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Frase da Semana: São José teve a nobreza e a pureza que é a virtude mais conveniente a um nobre…

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Cristo Senhor nosso, infinitamente rico, nasceu pobre. Por quê?

Eis que se aproxima o Santo Natal, a nos convidar para contemplar este Menino, envolto em panos, tendo como casa e berço para nascer um estábulo e uma manjedoura; sendo aquecido pelo calor de um burro e de um boi. O que dizer de tamanha pobreza?

Adoração ao Menino Jesus – Museu do Prado, Espanha

No entanto, ali está o Homem-Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade que se encarna no seio virginal e maternal de Maria Santíssima, por obra do Espírito Santo. Ó grandeza infinita, “revestida” da mais radical pobreza!

Por que terá Deus, infinitamente rico, querido nascer na pobre gruta de Belém?

Ele que é o Criador do Céu e da terra, de todas as criaturas, portanto, Senhor e dono de tudo! O que é qualquer riqueza terrena de algum magnata ou de qualquer pessoa mais abastada em toda a história da humanidade, comparada com a riqueza da própria Criação, daquele que é o Autor de todas as coisas visíveis e invisíveis?

Sim, o Menino Deus, o pobre Menino Jesus quis nos dar uma grande lição: diante da perspectiva da eternidade, do sobrenatural, do Céu, esta nossa existência terrena e passageira, para os homens de fé, de nada valem as riquezas e o dinheiro. Ou por outra, somente terão valor se utilizados de acordo com os Mandamentos da Lei de Deus e com vistas à salvação eterna e à glória de Deus. Por exemplo: uma bela e ornada igreja glorifica a presença de Deus e eleva os humildes, como um verdadeiro Palácio dos Pobres.

Eis a grande lição da pobreza do Presépio de Belém. É legítimo buscar os bens terrenos e o dinheiro não como um fim, mas como um meio para algo mais elevado. E qual é este fim supremo? É a santidade!

Com os olhos postos no Menino Deus, pelos rogos da Virgem Mãe e de São José, procuremos colocar o sentido de nossa existência em Cristo, Redentor e Senhor nosso. E o restante nos será dado em acréscimo.

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A morte foi tragada pela vitória

Na Festa da Assunção de Nossa Senhora, a Liturgia das Horas ou Ofício Divino, que os Arautos do Evangelho recitam diariamente, trouxe um maravilhoso texto, ao qual bem poderia se chamar de uma autêntica “Pérola preciosa”. Ao recitá-lo na abençoada Capela da casa dos Arautos de Maringá, tivemos uma bela surpresa: esta preciosa pérola trazia dentro de si – quais as famosas bonecas russas – citações que são como outras pérolas,  surpreendentemente tão brilhantes e maravilhosas quanto o texto inicial que as continha.

Nossa Senhora da Assunção – Catedral de Lisboa, Portugal

Era a segunda leitura, da “Constituição Apostólica Munificentíssimus Deus”, do Papa Pio XII (1). Diante de tão belas jóias da Teologia mariana católica, produzidas não no interior de conchas marinhas, mas no interior das almas santas, só nos resta o silêncio admirativo e sua exposição ao nosso querido público como uma homenagem à gloriosa Assunção da Santíssima Mãe de Deus.

Assim se expressa Pio XII a respeito da Assunção:

“São João Damasceno, entre todos o mais notável pregoeiro desta verdade da Tradição, comparando a Assunção em corpo e alma da Mãe de Deus com seus outros dons e privilégios, declarou com vigorosa eloquência: ‘Convinha que Aquela que guardara ilesa a virgindade no parto, conservasse seu corpo, mesmo depois da morte, imune de toda corrupção. Convinha que Aquela que trouxera no seio o Criador como criancinha fosse morar nos tabernáculos divinos. Convinha que a esposa, desposada pelo Pai, habitasse na câmara nupcial dos Céus. Convinha que, tendo demorado o olhar em seu Filho na Cruz e recebido no peito a espada da dor, ausente no parto, o contemplasse assentado junto do Pai. Convinha que Mãe de Deus possuísse tudo o que pertence ao Filho e fosse venerada por toda criatura como Mãe e serva de Deus’. […]

Continua Pio XII, a respeito da vitória sobre o pecado e a morte alcançada por Nosso Senhor Jesus Cristo com a cooperação da Virgem Santíssima, baseando-se em São Paulo:

“Por este motivo, assim como a gloriosa ressurreição de Cristo era parte essencial e o último sinal desta vitória, assim também devia ser incluída a luta da santa Virgem, a mesma que a de seu Filho, pela glorificação do corpo virginal. O mesmo Apóstolo dissera: ‘Quando o que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá o que foi escrito: A morte foi tragada pela vitória (1Cor 15, 54; cf. Os 13, 14)’”.

Este é mais um dos infindáveis tesouros da Santa Igreja Católica, que estão às vezes fora do alcance das vistas de muitos de nós, como as pérolas que jazem muitas vezes no fundo dos oceanos. Porém, para aqueles que as encontram, valem as palavras de Nosso Senhor, segundo o qual, o Reino de Deus é como um mercador de pérolas que, ao encontrar uma delas especialmente valiosa, vende tudo que tem para comprá-la.

Esperamos que o leitor tenha dado, senão tudo o que tem,  pelo menos alguns minutos de seu tempo para contemplar estas maravilhosas pérolas encontradas nos recônditos dos oceanos da Doutrina Católica.

Por Marcelo Veloso Souza Mendes

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(1) Liturgia das Horas segundo Rito Romano. Vol. IV. Tempo Comum. 18ª – 34ª Semana. Ed. Vozes, Paulinas, Paulus, Editora Ave-Maria, 1999. Pág. 1197-1199

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