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Santa Missa em Cianorte

No último dia do mês de Maio, mês de Maria Santíssima, os Arautos foram convidados a participarem da Missa em homenagem a Nossa Senhora, na Paróquia São Vicente de Paulo, em Cianorte.

A Cerimônia foi presidida pelo Revmo. Pe. Roberto Takeshi Kiyota, EP, e concelebrada pelos Revmos. Pes. Edvaldo Gueleri (Pároco) e Edson Zamian Paisca (Vigário paroquial). A cerimônica contou com a participação do coro e banda dos Arautos, bem como a presença da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima.

No fim da celebração, a imagem do Imaculado Coração de Maria foi esplendidamente coroada como Rainha da Paróquia São Vicente de Paulo e de Cianorte. Os Arautos também realizaram uma homenagem aos paroquianos, com a bela canção de Catulo da Paixão Cearense: Luar do Sertão. A letra foi adaptada para a ocasião.

Agradecemos ao Padre Edvaldo e ao Padre Edson pela fraternal acolhida, e esperamos ter a oportunidade de convivermos com os amigos de Cianorte em breve!

 

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A limitação da inteligência humana e a fé diante da Santíssima Trindade

            A humanidade ao longo dos anos e séculos, através de estudos e pesquisas, vem desenvolvendo inventos que inequivocamente trouxeram benefícios de toda ordem. Bastará citar no campo da saúde a descoberta da penicilina no ano de 1928, pelo médico inglês Alexander Fleming, devemos mencionar os avanços tecnológicos como o elevador, a luz elétrica, o telefone, ou então, na área dos transportes o avião a jato que permitiu viagens intercontinentais em questão de horas, ao passo que os navios no início do século XX demoravam semanas.

No âmbito da comunicação, as propagandeadas tecnologias de informação e comunicação (TICs) dinamizam os processos de troca de informações entre as pessoas; dentre as quais podemos citar os telefones celulares (agora em suas novas gerações de smartphones), a internet, tablets e muitos outros recursos tecnológicos que surgem a cada dia e que integram o quotidiano dos indivíduos; tanto que no final do ano de 2012 o Brasil contava com 261,8 milhões de aparelhos celulares ativos para uma população de, aproximadamente, 197 milhões de habitantes (1) .

No entanto, se de um lado o conhecimento humano – que é a base do referido progresso e das novas tecnologias – vem trazendo-nos tantas vantagens, por outro, ainda que seja amplo e aprofundado, depara-se com obstáculos e incógnitas que não sabe resolver, nem apresentar construções benéficas que atendam todas as nossas necessidades. Percebe-se, desta forma, quanto a capacidade humana e a inteligência são limitadas e inoperantes frente ao que poderíamos chamar de “mistérios da natureza”. Sim, quantos são estes mistérios que o homem não consegue penetrar!

Essa incapacidade da inteligência humana para explicar todos os fenômenos da natureza tem levado cientistas, dos mais renomados, a reconhecer a contingência do ser humano. Sim, somos limitados e não conseguimos compreender sequer aquilo que está no domínio de nossos sentidos. Esta afirmação pode ser comprovada através de pesquisa publicada por uma equipe da Universidade de Cambridge (Reino Unido), onde se assevera, a partir de mapeamento realizado em centenas de pessoas, uma tese recorrente na neurociência: nossa inteligência chegou a seu limite (2).

Esta incapacidade em entender pela razão os fenômenos naturais cresce e atinge sua maior realidade quando o homem busca a compreensão e o verdadeiro conhecimento de Deus.

Bem disse a esse propósito São Belarmino: “Se tantos objetos neste mundo são inexplicáveis para o homem, quanto maior é o perigo de errar quando ele procura perscrutar o que está acima dos céus” (3).

Estas considerações vêm à nossa mente a propósito daquele que é, no sentido pleno do termo, um mistério, ou melhor, o maior Mistério diante do qual o homem fica menor do que um “átomo”, um nada, e que a Igreja celebra, a partir do período do pontificado de João XXII (1316-1334), com as grandezas de uma Solenidade: o Mistério da Santíssima Trindade.

Com efeito, nos ensina o Magistério infalível da Igreja que o Mistério da Santíssima Trindade é “o mistério de um só Deus em três pessoas iguais e realmente distintas que são o Pai, o Filho e o Espírito Santo” (4). E continua a nos explicar o Catecismo: “As três pessoas da Santíssima Trindade são um só Deus, porque que todas têm uma só e a mesma natureza divina” e “são todas iguais, porque todas têm a mesma natureza divina, o mesmo poder e a mesma sabedoria” (5).

Diante deste ensinamento, poderíamos nos perguntar: conseguimos nós, por mais inteligentes que uns e outros sejamos, penetrar e ter uma compreensão plena deste mistério? E, sem dúvida, todos serão unânimes em responder: simplesmente falando não compreendemos em toda a sua dimensão o Mistério da Santíssima Trindade! E por qual razão? Pelo simples fato de que não somos deuses, conforme pontua Santo Antônio Maria Claret:

Incompreensível vos parecerá isto, sem dúvida. E se pudéssemos compreendê-lo, ou seríamos Deus, ou Aquele cuja natureza declarássemos como é em si, não o seria. O que teria de precioso a Divindade incompreensível – pergunta Eusébio Emiseno – se a sabedoria humana pudesse compreender aquele Senhor que habita nas alturas, ao qual as nuvens servem de abajur e que é infinitamente superior a toda a ciência dos homens? (6)

 Nesta perspectiva, com base em São Tomás de Aquino, nos responde Mons. João Clá Dias, EP:

Esse insondável mistério de vida ad intra de Deus, baseada no amor, tornou-se cognoscível apenas pela Revelação. Para a inteligência humana resulta impossível entendê-lo, pois nada há na ordem da criação que possa dar ideia explícita dele. “É impossível chegar ao conhecimento da Trindade das Pessoas divinas pela razão natural”, afirma São Tomás. Logo a seguir, esclarece ser-nos possível conhecer a Deus, por mero raciocínio, “o que pertence à unidade da essência, não à distinção das Pessoas”. (7)

 Em outros termos, a razão humana foi capaz de chegar a conhecer a Deus, mas não a sua Trindade.

Porém, uma vez que a ciência dos homens não alcança esta verdade, qual deve ser a postura nossa em relação ao Mistério da Santíssima Trindade?

Santo Agostinho

Um dos maiores doutores da História da Igreja, Santo Agostinho, nos indica a via: “Se almejamos compreender tanto quanto nos é possível a eternidade, a igualdade e unidade de um Deus trino, precisamos crer antes que entender (8) [grifo nosso]. Ou seja, a partir da humildade e da fé poderemos – tanto quanto permita a nossa natureza e ainda auxiliados pela graça de Deus – ter um certo conhecimento da Trindade de Deus.

Sim, humildade! Virtude que nos coloca em relação a Deus no nosso devido lugar, reconhecendo nossa limitação, contingência e dependência para com nosso Criador. É a partir daí, praticando aquela que é a “virtude que Deus ama acima de todas as outras” (9)– conforme leciona São Luis Maria G. de Montfort – e não nos elevando a nós mesmos com soberba, que Deus nos dará, tanto quanto comporte a natureza humana, a graça de Seu conhecimento, que deve ser a razão de nossa plena alegria.

Unida à humildade encontra-se a fé, “virtude sobrenatural infusa, pela qual cremos firmemente todas as verdades reveladas por Deus e propostas pela Igreja” (10). Encontramos nas Sagradas Escrituras um ilustrativo e maravilhoso exemplo de humildade e fé diante dos mistérios de Deus: os pastores de Belém.

Embora despojados de maiores conhecimentos ou de uma inteligência especialmente cultivada (nos dias atuais poderiam ser definidos como ignorantes e analfabetos), creram e discerniram, pelo senso da fé, a presença do sobrenatural. Quando o Anjo anunciou, foram ao encontro do Deus Menino e, prostrando-se no Presépio, O adoraram. Podemos mencionar, ainda, a inocência das crianças que, sendo batizadas, creem sem colocarem a menor dúvida e sem buscar explicações no âmbito da razão.

Assim, com este espírito humilde, cheio de fé, flexibilidade e com a submissão de todo o entendimento e vontade ao sobrenatural, rezemos nesta Solenidade da Trindade, a Oração do Dia que nos propõe a Liturgia da Igreja:

 Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito santificador, revelastes o vosso inefável mistério. Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente. Por nosso Senhor Jesus Cristo (11).

Adilson Costa da Costa

(1) Agência Nacional de Telecomunicações. Relatório 2012. Disponível em <http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numeroPublicacao=297390&pub=original&filtro=1&documentoPath=297390.pdf>. Acesso em 24 de maio de 2013.
(2) Ed Bullmore. Nosso cérebro chegou ao limite, diz neurocientista. Revista Galileu. Disponível em <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,DML14634-17580,00-NEUROCIENCIA.html>. Acesso em 24 de maio 2013.
(3) São Bellarmino. In: Catecismo Popular. Primeira Parte: a Fé. Francisco Spirago. 2ª ed. Tipografia da Empresa Veritas, p. 30, s/d.
(4) Segundo Catecismo da Doutrina Cristã. 117ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 15.
(5) Segundo Catecismo da Doutrina Cristã, 117ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 16.
(6) Santo Antônio Maria Claret. Colección de Práticas Dominicales. v. II, Barcelona: L. Religiosa, 1886, p. 256.
(7) Mons. João S, Clá Dias, EP. O inédito sobre os Evangelhos. v. V, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana e São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2012, p. 398.
(8) Santo Agostinho. De Trinitate. L. VIII, c.5, n.8. In: Obras. v. V, Madrid: BAC, 1956, p.514.
(9) São Luís Maria G. de Montfort. Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. 42ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012, p. 140.
(10) Segundo Catecismo da Doutrina Cristã, 117ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 96.
(11) Liturgia Diária. Ano XXII: n. 257: Maio de 2013. São Paulo: Paulus, 2013, p. 90.

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Revista Arautos em foco…

“A Revista Arautos do Evangelho nasceu em 2002, um ano após os Arautos receberem do Papa a aprovação Pontifícia.

Com o intuito de levar aos lares do mundo inteiro a Palavra de Deus, as principais notícias da Igreja e um conteúdo completo baseado nos ensinamentos da Igreja Católica, a Revista Arautos traz em suas páginas artigos para todas as idades e visa, sobretudo, a formação católica da família.

A Revista Arautos é instrumento de evangelização e expressa o carisma dos Arautos do Evangelho.”

 (www.revistacatolica.com.br)

                           

                            Resenha Mensal da

                    Revista Arautos do Evangelho

                             N. 137  – Maio 2013

 

Afresco de Nossa Senhora do Bom Conselho, que se venera em Genazzano (Itália)

Apresentação da Revista

            Para atender aos seus objetivos editoriais (expostos acima) e tornar a sua leitura mais prazerosa e eficaz, a Revista Arautos do Evangelho é dividida em diferentes seções. As fixas são muito apreciadas pelos leitores e muitos as leem logo ao receber a Revista. São elas: Editorial, A Voz do Papa, os Comentários ao Evangelho, artigo mensal de Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos; Arautos no Mundo e Arautos no Brasil¸ que trazem um resumo ilustrado das principais atividades dos Arautos em todo o mundo e no Brasil; também é fixa a seção Aconteceu na Igreja e no Mundo¸ com fatos de atualidade católica; uma parte da Revista que é muito apreciada é História para Crianças…ou adultos cheios de Fé?, que conta belas histórias, capazes de nos encher de entusiasmo; muito apreciada é também a parte dedicada aos Santos de Cada Dia, que traz um pequeno resumo da vida dos santos.

            As seções variáveis abordam, de maneira elegante e atrativa a História da Igreja, vários aspectos da Doutrina Católica, a devoção a Nossa Senhora, vidas de santos, Liturgia, além de inúmeros artigos sobre assuntos diversos, escritos com competência e zelo pelos inúmeros acadêmicos de Filosofia e Teologia e mestres e doutores (sacerdotes e leigos) que fazem parte das fileiras dos Arautos do Evangelho.

            Em uma elegante apresentação gráfica e rico conteúdo doutrinário, suas edições em quatro línguas atingem a tiragem mensal de 1 milhão de exemplares, circulando em dezenas de países, como demonstram as cartas recebidas na seção Escrevem os Leitores. Realmente, ela transmite o carisma dos Arautos!

            Para proveito de nossos leitores, apresentaremos a partir deste mês uma Resenha da Revista,  objetivando dar uma rápida pincelada nos assuntos que são ali tratados, e sobretudo incentivando a todos que procurem ler a revista inteira, pois é uma oportunidade única de conhecer, com qualidade os assuntos da nossa Religião. Revista Arautos: leitura agradável, formativa e com qualidade! Uma companhia indispensável para as famílias!

            A foto de capa da Revista do mês de maio é dedicada a Nossa Senhora do Bom Conselho, cujo afresco é venerado na pequena cidade de Genazzano, na Itália. Este número da revista aborda o insuperável amor maternal de Nossa Senhora por nós. O Editorial mostra como a lei da misericórdia é inaugurada pelo Divino Redentor, o qual “mostra-Se Deus não só amigo, mas Irmão dos homens, que Se encarna e morre na Cruz para nossa salvação”, o que seria impensável na Antiguidade. O “requinte” desse plano de amor, porém, é o fato de Nosso Senhor ter Se encarnado no seio puríssimo de Maria, tendo “assim a humanidade o conhecimento não apenas do Deus que é amor, mas também da Mãe d’Ele e nossa, a personificação da bondade, da doçura e do perdão”.

            A Voz do Papa deste mês traz, entre outros, excerto da homília proferida pelo Papa Francisco na Missa Crismal, de 28/03/2013. Dirigindo-se aos Sacerdotes, o Papa ensina que eles são “mediadores entre Deus e os homens; que a unção sacerdotal é para benefício do povo” e, a partir dessa verdade, o sacerdote deve “intuir e sentir as necessidades dos fiéis”; finalmente, que o sacerdote não deve se tornar apenas um “intermediário, um gestor”, mas deve ser “pastor no meio do seu rebanho e pescadores de homens”.

            O Comentário do Evangelho deste mês trata da magnífica Sequência de Pentecostes: “Na variedade dos povos, a unidade da Igreja, que ao longo dos séculos inspira o heroísmo da virtude, surpreende o cético espectador… Ignora ele qual o fator determinante desta maravilhosa coesão”. E esse fator de coesão é o Divino Espírito Santo: “Se o Espírito Santo se retirasse da Igreja, ela ficaria inerte como um cadáver”

            A Revista deste mês de Maio apresenta ainda vários outros interessantes artigos: O Diác. Dartagnan Alves de Oliveira Souza, EP, escreve sobre Os mártires do Império Romano: Testemunho selado pelo sangueO artigo mostra como “aqueles mártires tinham no fundo de suas almas a certeza de que Cristo, de alguma forma, triunfaria sobre os seus perseguidores. Machados, navalhas, fogo, torturas e feras revelaram-se insuficientes para vencer a resistência dos seguidores de Cristo”. Com o seu testemunho, os mártires construíram “pedra por pedra, o edifício admirável da Igreja”.

            Em outro artigo vemos que“quanto mais observamos a natureza, mais se fortalece nossa convicção de nos encontrarmos diante de uma obra divina (…) Exemplo revelador da insondável ordem posta por Deus no universo é o mundo das abelhas”. Em A perfeição da obra divina, o Arauto Jonas Venero explica como as estruturas usadas pelas abelhas em seus favos, bem como a exatidão dos seus alvéolos serve de inspiração para grandes avanços científicos, desde a maneira como a NASA constrói naves espaciais até à linguagem usada na Informática. A “chamada ‘teoria das abelhas’ continua inspirando artigos científicos em temas tão complexos como a distribuição de tarefas em entornos de computação em nuvem”. Realmente, artigo muito interessante e atual.

            Quem conhece a história de São Pascoal Bailão? Pois bem: a Irmã Clara Morazzani Arráiz, EP conta a bela história desse humilde pastor, modelo de mansidão, que teve a graça de entrar para a Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), num convite feito diretamente a ele, numa aparição, por S. Francisco de Assis e Santa Clara. “Sua vida transcorreu na paz do claustro e na mendicância, de maneira apagada, humilde, mas valente, na busca contínua e exclusiva da glória de Deus; e lhe estava reservada grande glória e renome pelo mundo inteiro”. Um grande Santo, exemplo para nossos dias!

            A Irmã Carmela Werner Ferreira, EP, em seu artigo Exímio modelo de bondade, apresenta o lançamento do mais recente livro de Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias: Dona Lucilia, cujo exemplo de vida costuma ser de grande proveito para as almas. Com a finalidade de divulgar a sua vida, acaba de ser publicada a biografia de Dona Lucilia, profusamente ilustrada por fotografias que falam por si, tal a expressividade de sua fisionomia transbordante de doçura e de benquerença incondicional. Como exemplo de mãe católica, nunca tendo atuado fora do lar, poderá servir de inspiração a incontáveis pessoas em nossos dias, cujas vidas também se desenrolam no seio da família. Os inúmeros fatos narrados revelam como é possível executar as tarefas cotidianas com muita elevação de alma, reportando tudo ao sobrenatural e a Deus Nosso Senhor. O livro de Monsenhor João é editado pela Libreria Editrice Vaticana.

            Há, ainda, notícias variadas, artigos sobre a devoção a Nossa Senhora, assuntos que enriquecem sobremaneira este número da Revista do mês de Maio de 2013. Porém, por brevidade, não será possível abordar a todos. Portanto, novamente, convidamos nosso caro leitor para saborear a Revista Arautos do Evangelho. Se desejar fazer a sua assinatura, pode contatar a Sede Regional dos Arautos, em Maringá, através do telefone (44) 3028-6596, ou através do BLOG e daremos as informações detalhadas. Numa época em que, infelizmente, muitas famílias têm muitos problemas e dificuldades para enfrentar em seu dia a dia, entre elas o diálogo, a Revista Arautos do Evangelho quer contribuir para essa evangelização dentro da família: Que tal ler a Revista numa reunião de família, entre amigos, em seu grupo, em sua Comunidade? Todos, certamente, sairão enriquecidos!

Até o próximo mês.

João Celso

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Apresentações musicais e Dia das Mães…

São diversas as atividades que vem sendo desenvolvidas pelos Arautos, especialmente neste mês de Maio, consagrado a Nossa Senhora. Graças às oportunidades que nos foram proporcionadas e às derramadas por Ela, podemos destacar algumas delas:

1)      Apresentação musical na PUC Maringá

2)      Apresentação musical em Colorado

3)     Dia das Mães na Comunidade dos Arautos

Apresentação Musical na PUC-Maringá  

A pedido dos acadêmicos do curso de filosofia da PUC, o coro e banda dos Arautos do Evangelho de Maringá tiveram a honra e alegria de participar do evento “Verdade e Conhecimento na Filosofia Medieval”, ocorrido na Pontifícia Universidade Católica (PUC), Campus Maringá no último dia 29 de abril. Os Arautos participaram da abertura do evento, realizando um solene cortejo de abertura. No palco, executaram peças musicais, proporcionando aos docentes e discentes da universidade um agradável momento cultural.

É muito conhecido o ensinamento de Santo Agostinho: “quem canta reza duas vezes”. Nesse sentido, foram apresentadas músicas de canto gregoriano e polifônico, os quais nos transmitem uma profunda paz interior, acompanhada de uma bênção e unção sobrenatural.

Sabemos que o canto gregoriano é até hoje o canto litúrgico por excelência da Igreja Católica, ainda usado em cerimônias de todo o mundo. É um canto monofônico, de ritmo livre, sendo permitido o acompanhamento com o órgão. Possui ele este nome em homenagem ao grande Papa São Gregório Magno. No século VI, o sumo-pontífice utilizou os salmos judaicos e os modos gregos, adaptando-os e incorporando-os à liturgia católica.

 Agradecemos aos acadêmicos da PUC pela calorosa acolhida! Até a próxima!

 

Apresentação musical em Colorado

A pedido da Associação de Comércio e Indústria de Colorado (ACIC), os Arautos realizaram um concerto sinfônico nesta cidade (a 95 km de Maringá). A apresentação deu-se no Anfiteatro Municipal.

Foram apresentadas as seguintes músicas: Pavane “Die Schlacht” de Tylman Susato, España Cañi de Marquina, El gato Montés de Manuel Penella e Hallelujah Chorus de George Frideric Handel.

O evento ocorreu por ocasião da comemoração do Dia das Mães da ACIC e foi encerrado com um sorteio de uma moto. A comemoração contou com a participação do Presidente da ACIC, Dr. Marco Aurélio Valério Azevedo.

Como foi o Dia das Mães nos Arautos?

Na tarde deste último Domingo, ocorreu a “Comemoração do Dia das Mães”, na Comunidade dos Arautos. O evento começou com uma peça teatral, apresentada pelos próprios filhos das homenageadas. Houve também uma apresentação musical, desempenhada pelo conjunto de flautas doce e de instrumentistas que participam do Projeto Futuro e Vida.

Em seguida ocorreu a Santa Missa, presidida pelo Revmo. Pe. Roberto Takeshi, EP e concelebrada pelo Revmo. Pe. Lailson Tomé de Lima – que nos deu a honra de sua visita nesta tarde abençoada. A Cerimônia contou com a participação do coro e banda sinfônica, como também da imagem do Imaculado Coração de Maria de Nossa Senhora de Fátima.

Agradecemos a presença alegre de todas as mães e desejamos que a Santíssima Virgem – Mãe de Deus e nossa – cumule de graças e bênçãos todas as mães nesta data tão especial!

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Devoção a Nossa Senhora – Comentários à Salve Rainha – (Parte VII)

Salve, Rainha, Mãe de misericórdia,

vida, doçura e esperança nossa, salve!

A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva.

A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.

Eia, pois, advogada nossa,

esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei.

E depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria.

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

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Volvei para nós esses vossos olhos misericordiosos”

O cuidado materno é uma das coisas mais maravilhosas que Deus colocou na natureza humana. As mães têm por seus filhos uma dedicação incansável; quase se diria uma dedicação incompreensível aos olhos de quem não entende todo o significado do amor materno. Têm elas por seus filhos cuidados extremos: uma mínima queixa durante a noite, por exemplo, faz com que a mãe imediatamente se levante e vá atender à necessidade de seu filho; pode ser uma simples indisposição, pode ser o começo de uma gripe, pode ser fome, não importa: lá está ela alerta, disposta, sem olhar para o seu próprio cansaço. São os olhos maternos que permanecem atentos, vigilantes, prontos a fazer qualquer sacrifício para atender o seu filho. E se não for uma ocasião de necessidade que obrigue os olhos maternos a velarem o seu filho durante a noite, pode ser também num simples passeio, ou de uma brincadeira num parque, por exemplo. O tempo todo a mãe vigia para que seu filho não caia, não se machuque; mas, se por acaso acontecer de cair, imediatamente a atenção de mãe cuidará para que seu filho se levante o quanto antes! Desvelo de mãe, cuidado materno!

Ora, este cuidado, esta atenção que os olhos maternos têm para com os seus filhos são apenas uma pequena demonstração, uma pré-figura do que são os olhos misericordiosos de nossa Mãe Santíssima, pois Ela está constantemente movendo o seu olhar e acompanhando detalhadamente a nossa vida.

As Bodas de Caná, um grande exemplo do olhar de Maria sobre seus filhos.

Fachada e interior da igreja erigida no local das Bodas de Caná

É muito conhecido o episódio narrado nos Evangelhos em que Jesus e Sua Mãe Santíssima foram convidados para um casamento, em Caná da Galiléia (Cf. Jo 2,1-11). Segundo São Luís Maria Grignion de Montfort, nessa ocasião, por intercessão de Nossa Senhora, Nosso Senhor Jesus Cristo realizou o seu primeiro milagre na ordem da natureza.(1) A Rainha de misericórdia percebe que o vinho iria faltar, o que, de fato, iria gerar um extremo constrangimento para os jovens esposos.

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Comenta o Fundador dos Arautos, Monsenhor João Clá:
>Como sempre, despreocupada de Si, Maria Santíssima prestava atenção em tudo, desejosa de fazer o bem aos outros. Percebeu, então, talvez sem ninguém Lhe ter comunicado, a situação embaraçosa: acabara o vinho. Que vergonha para os anfitriões! Quão grande seria a decepção quando isto viesse a saber-se! Isto, porém, não aconteceu, pois, como diz São Bernardino de Siena, “o Coração de Maria não poderia ver uma necessidade, uma aflição” e, mesmo sem ser rogada, “Ela intervém, pedindo um milagre para tirar de embaraços esses humildes esposos”.

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É muito importante notar o quanto Maria está vigilante, pronta a atender às necessidades dos noivos, os quais, provavelmente nessa circunstância festiva, estavam completamente alheios ao imenso problema que teriam em breve: a falta de vinho. E Ela lhes ajuda, sem que eles saibam, ou melhor, sem que sequer tenham pedido.

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Assim também acontece conosco, que somos filhos de Maria: O Seu olhar misericordioso está o tempo todo acompanhando as nossas necessidades e, antes mesmo que peçamos, Ela está intercedendo por nós junto a Seu Filho Divino.

Santo Afonso de Ligório comenta em seu magistral Glórias de Maria:

Com grande afeto dirigia S. Gertrudes certa vez as sobreditas palavras à Virgem Santíssima: A nós volvei esses vossos olhos misericordiosos. Apareceu-lhe então a Senhora com o Menino Jesus nos braços e, mostrando-lhe os olhos de seu divino Filho, disse: São estes os olhos misericordiosos que posso inclinar, a fim de salvar todos a aqueles que me invocam.

Chorando uma vez um pecador diante de uma imagem de Maria, e pedindo-lhe que lhe alcançasse de Deus o perdão de seus pecados, viu a bem-aventurada Virgem voltar-se para o Menino que tinha nos braços e lhe dizer: Filho, perde-se-ão estas lágrimas? Reconheceu o infeliz que Jesus Cristo lhe concedera o perdão.(2)

Mas, se o olhar que Maria mantém constantemente sobre nós já é motivo de verdadeiro encantamento para seus filhos, que dizer, então, de seu olhar misericordioso? Ou seja, é um olhar não apenas atento e carinhoso, mas, principalmente, um olhar que reconhece, que entende a miséria de seus filhos e deles se compadece.
Com muita clareza explica Santo Afonso no que consiste essa misericórdia:

Predissera o Profeta Isaías que pela grande obra da redenção nos devia ser preparado um sólio de misericórdia. “E será estabelecido um sólio de misericórdia” (16,5). Mas qual é esse sólio? É Maria, na qual acham confortos de misericórdia, não só os justos, mas também os pecadores, responde Conrado de Saxônia. Assim como o Salvador é cheio de piedade, também o é Nossa Senhora; à semelhança do Filho, a Mãe nada pode recusar a quem a chama em seu socorro”.(3)

Portanto, assim como Maria não tira por um momento sequer o seu misericordioso olhar sobre nós, sobre nossos problemas, sobre nossas necessidades, assim também nós devemos pedir a imensa graça de não desviar – nem sequer por um instante – o nosso próprio olhar da misericórdia de nossa Mãe. Devemos confiar sempre e cada vez mais que esse olhar há de nos valer em todas as nossas necessidades, “agora e na hora de nossa morte”. Amém.

Por Prof. João Celso

1)São Luís Maria Grignion de Montfort. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. 38ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 2009. P. 28.
2)Santo Afonso de Ligório. Glórias de Maria. 3ª. Ed. Aparecida: Ed. Santuário, 1989. P. 179
3)Ibidem, p. 178

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