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Revista Arautos em foco

“A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Santa Sé, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho”.

1 MILHÃO DE LEITORES EM TODO O MUNDO!

Resenha Mensal

da Revista

Arautos do Evangelho

 N. 138

Junho 2013

 Cerimônia de Ordenação Presbiteral Basílica Nossa Senhora do Rosário – Caieiras (SP)

     A foto de capa da Revista Arautos do Evangelho deste mês de Junho de 2013 traz em destaque a Cerimônia de Ordenação Presbiteral, que teve lugar na Basílica Nossa Senhora do Rosário no último mês de Abril. O Editorial destaca a existência de um enorme abismo entre a natureza humana e a Natureza Divina; na Igreja, os presbíteros são chamados a exercer o papel de ponte, auxiliando a transpor essa distância entre Deus e os homens. Com efeito,“ao presbítero foi conferida a insuperável dignidade de agir in persona Christi: através do seu ministério, quem ensina, governa e santifica é o próprio Jesus”. Os presbíteros são chamados a uma sublime e altíssima missão; deles “o povo fiel pede e exige – hoje mais do que nunca – não apenas o brilho da correção e da boa reputação, mas o esplendor da verdadeira santidade”.

         A Voz do Papa do presente mês traz excertos das homilias pronunciadas pelo Santo Padre em 14 e 23/04. Ao comentar as leituras que a Liturgia propõe, o Papa Francisco relembra a coragem dos Apóstolos quando respondem à ordem de cessarem a pregação da Mensagem de Jesus: “Importa mais obedecer a Deus do que aos homens”. A partir dessa ousadia, o Santo Padre questiona: “E nós? Somos capazes de levar a Palavra de Deus aos nossos ambientes de vida? Sabemos falar de Cristo, do que Ele significa para nós, em família, com as pessoas que fazem parte da nossa vida diária? A Fé nasce da escuta, e se fortalece no anúncio”. Um convite, portanto, para uma vida verdadeiramente cristã. Na homilia proferida em 23/04 o Santo Padre relembra as características da identidade cristã: “A identidade cristã não é dada por um bilhete de identidade; a identidade cristã é pertença à Igreja (…) não é possível encontrar Jesus fora da Igreja”. E ainda: é um absurdo “querer viver com Jesus sem a Igreja”. No discurso da audiência aos membros da Pontifícia Comissão Bíblica, o Papa Francisco relembra que a interpretação das Sagradas Escrituras “deve ser sempre confrontada, inserida e corroborada pela Tradição viva da Igreja”, pois existe uma unidade indissociável entre a Sagrada Escritura e a Tradição.

         O Comentário ao Evangelho do n. 138 da Revista Arautos traz o belíssimo trecho de Lucas (7,11-17) proposto pela Liturgia para o X Domingo do Tempo Comum. Com a clareza que lhe é peculiar, Monsenhor João Clá Dias, EP (Fundador dos Arautos do Evangelho) lembra que, normalmente, para realizar os seus milagres, “Jesus exigia uma prova de fé do favorecido. Mas, às vezes, era Ele que se adiantava a qualquer pedido e distribuía seus divinos benefícios e esse modo de agir encerra em si um profundo significado”. É precisamente o que ocorre neste caso, relatado no Evangelho, quando a Divina Misericórdia Encarnada vai ao encontro da viúva de Naim e ressuscita o seu filho. Conclui Monsenhor João Clá: “Em Jesus a capacidade de compadecer-Se das misérias e das necessidades dos outros é insuperável, inefável e até inimaginável por qualquer mente humana”. A leitura e reflexão deste Comentário deve levar-nos a uma maior confiança na Misericórdia de Deus para conosco.

         No mês de Maio próximo passado, a Revista Arautos anunciou o lançamento do livro de Monsenhor João Clá sobre a vida de Dona Lucilia. O número deste mês de Junho traz um trecho extraído dessa Obra, em que é apresentado ao leitor um aspecto muito saliente da vida de Dona Lucilia: “a prática da virtude da caridade para com o próximo”, manifestada no trato a uma enfermeira negligente, que colocou a vida de Dona Lucilia em risco, quando esta convalescia de uma grave cirurgia.

         O que é a mística? Consiste ela apenas em grandes fenômenos sobrenaturais reservados a um reduzido número de almas privilegiadas? Ou ela está ao alcance de todos os fiéis? Com muita competência teológica, o Pe. Ignacio Montojo Magro, EP aborda esse interessante e atual tema em seu artigo Um convite para todos: seja místico! E demonstra que “a porta da mística está aberta a todos” e que, nas situações mais simples da nossa vida espiritual, nós podemos encontrá-la!Portanto, se quisermos ser santos, sejamos místicos. Este artigo é um verdadeiro guia de vida espiritual.

         A seção Arautos no Mundo aborda as ordenações diaconais e presbiterais, ocorridas respectivamente nos dias 21 e 22 de abril na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em Caieiras, Grande São Paulo, quando foram entregues para o serviço da Igreja 11 diáconos e 11 sacerdotes dos Arautos do Evangelho. Os neo-ordenados são provenientes de vários países: Índia, Moçambique, Espanha, Nicarágua, Costa Rica, Venezuela, Colômbia, Equador, Chile, Paraguai, Uruguai e Brasil. São eles “novos servos para a messe”. Ainda nesta mesma seção, há destaques para atividades realizadas pelos Arautos no Canadá, na Espanha, na Colômbia e na Guatemala. Arautos no Brasil destaca os projetos Futuro e Vida realizados em vários colégios, em muitas localidades por todo o Brasil.

         A Irmã Isabel Cristina Lins Brandão Veas, EP apresenta uma biografia bastante completa de São Marcelino Champagnat, fundador da Congregação dos Irmãos Maristas: “No precioso legado deste Santo aos seus discípulos, destacam-se seu sapiencial método de educação e a devoção a Nossa Senhora, fundamento e quintessência da pedagogia marista”. Uma vida marcada por muitas dificuldades e provações, que consumiram a sua saúde. Mas, todas vencidas pelo Santo, através de uma enorme confiança no auxílio de Maria Santíssima.

         A seção A Palavra dos Pastores traz excertos da homilia proferida por Dom Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em 30/4/2013. Na homilia, o Prelado aborda aspectos da vida do Papa Pio V:“No serviço à integridade da Fé e à unidade da Igreja, Pio V manifestou um dos peculiares encargos do Sucessor de Pedro, que é chamado a garantir ao mesmo tempo a autêntica Fé apostólica e a unidade eclesial”.

         História para crianças… ou adultos cheios de Fé? deste mês traz um singelo, porém profundo, ensinamento sobre o papel da Fé em nossas vidas. Quando a ciência humana falha… é hora da Fé de Ouro agir!

         A Revista Arautos do Evangelho deste mês de Junho está ricamente ilustrada: traz na contracapa a foto de uma bela imagem de Santo Antonio (cuja Festa se comemora neste mês), com um trecho de um magnífico sermão deste grande Santo. Há também linda estampa e oração a Nossa Senhora, além de variadas notícias do que vai pelo mundo católico na seção Aconteceu na Igreja e no mundo.

         Enfim, convidamos você, caro leitor, a saborear por inteiro este número da Revista. Faça a sua assinatura contatando a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através deste BLOG e daremos as informações detalhadas. Leia a Revista em seus momentos de descanso, de reflexão, de estudo. Esta é uma excelente maneira de falar de Deus em família!

Até o próximo mês.

 João Celso

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60 anos da Câmara dos Vereadores

Desde 1953 a Câmara dos Vereadores de Maringá tem desempenhado as funções previstas em seu Regimento Interno, em especial a elaboração e apreciação de projetos de leis cujos efeitos incidem sobre a vida dos munícipes.

Os Arautos estiveram presentes na comemoração do 60° aniversário do Poder Legislativo Municipal. No dia 23 de junho a Casa estava em festa, repleta de autoridadese representantes da sociedade civil organizada. A seção foi dirigida pelo Presidente Ulisses Maia, contando com a presença dos vereadores da atual legislatura, ex-vereadores e ex-funcionários.

O gerente regional dos Correios Carlos Mariani fez o lançamento oficial, com a chancela do selo comemorativo de aniversário da Câmara. Foi também exibido um vídeo com um pequeno histórico do Legislativo em Maringá, além de outras homenagens, como a exposição no Hall da Câmara de fotos históricas do Legislativo.

Em continuidade à cerimônia os Arautos entraram em cortejo no Plenário, dando início ao concerto musical. Foram apresentadas as músicas Trumpet Voluntary, de Jeremiah Clark, Pavane, Die Schlacht, de Tylman Susato e Luar do Sertão, de Catullo da Paixão Cearense. Esta última foi entoada com uma letra adaptada para a ocasião. A apresentação encantou e sensibilizou os presentes, pois contou em versos um pouco da história da cidade.

 Luar da Câmara de Maringá

Ai que saudades do luar da minha terra

Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão.

Este luar cá da cidade tão escuro

Não tem aquelas saudades do luar lá do sertão.

Não há, ó gente, ó não, luar como este do sertão!

Este luar me dá saudades de um passado

Que o tempo fez ficar dourando como o luar do sertão.

História de um povo que tem prosperidade

Mas seu tesouro é a bondade que conservou no coração.

Não há, ó gente, ó não, luar como este do sertão!

No seu começo vem paulista, vem mineiro,

Mas depois vem mundo inteiro, da Itália ao Japão.

Em Maringá nasce este povo hospitaleiro

Vive e trabalha o dia inteiro alegre com satisfação.

Não há, ó gente, ó não, luar como este do sertão!

Trabalho sem governo não dá em progresso

Governo sem trabalho peço, escutem, não vai produzir.

Se hoje se diz que Maringá é um sucesso,

Governo e trabalho, expresso, conseguiram se unir.

Não há, ó gente, ó não, luar como este do sertão!

Elevo a prece ao Governo do Universo

Rogo com este último verso, para esta casa proteção.

Sessenta anos para um homem é uma vida,

Mas para a Câmara querida, seja futuro e expansão.

 Até a próxima!

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Frase da Semana – Imaculado Coração de Maria

Amemos  a Jesus com o Coração de Maria. E a Maria com o Coração de Jesus. E não tenhamos senão um só coração e um só amor com Jesus e Maria.”

 São João Eudes (1)

A Frase da Semana de hoje relembra a grande Festa do Imaculado Coração de Maria, celebrada no sábado seguinte à festa do Sagrado Coração de Jesus.

Esta proximidade das duas festas lembra a grande proximidade, ou, melhor, a interação existente entre as duas devoções. São João Eudes, “apóstolo incansável da devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria” (2), nascido no primeiro ano do século XVII (1601), autor da frase desta semana – que foi extraída de uma de suas mais belas orações, tinha tanto amor pelas duas devoções que,  a “chave de sua espiritualidade que foi a devoção ao Coração de Cristo, unido indissoluvelmente ao Coração de Maria” (3). Praticamente, considerava-a uma única devoção, indissociável. Foi esse Santo o grande propagador da devoção ao Imaculado Coração de Maria.

Porém, é na Mensagem de Fátima, quando Nossa Senhora faz aos pequenos pastores o seu apelo maternal, que a Devoção ao Imaculado Coração de Maria fica mais claramente explicitada: “Para salvar as almas ‘dos pobres pecadores, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração’ – dizia a Santíssima Virgem na aparição de 13 de julho de 1917, ao tratar do cerne de sua mensagem. Porém, não foi esta a única ocasião em que Nossa Senhora se referiu à importância dessa devoção. Mencionou-a diversas outras vezes nas suas mensagens, e tal insistência não pode deixar de ser seriamente considerada.” (4)

A confiança, portanto, no Imaculado Coração de Maria, pela qual chegamos mais facilmente ao conhecimento de Jesus Cristo, deve ser o farol a guiar a nossa vida espiritual, não apenas nesta grande Festa, mas em todos os dias de nossa existência. Imaculado Coração de Maria, que obtendes graças para os pecadores, rogai por nós! (5)

 (1) Congregação de Jesus e Maria (Eudistas). Orar com João Eudes. Frase extraída da oração “Um só coração”. Disponível em: http://www.eudistes.org/BRASIL/site%20eudista/Orar_com_Joao_Eudes.htm

(2) Papa Bento XVI. Audiência Geral de 19 de Agosto de 2009. Disponível em: http://www.arautos.org/artigo/7781/Sao-Joao-Eudes–empenho-na-formacao-dos-sacerdotes.html

(3) Congregação de Jesus e Maria (Eudistas). Biografia completa de São João Eudes.  Disponível em: http://www.eudistes.org/Biografia_de_Sao_Joao_EUDES.htm

(4) Arautos do Evangelho. Imaculado Coração de Maria e a devoção dos primeiros sábados.  Disponível em: http://www.arautos.org/especial/47401/O-Coracao-Sapiencial-e-Imaculado-de-Maria.html

(5) Uma das invocações da Ladainha do Imaculado Coração de Maria.

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Os milagres da graça: a flor da contrição e a rosa da confissão

Nas Sagradas Escrituras encontramos algo muito evocador do que é a realidade da vida, na qual o homem experimenta certos estados de alma e manifesta reações diversas, conforme as circunstâncias que naquele momento vivencia:

Todas as coisas têm o seu tempo, e todas elas passam debaixo do céu segundo o tempo que a cada uma foi prescrito. Há tempo de nascer, e tempo de morrer. Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou. Há tempo de matar, e tempo de sarar. Há tempo de destruir, e tempo de edificar. Há tempo de chorar, e tempo de rir. Há tempo de se afligir, e tempo de dançar. Há tempo de espalhar pedras, e tempo de as ajuntar. Há tempo dar abraços, e tempo de se afastar deles. Há tempo de adquirir, e tempo de perder. Há tempo de guardar, e tempo de lançar fora. Há tempo de rasgar, e tempo de coser. Há tempo de calar, e tempo de falar. Há tempo de amor, e tempo de ódio. Há tempo de guerra, e tempo de paz” (Eclesiastes 3, 1-8).

Dentre as situações e vivências pelas quais passamos, uma sempre está presente: “há tempo de chorar, e tempo de rir”. Quem de nós nunca passou por circunstâncias em que choramos, ou então que nos alegramos especialmente? Isto faz parte da história dos homens, seja na atualidade ou em tempos remotos. É o que podemos contemplar na leitura do Evangelho, narrado por São Lucas, na qual vemos Nosso Senhor Jesus Cristo operar, por sua iniciativa, milagre magnífico: “a ressurreição do filho da viúva de Naim” (Lc 11-17).

Podemos nós imaginar o sofrimento daquela mulher da pequena cidade de Naim; viúva, que tendo como amparo e razão defelicidade seu único filho, e o perde? Qual não foi o sofrimento desta mãe, o quanto ela chorou a morte de seu dom precioso, seu filho amado? Eis, no entanto, que pelo cortejo fúnebre, passa “por acaso”, Aquele que é o “Senhor da vida e o Senhor da morte”, tem pena daquela pobre mulher e lhe diz: “não chores” e, adiantando-se ao caixão, com autoridade, determina ao cadáver: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!”. E a ressurreição se deu. O que era pranto lancinante, logo em seguida se transforma em felicidade: aquela mãe recebe, vivo, seu amado filho! A tristeza dá lugar à alegria. De fato: há tempos de chorar e tempo de rir…

Esta mãe ficou alegre! E as pessoas que acompanhavam o cortejo fúnebre? Qual a reação delas? São Lucas assim diz: “Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo” (Lc 3, 16).

A multidão que presenciara aquele milagre ficou com medo e estupefata. Com efeito, o fato de um morto ressuscitar diante dos olhos de alguém (melhor dizendo: ser ressuscitado) antes mesmo da “Ressurreição da carne” (11º Artigo do Credo), em que “no dia do juízo todos os mortos ressuscitarão com o mesmo corpo que tivemos nesta vida” (1), é realmente próprio a causar impressão de espanto.

No entanto, algo freqüente e incomparavelmente maior se dá, do ponto de vista sobrenatural: a ressurreição espiritual.

Assim como o corpo tem vida, a alma também tem vida. O que dá vida ao corpo é a alma. O que dá vida à alma é a graça de Deus; e não há algo mais valioso para cada um de nós do que ter a graça de Deus, chamada graça santificante que “é um dom sobrenatural inerente à nossa alma, que nos faz santos, filhos adotivos de Deus e herdeiros do céu” (2). Este dom nós o recebemos quando fomos batizados. Mas, ó tristeza: perdemos tal dom “pelo pecado mortal”. (3)

Quando da perda da vida sobrenatural, da vida da graça na alma, como fazer para recuperá-la? Eis a questão que nos levanta o Fundador dos Arautos, Mons. João Clá Dias, EP: “Como, pois, ressuscitar alguém espiritualmente, após haver transposto os umbrais da morte do pecado grave? Era isso impossível se não houvesse o Redentor”. (4) [grifo nosso]

E continua a nos explicar:

Nosso Senhor Jesus Cristo, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, compadeceu-se dos que permaneciam envoltos nas trevas e na sombra da morte (cf. Lc 1, 79) e tomou a iniciativa de encarnar-Se, sofrer a Paixão e a morte da Cruz, para triunfar na Ressurreição, a fim de ressuscitar ao corpo inerte da humanidade pecadora. Ele, o Verbo Eterno, traz a vida da graça, que é infundida nos corações dos fiéis, como Ele mesmo dirá: ‘Eu vim para que vós tenhais vida e a tenhais em abundância’ (Jo 10, 10). Ao assumir a natureza humana […] nos lega o precioso dom dos Sacramentos, para manter a vida sobrenatural por Ele instaurada”.

Assim, verificamos que essa ressurreição espiritual, a recuperação da vida da graça, se dá pelos méritos infinitos de um Sagrado Coração que tanto amou os homens, que nos deu os Sacramentos e tomou a iniciativa de nos fazer o bem. E nos dá, com sua bênção, a via pela qual recuperamos a graça santificante, caso a percamos. Como nos ensina o Catecismo: “A graça santificante se recupera pelo sacramento da Confissão ou por um ato de contrição perfeita, unido ao desejo de se confessar”. (5)

Aqui está algo mais impressionante do que uma ressurreição corporal, a ressurreição espiritual. Sobre este “milagre da graça”, do perdão do pecado e da recuperação da graça santificante, através da Confissão e do arrependimento perfeito, operados misericordiosamente pelo Sagrado Coração de Jesus, assim nos explica,de forma poética, o grande presbítero e Doutor da Igreja (+ 1231), Santo Antônio de Pádua:

Se maltratas uma criança, a insultas ou espancas, mas depois lhe mostras e dás de presente uma flor, uma rosa ou algo do gênero, ela se esquece da injúria recebida e, sem cólera alguma, corre a abraçar-te.

Da mesma forma, se ofenderes Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo pecado mortal ou qualquer ação injuriosa, mas depois Lhe ofereceres a flor da contrição ou a rosa de uma confissão banhada em lágrimas – as lágrimas são o sangue da alma – Ele olvidará tua ofensa, perdoará tua culpa e correrá a abraçar-te e oscular-se”. (6) [grifo nosso]

Aqui está o milagre maior do que uma ressurreição física: a ressurreição espiritual por meio da “flor da contrição” e da “rosa da confissão”.Peçamos ao Sagrado Coração de Jesus neste seu Mês de Junho, por meio do Imaculado Coração de Maria, que nos conceda sempre a graça da contrição perfeita por nossos pecados e que nunca tenhamos “medo” de nos acercarmos do Sacramento da Confissão, pois é através destas duas flores que oferecemos a Ele, que seremos estreitados a Seu Divino Coração.

Sagrado Coração de Jesus, tende piedade de nós!

Imaculado Coração de Maria, fazei nosso coração semelhante ao Coração de Jesus!

Por Adilson Costa da Costa

(1) Segundo Catecismo da Doutrina Cristã. Dos três últimos artigos do Credo. 117ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 33.
(2) Segundo Catecismo da Doutrina Cristã. Op. cit. p. 62.
(3) Segundo Catecismo da Doutrina Cristã. Op. cit., p. 62.
(4) Mons. João S, Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. VI, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana e São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 147.
(5) Segundo Catecismo da Doutrina Cristã. Dos sacramentos em geral. 117ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 62.
(6) Santo Antônio de Pádua. Sermão na Natividade do Senhor, 11. In: Revista Arautos do Evangelho, ano XII, n. 138, jun. 2013.

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O Sagrado Coração de Jesus lhe convida…

O mês de Junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus!

Que alegria maior poderíamos proporcionar a esse amabilíssimo Coração do que termos a graça de o consolarmos, com uma Santa Missa?

Como dissemos na frase desta semana (1), o Coração de Nosso Senhor está sedento de almas que façam por Ele atos de amor e de reparação, cheias de fervor, como as Comunhões na primeira Sexta-feira de cada mês.

Amanhã, 07 de Junho, teremos a comemoração da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, na Paróquia de mesmo nome.

A Santa Missa será celebrada pelo Pe. Jair Aparecido Favoretto e pelo Pe. Roberto Takeshi, animada pelos Arautos.

Peçamos a Ele graças abundantes para nossas almas e nossas famílias, tão necessitadas, nestes dias em que vivemos.

Venha participar! Contamos com a sua presença.

Data:             07 de Junho de 2013, 1ª Sexta-feira.
Local:            Igreja do Sagrado Coração de Jesus

Endereço:    Av. São Domingos Praça do Sagrado Coração de Jesus, Jardim                       Morangueira Maringá (PR)

Horário:        20h

(1) Conferir em: <http://maringa.blog.arautos.org/2013/06/frase-da-semana-3/>

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