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A História de Santa Hildegonda: a obediência é a guarda da inocência (Parte II)

Caro leitor,prosseguiremos contando a vida de Santa Hildegonda. No último artigo, vimos nossa pequena santa em uma situação realmente complicada. Por certo, o leitor estava ansioso por saber o que aconteceria no decorrer da história, quando ela foi forçada a mendigar. Talvez estivesse até impaciente enquanto esperava sua continuação, não é mesmo?

Imagine, então, que o “pequeno mendigo” passou um tempo bem maior que o que esperamos por estas palavras vagando pelas ruas, ruelas, becos e praças que compõem a nada planejada cidade de Roma. O frio, a fome, o medo, as necessidades e talvez até as doenças e maus tratos provavelmente tornaram-se companheiros do dia-a-dia desta criança heroica. Soma-se a isso seu completo desconhecimento dos dialetos italianos. Quanta paciência, submissão e resignação, além de inquebrantável força de ânimo para, nestas condições, manter-se fiel à promessa de ocultar sua identidade e, mais ainda, perseverar na prática dos princípios católicos de inocência e pureza que aprendera.

Entretanto, assim é a vida dos que são fiéis: após as provações vencidas chega a consolação de Deus. Certo dia, o “pobre José” mendigava mais uma vez pelas ruas e viu chegar um dos numerosos grupos de peregrinos que enfrentavam duras jornadas para visitar a “Cidade Eterna”, dos mártires e dos santos.Possivelmente percebeu neles as características físicas típicas dos “povos do norte” e ao aproximar-se, pela primeira vez após longa espera, entendeu o que as pessoas diziam à sua volta. Eram alemães!

José, vendo acesas novas esperanças, cumprimentou-os e contou-lhes toda a sua história, menos sua identidade, e pediu-lhes auxílio para que pudesse pelo menos retornar a seu país de origem. Sensibilizados, os piedosos peregrinos incorporaram o pequeno José a seu grupo. Sem mais precisar mendigar, José recebeu seus auxílios e acompanhou os novos amigos em suas visitas e orações junto às numerosas relíquias e Igrejas de Roma, entre elas a Basílica onde estava o “Doce Cristo na Terra”, o Papa. Depois pôde finalmente retornar à Alemanha. Finalmente? Não, não! Este era apenas o início de suas aventuras…

Já em terras germânicas, surgiu entre os peregrinos a dúvida: qual destino dar ao bom José? Não sabia ele bem ao certo em qual convento sua irmã tinha se instalado. Por fim, decidiu-se que o menino, que contava agora com a idade de doze anos, estaria seguro e receberia primorosa educação num antigo mosteiro de irmãos religiosos. José, de muito bom grado, foi assim acolhido como noviço na Comunidade Cisterciense de Schoenau, talvez em vista de informações recebidas da parte dos peregrinos sobre seu bom comportamento.

Não demorou para que os monges percebessem naquele menino uma virtude incomum. Muito piedoso, extremamente obediente e humilde, zeloso cumpridor da regra monástica e de suas funções e obrigações. Sempre bem disposto e pronto a ajudar a qualquer um em qualquer necessidade. Tornou-se um exemplo bastante admirado entre os monges.

Passavam-se os dias do pequeno “Frei José”, como era chamado, em meio à vida ordenada e santa do Mosteiro.Porém, a Igreja da Alemanha estava longe de se sentir em paz. O ímpio Imperador Barba Roxa governava o país nestes tempos e começou a ter atritos com a Igreja de Roma e com o Papa Lucio III. A situação tornava-se tensa. Sacerdotes e religiosos eram vigiados e impedidos de sair do país ou manterem contatos exteriores. As fronteiras receberam fortes guarnições armadas e, desse modo, a Hierarquia Eclesiástica Romana pouco sabia das novas atitudes do Imperador ou dos rumos que tomaria esta triste situação.

Uma alta autoridade da Igreja alemã, o Bispo de Colônia, decidiu enviar ao Papa uma importantíssima carta que poderia salvar o destino dos católicos na Alemanha, mas como romper o cinturão de isolamento e a espionagem do governo? Entre os membros do clero buscava-se uma solução em segredo.

Por mais inimaginável que pareça, foi sugerido o nome de um portador para a importante missiva: Frei José. Isso mesmo, era ele o único desconhecido do povo e dos guardas, tinha aprendido a sobreviver nas ruas e, por ser uma criança, gerava poucas desconfianças. Por outro lado, sua seriedade e virtude comprovadas tornavam-no depositário da confiança de todos.

Mais uma vez, a vida de José dava uma reviravolta. Deram-lhe o pergaminho selado com o brasão do Bispado, explicaram-lhe o caso e ele prontamente se dispôs a voltar a pé até Roma, para fazer chegar a carta às mãos do Papa. Entregaram-lhe roupas de mendigo e Frei José voltou a ser o mendigo José. Despediu-se e partiu. Novamente a jovem Hildegonda deu mostras de coragem, força de alma, mas sobretudo de amor a Deus e à obediência mais do que a si mesma! E a Santa Igreja da Alemanha estava nas mãos de uma pequena criança.

Catedral de Colônia – Alemanha

O que aconteceria com Frei José? Conseguiria ele passar pela guarda da fronteira ou entregaria heroicamente sua vida por Deus? Que novas surpresas esperavam por Hildegonda no cumprimento desta missão? Conheça as respostas para estas perguntas e a última parte desta história no próximo artigo, que não tardará.

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Onde encontrar a paz verdadeira?

Eis que estamos no término de um ano e abertura de Ano Novo. Novas reflexões e perspectivas vão se abrindo, carregadas de esperança. Sim, temos o Salvador, o Cristo Jesus, o Deus e Homem verdadeiro que vem até nós! E um dos anseios que nos vem ao coração, é sem duvida que se realize a Paz no mundo e nas famílias. Óh, quanto desejamos a paz! Porém, onde encontrá-la?

Uma luz se fez brilhar no já “distante” e, no entanto, tão próximo, início deste terceiro milênio: se dava o lançamento em 2002 da Carta Apostólica de João Paulo II sobre “O Rosário da Virgem Maria”. Apresentava nosso beato o terço como um verdadeiro compêndio do Evangelho que nos convida a meditar os mistérios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, na escola de Maria.

Ora, esta contemplação dos mistérios do terço, desde os mistérios gozosos, iniciando pela Anunciação do Anjo, passando pelos luminosos (instituídos pelo Santo Padre, de feliz memória) e dolorosos e, por fim, chegando aos gloriosos com a Coroação de Nossa Senhora como Rainha do Céu e da terra, tem como centro a meditação sobre Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

É nesta meditação que receberemos as luzes, forças e graças para encontrarmos a verdadeira paz. Como nos transmite o Catecismo da Igreja Católica, “toda a vida de Cristo foi um contínuo ensinamento: seus silêncios, seus milagres, seus gestos, sua oração, seu amor ao homem, sua predileção pelos pequenos e pelos pobres, a aceitação do sacrifício total na Cruz pela redenção do mundo, sua Ressurreição constituem a atuação de sua palavra e cumprimento da Revelação” (1). Por isto, “os discípulos de Cristo devem conformar-se com Ele até Ele se formar neles. É por isto que somos inseridos nos mistérios de sua vida, com Ele configurados, com Ele mortos e com Ele ressuscitados, até que com Ele reinemos” (2) [grifo nosso].

Assim, ao “estarmos inseridos nos mistérios da Vida de Jesus”, teremos a paz verdadeira que procuramos, para nós, nossas famílias e para as nações. E fora de Nosso Senhor Jesus Cristo – quanto mais contra Ele – nunca se encontrará a paz digna de pessoas como somos redimidas pelo seu Sangue infinitamente precioso.

Como escreve Mons. João Clá Dias, EP, baseando-se no Beato João Paulo II: “Falta a paz, hoje em dia, não somente entre as nações, mas muitas vezes, até no recinto do lar. ‘Quanta paz estaria assegurada nas relações familiares, se fosse retomada a recitação do Santo Rosário em família’, exclamou o Papa no Angelus de 29 de setembro de 2002, quando anunciou o Ano do Rosário. E na citada Carta Apostólica ele alerta: ‘A família, célula da sociedade, está cada vez mais ameaçada por forças desagregadoras a nível ideológico e prático, que fazem temer pelo futuro dessa instituição fundamental e imprescindível e, consequentemente, pela sorte da sociedade inteira’” (3).

Alguém talvez pudesse objetar: mas será que tais palavras terão algum sentido, passados tantos anos? Valerá a pena incrementar a reza do terço? Será esta devoção atual?

Sem delongas, podemos responder, em consonância com o espírito dos fiéis Macabeus (Livro dos Macabeus): O dia em que meditar os mistérios da Vida de Jesus, através do olhar de Maria – e é este o significado do Santo Rosário – ficar ultrapassado, é melhor que Deus nos leve deste mundo, pois sem Cristo e sem a Mãe de Deus, é melhor morrer do que viver numa terra devastada e sem honra.

Que a Rainha da Paz, aquela que nas aparições de Fátima disse de Si, “Eu sou a Senhora do Rosário”, nos obtenha a graça, entre tantas outras, de rezarmos com sempre maior devoção, todos os dias, o Santo Rosário. E aí poderemos sem dúvida estarmos imersos numa atmosfera de paz verdadeira, evangelizando por meio dela o mundo inteiro. Paz e Felicidade em 2014!

Por Adilson Costa da Costa

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(1) Catecismo da Igreja Católica. Tópico n. 561. 11. ed. São Paulo: Loyola, 2001, p. 159.
(2) Catecismo da Igreja Católica. Tópico n. 562. 11. ed. São Paulo: Loyola, 2001, p. 160.
(3) Mons. João S. Clá Dias, EP. Paz no mundo e nas famílias. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. I, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 130-131.

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Revista Arautos em Foco – Dezembro 2013

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

N. 144

Dezembro 2013

Capa:

Menino Jesus pertencente

aos Arautos do Evangelho,

revestido da casula sacerdotal

Foto: Timothy Ring

A Revista Arautos do Evangelho n. 144, do mês de Dezembro de 2013 traz como destaque a sublimidade do Mistério Inefável do Natal. O Editorial aborda o paradoxo do “sinal de contradição” representado pelo nascimento do Menino Jesus, anunciado pelo profeta Simeão, quando tomou em seus braços o Pequenino, na Sua apresentação no Templo. Essa contradição irá acompanhar os homens ao longo de sua trajetória nesta Terra: “A oposição entre os filhos das trevas e os discípulos do Divino Mestre se verificará ao longo da História, dando origem a perseguições, lutas e martírios padecidos pelos que acolheram a Luz. Pois se, de um lado, foi prometida a paz aos amados de Deus, de outro, devem estes estar dispostos a enfrentar contrariedades pela fidelidade ao Verbo Encarnado. Porque a verdadeira paz é a tranquilidade da ordem e não uma harmonia aparente sob a qual pode se disfarçar o pecado”.

A Voz do Papa deste mês traz excertos da Homilia proferida pelo Papa no Cemitério Verano, em Roma no dia 01/11/2013, na qual recorda que “morrendo na Cruz, Cristo abriu-nos as portas do Céu. E esta é a nossa esperança: no ocaso de nossa existência terrena seremos acolhidos pelo Cordeiro de Deus para a vida eterna”; no seu pronunciamento na Audiência Geral de 23/10, o Santo Padre lembrou que Maria é modelo e figura da Igreja e que devemos pedir ao Senhor para que nos conceda a sua graça, a sua força, a fim de que na nossa vida se reflita o modelo de Maria, Mãe da Igreja. O n. 144 traz ainda trechos da Videomensagem para a vigília de oração na Jornada Mariana, em 12/10/2013, na qual, novamente falando de Maria, o Papa recorda que Ela aponta para Jesus, convida-nos a dar testemunho de Jesus, guia-nos sempre para o Seu Filho Jesus, sustentando-nos em nossas dificuldades.

O Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho, no Comentário ao Evangelho de Mateus 11, 2-11, que a Liturgia propõe para o Terceiro Domingo do Advento, Domingo “Gaudete”, nos faz ver que “a procura da felicidade norteia a existência de toda criatura humana, por disposição divina. A Liturgia deste Domingo indica o verdadeiro caminho para encontrá-la e oferece um exemplo seguro a seguir”. E qual é o verdadeiro caminho da felicidade? Aponta-o Monsenhor João Clá: Pertencer a Jesus Cristo! “Feito para pertencer a Nosso Senhor Jesus Cristo, o ser humano se realiza na medida em que assume com seriedade sua condição de batizado, membro da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, dando passos adiante na prática da virtude e na busca da santidade. Quanto mais avançarmos nessa via, maior é a alegria que nos invade, assim como o desejo de progredir ainda mais”. Não deixe de ler o Comentário completo, a partir da página 10.

O Pe. Rodrigo Alonso Solera Lacayo, EP em seu artigo intitulado O milagre que mais estremece a ordem do universo, referenciando-se em São Tomás de Aquino, tratando da transubstanciação na Santíssima Eucaristia, lembra que este extraordinário milagre não encontra nenhum paralelo na ordem natural, que possa explicar “convenientemente o milagre”. “Portanto, ao considerarmos qualquer aspecto da Eucaristia, devemos reconhecer que estamos, em certo sentido, perante o maior mistério da Fé!” Mas, a profundidade do Mistério não nos exige de buscarmos as luzes possíveis sobre ele. “Um estudo piedoso, com a ajuda da Graça – pode ser de sumo proveito para nossa vida espiritual, pois ilumina nosso entendimento, inflama nossa caridade e nos arma contra os erros que nos podem desviar da Fé”. É justamente o que faz com exímia competência o sacerdote Arauto: vale muito a pena debruçar-se sobre este estudo, para procurar conhecer mais sobre o Mistério da Eucaristia. A partir da página 18.

Uma Missão Mariana a 4 mil metros de altura! Foi o que fizeram os Arautos do Evangelho no Peru, na zona mineira daquele País, chamada Serra da Huancalelica, situada a pouco mais de 400 Km da capital, Lima. Aproveitando uma semana de férias escolares, para lá se dirigiram um grupo de aspirantes arautos, liderados por dois missionários. O relato dessa Missão, com o testemunho do enorme contentamento de todos, encontra-se nas páginas 26 e 27 da Revista.

Arautos no Brasil traz notícias sobre atividades dos Arautos do Evangelho em várias cidades brasileiras, com destaque para atividades realizadas em Campo Grande, Vitória, Cuiabá, Nova Friburgo (RJ) e Macuco (RJ), além da capital baiana, Salvador.

A seção Arautos no Mundo  traz inúmeras atividades desenvolvidas pelos Arautos nos Estados Unidos, na Índia, na Guatemala e Moçambique. Destaque especial para um Encontro do Apostolado do Oratório realizado no mês de setembro nas Ilhas Maurício, situadas a leste de Madagascar. Nessas ilhas, mais de 600 famílias participam com entusiasmo do Apostolado dos Oratórios e um missionário Arauto para lá se dirigiu, para reuni-las e incentivá-las. Inúmeras atividades realizadas ainda, em Roma, aonde, por ocasião da Jornada Mariana, arautos conduziram na Praça de São Pedro a imagem de Fátima, levada especialmente da Capela das Aparições para o evento. Atividades ainda em outras cidades da Itália, na Colômbia e na Espanha.

Uma menina de 7 anos que oferece – através de singelas cartinhas endereçadas a Deus Pai, a Jesus, ao Espírito Santo e a Nossa Senhora, todos os seus atrozes sofrimentos em reparação aos pecados cometidos pela humanidade. Que oferece cada gota de seu padecimento, por exemplo, pelas missões na África e pela conversão dos pecadores. Esta é a vida da Venerável Antonieta Meo, que é narrada, a partir da página 34, pela Irmã Mary Teresa MacIsaac, EP. “De tal modo compreendeu e amou o valor expiatório do sofrimento em tão tenra idade, que ainda não havia completado os sete anos quando conquistou a Pátria Celeste”. Um exemplo – não somente para as crianças e jovens, mas para os adultos que venham a passar por algum sofrimento.

A Palavra dos Pastores deste n. 144 traz trechos da Homilia pronunciada por Dom António Jose da Rocha Couto, Bispo de Lamego – Portugal, no dia 27/10/2013, por ocasião da comemoração do Dia do Exército. Na homilia, ao tratar da Oração, lembra o prelado que “Na parábola do fariseu e do publicano Nosso Senhor nos mostra que a nossa oração tem que ser humilde, mas também um ato de verdade e de coragem, que implica o máximo risco”.

A seção Histórias para crianças… ou adultos cheios de Fé? deste mês de Dezembro de 2014, em artigo assinado pela Irmã Patricia Victoria Jorge Villegas, EP conta a história de uma nobre senhora que compreendeu o verdadeiro sentido do Natal – e como podemos utilizar desta ocasião para proporcionar verdadeiras alegrias a Nossa Senhora e ao Menino Jesus.

A Revista Arautos do Evangelho n. 144, do mês de Dezembro de 2013 está muito rica em conteúdo e ilustrada com belíssimas fotos. A seção Aconteceu na Igreja e no mundo traz inúmeras notícias de atualidade católica, por exemplo, a beatificação de 522 mártires, realizada na Espanha, no dia 13 de Outubro. Além de muitas outras notícias de grande interesse.

Por isso, querido leitor, queremos convidá-lo a maravilhar-se com a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade! É uma excelente companhia para toda a sua família. Leiam a Revista em família, em suas reuniões de Grupo e nas horas vagas do seu trabalho. A Revista Arautos é cultura católica de primeira qualidade.

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas.

Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

“A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

(www.revistacatolica.com.br)

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“As ondas da incredulidade, da soberba, da auto suficiência humana ameaçam atravessia do mar da vida”, afirma o arcebispo de Maringá

Maringá – Paraná (Terça-Feira, 26/11/2013, Gaudium Press) Com o fim do Ano da Fé e a solenidade de Cristo Rei, ocorridos no último domingo, Dom Anuar Battisti, Arcebispo de Maringá, no Estado do Paraná, escreveu um artigo intitulado “Será que vai encontrar Fé sobre a terra?”. No texto, ele afirma que o Papa Bento XVI, ao criar o Ano da Fé, quis proporcionar uma oportunidade para que todos os fiéis compreendessem o fundamento principal da Fé Cristã: o encontro pessoal com Jesus.

Assim dizia Bento XVI: “O fundamento da Fé Cristã é o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. Para Dom Anuar, fundamentada no encontro com Jesus Cristo ressuscitado, a Fé poderá ser redescoberta na sua integridade e em todo o seu esplendor. O Papa ainda ressaltou: “Também nos nossos dias a Fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar para que o Senhor conceda a cada um de nós viver a beleza e a alegria de sermos cristãos”.

Segundo Arcebispo, diante deste grande desafio do homem e da mulher de hoje, cuja Fé é abafada por tantas ideologias, pelo mundo do ter e do prazer, pelo materialismo selvagem que leva ao consumismo sem limites, pelo homem e a mulher se colocarem no lugar de Deus determinando o que pode e o que não pode, fez com que perdêssemos a beleza e a alegria de sermos cristãos.

“Perder a alegria e a beleza significa perder o sentido de viver, de lutar, de criar amizade verdadeira, de trabalhar não só para ganhar essa vida, mas a outra, que é a verdadeira vida. Esse ano foi e continuará sendo uma oportunidade de refazer em nós o dom de acreditar”, destaca o prelado.

Dom Anuar salienta que a pergunta de Jesus é preocupante: “O Filho do homem, quando voltar encontrará fé sobre a terra?” (Lc 18,8). Ele acredita que a prepotência do ser humano, o domínio da técnica sobre a liberdade, fazendo-nos escravos do tempo e do momento, manipulados de todos os lados pelos meios modernos de comunicação, tudo isso faz com que esqueçamos os valores mais simples e fundamentais da vida humana.

Ainda de acordo com o prelado, vale recordar o que a Sagrada Escritura diz: “Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes”. Obedecei pois a Deus, e ele se aproximará de vós. Purificai as mãos, ó pecadores, e santificai os corações, homens dúbios. Ficai tristes, vesti o luto e chorai. Transforme-se em luto o vosso riso, e a vossa alegria em desalento. Humilhai-vos diante do Senhor, e ele vos exaltará (Tg 4,10).

Outra questão abordada pelo Arcebispo diz respeito ao fato de que não foi por acaso que o próprio Jesus repreendeu os discípulos dizendo: “Porque vocês tem medo, homens de pouca fé?” (Mt 8,26). Ele explica que na travessia do mar, cujas ondas ameaçavam um naufrágio, tomados pelo medo, esqueceram que o Senhor estava ali, julgando que estivesse dormindo. “Só podiam sentir medo. Estamos no meio do mar. As ondas da incredulidade, da soberba, da auto suficiência humana, do sentir-se deuses, ameaçam atravessia do mar da vida”, enfatiza.

Por fim, Dom Anuar nos convida a levantarmos a cabeça, olharmos para o grande horizonte da vida humana e divina que vivemos. Conforme ele, não estamos perdidos, pelo contrário, celebramos no domingo a festa de Cristo Rei, um Rei sem reino e sem trono, sem coroa e exército, mas de poder e majestade que nos oferece a verdadeira vida.

“No encontro pessoal com Jesus, refazemos a nossa Fé a cada dia. Dobrando os joelhos e inclinando a cabeça diante do Rei encontraremos a razão de crer e continuar o caminho de salvação com pés no chão e os olhos no céu. Só assim, ao voltar, o Filho do Homem encontrá um povo que vive e caminha na Fé e da Fé”, conclui. (FB)

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Revista Arautos em Foco – Novembro 2013

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

 N. 143

Novembro 2013

Capa: Arautos do setor feminino conduzem a imagem de Nossa Senhora Aparecida ao altar-mor do Santuário durante a V Peregrinação Nacional do Apostolado do Oratório.

Foto: Leandro Souza

“Num ambiente de muita piedade e alegria”, foi realizada, no dia 14 de Setembro a V Peregrinação Nacional a Aparecida, promovida pelo Apostolado do Oratório Maria Rainha dos Corações. Na ocasião, 11 mil participantes lotaram a Basílica Nacional de Aparecida, “onde puderam depositar seus pedidos aos pés da Virgem Mãe Aparecida e agradecer-Lhe os incontáveis favores recebidos”. Este é o destaque da capa da Revista Arautos do Evangelho n. 143, do mês de Novembro de 2013. A matéria completa sobre a V Peregrinação encontra-se a partir da página 26.

Por sua vez, o Editorial aborda a consonância que deve haver entre o “zelo operativo…sem deixar de ter as vistas e o coração postos no sobrenatural”, o que justamente caracteriza toda a atuação dos Arautos do Evangelho, no Brasil e no mundo.

A Voz do Papa deste mês traz excertos do Discurso, proferido pelo Papa em 27/09/2013 aos catequistas vindos a Roma em peregrinação, por ocasião do Ano da Fé e do Congresso Internacional de Catequese. Nesse discurso, Francisco lembra que o “catequista tem a maravilhosa missão de educar na Fé, e deve exercê-la recomeçando de Cristo”. O Pontífice manifesta o seu contentamento de que “haja, no Ano da Fé, este encontro para vós: a catequese constitui uma coluna para a educação da Fé, e são precisos bons catequistas!”.

No Comentário ao Evangelho de Mateus 5, 1-12ª, que a Liturgia apresenta para a Solenidade de Todos os Santos, o Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho, lembra que nesta Solenidade, a “Igreja nos convida a ver com esperança nossos irmãos celestes, como estímulo para percorrermos por inteiro o caminho iniciado com o Batismo e atingirmos a plena felicidade na glória da visão beatífica”. Muito oportunamente, lembra ainda Monsenhor que “Santos são todos os que fazem parte do Corpo Místico de Cristo, não só os que conquistaram a glória celeste”. Em seu artigo, o Monsenhor João Clá estimula todos a pedir a intercessão de todos os santos “a fim de um dia nos encontrarmos em sua companhia no Céu. Enquanto lá não chegarmos, podemos nos relacionar com essa enorme plêiade de irmãos celestes, membros do mesmo Corpo [Místico], por um canal direto muito mais eficiente do que qualquer meio de comunicação moderno: a oração, o amor a Deus e o amor a eles enquanto unidos a Deus. Tenhamos a certeza de que, do alto, eles nos olham com benevolência, rogam por nós e nos protegem”.

Continuando a abordagem de aspectos da vida de Dona Lucilia Ribeiro dos Santos Corrêa de Oliveira, o número de Novembro, traz artigo intitulado “O calor dessa bondade” em que destaca que a bondade de Dona Lucilia não se restringia a seu ambiente doméstico, mas se estendia a todos os que com ela tivessem contato. Sobre essa calorosa bondade, declarou um sobrinho: “Tia Lucilia ficou marcada para mim a vida inteira como uma santa… Porque uma tão grande bondade ficou como que impregnada em mim, e até hoje ainda sinto o calor dessa bondade”. Vale a pena conferir este belo artigo, a partir da página 18.

 O Diácono Flávio Roberto Lorenzato Fugyama, EP em seu artigo intitulado Jesus se oculta nos superiores, ao narrar um surpreendente fato havido com o Beato Stefano Bellesini no momento de seu sepultamento, trata da grandeza da virtude da obediência “em aras da qual as almas consagradas imolam aquilo que têm de mais precioso: a própria vontade”. Dessa magnífica “virtude da obediência deram-nos o mais sublime exemplo Jesus e Maria”, como descreve São Paulo: “Sendo Ele [Cristo] de condição divina, não Se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a Si mesmo, assumindo a condição de escravo … tornando-Se obediente até a morte, e morte de Cruz” (Cf. Fl 2, 6-8).

Arautos no Brasil traz notícias sobre atividades dos Arautos do Evangelho em todo o País, em Curitiba, Cuiabá e Nova Friburgo, com destaque para a visita realizada por participantes do Curso de Formação Teológica, ao Hospital Geriátrico Dom Pedro II, no Bairro do Jaçanã, na capital paulista.

A seção Arautos no Mundo  traz inúmeras atividades desenvolvidas pelos Arautos na Colômbia, Peru, Equador, além da peregrinação da imagem peregrina em Honduras.

A Irmã Maria Teresa Ribeiro Matos, EP apresenta a extraordinária vida de São Martinho de Porres. Nascido a 09 de dezembro de 1579, em Lima, no Peru, este grande santo, “misto de fidalgo e homem do povo, suas virtudes esplendecentes contribuíram para conferir à civilização peruana do seu tempo uma beleza e uma ordenação católicas até hoje insuperáveis”. Entrou para o Convento do Rosário, dos dominicanos, com apenas 14 anos, exercendo as mais simples funções, por exemplo, tarefas domésticas, como “varrer salões e claustros, a enfermaria, o coro e a igreja da grande propriedade, que abrigava por volta de 200 religiosos, entre noviços, irmãos leigos e doutos sacerdotes”. A visão sobrenatural de Frei Martinho “fazia-o compreender bem a glória que há em servir, à imitação do próprio Cristo Jesus, que Se encarnou para nos dar exemplo de completa submissão”. A humildade extraordinária e sua intensa espiritualidade fizeram com que a Providência permitisse ao santo realizar, ainda em vida, incontáveis milagres. Com “o exemplo de sua vida ele nos demonstra ser possível alcançar a santidade pelo caminho que Cristo nos ensina: amando a Deus, em primeiro lugar, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente; e, em segundo, ao próximo como a nós mesmos”.

A Palavra dos Pastores deste n. 143, traz artigo assinado por Dom Javier Echevarría Rodríguez, Prelado do Opus Dei, intitulado Batismo e Reconciliação, no qual comenta que o “Sacramento do Batismo nos introduz na grande família dos filhos de Deus. E quando dela nos excluímos, pelo pecado mortal, o da Reconciliação nos regenera, limpa e purifica”.

Em Histórias para crianças… ou adultos cheios de Fé? Maria Beatriz Ribeiro Matos narra as provações do jovem Gustavo que, órfão de pai e mãe, em seus momentos de maior provação espiritual, foi socorrido por Maria Santíssima. Nunca se ouviu dizer… uma bela história, a partir da página 46.

É certamente possível elevar nossa alma, buscando as coisas do alto, mesmo quando estamos realizando as tarefas mais simples do dia-a-dia. É o que demonstra Fahima Spielmann no artigo Pináculo de pedra, auge de amor. Exemplo extraordinário dessa disponibilidade para Deus é a vida de Santa Teresinha do Menino Jesus, a qual, mesmo sem sair do Convento, realizou obras grandiosas.

Com suas fotos e ilustrações de muito bom gosto e sua qualidade gráfica, o número 143, da Revista Arautos do Evangelho de Novembro de 2013 tem ainda muitas outras seções, por exemplo Aconteceu na Igreja e no mundo que traz as principais notícias do mundo católico. É a melhor companhia que a família católica pode desejar!

Por isso, querido leitor, queremos convidá-lo a maravilhar-se com a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade! Leia a Revista em família, em suas reuniões de Grupo e nas horas vagas do seu trabalho. A Revista Arautos é cultura católica de primeira qualidade.

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas

Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa   Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

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