Category: Formação Juvenil, Temas Variados
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Especialista aborda esta questão na Revista Arautos do Evangelho
Os diversos dispositivos eletrônicos existem, em princípio, para facilitar a nossa comunicação: celulares, tablets, smartphones, notebooks, etc. Asseguram uma portabilidade que nos ajuda nas tarefas do dia-a-dia. Com eles podemos nos comunicar instantaneamente com o mundo, buscar formas de entretenimento e, ainda, “carregar” uma quantidade enorme de arquivos, sejam eles de texto, de fotos, de documentos e muito mais. Imagine a quantidade de livros que podem ser armazenadas num pequeno dispositivo – e a quantidade de peso que teríamos que mover – de um lado para outro – se não tivéssemos essa tecnologia.
De fato, são aparelhos facilitadores. Com maior ou menor complexidade, o seu uso é difundido e disseminado em todas as classes sociais e em todos os segmentos econômicos. Dizem os especialistas em relações humanas que os celulares e outros dispositivos aproximam os que estão longe, mas, contraditoriamente, podem afastar os que estão perto. De fato, muitas vezes é possível visualizar, em restaurantes, em escolas e outros ambientes sociais, as pessoas deixarem de conversar com quem está bem próximo, para buscar o convívio com quem está longe.
Com toda esta facilidade, muitos poderiam pensar que esses dispositivos eletrônicos – num futuro próximo, substituirão todos os livros, todos os materiais impressos.
Poderia, por exemplo, numa celebração litúrgica, um tablet substituir o Missal? Quem pensasse exclusivamente no lado prático, ou da mobilidade, poderia prontamente responder que “sim”. Mas, vejam o que noticia a Revista Arautos do Evangelho do mês de Outubro de 2012:
O Pe. Antonio Spadaro, SJ. Consultor dos Pontifícios Conselhos da Cultura e das Comunicações Sociais, explicou em artigo postado no dia 02 de Agosto (2012) em seu blog Cyber Teologia os motivos pelos quais smartphones, leitores de livros digitais, iPads e outros tablets não devem ser usados durante as Celebrações Eucarísticas e outros atos litúrgicos, em substituição do Missal Romano.
O tema foi trazido à tona por uma circular enviada no mês de abril último pela Conferência Episcopal da Nova Zelândia, na qual os Bispos proíbem aos sacerdotes de suas dioceses o uso desses aparelhos durante a Missa. “O Missal – explicam eles – tem uma função exclusivamente litúrgica, enquanto os iPads e outros dispositivos eletrônicos podem ser usados para rodar jogos, navegar pela internet, assistir filmes ou receber e-mails. Apenas isto já torna inconveniente sua utilização na Liturgia”.
Nesses aparelhos, explica o Pe. Spadaro no mencionado artigo, o texto rompe definitivamente seu sólido vínculo com a realidade material da página para se tornar “um objeto ‘fluido’: exatamente o oposto das Tábuas da Lei, ou do dito scripta manent. E não só isso. Ele pode facilmente desaparecer na tela, abrindo passo para um vídeo, um correio eletrônico, ou uma página web”. Por isso, acrescenta o teólogo jesuíta, “resulta inimaginável levar em procissão um iPad ou um laptop, ou incensar solenemente e oscular um monitor durante um ato litúrgico”.1
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Por João Celso
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1Revista Arautos do Evangelho. Missal Romano não pode ser substituído por iPads. Outubro 2012, p. 45
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