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Frase da Semana: Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim

 

Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim.

(Gl 2,20)

 A Frase acima, pronunciada por São Paulo na Carta aos Gálatas e apresentada à meditação dos fiéis na Liturgia do 11º. Domingo do Tempo Comum é uma genuína demonstração de puríssimo Amor a Deus. De fato, é tão imenso, incomensurável, o Amor do Apóstolo pelo seu Redentor, que ele se transforma, se deixa moldar por inteiro pelo Objeto de seu Amor.

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Esse Amor, característico dos Santos e daqueles que se entregam a Deus de maneira completa é também manifestado pela pecadora do Evangelho (Lc 7, 36-8,3), protagonista do enorme gesto de perdão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A respeito dessa pecadora, comenta Monsenhor João Clá:

“Há muito que Maria Madalena havia provado o vazio e a mentira do pecado. Sua alma delicada ansiava uma oportunidade para mudar de vida, mas as circunstâncias a impediam de realizar esse bom intento. Por pura fraqueza caíra naqueles horrores. Mas, em seu coração feminino, guardava uma grande admiração pela virtude e – por incrível que pareça – em especial pela pureza. Sua sensibilidade física a arrastava às enganosas delícias da carne e, portanto, á ofensa grave a Deus; mas a [sensibilidade] espiritual a convidava à paz de consciência, ao amor ao Criador”.[1]

E continua Monsenhor João Clá:

“As primeiríssimas reações de sua alma em relação a Jesus foram da mais entranhada simpatia. Desde o início, ela O amou mais do que a si própria e anelava pela oportunidade de se aproximar d’Ele” (…) “Para chegar onde estava o Divino Mestre, deu a volta pelo lado externo da mesa e ‘colocando-se a seus pés, por detrás d’Ele, começou a banhar-Lhe os pés com lágrimas, e enxugava-os com os cabelos de sua cabeça, beijava-os, e os ungia com o perfume’, que trouxera num frasco de alabastro”.[2]

E assim, o arrependimento verdadeiro, sincero e eficaz da pecadora se revela em gestos de Amor para com Nosso Senhor Jesus Cristo. “A pecadora estava tomada por um arrependimento perfeito e foram-lhe ‘perdoados os seus muitos pecados, por que muito amou!’”.[3]

Desta forma, a Frase da Semana convida seus leitores, por meio da Liturgia do 11º. Domingo do Tempo Comum, a vivenciarem a experiência do verdadeiro Amor, através de um sincero arrependimento e de uma generosa correspondência a tudo o que Deus quer de nós, de maneira que, ao final de nossa vida, possamos repetir, com o Apóstolo: “É Cristo que vive em mim!” Que Nossa Mãe Santíssima nos ajude nesse bom propósito. Salve Maria!

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[1] Monsenhor João Clá Dias. O Inédito sobre os Evangelhos. Comentários dominicais Ano C – Domingos do Tempo Comum. Cittá del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana. São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae. 2012. Página 154/155.

[2] Idem, p.155

[3] Idem, p. 157

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