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IV Acampamento Regional Sul

Diz um salmo: “…qual o homem que não ama sua vida, procurando ser feliz todos os dias?…”, de fato, não paramos sempre para pensar nisso, mas é o ideal de todo ser humano, ser feliz. Entretanto, nem todos sabem bem exatamente como atingir essa meta e passam a procurar a felicidade em aspectos secundários e transitórios da vida, eis uma das razões de tanta frustração no mundo, não acha?!

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A Festa do Corpo de Cristo. Um dia muito especial na vida dos católicos

Ainda antes das 7 horas, com os primeiros raios do sol de uma manhã luminosa, os participantes das várias pastorais e movimentos da Paróquia Catedral de Nossa Senhora da Glória, em Maringá, reúnem dentro da igreja para receberem a bênção do Arcebispo Metropolitano, Dom Anuar Battisti, para os trabalhos que terão início dentro de instantes. Dentre essas pessoas, estão várias famílias de coordenadores da Pastoral do Oratório do Imaculado Coração de Maria, dos Arautos do Evangelho de Maringá. A missão: preparar três tapetes para a procissão de Corpus Christi, que aconteceria à tarde, no entorno da Catedral Basílica Menor.

Para a confecção desses tapetes, previamente desenhados em papel kraft, foram utilizados sal, tingido em várias cores. Sob a orientação da Profa. de Artes da Escola Arautos do Evangelho, Sra. Teresa Cristina, iniciou-se o trabalho, que duraria mais de 4 horas ininterruptas. Começam as discussões sobre a utilização das cores que comporiam os desenhos: azul? vermelho, amarelo…? Quantas maravilhas o Criador disponibilizou para que as utilizássemos a seu serviço. E, para glorificar adequadamente o Santíssimo Sacramento, toda a criatividade possível foi empregada. O sal grosso – utilizado para alimentação bovina, fica realmente encantador à medida que seus cristais absorvem as cores intensas. O brilho do sol completa o espetáculo, como é possível ver pelas fotos.

Próximo do meio-dia o trabalho foi finalmente concluído. Muitas pessoas do público têm o costume de passear no entorno da Catedral para apreciar os tapetes prontos. “Que maravilha! – que encanto, que coisa linda”, e, assim, por diante, vários comentários elogiosos de quem passava pelo local.

Porém, absolutamente, ouvir esses e outros elogios não foi o que mais encantou os que fizeram parte da equipe. Por uma ação da Graça – talvez como uma pequena recompensa, adiantando e fazendo ver e sentir a recompensa eterna no Céu, reservada aos filhos de Deus – o que mais os encantou foi o simples gesto, em si, de terem participado no trabalho de confecção dos tapetes. Uma participante comentou: “Para nós é uma honra servir a Deus e Nossa Senhora… quem sai ganhando com esses trabalhos somos nós mesmos… Muito obrigada por poder fazer parte dessa família dos Arautos do Evangelho… Estou muito feliz”. E o mesmo poder-se-ia dizer de todos os outros participantes: uma felicidade genuína, que brota da fonte inexaurível do Santíssimo Sacramento.

Esperamos que no próximo ano este trabalho se repita e que o Santíssimo Sacramento seja cada vez mais louvado e exaltado, neste nosso mundo onde a blasfêmia, o desrespeito com os símbolos mais sagrados parecem não ter medida – e muitas vezes parecem suplantar o amor dos católicos por sua Fé.

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Santa Teresinha e o perfume da Eucaristia

Estamos sob a atmosfera tomada de unção e bênçãos da Solenidade de Corpus Christi. Quantas razões há para celebrarmos tamanha misericórdia de Nosso Deus e Salvador: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: ‘Tomai, isto é o meu Corpo’. Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele’. Jesus lhes disse: ‘Isto é meu Sangue, o Sangue da nova e eterna Aliança, que é derramado em favor de muitos’. (Mc 14, 22-24)

Santa Teresinha do Menino Jesus

Santa Teresinha do Menino Jesus

Sim, por detrás das espécies ou aparências do pão e do vinho consagrados está real e verdadeiramente presente o Filho de Deus feito Homem.

Qual é a razão que nos leva a aceitar esta verdade? Respondendo à pergunta, Mons. João S. Clá Dias, nos apresenta esta bela e fundamentada resposta:

“A afirmação de Nosso Senhor: ‘Isto é o meu Corpo… Este é o cálice de meu Sangue…’. Porque a palavra d’Ele é divina; logo, é criadora, é lei, é ‘viva, eficaz’ (Hb 4, 12), produz aquilo que significa e ‘permanece eternamente’ (Is 40, 8 ). Ao cego que Lhe suplicou a cura, bastou-Lhe responder ‘Vai, a tua fé te salvou’ (Mc 10, 52), e o homem recuperou a visão naquele instante. E quando Ele ordenou ao morto de quatro dias, ao ‘Lázaro, vem para fora!’ (Jo 11, 43), este retornou à vida ipso facto. Do mesmo modo, se Ele, ‘Filho todo-poderoso de Deus, capaz das maiores e mais incompreensíveis maravilhas, me diz, ao me mostrar o pão, ‘Isto é o meu Corpo, estou obrigado a tomar suas palavras ao pé da letra”. ¹

Esta fé na Sagrada Eucaristia é marcada por inúmeros fatos na vida dos Santos, próprios a nos edificar e fazer crescer em nós o amor a Jesus Eucarístico.

Um desses fatos encontramos na vida de Santa Teresinha do Menino Jesus. Conta-nos o Padre Francisco Alves, C.SS,R. que esta Santa, quando exercia o ofício de sacristã junto ao seu convento, no Carmelo, tinha um cuidado com as hóstias muito especial. Não queria que a hóstia sobre a qual o Sacerdote, na Missa, pronunciaria as palavras da Consagração, tivesse o menor defeito.

Assim nos narra o Padre Francisco:

“Um dia estava a olhar atentamente como a aspirar algum perfume que saísse do cibório vazio, retirado do altar. Uma religiosa, que a observava, perguntou-lhe:

– Que é que a senhora [Santa Teresinha] está olhando, se Nosso Senhor já não está aí?

– Já sei que não está – respondeu ela – mas esteve há pouco e deixou algum perfume de suas virtudes e da bondade de seu coração”.²

Sentir o perfume das virtudes de Jesus Eucarístico e a bondade de seu Coração! Eis a grande lição que recebemos de Santa Teresinha e dos Santos. Tal é a real presença de Jesus na Eucaristia que, ainda quando a Hóstia Sagrada não mais está no cibório, as almas santas sentem a Sua presença.

É para esta fé na Sagrada Eucaristia que os Santos nos convidam e rezam por nós.

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¹ http://pejoaocladiassermoes.blogspot.com.br/2015/06/evangelho-da-solenidade-do-santissimo.html#more

² Pe. Francisco Alves, C.SS.R. Que é que a Senhora está olhando? Tesouro de Exemplos. v. II, 2. Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1960, p. 260

Sobre a devoção eucarística, assista o esplêndido vídeo da homilia de Mons. João Clá:

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Uma pequena história sobre a grandiosidade da Festa de Corpus Christi

Não raras vezes, por mais cientes e conscientes que estejamos sobre a importância e beleza incomensurável das festas litúrgicas, passa-nos desapercebido o significado e esplendor destas celebrações. Assim, trazemos ao conhecimento de nossos leitores uma história narrada pela Ir. Ariane Heringer Tavares, EP, sobre a Festa de Corpus Christi; as histórias são capazes não apenas de ilustrar um fato ou contextualizar algo, mas remontam à nossa infância e permitem que voltemos nosso olhar para as maravilhas da Providência com a sensibilidade e pureza das crianças. Acompanhemos a história.

Aquela manhã de junho não poderia ter despontado no horizonte mais radiante. O Sol resplandecia de forma toda especial, os pássaros chilreavam com regozijo, o rumor das fontes parecia cantar a glória de seu Criador… Toda a natureza dava mostras de júbilo no dia em que se celebrava a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.

E se até nos seres irracionais transparecia esta alegria, com maior razão ela se manifestava nos ardorosos fiéis daquela pequena aldeia. Instruídos com esmero pelo padre Pierre a respeito da devoção ao Santíssimo Sacramento, todos estavam muito empenhados em preparar a cerimônia da tarde: os coroinhas e sacristães se ocupavam da ornamentação do altar; as mulheres, dos arranjos de flores e da limpeza da igreja; os homens, de endireitar e limpar os caminhos pelos quais passaria a procissão. Quanto ao sacerdote, passou ele quase toda a manhã no confessionário, pois seu rebanho, mais do que oferecer pompas exteriores a Nosso Senhor Jesus Cristo, desejava ofertar-Lhe a alma limpa de qualquer falta, digna de recebê-Lo na Sagrada Comunhão.

Na hora marcada para a Missa, a pitoresca igrejinha estava tão adornada e brilhante que mais parecia uma pequena catedral! A cerimônia foi realizada com o maior esplendor e compenetração, despertando uma piedade ainda mais ardente nos corações dos fiéis. O pároco mal conseguia conter sua alegria e, à noite, antes de se recolher, rendeu ao Senhor uma fervorosa ação de graças pelos benefícios e dons derramados naquela celebração.

Entretanto, depois das inúmeras provas de devoção que havia presenciado, ele nem podia excogitar a terrível surpresa que lhe estava reservada para a manhã seguinte…

Como de costume, o padre Pierre acordou antes do amanhecer e logo foi se preparar para a Missa matutina. Ajoelhado num dos primeiros bancos da igreja, rezava: além das diversas intenções, pedia a Nossa Senhora um amor mais puro e intenso à Santíssima Eucaristia para si e para todo o povo. Porém, ao se aproximar do altar, notou que algo estava diferente… e custava a acreditar no que seus olhos viam!

O sacrário fora arrombado e levaram as duas âmbulas cheias de partículas consagradas que ele havia guardado na véspera. Ato contínuo mandou que fossem tocados os sinos a rebate para convocar a comunidade.

Todos atenderam prontamente ao chamado, manifestando um fervente desejo de desagravar tão infame pecado e encontrar o quanto antes as Hóstias subtraídas. Mas por onde poderiam começar a procurar se não havia nenhuma pista dos sacrílegos assaltantes? O zeloso sacerdote dividiu o povo em grupos, exortando-os a pedir com insistência o auxílio divino para localizar as Sagradas Espécies.

Alguns iniciaram a busca pelos arredores da igreja; outros, pelos montes que cercavam a aldeia. Vários, por fim, dirigiram-se aos campos cultivados, na confiança de descobrirem algum vestígio do sucedido. Contudo, apesar do esforço, nenhum dos grupos obteve o menor êxito em sua investigação. Ao cair da tarde, quando todos retornavam extenuados e abatidos, ouviram do lado de fora os gritos de uma criança ofegante:

– Padre, padre! Encontramos! Venha depressa!

O pároco levantou-se de um salto e seguiu o menino a passo rápido, até alcançarem uma plantação de trigo, distante dali uns 5 km. Chegando ao local – oh, maravilha! -, o padre Pierre achou, envolvidas por uma suave luz, as partículas intactas. Todavia, as âmbulas haviam desaparecido e, pior, infelizmente só estava a metade das Hóstias roubadas…

Tomaram com toda reverência as Sagradas Partículas e voltaram para a igreja, em improvisada procissão. Ali passaram a noite em vigília, revezando-se na adoração ao Santíssimo Sacramento. E a procura das demais Hóstias continuou por mais de uma semana, sem que esmorecesse o ânimo ou a fé dos aldeães, apesar da falta de sucesso.

Certo dia, Jacques, o padeiro, que a cada manhã levava suas broas, baguetes e doces para serem vendidos na cidade, reparou numa distinta dama sentada em uma pedra, sob um carvalho, à beira da estrada. Ao retornar, mais tarde, a nobre senhora continuava ali. Ele, então, resolveu aproximar-se. Apresentou-se com simplicidade e perguntou respeitosamente se lhe podia ser útil em algo.

Após agradecer a cortesia, a bela dama lhe respondeu com suavidade e doçura:

– Estou fazendo companhia a meu Filho.

Sem entender bem, Jacques fez uma respeitosa vênia e retirou-se

Sem entender bem, Jacques fez uma respeitosa vênia e retirou-se

Sem entender bem, mas intuindo algo, Jacques fez uma respeitosa vênia e retirou-se estupefato.

Ao chegar à aldeia, correu para avisar ao padre Pierre do acontecido. O sacerdote conhecia o padeiro desde criança e sabia não ser ele nada propenso a fantasias. Fitava-o, enquanto este lhe fazia o relato, e afirmava-se a cada instante no pároco a convicção de ser aquilo um sinal.

Mandou convocar todo o povo e dirigiu-se imediatamente para junto do carvalho.

A distinta senhora já não estava mais e havia desaparecido sem deixar rastro…

Não obstante, uma suave luz emanava de uma fenda no interior do carvalho. Contendo a emoção, o padre Pierre introduziu o braço pela abertura e sua mão logo apalpou um objeto de metal. Era uma das âmbulas desaparecidas! Desdobrando o corporal em cima de uma pedra – justamente aquela sobre a qual Jacques vira sentada a bela dama -, depositou nele a âmbula e ajoelhou-se antes de abri-la. No entanto, teve uma decepção: estava vazia!

Apenas alguns fragmentos, esparsos e minúsculos, indicavam haverem estado ali as Sagradas Espécies, e quiçá fossem aquelas já encontradas. Onde teriam posto a outra? Conteria ainda o Santíssimo Sacramento?

Tão absorto estava em seus pensamentos, que Jacques precisou tocar-lhe o braço para atrair sua atenção:

– Padre Pierre, padre Pierre! A fresta do carvalho continua iluminada. Deve haver algo mais…

O sacerdote voltou-se e, com agilidade, introduziu novamente o braço na fresta, tocando a segunda âmbula! E as Hóstias faltantes, de fato, continuavam em seu interior!

Após um breve ato de adoração, o pároco tomou as Sagradas Partículas, cobriu-as com um véu e conduziu-as até a igreja, onde já bimbalhavam os sinos.

Enquanto puxava jaculatórias, o pároco pensava no ocorrido

Enquanto puxava jaculatórias, o pároco pensava no ocorrido

Enquanto puxava jaculatórias ou acompanhava os cantos entoados pelo povo, pensava no acontecido… A perda e o encontro de Jesus Eucarístico tinha tornado a todos mais cientes do imenso valor do Santíssimo Sacramento!

Que esta singela história possa inspirar cada um de nós sobre o valor incomensurável da Sagrada Eucaristia e possamos, pela intercessão de Nossa Senhora, ao celebrarmos a Festa de Corpus Christi, compreender o pleno amor de Nosso Senhor por cada um e buscar retribuí-Lo por todos os dias de nossa existência terrena e na Eternidade.

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Revista Arautos do Evangelho, Junho/2014, n. 150, p. 46-47.

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Frase da Semana – Sagrado Coração de Jesus

“Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-Se e consumir-Se, para manifestar-lhes seu amor. E como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, desprezos, irreverências, sacrilégios, friezas que têm para comigo neste Sacramento de amor.”  (1)

 

 Nosso Senhor Jesus Cristo a

Santa Margarida-Maria Alacoque

na Oitava de Corpus Christi, em Junho de 1675.

Junho: Mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus!

A primeira Frase da Semana deste mês é dedicada a esta magnífica devoção, tão querida pelos católicos do mundo inteiro e que chegou até nós pela extrema Bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, ao revelá-la, no século XVII a uma humilde religiosa, Santa Margarida-Maria Alacoque, da Ordem da Visitação, filha espiritual de São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal, especialmente escolhida para acolher as revelações do Amor de Nosso Senhor Jesus Cristo para com a humanidade.

“Ao longo da história da Igreja, Nosso Senhor tem revelado de maneiras diversas os tesouros de seu Coração Sagrado aos homens. A devoção a Ele tornou-se uma luz de misericórdia e de esperança continuamente derramada sobre a face da terra.” (2)

Nas comovedoras e calorosas conversas que teve com essa grande Santa, “Nosso Senhor faz ouvir a queixa secreta de seu Coração: Ele ama tanto os homens, e é por estes tão pouco amado! E pede uma reparação de amor que se traduza em atos externos e fervorosos, como a comunhão frequente, a recepção da Eucaristia nas primeiras sexta-feiras de cada mês e a Hora Santa.” (3)

Para que possamos bem corresponder – durante este Mês e por toda a nossa vida, a esse Amor ardente do Sagrado Coração de Jesus por nós, recorramos ao Imaculado Coração de Maria, “cuja onipotente intercessão devemos implorar a fim de alcançarmos as misericórdias do Sagrado Coração de Jesus.” (4)

Coração de Jesus, Fonte de toda a consolação, Tende Piedade de Nós!

Saiba mais sobre as revelações do Sagrado Coração de Jesus, visitando o site dos Arautos do Evangelho: www.arautos.org.br


(1) Monsenhor João Clá Dias. Sagrado Coração de Jesus, Tesouro de bondade e de amor. São Paulo: ACNSF, 2002. p. 21

(2) Idem,  p. 10

(3) Idem p. 21

(4) Idem, p. 28.

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