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A História de Santa Hildegonda: a obediência é a guarda da inocência (Parte II)

Caro leitor,prosseguiremos contando a vida de Santa Hildegonda. No último artigo, vimos nossa pequena santa em uma situação realmente complicada. Por certo, o leitor estava ansioso por saber o que aconteceria no decorrer da história, quando ela foi forçada a mendigar. Talvez estivesse até impaciente enquanto esperava sua continuação, não é mesmo?

Imagine, então, que o “pequeno mendigo” passou um tempo bem maior que o que esperamos por estas palavras vagando pelas ruas, ruelas, becos e praças que compõem a nada planejada cidade de Roma. O frio, a fome, o medo, as necessidades e talvez até as doenças e maus tratos provavelmente tornaram-se companheiros do dia-a-dia desta criança heroica. Soma-se a isso seu completo desconhecimento dos dialetos italianos. Quanta paciência, submissão e resignação, além de inquebrantável força de ânimo para, nestas condições, manter-se fiel à promessa de ocultar sua identidade e, mais ainda, perseverar na prática dos princípios católicos de inocência e pureza que aprendera.

Entretanto, assim é a vida dos que são fiéis: após as provações vencidas chega a consolação de Deus. Certo dia, o “pobre José” mendigava mais uma vez pelas ruas e viu chegar um dos numerosos grupos de peregrinos que enfrentavam duras jornadas para visitar a “Cidade Eterna”, dos mártires e dos santos.Possivelmente percebeu neles as características físicas típicas dos “povos do norte” e ao aproximar-se, pela primeira vez após longa espera, entendeu o que as pessoas diziam à sua volta. Eram alemães!

José, vendo acesas novas esperanças, cumprimentou-os e contou-lhes toda a sua história, menos sua identidade, e pediu-lhes auxílio para que pudesse pelo menos retornar a seu país de origem. Sensibilizados, os piedosos peregrinos incorporaram o pequeno José a seu grupo. Sem mais precisar mendigar, José recebeu seus auxílios e acompanhou os novos amigos em suas visitas e orações junto às numerosas relíquias e Igrejas de Roma, entre elas a Basílica onde estava o “Doce Cristo na Terra”, o Papa. Depois pôde finalmente retornar à Alemanha. Finalmente? Não, não! Este era apenas o início de suas aventuras…

Já em terras germânicas, surgiu entre os peregrinos a dúvida: qual destino dar ao bom José? Não sabia ele bem ao certo em qual convento sua irmã tinha se instalado. Por fim, decidiu-se que o menino, que contava agora com a idade de doze anos, estaria seguro e receberia primorosa educação num antigo mosteiro de irmãos religiosos. José, de muito bom grado, foi assim acolhido como noviço na Comunidade Cisterciense de Schoenau, talvez em vista de informações recebidas da parte dos peregrinos sobre seu bom comportamento.

Não demorou para que os monges percebessem naquele menino uma virtude incomum. Muito piedoso, extremamente obediente e humilde, zeloso cumpridor da regra monástica e de suas funções e obrigações. Sempre bem disposto e pronto a ajudar a qualquer um em qualquer necessidade. Tornou-se um exemplo bastante admirado entre os monges.

Passavam-se os dias do pequeno “Frei José”, como era chamado, em meio à vida ordenada e santa do Mosteiro.Porém, a Igreja da Alemanha estava longe de se sentir em paz. O ímpio Imperador Barba Roxa governava o país nestes tempos e começou a ter atritos com a Igreja de Roma e com o Papa Lucio III. A situação tornava-se tensa. Sacerdotes e religiosos eram vigiados e impedidos de sair do país ou manterem contatos exteriores. As fronteiras receberam fortes guarnições armadas e, desse modo, a Hierarquia Eclesiástica Romana pouco sabia das novas atitudes do Imperador ou dos rumos que tomaria esta triste situação.

Uma alta autoridade da Igreja alemã, o Bispo de Colônia, decidiu enviar ao Papa uma importantíssima carta que poderia salvar o destino dos católicos na Alemanha, mas como romper o cinturão de isolamento e a espionagem do governo? Entre os membros do clero buscava-se uma solução em segredo.

Por mais inimaginável que pareça, foi sugerido o nome de um portador para a importante missiva: Frei José. Isso mesmo, era ele o único desconhecido do povo e dos guardas, tinha aprendido a sobreviver nas ruas e, por ser uma criança, gerava poucas desconfianças. Por outro lado, sua seriedade e virtude comprovadas tornavam-no depositário da confiança de todos.

Mais uma vez, a vida de José dava uma reviravolta. Deram-lhe o pergaminho selado com o brasão do Bispado, explicaram-lhe o caso e ele prontamente se dispôs a voltar a pé até Roma, para fazer chegar a carta às mãos do Papa. Entregaram-lhe roupas de mendigo e Frei José voltou a ser o mendigo José. Despediu-se e partiu. Novamente a jovem Hildegonda deu mostras de coragem, força de alma, mas sobretudo de amor a Deus e à obediência mais do que a si mesma! E a Santa Igreja da Alemanha estava nas mãos de uma pequena criança.

Catedral de Colônia – Alemanha

O que aconteceria com Frei José? Conseguiria ele passar pela guarda da fronteira ou entregaria heroicamente sua vida por Deus? Que novas surpresas esperavam por Hildegonda no cumprimento desta missão? Conheça as respostas para estas perguntas e a última parte desta história no próximo artigo, que não tardará.

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A História de Santa Hildegonda: a obediência é a guarda da inocência (Parte I)

Estamos na Europa Medieval. Uma mãe estava para dar à luz, porém o parto trazia complicações. Nasceu Hildegonda e sua irmã gêmea, mas infelizmente, por algum desígnio divino, Deus quis levar naquele momento a vida de sua mãe. O pai, muito preocupado com a sobrevivência das duas filhas, fez uma promessa de ir em peregrinação até a Terra Santa caso elas passassem com vida por essa situação difícil. Deus premiou a Fé daquele pobre homem. Conseguiu os auxílios de que precisava e as duas irmãs cresceram sadias nas terras da bela Alemanha onde haviam nascido.

Quando ambas tinham por volta de dez anos, seu bom pai, já com idade um pouco avançada, decidiu que havia chegado o momento de empreender a heroica e abençoada viagem a Jerusalém. Entendeu ser prudente deixar a irmã de Hidelgonda sob os cuidados de fervorosas religiosas, que viviam em um Mosteiro próximo e levar apenas uma das filhas para auxiliá-lo no audacioso propósito.

Terra Santa – Jerusalém

Entretanto, analisando melhor a situação, compreendeu que, sendo sozinho e já não tendo as forças da juventude, não poderia proteger a pureza de sua inocente filha contra malfeitores e ladrões que rondavam os caminhos. Como resolver tão premente problema e pagar sua fervorosa promessa?

Talvez, inspirado pelo Espírito Santo, o piedoso pai pensou em uma criativa solução: deu roupas de menino para a pequena menina, cortou bem curtos seus cabelos e com sua paterna autoridade, deu a Hildegonda uma ordem que de modo algum ela poderia desobedecer. Explicou-lhe que seria uma viagem perigosa e que ela não mais se chamaria Hildegonda, nem deveria agir como uma menina. Daquele dia em diante, chamar-se-ia “José” e só poderia atender por este nome, como se fosse um menino. Hildegonda, sempre obediente, aceitou com humildade e boa disposição tudo o que seu pai lhe pedia.

Partiram, então, pai e “filho” rumo ao longínquo, místico e misterioso Oriente Médio. Para chegar a seu objetivo, deveriam primeiramente deslocar-se das terras germânicas até a Península Itálica onde embarcariam, junto a um de seus numerosos e movimentados portos, em algum navio que se dirigisse, pelo Mar Mediterrâneo, em  direção ao sol nascente.

O percurso foi duro, longo e extremamente desgastante. Conseguiram chegar nas terras alegres e cheias de vida que hoje chamamos de Itália, porém a saúde do corajoso pai ressentiu-se das dificuldades que uma viagem como essa, naquela época, trazia. Apesar dos auxílios sempre prontamente prestados pelo solícito e bondoso José, a doença progredia irreparavelmente.

Pressentindo, em meio às dores e preocupações, que um outro desígnio divino ainda mais incógnito poderia talvez levar-lhe não à Terra Santa, mas ao Paraíso, chamou seu amado “filho” e disse-lhe que se morresse, seria ainda mais importante que ele continuasse observando a ordem que lhe havia dado. Para sua segurança e para o bem de sua alma, devia continuar vivendo com sua segunda identidade, nunca revelando este segredo. Era preciso mais do que nunca continuar a ser “José”.

Mais uma vez a inocente criança acolheu inteiramente os conselhos de seu bom pai que, pouco depois, entregava suas filhas e sua alma a Deus, assim como Lhe havia entregue alguns anos antes, a alma de sua esposa. Realmente as duas filhas estavam nas mãos de Deus, mas em condições inteiramente adversas: uma nas mãos de santas religiosas e, desta forma, nas mãos do Altíssimo; outra sozinha, sem pais, sem amigos, sem bens, num país de língua estranha e sem proteção humana, sujeita à má influência de pessoas maldosas, com risco de perder sua inocência e a salvação de sua alma.

Sem dúvida, podemos dela também dizer que tal era a dificuldade enfrentada, que estava somente amparada por Deus, e nas mãos da sua Divina Providência. Sem outra opção, teve que contar com a caridade alheia e começou então a mendigar…

Qual seria agora o destino de Hildegonda, ou melhor, do pobre menino mendigo chamado José?

Se considerarmos quão impressionantes são os problemas que enfrentou e enfrentava, mais impressionante é o que se passaria a partir deste momento e as lutas que teve de travar!

Se queres conhecer tudo isso, caro leitor, reze e espere pelo próximo artigo que trará o fim inimaginável desta história.

Salve Maria e até o próximo artigo!  

Por Marcelo Veloso Souza Mendes

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São João Eudes: a vida interior é a força do apostolado

Ensina-nos o grande monge trapista, Dom Chautard, em sua magistral obra “A alma de todo o apostolado”, que o apostolado frutuoso é decorrência de uma vida interior, tomada por amor a Deus.

São João Eudes

É na vida interior – vida de amor a Nosso Senhor – que podemos compreender o extraordinário bem que fez São João Eudes, cuja memória celebramos neste mês de agosto (dia 19). Presbítero francês do século XVII, grande orador e missionário, fundador da Congregação de Jesus e Maria e da Ordem de Nossa Senhora da Caridade, verdadeiro apóstolo da devoção aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria.

Veja-se o que dele narra o Padre Francisco Alves:

“São João Eudes durante sessenta anos dedicou-se às missões, que costumavam durar de seis a doze semanas. Levava consigo de doze a vinte e cinco missionários, que não bastavam para recolher os frutos. Seus auditórios eram de trinta a quarenta mil pessoas. Uma vez ele (São João Eudes) escreveu: ‘De oito a dez léguas vem aqui tanta gente e os corações estão extraordinariamente bem dispostos. Não se veem mais que lágrimas; não se ouvem mais que gemidos de pobres penintentes; mas nem a quarta parte poderá confessar-se. Os missionários têm visto pessoas que esperam oito dias sem conseguir confessar-se, e então ajoelham-se onde quer que encontrem os padres, pedindo-lhes com lágrimas e com as mãos postas que as ouçam’”.¹

Como explicar tanto fruto no apostolado? Por que São João Eudes arrebatava? Qual a “fórmula” para atrair as pessoas e as multidões para Jesus? Qual o ponto de partida para fazermos bem às almas? Você, caro leitor, quer fazer bem ao próximo. Como consegui-lo?

São João Eudes nos ensinou, não só por palavras, mas pela vida interior. Não bastará, para fazermos bem às pessoas, estudarmos muito, cogitarmos estratégias ou metodologias para ensinar a boa doutrina, nos desdobrarmos em reuniões e planejamentos ou estratégias de apostolado, para atrairmos os outros; longe de dizer que isto não é útil. Que cada um faça o que pode ou é capaz. Porém, o que verdadeiramente importa é a união com Nosso Senhor Jesus Cristo.

E disto nos deu exemplo São João Eudes, pois tinha um amor entranhado ao Sagrado Coração de Jesus e, é claro, ao Imaculado Coração de Maria. Aliás, como diz o Fundador dos Arautos, Mons. João Clá Dias, referindo-se ao amor deste nosso Santo a Jesus e Maria, assim se expressa: “Complemento indispensável para estas considerações é uma referência Àquela cujo Imaculado Coração, no dizer de São João Eudes, é tão unido ao do seu divino Filho a ponto de ambos formarem um só: o Sagrado Coração de Jesus e Maria”. ² [grifo nosso]

Aqui está a “fórmula”, ou o segredo do bom sucesso no apostolado e do bem que queiramos fazer aos nossos: vida interior, traduzida substancialmente no amor ao Sagrado Coração de Jesus e Maria.

Peçamos, então, a São João Eudes, que nos obtenha de Deus este amor inflamado pelo Sagrado Coração de Jesus e Maria e, consequentemente, o zelo ardente e frutuoso pelas almas.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ Pe. Francisco Alves, C.SS.R, Tesouro de Exemplos. v. II, 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1960, p. 181.

² Mons. João Clá Dias, EP. O Coração que nos amou até o fim. In Revista Arautos do Evangelho. Junho/2012, n. 126, p. 17.

http://www.joaocladias.org.br/MostraArtigo.aspx?id=212 – Acesso em 19.08.2014

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O que é a verdadeira gratidão?

Vivemos um momento no qual impera o individualismo, a busca incansável pela satisfação dos ímpetos, estando eles ou não em harmonia com o bem do próximo. A todo momento presenciamos relações que se estabelecem a partir de um juízo corrompido de valor: qual beneficio terei em fazer ou deixar de praticar tal ato?

Percebemos que o “eu” coloca-se no centro da vida e, em muitos casos, é cultuado enquanto única razão para a vida terrena. Neste sentido as virtudes, como por exemplo a gratidão, são meros conceitos abstratos em, quando muito, estão relegadas ao plano da conveniência social.

A partir desta realidade nos perguntamos: em que consiste a verdadeira gratidão?

De acordo com Mons. João Clá Dias, EP,  na obra “O inédito sobre os Evangelhos” (1), raras vezes interrompemos as ocupações cotidianas para considerar quantos bens nos são concedidos pela Divina Providência ao longo da nossa vida, ainda que não os tenhamos pedido ou sequer desejado.

Ao buscar a fonte de tais benefícios, devemos lembrar que não existiríamos sem um desígnio de Deus. A partir do nada, foi Ele constituindo a diversidade de seres, ao longo dos seis dias da criação, como está descrito no Gênesis, até modelar Adão do barro e Eva de sua costela, e neles infundir a vida. E cada nascimento, que ocorre a todo instante no mundo inteiro, é um fato extraordinário porque à lei física se acrescenta uma lei espiritual: Deus infunde uma alma inteligente, criada pelo simples desejo de sua vontade, num corpo concebido pelo concurso do pai e da mãe!

Imagem de Nossa Senhora de Fátima – Arautos do Evangelho

E tudo o mais – a saúde, o alimento, o repouso, o conforto – vem d’Ele, direta ou indiretamente. Além disso, o Criador nos promete para depois de transpor os umbrais da morte um grande milagre: tendo nossos corpos sofrido a decomposição, voltando ao barro do qual fomos feitos, retomaremos um corpo glorioso que se unirá de novo à nosso alma, já na visão beatífica, e gozaremos da felicidade de Deus por toda a eternidade.

Quanta bondade do Pai Eterno! Entretanto… como é a nossa resposta? Somos gratos por tudo quanto recebemos? Quão rara é a virtude da gratidão! Muitas vezes ela se pratica apenas por educação e meras palavras. Todavia, para ser autentica, é preciso que ela transborde do coração com sinceridade.

Mons. João Clá Dias, EP prossegue escrevendo que, além de dar-nos a vida humana, Deus nos concede o inestimável tesouro da participação na sua vida divina pelo Batismo e, mais ainda, nos dá constantemente a possibilidade de recuperar esse estado quando perdido pelo pecado, bastando para isso nosso arrependimento e a confissão sacramental.

Sobretudo, dá-Se a Si mesmo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade como alimento espiritual para nos transformarmos n’Ele, santificando-nos de maneira a nos garantir uma ressureição gloriosa e a eternidade feliz. Ele nos deixou sua Mãe como Medianeira, para cuidar do gênero humano com todo carinho e desvelo. Os benefícios que Deus nos outorga são, assim, incomensuráveis! Qual não deve ser, pois, nossa gratidão em relação a Nosso Senhor e sua Mãe Santíssima?

Abraçar com entusiasmo e abnegação a santidade e batalhar com sempre crescente dedicação pela expansão da glória de Deus e da Virgem Puríssima na Terra, eis o melhor meio de corresponder ao infinito amor do Sagrado Coração de Jesus, que se derrama sobre nós às torrentes, do nascer do sol até o seu ocaso.

Eis em que consiste a verdadeira gratidão: servir com dedicação, amor e abnegação a Jesus Cristo e Maria Santíssima!

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(1) Mons. João S. Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 403-413.

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Um conselho de Santo Afonso para suportar os sofrimentos

Santo Afonso Maria de Ligório

Quantos são os homens e mulheres que se sentem angustiados pelos sofrimentos, sejam físicos ou morais, que qualquer homem neste “vale de lágrimas” encontra ao longo de sua existência.

Destes sofrimentos não está livre nem mesmo um Santo. E assim se deu com Santo Afonso Maria de Ligório, cuja festa é celebrada neste mês de agosto (dia 1°).  Vejamos um conselho deste Bispo e Doutor da Igreja, que ao longo da vida se destacou pela devoção a Nossa Senhora, em louvor da qual escreveu uma de suas mais belas obras: “Glórias de Maria”¹.

O que faz a diferença entre os sofrimentos de um Santo e um pecador?

O exemplo de Santo Afonso ilustra e nos indica como suportarmos bem os sofrimentos. Conta-nos o Padre Francisco Alves, CJJR que Santo Afonso dizia:

“Quando se tem nas mãos o Crucifixo, já não se quer descer da cruz. Quem contempla as chagas de Jesus esquece as próprias feridas”2.

Crucifixo da Casa dos Arautos do Evangelho de Maringá

Sim, aqui está a melhor forma ou, podemos afirmar, a única maneira de suportarmos nossos sofrimentos com paz de alma. Sigamos o exemplo de Santo Afonso, que tanto aprendeu da Mãe Dolorosa.

Ela sofreu a incomparável dor de ver seu Divino Filho crucificado, fixou nEle seu olhar e esqueceu-se de si mesma na contemplação e no supremo enlevo por Cristo Jesus Crucificado.

Por Adilson Costa da Costa

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¹ João Clá Dias, EP. Santo Afonso Maria de Ligório: um modelo de perseverança.

 http://santossegundojoaocladias.blogspot.com.br/2011/06/santo-afonso-maria-de-ligorio-um-modelo.html – Acesso em 1° ago 2014.

² Pe. Francisco Alves, C.SS.R, Tesouro de Exemplos. v. II, 2. Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1960, p. 136.

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