os vícios da inveja e ambição?

Em nosso quotidiano tomamos conhecimento de atos calamitosos que as pessoas cometem contra seus próximos, crimes atrozes, calúnias e difamações perpassam o convívio social neste vale de lágrimas. São práticas motivadas, em grande medida, por dois vícios nefastos: inveja e ambição.

Mons. João S. Clá Dias,
Fundador dos Arautos do Evangelho

Na obra “O Inédito sobre os Evangelhos”* Mons. João Clá Dias, EP, escreve que “a ambição é uma paixão tão universal quanto é a vida humana. Quase se poderia dizer que ela se instala na alma antes mesmo do uso da razão, sendo discernível com facilidade no modo de a criança agarrar seu brinquedo ou na ânsia de ser protegida […]. Quantos de nós não nos lançamos nos abismos da ambição, da inveja e da cobiça já nos primeiros anos de nosso infância? Essas provavelmente foram as raízes dos ressentimentos que tenhamos tido a propósito da glória dos outros. Sim, pelo fato de desejarmos a estima de todos, por nos crermos no direito à glória e ao louvor dos nosso circunstantes, constitui para nós uma ofensa o sucesso dos outros […]. Há paixões que se mantém letárgicas até a adolescência, e assim não o é a inveja; ela se manifesta já na infância e acompanha o homem até a hora da morte”.

Nesse ponto da leitura poderíamos indagar: qual o castigo de Deus para os vícios da ambição e da inveja?

O castigo de Deus à ambição e à inveja, leciona Mons. João Clá Dias, “se faz presente não só na eternidade, como também nesta vida. Quem se deixa arrastar por esses vícios perde a noção do verdadeiro repouso e passa a viver todo o tempo na preocupação, na inquietude e na ansiedade. Sempre estará atormentado pelo pavor de ficar à margem de ser esquecido, igualado ou superado. Sua existência será um inferno antecipado e essas paixões se constituirão em seus próprios carrascos”.

Imagem de Nossa Senhora de Fátima – Arautos do Evangelho

Na infinita misericórdia, amor e bondade de Deus para conosco foi-nos concedido um modelo pleno de humildade: Maria Santíssima. Em seu cântico de ação de graças pronuncia: “A minha alma glorifica Senhor; e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1, 46-48). Aqui, caro leitor, está o caminho para superação dos vícios da inveja e ambição: humildade, amor e temor a Deus.

Entremos na escola de Maria e “d’Ela aprendamos a restituir a Deus nosso ser, nossa família e todos os nossos haveres. Ela nos ensinará a glorificar ao Senhor por ter comtemplado o nosso nada e, como resultado, nosso espírito exultará de alegria (cf. Lc 1,47). Apresenta-se aqui o remédio para curar os vícios da ambição e da inveja e trilharmos o caminho para salvação nossa e de nosso próximo; peçamos com confiança aos Sagrados Corações a graça de alcançarmos um coração humilde e manso de espírito, admirativo  e generoso.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ Mons. João S. Clá Dias, EP. O Precursor e a restituição. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Ano A, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 12-23.

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Sigamos o exemplo de São Pedro proclamando: Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo!

À medida que aprendemos a Doutrina da Santa Igreja nos encantamos pela didática utilizada por Nosso Senhor, seja para falar às multidões que O ouviam, no meio do deserto, junto ao mar ou para formar os Apóstolos. Podemos citar, entre as mais belas passagens do Evangelho, a resposta dada por São Pedro à pergunta do Divino Mestre: E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Eis que o Apóstolo, cheio de entusiasmo, responde: Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo” (Mt 16, 13-16).

Poderíamos nos questionar: o que São Pedro viu em Jesus que os apóstolos não enxergaram?

Cristo entregando as chaves a São Pedro

Sobre o que diziam os homens a respeito de Jesus, os discípulos responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias, outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas” (Mt 16, 14).

Os apóstolos não alcançavam muito mais do que esta visão dos homens, embora privilegiados pelo convívio incomparável com o Mestre, terem presenciado os mais estupendos milagres, ouvirem de viva voz as mais sublimes explicitações e palavras de vida eterna. No entanto, eram ainda tímidos na fé. Além do mais, como observa Mons. João Clá Dias, EP, estavam “receosos de perder a consonância com a opinião pública […]. Sabiam que era filho de Maria e José, mas ignoravam onde havia estudado, de onde vinha tanta sabedoria, como conseguia o poder de fazer milagres” ¹.

Frente à importante pergunta de Jesus, que intencionava formá-los e alargar neles a virtude da fé, até onde se deve alcançar, Pedro com ímpeto e ardorosamente proclama: Tu és o Messias, o Filho de Deus Vivo.

E qual foi o prêmio dessa proclamação de São Pedro?

A afirmação externada pelo Apóstolo, em si, é um prêmio, visto que tão elevada verdade foi-lhe revelada pelo Pai, não sendo fruto da percepção humana. Nosso Senhor, em Sua incomensurável sabedoria e bondade, estabelece uma palavra de vida eterna: “Por isso Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra eu edificarei minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na Terra será ligado nos Céus: tudo o que tu desligares na Terra será desligado nos Céus” (Mt 16, 18-19).

A respeito do Papado, seu fundamento e sublimidade, indestrutibilidade e infalibilidade, quanto se teria que dizer. Contudo foquemos, neste momento, sobre outra grandeza igualmente divina: o conhecimento e reconhecimento a propósito de Nosso Senhor, sua condição de Filho de Deus.

Na passagem do Evangelho que narramos (do XXI Domingo do Tempo Comum) está a mais alta compreensão e bela proclamação de quem é Jesus. Com efeito, conforme Santo Hilário nos ensina: “A fé verdadeira e inviolável consiste em crer que o Filho de Deus foi engendrado por Deus e tem a mesma eternidade do Pai. […] E a confissão perfeita consiste em dizer que este Filho tomou Corpo e Se fez Homem. Compreendeu, pois, tudo o que expressa sua natureza e seu nome, no que está a perfeição das virtudes”. ²

Encontra-se expressa aqui a mais alta compreensão que podemos almejar a respeito de Nosso Senhor Jesus Cristo. Infelizmente  de tal compreensão a humanidade, a olhos vistos, cada vez mais se afasta num crescente abandono da fé verdadeira.

Roguemos Àquela que é a Virgem fiel para que nos de toda a fidelidade ao Homem-Deus, confessando e proclamando em união com São Pedro, toda a nossa fé no Messias, o Filho de Deus vivo, e no perfeito cumprimento de Sua vontade na Terra e Sua glória no Céu. Assim seja!

Por Adilson Costa da Costa

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¹ Mons. João S. Clá Dias, EP. A fé de Pedro, fundamento do Papado. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Ano A, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 286-299.

² Santo Hilário de Poitiers. Commmentarius in Evangelium Mattei. C.XVI, n. 4-5: ML 9, 748-479.

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Humildade e a fé, lições da Cananéia para os dias de hoje

Quando lemos o Evangelho, vêm-nos luzes de compreensão entusiasmada dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. De variados matizes e cintilações, tais luzes falam em nossas almas, conforme o bem que o Espírito Santo queira nos fazer.

Meditemos sobre a narração que nos faz São Mateus (cf. Mt 15, 21-22) sobre pedido de cura da filha cruelmente atormentada pelo demônio, feito pela Cananéia. É o que nos propõe este XX Domingo do Tempo Comum.

Esta pobre mãe era de um povo pagão, de etnia Cananéia, que habitava no território de Tiro e Sidônia (Líbano atual), e que era rechaçado pelos judeus. Nosso Senhor foi a esta região, não propriamente para pregar, mas para ocultar-se dos seus inimigos que estavam acirrados e cheios de ódio contra sua Pessoa. No entanto, sua fama era tal, que muitos de seus habitantes já tinham ouvido falar de Jesus ou mesmo assistido suas pregações, de acordo com relatos de Marcos (cf. Mc 3, 8) e Lucas (Lc 6,17).

A Cananéia aos pés de Jesus

Com ardor materno, a cananéia suplica: “Senhor, Filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está atormentada por um demônio!”. Qual foi a atitude de Nosso Senhor diante da mulher? Num primeiro momento, Jesus manteve-se em um silêncio que poderia causar desconcerto. Depois, ante a insistência dela, respondeu-lhe: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-los aos cachorrinhos”. Sem intimidar-se, ou sentir-se ofendida, pelo contrário, foi adiante, importunamente, no seu intento: “É verdade, Senhor: mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!”. Qual a consequência desta súplica cheia de fé e humildade: Jesus lhe responde: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!”.  E continua o Evangelho: “E desde aquele momento sua filha ficou curada” (Mt 15, 28).

No que propriamente consiste a grande fé da Cananéia, que, no entanto, pertencia a um povo pagão?

Esta grande fé, sobretudo consiste em crer em Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. E a cananéia tinha esta “grande fé”. É o que diz a Glosa, a respeito do tratamento dela dado a Jesus, quando brada ´Senhor, Filho de Deus`: “Grande fé se nota nessas palavras da Cananéia: ela crê na divindade de Cristo quando O chama de ´Senhor`; e em sua humanidade quando Lhe diz: ´Filho de Davi`.” ¹

Eis aqui o ponto de partida de nossa fé e da condição para obtermos tudo de Deus: crermos em Nosso Senhor. Nossa fé atinge aqui a mais alta condição para conseguirmos algo de Deus, pois não se trata de confiar meramente nos auxílios de um qualquer, (ainda que este fosse o homem mais poderoso, rico e capaz), mas na certeza que nosso Benfeitor, por ser Deus, tudo pode e quer nos ajudar.

Sagrado Coração de Jesus

A respeito deste conhecimento da Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, de quem é Ele, e do quanto hoje em dia vive-se na ignorância deste conhecimento, comenta Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos: “Outro ensinamento que podemos extrair do Evangelho de hoje é a necessidade de nos instruirmos sobre a verdadeira e boa doutrina. A Cananeia ouviu e se informou a respeito dos atos e das pregações de Jesus. Isso lhe foi fundamental para crer. Um grande mal de nossos dias, a ignorância religiosa[…]”.

E acrescenta, trazendo-nos as palavras da Escritura: “Ouvi a palavra do Senhor, filhos de Israel! Porque não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na Terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. […] porque meu povo se perde por falta de conhecimento (Os 4, 1-2,6). ² [grifo nosso]

Aqui está esplendidamente indicado para nós, que tanto necessitamos das graças e favores de Nosso Senhor Jesus Cristo: conhecimento de quem Ele é, aliado consequentemente, a um amor filial, cheio de confiança inabalável na certeza de que Ele tudo nos atende.

Para que este conhecimento amoroso e cheio de confiança em Jesus Cristo nos inunde e acompanhe a alma em nossa existência, roguemos Àquela que nesta terra teve uma fé em seu Divino Filho e humildade como ninguém, e teremos a alegria de em tudo sermos atendidos!

Por Adilson Costa da Costa

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¹ GLOSA, apud SÃO TOMÁS DE AQUINO. Catena Aurea. In Mattheum, c. XV, v. 21-28.

² Mons. João S. Clá Dias, EP. Tudo se obtém pela fé. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. II, Ano A, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 285.

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