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Nossa Senhora, esposa do Espírito Santo

Apresentamos aos leitores do Blog a segunda postagem da seção TV Arautos em Foco, espaço dedicado a programas que discutem temáticas da Fé Católica, cujas abordagens estão pautadas nas Sagradas Escrituras, no Catecismo da Igreja Católica e na Doutrina Cristã.

 Considerando que no mês de setembro a Santa Igreja dedica três datas em homenagem à Santíssima Virgem: Festa da Natividade de Nossa Senhora (08.09), Santíssimo Nome de Maria (12.09) e a Celebração de Nossa Senhora das Dores (15.09), dedicamos esta postagem para conhecermos ainda mais os ensinamentos da Santa Igreja sobre “Nossa Senhora, esposa do Espírito Santo”.

Assim, trazemos ao conhecimento dos leitores um programa no qual o Revmo. Pe. Alex Brito, EP trata, com didática e clareza, de uma pergunta formulada por um fiel, mas que se faz presente na vida de muitos católicos:

Nossa Senhora é esposa fidelíssima do Espírito e São José seu castíssimo esposo. Qual a diferença entre os dois termos de esposo?

 Acompanhemos as explicações do Sacerdote clicando no link abaixo.

http://www.arautos.org/tv/interna.html?id=4561&title=Maria%2C+esposa+do+Esp%C3%ADrito+Santo

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Livros imperdíveis – Memórias do Oratório de S. Francisco de Sales

Memórias do Oratório de S. Francisco de Sales

por São João Bosco

Título:    Memórias do Oratório de São Francisco de Sales (1815-1855)

Autor:     São João Bosco

               Tradução P. Fausto Santa Catarina

Editora: Ed. Salesiana Dom Bosco. São Paulo, 1982.

São João Bosco

Há livros tão interessantes, atraentes, bem escritos e capazes de fazer com que seus leitores se liguem a eles de modo tão intenso que a sua leitura é repetida por várias vezes ao longo dos anos. Quando são livros suscitados pelo Amor a Deus e pela obediência, são ainda mais eficazes. É este precisamente o caso do nosso Livro Imperdível deste mês: Memórias do Oratório de São Francisco de Sales, escrita pelo grande São João Bosco, fundador da Ordem Salesiana.

Imaginemos a cena de um pai de família que sem deixar-se levar por pretensões literárias, procure falar a seus filhos com o coração aberto, rememorando as muitas histórias, aventuras, perigos e apertos pelos quais passou ao longo da vida. Exatamente desta maneira, São João Bosco dirige-se a seus filhos e lhes dá a conhecer, neste livro, todos os detalhes que envolveram a fundação e o desenvolvimento dos seus Oratórios (como era conhecida a Obra dos Salesianos em seu início), durante as suas primeiras décadas, de 1815 a 1855.

Este livro foi escrito em obediência a uma determinação do Papa Pio IX. De fato, em sua primeira viagem a Roma, no ano de 1858, Dom Bosco foi aconselhado pelo Pontífice a escrever a história e os elementos sobrenaturais que envolveram a fundação de sua Congregação. O Santo adiou esta tarefa o quanto pode. Quando finalmente voltou a Roma, no ano 1867, querendo Pio IX saber se o trabalho estava concluído, Dom Bosco argumentou que inúmeras atividades o impediam de tocar esse projeto. Ordenou então o Papa que ele o fizesse o quanto antes, pois serviria de exemplo e de inspiração para as gerações futuras. Dom Bosco atendeu e, felizmente, esta magnífica obra chega até nossos dias.

João Bosco nasceu no ano de 1815, numa pequena vila nos arredores de Turim, região do Piemonte, Norte da Itália. Perdeu seu pai quando tinha apenas dois anos e foi criado por sua virtuosíssima Mamma Margarida, na companhia de dois irmãos (o mais velho, Antonio, era seu irmão apenas por parte de pai). 

A sua família enfrentou inúmeras dificuldades materiais, sem, contudo esmorecer na Fé. Sua mãe foi exímia em formá-lo no caminho da santidade.  Por exemplo, no momento em que, ao entrar no Seminário, iria revestir-se do hábito eclesiástico, com firmeza falou sua mãe: Prefiro ter como filho um pobre camponês, a um padre negligente nos seus deveres” (1). Esses conselhos que levavam ao cumprimento exímio do dever, acompanharam-no por toda a vida.

Este Santo foi agraciado pela Providência com numerosos dons naturais que saltam aos olhos durante a leitura do livro: inteligência luminosa, memória inigualável, vigor físico arrebatador, aliada a uma força de vontade extraordinária. Estes dons naturais certamente o favoreceram durante a vida, mas, sobretudo, foi a total correspondência aos dons sobrenaturais, que fez de São João Bosco este grande Fundador. Tivesse ele levado em conta apenas seus dons naturais, poderia ter-se tornado um grande literato, um empresário de sucesso, um professor ilustre, mas, não um Fundador. Afinal, que são essas conquistas humanas diante do brilho que este Santo tem, no Céu, por toda a eternidade?

Nossa Senhora Auxiliadora – Basílica de Maria Auxiliadora – Turim, Itália

Desde o primeiro sonho (revelação mística) que teve aos nove anos de idade, que lhe fez antever o que a Providência Divina lhe reservava, João Bosco procurou escutar e atender – por toda a vida – aos chamados recebidos. Por isso, ele é a prova viva de que os dons naturais, quando potencializados pela Graça Divina, podem levar o ser humano a verdadeiros prodígios, em prol do serviço de Deus e da Igreja. São João Bosco sofreu inúmeras perseguições – internas e externas –, mas, soube entregar suas dificuldades, suas angústias ao auxílio de Nossa Senhora, cuja Devoção sua mãe imprimiu em sua alma desde a mais tenra idade. A Devoção a Nossa Senhora levou-o a construir, anos mais tarde, a belíssima Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora em Turim, até hoje um dos santuários mais visitados em todo o mundo!

A Providência sempre foi pródiga em recompensar e atender a esse filho muito fiel! Um exemplo tocante é a ação do seu Anjo da Guarda, que inúmeras vezes o protegeu sob a figura de um enorme e valente cão cinzento, o “Grigio. São fatos emocionantes e encantadores relatados pelo Santo.

Por que este livro é Imperdível?

O objetivo prioritário de São João Bosco neste livro é apresentar aos seus filhos, numa narrativa atraente e despretensiosa, as inúmeras aventuras vividas por ele nos seus primeiros 40 anos de vida, sobretudo as dificuldades que enfrentou para estabelecer estavelmente o seu Oratório, o qual tinha como meta atender aos inúmeros meninos carentes que então perambulavam pelas ruas de Turim, sem haver quem com eles se preocupasse. Estas pobres almas acabavam por cair na criminalidade e, invariavelmente iam parar nas cadeias, de onde saíam ainda piores do que entraram.

Porém, numa análise mais profunda, as narrativas de São João Bosco, serviram também para inspirar outros Fundadores e outras instituições, que futuramente viriam a dedicar-se a este mesmo apostolado com os jovens. Não apenas com jovens pobres no sentido material, mas, principalmente, com os jovens pobres na Fé, espiritualmente desamparados e carentes de ouvir a Boa Nova no caótico mundo contemporâneo.

Por outro lado é também riquíssima a experiência que nos deixa a narrativa do Santo a respeito do funcionamento das instituições em sua época, principalmente as Escolas Católicas: “(…) é bom lembrar que naqueles tempos a religião formava parte fundamental da educação. Um professor, que mesmo por brincadeira pronunciasse uma palavra indecorosa ou irreligiosa, era imediatamente destituído do cargo. Se assim acontecia com os professores, imaginai a severidade que se usava com os alunos indisciplinados ou escandalosos!” (2) Quão diferente dos tempos atuais!

Este grande Fundador desenvolveu também um sistema de pregações simples, atraentes e acessíveis a todas as pessoas; esta simplicidade, carregada de conteúdo e profundidade, era o segredo para atrair a si milhares de almas. Próprio dos grandes santos! São João Bosco também nunca fugiu da luta pelo bem das almas e pela defesa da Igreja, extremamente perseguida no seu tempo. Utilizou com eficiência dos meios que dispunha à época para comunicar-se com os fiéis e levar a eles a Doutrina, publicando livros, jornais e folhetos em tiragens espetaculares para a época. Hoje em dia, certamente também se utilizaria dos meios disponíveis, como faz o Fundador dos Arautos, Monsenhor João Clá Dias, aliás, grande devoto deste Santo.

Enfim, seriam necessárias milhares de palavras para descrever as grandezas deste livro: Imperdível pelo seu conteúdo e pelo seu estilo; mas, principalmente, pelos ensinamentos que a sua agradável leitura proporciona. Com toda a certeza os leitores que deste livro se aproximarem poderão auferir dele uma alegria verdadeira – aquela mesma alegria que experimentou São João Bosco ao narrar a seus filhos as suas inúmeras aventuras.

São João Bosco, rogai por nós e protegei a nossa juventude!

Salve Maria!

Por João Celso


(1) São João Bosco. Memórias do Oratório de São Francisco de Sales (1815-1855). Trad. P.Fausto Santa Catarina. São Paulo: Ed. Salesiana Dom Bosco, 1982. P. 68.

(2) Op.cit. pág. 43

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Revista Arautos em Foco – Setembro 2013

 1 MILHÃO DE LEITORES EM TODO O MUNDO!

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

N. 141

Setembro 2013

Capa:

“O filho pródigo”, vitral da Catedral de São João Batista, Charleston (Estados Unidos)

Neste mês de Setembro de 2013, em sua edição n. 141, a capa da Revista Arautos do Evangelho ilustra, através da foto de um belo vitral da Catedral de Charleston, nos Estados Unidos – e com a inscrição O Pai perfeito – a extrema bondade manifestada pelo pai que acolhe com misericórdia o filho pródigo.

Fazendo referência a este mesmo assunto, o Editorial deste número 141, cujo título é O Grande Retorno da “Humanidade Pródiga”, demonstra que a liberdade e a razão são dons preciosos concedidos por Deus à humanidade. No entanto, o homem, ao longo dos últimos séculos utilizou esses dons para seu próprio bem-estar; desenvolveu a humanidade um suposto progresso em todas as áreas (ciências, artes, leis, comunicações, tecnologias, etc.), mas, um progresso que não coloca Deus em seu centro, fazendo referência ao filho pródigo narrado nos Evangelhos, que abandona a casa paterna para usufruir de prazeres mundanos: “O filho pródigo do Evangelho perdeu sua herança porque desejou gastá-la longe da casa do pai, e a humanidade parece ter perdido a luz da razão porque julgou-se capaz de usá-la sem Deus”. Tendo desperdiçado a sua “fortuna da inteligência e da liberdade”, restou à humanidade contemporânea apenas as “bolotas dos porcos”. É hora, portanto de, com o auxílio da Mãe das Misericórdias – Maria Santíssima – voltar a humanidade à casa paterna, pois exatamente isso foi previsto por Ela em Fátima, quando prometeu “Por fim o meu imaculado coração triunfará”.

Voz do Papa traz excertos da Homilia proferida pelo Santo Padre Francisco na Santa Missa para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro em 28 de Julho. Em suas palavras, o Papa convida os jovens a serem discípulos de Jesus Cristo, através da missão: “Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir”. Na homilia na Santa Missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o Santo Padre lembra o papel de Maria na busca por Cristo, pois é dela que se aprende o verdadeiro sentido do discipulado; “Eu venho bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós (…) a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um país e de um mundo mais justo”.

No Comentário ao Evangelho de Lucas 15,1-32 que a Liturgia propõe para o XXIV Domingo do Tempo Comum, Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho, nos recorda que “face às objeções farisaicas, Nosso Senhor traduz em parábolas seu encanto em perdoar os homens, cumulando-os de misericórdia. E, ao mesmo tempo, mostra como nem todos aceitam o convite para se beneficiar das riquezas desse perdão redentor”. Em suma, o Comentário ao Evangelho deste mês é um belo Tratado, no qual Mons. João Clá expõe com clareza as sutilezas do Amor de Deus para conosco, Amor que se traduz na maneira misericordiosa como Ele nos perdoa. A Justiça de Deus não é feita de acordo com os “limitados critérios humanos”. Após estudar este Comentário, o leitor da Revista Arautos do Evangelho terá uma visão completa da forma como Deus age em nossas vidas: “no ‘fiat’ de Maria Santíssima, o perdão de Deus se fez carne e habitou entre nós (Cf. Jo 1,14)”.

Interessantíssimo e muito bem referenciado artigo do Pe. Arnóbio José Glavam, EP intitulado Como surgiu a Bíblia traz uma profunda formação, em linguagem clara e acessível sobre “como surgiram os livros sagrados, qual o critério de seleção utilizado e com que autoridade foram eles adotados ou rejeitados”. Escritos por mãos humanas, mas sob total inspiração do Divino Espírito Santo, são autenticamente a Palavra de Deus. “O eixo divino em torno do qual giram ambos os Testamentos é a pessoa de Jesus Cristo: no Antigo, Ele é o anunciado; e o Novo é a realização desse anúncio”. Este é um artigo que deve ser estudado com afinco por todos aqueles que se interessam pelas sagradas escrituras.

A seção Arautos no Mundo descreve as inúmeras atividades desenvolvidas pelos Arautos em vários países como, Costa Rica, República Dominicana, Itália, Equador, Espanha, destacando as inúmeras peregrinações, nos mais diversos ambientes da Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria. Visitando paróquias, hospitais, locais públicos e inúmeras residências, os Arautos levam aos irmãos mais necessitados de apoio espiritual e material, as bênçãos de nossa Mãe Celestial.

Arautos no Brasil destaca apostolado realizado em diversos Estados brasileiros: Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraná. Neste último houve, em Ponta Grossa, um Encontro Regional dos Cooperadores (“Terciários”) no qual foi abordado como tema o valor do oração. A revista deste mês de setembro destaca a visita do Emmo. Cardeal Antonio María Rouco Varela, Arcebispo de Madri (Espanha) que, aproveitando sua viagem ao Brasil para participar da JMJ, quis visitar o Seminário dos Arautos do Evangelho em Caieiras (Serra da Cantareira, SP), onde celebrou Missa na Basílica de Nossa Senhora do Rosário.

“Boca de Ouro”. Este é o cognome de São João Crisóstomo, cuja vida é narrada pela Irmã Angela Maria Tomé, EP. A partir da página 32 da revista deste mês de Setembro/13, em artigo denominado A força da palavra, demonstra a autora o quanto soube este grande Santo usar do poder da palavra: “Ele não visava obter aplausos: servia-se do púlpito para levar as almas a Deus e Deus às almas”. Este Santo soube demonstrar na prática, nas palavras de Monsenhor João Clá, que “a Palavra de Deus tem uma força irresistível. Ela é a mais poderosa arma que existe; arma de conquista, arma de transformação muito mais poderosa do que a bomba atômica! Um orador sacro bem preparado, que transmita a palavra revelada, tem nas mãos um verdadeiro tesouro de influência e de possibilidades para fazer o bem”. Com toda justiça, São Pio X proclamou São João Crisóstomo, o “Boca de Ouro”, como patrono dos oradores sacros.

Quem poderia imaginar a existência de um mosteiro cisterciense em pleno coração do Brasil? Na pequena cidade de Claraval, no Estado de Minas Gerais, divisa com o Estado de São Paulo, existe esta joia. E alguns arautos foram visitá-lo, como narra Jorge Martínez, a partir da página 36. Vale a pena conferir as fotos e a descrição deste ambiente que transmite com muita propriedade o carisma da Ordem de Cister.

A doçura de uma mãe é revelada no desvelo que ela tem por seus filhos, principalmente quando os pequenos mais necessitam de seus cuidados maternos. Assim é narrado um episódio da vida de Dona Lucilia Ribeiro dos Santos Corrêa de Oliveira, extraído da obra Dona Lucilia, publicada recentemente Monsenhor João Clá Dias. Confira esta singela narrativa, a partir da página 38.

Em sua belíssima apresentação gráfica, que se revela desde a qualidade do papel utilizado até as fotos e ilustrações, o número 141, da Revista Arautos do Evangelho de Setembro de 2013 tem ainda muitas outras seções: notícias da Igreja no mundo, os resumos das vidas dos santos de cada dia; a seção História para crianças… ou adultos cheios de Fé? este mês com a história As duas moedas perdidas.

“Eis que estou à porta e bato”…, artigo da Ir. Juliane Vasconcelos Almeida Campos, EP nos chama a abrir a porta de nossa alma para a Graça de Deus: “Nossa morada interior é guardada pela mais robusta e impenetrável das portas. Esta, porém, tem a peculiaridade de não possuir fechadura pelo lado de fora”.

Por isso, querido leitor, queremos convidá-lo a ler – por que não – “meditar” a Revista Arautos do Evangelho em sua totalidade! Uma excelente companhia para toda a família!

Faça a sua assinatura, contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas

Salve Maria! Até o próximo mês.

Por João Celso

A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

(www.revistacatolica.com.br) 

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Tesouros da Fé Católica: qual a melhor maneira de comungar?

A existência humana é perpassada pela busca da compreensão sobre a vida espiritual e material. Os “por quês” povoam os pensamentos não apenas de crianças, mas dos adultos que, ao contrário dos pequeninos, ficam reticentes em perguntar algo que não compreendam. O que é Epifania? Por que Deus é Onipotente? Como os Santos ouvem nossas orações? O que é o Purgatório? O que é martírio? Por que Nosso Senhor disse que veio trazer não a paz, mas a espada? E assim por diante…

Com a intenção de explicar estas e outras questões passamos a veicular no blog uma sessão quinzenal, a partir de conteúdos produzidos pela TV Arautos nos quais são abordadas temáticas da Fé Católica, explicações sempre pautadas nas Sagradas Escrituras, na Doutrina Cristã e no Catecismo da Igreja Católica, com o intuito de que o leitor conheça uma riqueza inesgotável: os ensinamentos da Santa Igreja.

Iniciamos a sessão apresentando os “Tesouros da Fé”, uma série de programas nos quais o Revmo. Pe. Alex Brito, EP aborda de maneira didática questões formuladas por fieis. Neste primeiro programa que veiculamos o Sacerdote responde à pergunta: Qual a melhor maneira de comungar e quais nossos méritos?

Certamente o leitor já se perguntou: qual a diferença entre comungar o pão, como normalmente acontece na Santa Missa, e comungar sob as duas espécies, ou seja pão e vinho?

Acompanhemos as explicações do Sacerdote clicando no link abaixo.

 http://www.arautos.org/tv/interna.html?id=2884&title=Qual+%C3%A9+a+melhor+maneira+de+comungar+e+quais+nossos+m%C3%A9ritos%3F

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Livros Imperdíveis – Filotéia: Santificar-se vivendo no mundo!

Título:     Filotéia ou Introdução à vida devota

Autor:     São Francisco de Sales

                Tradução Frei João José P. de Castro, OFM

Editora:  Vozes, Petrópolis, 12ª ed., 1996 (453 p.)

Livros Imperdíveis deste mês apresenta a seus leitores uma das principais obras de espiritualidade da História da Igreja: Filotéia, ou Introdução à vida devota, escrita no início do século XVII (por volta do ano 1609) por São Francisco de Sales, Doutor da Igreja. Os sábios conselhos deste livro vêm, há séculos, animando e fortificando a vida espiritual dos católicos em todo o mundo. Sua atualidade e utilidade merecem ser apreciadas também pelos católicos de hoje.

São Francisco de Sales – Santa Cueva de Manresa, Espanha

São Francisco de Sales

O livro começa por apresentar a atraente biografia de São Francisco de Sales. Oriundo de família nobre, nasceu no Castelo de Sales, na Sabóia (hoje França) no ano de 1567. Desde seus primeiros ano de vida a família o instruiu com esmerada educação cristã. O jovem Francisco era dotado de muitos dons naturais, entre os quais, uma inteligência viva e força de vontade inabalável. Desde muito cedo buscou realizar estudos sérios, que o acompanharam durante toda a vida. São Francisco de Sales exerceu grande atividade literária, apesar de sua intensa ação pastoral. Retornando à sua terra natal, depois de anos de estudo em Paris e em Pádua (centros intelectuais à época) e, devido à sua condição social, Francisco portador de doutorado em Teologia e em Direito poderia ocupar posições de destaque na sociedade e obter muitas dignidades mundanas; mas, tocado pela Graça preferiu colocar seus talentos a serviço da Igreja de Cristo, seguindo a carreira eclesiástica, não sem certa oposição por parte de alguns familiares.

Foi ordenado sacerdote aos 27 anos e aos 35 anos sagrado Bispo de Genebra, diocese da qual se ocupou por toda a vida, travando ali inúmeras batalhas, procurando ser tudo para todos a fim de ganhar a todos para Cristo. Sua vida, incansavelmente dedicada ao Evangelho, foi relativamente curta falecendo aos 55 anos de idade, em 28 de Dezembro de 1622. Foi canonizado em 1665 pelo Papa Alexandre VII. Pio IX o elevou à dignidade de Doutor da Igreja e, em 1923, o Papa Pio XII o declarou Padroeiro da Boa Imprensa e dos jornalistas católicos.

Suas múltiplas ocupações, como Bispo e pastor de almas numa diocese que exigia dedicação extrema, não o impediram de escrever muitas obras para o bem da Igreja, entre as quais mais de 2.000 cartas, além de vários livros de cunho espiritual. Juntamente com Santa Francisca de Chantal é fundador da Congregação das Visitandinas.

Por que este livro é imperdível?

São Francisco de Sales já o declara no Prefácio: Este livro é dedicado prioritariamente àquelas pessoas que desejam santificar-se vivendo no mundo; por suas ocupações e deveres de estado, não podem levar vida como religiosos, afastados das atividades terrenas, fazendo parte de uma Comunidade Religiosa. As ordens religiosas, os Arautos do Evangelho, por exemplo, e outras instituições de vida consagrada possuem um conjunto de regras que facilitam a prática das virtudes.

Mas, nem todos podem ser religiosos. Como se santificar vivendo no mundo?

Comenta o Santo:

“Acontece muitas vezes que estas pessoas, sob o pretexto de uma impossibilidade pretensa, nem sequer pensam em aspirar à devoção. Imaginam que assim como animal algum ousa tocar naquela erva chamada Palma Christi [mamoneira-espinheiro], do mesmo modo pessoa alguma que vive no meio de negócios temporais pode fomentar pretensões à palma da piedade cristã. Mas vou mostrar-lhes que muito se enganam e que a graça é em suas operações ainda muito mais fecunda que a natureza. As madrepérolas são banhadas pelas águas do mar e, contudo, não são penetradas delas; (…) as almas generosas vivem no mundo sem impregnar-se do seu espírito, acham a doce fonte da devoção no meio das águas amargas das corrupções mundanas sem queimar as asas de santos desejos de uma vida virtuosa. (…) apesar de minha impotência, farei o que possível for de minha parte para auxiliar esses corações generosos que aspiram à devoção”. (1)

Filotéia

A partir da compilação de conselhos espirituais que São Francisco de Sales empregava para guiar seus filhos espirituais, Filotéia traz um verdadeiro programa de vida espiritual, para utilidade das pessoas que vivem no mundo secular. Conselhos úteis para quem quer adotar a resolução de se santificar.

O que é devoção? Como elevar a alma a Deus por meio da oração e da recepção dos sacramentos. E, ainda, como praticar as virtudes; como evitar as tentações mais comuns no caminho do crescimento espiritual; como conservar e renovar os bons propósitos; estes e muitos outros utilíssimos conselhos de vida espiritual são explicitados por São Francisco de Sales nesta obra.

Quer ter um Santo como seu diretor espiritual? Conheça Filotéia, ou Introdução à vida devota: nosso livro imperdível. Procure adquiri-lo o quanto antes e não tarde a iniciar o seu programa de vida, rumo ao céu!

Salve Maria!

Por João Celso


(1) Op.cit. p. 18-19.

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