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Os Fundadores ao longo da História

Projeto Interdisciplinar – 2017

Colégio Arautos do Evangelho – Maringá

Nos dias 26 e 27 de outubro foi realizada nas dependências da Escola Arautos do Evangelho de Maringá a X Mostra Cultural, este ano com o tema “Os Fundadores ao longo da história”, feita por alunos e professores a partir do projeto anual interdisciplinar.

Os pais e convidados ficaram admirados por fazerem uma “viagem pela história” e conhecer um pouquinho sobre a origem e peculiares costumes das principais ordens religiosas que, ao longo da história da Igreja, foram surgindo, inspiradas pelo Espírito Santo, para remediar os males de sua época histórica e conduzi-las rumo ao céu.

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IV Acampamento Regional Sul

Diz um salmo: “…qual o homem que não ama sua vida, procurando ser feliz todos os dias?…”, de fato, não paramos sempre para pensar nisso, mas é o ideal de todo ser humano, ser feliz. Entretanto, nem todos sabem bem exatamente como atingir essa meta e passam a procurar a felicidade em aspectos secundários e transitórios da vida, eis uma das razões de tanta frustração no mundo, não acha?!

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“Oh, como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos” (Sl 132, 1)

São João Bosco com os adolescentes

Esta frase do Salmista bem expressa a imagem aqui reproduzida.

Sim, contemplai as fisionomias destes jovens que estão apinhados em torno de São João Bosco. Vede o júbilo, o afeto, o respeito mútuo existente entre o Santo da alegria – outro não era senão seu ensinamento: “santidade é alegria” – e estes jovens. Realmente, como é bom e alegre que os irmãos unidos vivam juntos!

Mas esta realidade – poderia indagar o leitor – somente é possível entre os que moram juntos, numa congregação religiosa?

Para compreendermos bem o quanto isto é possível e realizável na sociedade, seja no relacionamento familiar, social e até profissional, bastará lançar os olhos naquele que é a fonte do verdadeiro amor, da benquerença e do bom trato: Nosso Senhor Jesus Cristo.

É pela presença do Divino Salvador entre os homens que se estabelece a verdadeira amizade. Quando esta presença divina não se faz, entra o orgulho, o desprezo, a inveja, em uma palavra, o egoísmo.

Conta-nos o historiador que os pagãos, nos primórdios do Cristianismo, comentavam admirados a propósito dos primeiros cristãos: “Como eles se amam!”. Sim, estes “imitadores da verdadeira caridade” – na expressão de São Policarpo ¹ – fundavam seu amor ao próximo no amor a Cristo Jesus.

Que os nossos contemporâneos também possam dizer o mesmo de nós, católicos. E dia chegará que a vida, tão marcada de egoísmos e tristezas, será substituída pelas alegrias da verdadeira união fraterna que pressagiam as do Céu, conforme a própria Mãe dos homens assim profetizou em Fátima.

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¹ São Policarpo. In Daniel Rops. A Igreja dos Apóstolos e dos Mártires. Tradução de Emérico da Gama. São Paulo: Quadrante, 1988, p. 190.

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Disciplina, estudo e santidade

Em pouco tempo adentramos um novo ano letivo, trazendo à mente, como de costume na generalidade dos estudantes e também dos professores, a atenção para os diversos aspectos dos estudos: matérias, conteúdos programáticos, metodologia de ensino, processo de ensino e aprendizagem, avaliações. Enfim, propriamente o mundo da Educação.

Exposição do Santíssimo Sacramento – Abertura do ano letivo 2014 – Colégio Arautos do Evangelho Internacional – Thabor

Este universo por mais amplo que seja tem seus alicerces, sem os quais perderia sua razão de ser. Se tomarmos a Educação, numa perspectiva cristã, quais seriam estes alicerces? Sem dúvida, muitos. Porém, neste curto artigo, dediquemo-nos a alguns deles e sobre o que nos ensinam dois grandes Santos da Igreja, modelos de educadores não somente do ponto de vista teórico, porém no sentido propriamente prático, que o processo de ensino e aprendizagem deve comportar.

As palavras cheias de sabedoria destes dois educadores foram estampadas no lindo prospecto comemorativo de Formatura 2014 do Colégio Arautos do Evangelho Internacional – Thabor e Monte Carmelo. Vejamos as lições destes Santos que dedicaram sua vida temporal a educar crianças e jovens.

Assim diz São Marcelino Champagnat:

“A disciplina representa a metade da educação da criança; faltando essa metade, na maioria dos casos inutiliza-se a outra. De que adianta ao menino saber ler, escrever e até saber o catecismo, se não aprendeu a obedecer, a se comportar, se não adquiriu o hábito de refrear as más inclinações para seguir a voz da consciência? Por que razão os homens de hoje são tão volúveis, sensuais, incapazes de renúncia, incapazes de suportar algo que contrarie a natureza? Porque não foram submetidos à disciplina desde a infância. Desfrutaram demasiada liberdade. Não se lhes ensinou o autodomínio, a abnegação e a luta contra as más inclinações. A disciplina é o corpo da educação; a Religião, a alma.”1

Outro aspecto da Educação, compreendida num sentido genuinamente cristão, é apresentado por São João Bosco:

“Aprendizagem requer sempre um esforço do qual depende a própria inteligência. Portanto, tenham ânimo e não desistam. É um erro assustar-se com as dificuldades ou abandonar aquilo que não se entende e passar para outro ponto. Enfrentem o obstáculo até vencê-lo! Para conseguir isto, recorram em primeiro lugar a Jesus e Maria através de uma pequena oração. Assim, as dificuldades desaparecerão… Só Deus é a fonte e o doador do conhecimento; Ele o concede a quem Ele quer e como Ele quer.”2

Caro leitor, eis aqui dois alicerces da Educação no entender dos Santos: de um lado, o esforço, a disciplina, o autodomínio; de outro, o auxílio de Deus para aquisição do conhecimento.

Independente do grau em que estejamos no Ensino, seja ele Superior ou não, tenhamos sempre presente estes dois sábios conselhos, de maneira que serão úteis, quer do ponto de vista humano e cultural, quer sobretudo para a santidade de vida nossa e daqueles sobre os quais tenhamos algum papel formador.

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1 São Marcelino Champgnat. In A disciplina é o corpo da educação; a Religião, a alma. Formatura 2014 – Colégio Arautos do Evangelho Internacional.

2 São João Bosco. In Só Deus é a fonte e o doador do conhecimento. Formatura 2014 – Colégio Arautos do Evangelho Internacional.

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Testemunhar e viver a Fé

Um amigo certa vez contou-me um lindo fato a respeito de São Domingos de Sávio, o padroeiro da pureza e discípulo perfeito de São João Bosco. Conforme me recordo, um dia, o Santo menino estava a brincar no horário do recreio no Oratório (casa e local onde o Santo Fundador vivia e reunia os jovens para evangelizar).

Eis que veio um Sacerdote salesiano e perguntou-lhe: “Domingos, se porventura um anjo lhe viesse avisar que daqui a alguns instantes Deus lhe pediria a sua vida, o que você faria neste curto período entre a vida e a morte? O jovem santo respondeu: “Continuaria brincando!”.

Talvez, esta resposta, não a daria qualquer pessoa; não incluo aqui, é claro, nosso caro leitor. E por que não seria esta a resposta? Talvez porque seria normal a angústia face à perspectiva tão próxima da morte. Ou quiçá, a perturbação ao ver-se “evaporarem-se” os apegos e caprichos, ou ainda uma situação mais constrangedora: a consciência poderia acusar alguma falta que cobraria uma boa confissão.

Cristo Rei – Igreja de Santo André – Bayona, França

No entanto, no caso do santo menino, o que notamos? Paz de alma, tranquilidade própria de quem está na amizade com Deus e consciência de que estava fazendo, no momento, aquilo que deveria fazer. É ou não verdade que tal exemplo nos enche de admiração e nos convida à reflexão?

Sim, reflexão que tem muita relação com o Evangelho deste 33° Domingo do Tempo Comum, narrado por São Lucas (21, 5-19), que trata da visão do futuro. Com efeito, conta-nos o evangelista que Jesus anunciou a “algumas pessoas” que não ficaria pedra sobre pedra do Templo de Jerusalém e que tudo seria destruído. “Mas eles perguntaram: ‘Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que essas coisas estão para acontecer?’”. Nosso Senhor anunciou a eles que viriam guerras, revoluções, grandes terremotos e recomendou-lhes: “Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé” (Lc  21, 13) [grifo nosso].

Eis aqui, entre outras resplandecentes luzes, uma especialmente preciosa que o Evangelho nos traz a respeito do posicionamento e atitude que devemos ter face ao futuro. Sobre isto, nos explicita Mons. João Clá Dia, EP, no seu livro “O inédito sobre os Evangelhos”: “para além das preocupações ou ‘aspectos cronológicos’, há um, incomparavelmente mais importante, que teve o Divino Salvador: a formação moral e espiritual dos seus ouvintes” (1).

Qual a relação, caro leitor, entre o fatinho de São Domingos de Sávio e a recomendação de Jesus?

Nossa Senhora Auxiliadora – Igreja do Sagrado Coração de Jesus – São Paulo, Brasil

Em poucas palavras: seja o que for, aconteça o que acontecer, façamos o que façamos, sempre testemunhemos a nossa fé! E como testemunhar a nossa fé? Praticando os Mandamentos, o amor de Deus e do próximo!

Qual o resultado? Teremos a graça divina e com ela, a tranquilidade de consciência e a paz de alma, a confiança e a fortaleza para nunca nos perturbarmos e triunfarmos diante dos acontecimentos, dolorosos ou gloriosos, individuais ou coletivos, que possam ocorrer em nossas vidas.

Peçamos a Nossa Senhora Auxiliadora que interceda por nós para que testemunhemos e vivamos a Fé, conforme o exemplo perfeitíssimo que Ela nos dá.

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 474.
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